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- 2.000,00 4.000,00 6.000,00 8.000,00 10.000,00 12.000,00 10^3 tEP

energia final outros (bagaço de cana) 7892,65665 9213,62783 9213,62783 9213,62783 energia final para aquecimento direto 63,1412532 73,70902264 73,70902264 73,70902264 energia final para calor de processo 7829,515397 9139,918808 9139,918808 9139,918808 energia elétrica final calorica 113,8048 139,3470316 139,3470316 139,3470316

energia total final 8311,05665 9725,933094 9725,933094 9725,933094

1997 referencia 2010 zero 2010 ocde-eu 2010 total

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4.11- Têxtil

4.11.1-Composição Setorial e Principais Indústrias

O sub setor Têxtil do Balanço Energético Brasileiro é composto de beneficiamento de fibras têxteis, fiação e fabricação de tecidos. Os principais grupos produtores em 1998 (Gazeta Mercantil – 1999) foram a Vicunha NE, Alpargatas Santista, Coteminas, Cedro e Cahoeira, Elizabeth, Karsten, Cremer, Santanense, Jauense e Têxteis Renaux. Estas empresas representam 50% da receita operacional líquida informada por 137 empresas ao Balanço Anual da Gazeta Mercantil.

4.11.2-Tecnologias de Produção e Levantamento da Produção Física

A primeira etapa da produção de tecidos é o beneficiamento das fibras naturais que são utilizadas na elaboração do filamento têxtil. Existem três tipos de fibras para filamento: naturais, artificiais e sintéticas; o filamento pode ser feito somente com um tipo de fibra ou com uma mistura de vários tipos diferentes de fibra visando dar alguma característica especial ao tecido. A produção do filamento têxtil pode ser feita em três tipos de básicos de filátorios: filatórios de anéis (o mais versátil, podendo produzir fios de todas as espessuras), filatórios de rotores (tem maior produtividade que o anterior, porém o filamento produzido é mais fraco), filatório “jet spinner” (tem maior produtividade que os dois anteriores e pode ser utilizado para fabricação de fios muito finos). Após a fiação o filamento pode ser tingido e em seguida é encerado para adquirir resistência mecânica. A produção do tecido é feita pelo tear. Estes podem ser com lançadeiras (mais antigos e mais lentos) ou sem lançadeira (mais modernos e mais rápidos). Após a confecção do tecido ele é lavado para retirada da cera adicionada ao filamento e tingido se for o caso. O processo de fabricação de malhas pode ser dividido em dois tipos: trama ou urdume. Na fabricação por trama os equipamentos podem ser teares curvilíneos de altíssimo rendimento ou retilíneo podendo produzir tecidos de alta qualidade. A fabricação por urdume produz tecidos para roupas intimas, tecidos elásticos, forros veludos, rendas para toalhas, etc. (BNDES-1996).

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Os dados da produção física do sub setor têxtil utilizadas para projetar o consumo futuro de energia (ver anexo C) foram obtidos da Carta Abit 1999 publicada pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e Sindicato da Indústria Têxtil em geral do Estado de São Paulo. A série escolhida foi o consumo de fibras e filamentos têxteis por representar a cadeia produtiva como um todo, principalmente nos últimos anos (depois de 1993) quando as importações de fibras cresceram muitas.

4.11.3-Séries Anuais de Produção Física, Valores Unitários de Produção e Ajuste da Regressão

A evolução da produção física no período estudado (74-97) foi de 78,46% (2,55% a/a) enquanto evolução do PIB industrial no mesmo período foi de 64,81% (2,2% a/a). O gráfico 4.11.1 – série anual do sub setor têxtil mostra o ajuste entre o PIB industrial e a produção física.

O valor unitário da produção mantém na maior parte do período uma tendência neutra para o PIB industrial e uma tendência geral de queda para o PIB setorial, 92,44% (2,89%a/a). O gráfico 4.11.3 – valor unitário do sub setor têxtil apresenta a comparação entre os valores unitário.

A regressão da produção física em função do PIB apresentou um coeficiente de correlação de 0,798 antes do “dummy” e de 0,903 após a aplicação do mesmo. O erro padrão ficou na faixa de 11,22% para 1997, estando portanto abaixo da média dos erros padrões de todos os sub setores que é 16,47%. O gráfico 4.11.2 – regressão do sub setor têxtil mostra o ajuste da melhor reta aos dados.

4.11.4-Participação do Sub Setor no Consumo total de Gás Natural e Energia Total

O sub setor têxtilem 1997 participou com 2,75% da energia total consumida na indústria e 2,52% do consumo de gás natural. A participação do gás natural no consumo total de energia do sub setor foi de 3,03% neste mesmo ano com um consumo de 0,22 milhões de Nm3 por dia (ver anexo E). Para os três cenários de consumo de gás natural, tem-se a seguinte participação: a opção 2010 zero com uma participação de 3,19% e consumo diário de 0,33 milhões de Nm3 por dia, a opção 2010 OCDE-EU com uma participação de 18,54% e consumo diário de 1,83 milhões de Nm3 por dia, a opção 2010

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OCDE-EU com uma participação de 24,38% e consumo diário de 2,40 milhões de Nm3 por dia (ver anexo F).

4.11.5- Consumo Específico de Energia e Intensidade Energética

O consumo especifico de energia do sub setor apresentou tendência de queda a partir de 1989, 20,23% (0,80%a/a). A intensidade energética apresentou tendência de alta durante todo o período, 37,52% (2,02% a/a). O gráfico 4.11.4 – indicadores energéticos do sub setor têxtil apresenta a comparação entre o consumo específico de energia e a intensidade energética.

4.11.6-Comparações entre a Energia Útil e Energia Final, por tipo de combustível e por uso, para as três hipóteses, zero, OCDE-EU, total e referência BEN 1997

A eficiência energética praticamente não sofreu alterações com a maior penetração do gás natural no sub setor têxtil. A relação energia útil/energia final foi praticamente constante entre o ano de referência e as três hipóteses de consumo de gás natural. Os valores foram 37,05% para o ano de referência, 37,73% para a opção 2010 zero, 37,73% para a opção OCDE-EU 2010 e 39,41% para a opção 2010 total. As principais fontes foram eletricidade e derivados do petróleo e as principais aplicações foram força motriz e calor de processo. Os gráficos 4.11.5 – eficiência energética por combustível do sub setor têxtil e 4.11.6 - eficiência energética por forma de uso do sub setor têxtil apresentam o perfil de consumo sub setorial bem como a comparação entre o ano de referência e as hipótese de consumo.

4.11.7-Comparação entre o Potencial de Cogeração para as três hipóteses, zero, OCDE- EU, total e referência BEN 1997

Para o sub setor têxtil a relação energia elétrica / calor de processo e aquecimento direto permite grande flexibilidade para destino da energia térmica. A relação ee/et é de aproximadamente 1,22 para a opção 2010 OCDE-EU. Portanto o sub setor têxtil pode ser considerado como um grande usuário de sistemas de cogeração. O gráfico 4.11.7 –

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perfil de cogeração do sub setor têxtil apresenta a comparação entre o ano de referência e as hipóteses alternativas de consumo de gás natural.

4.11.8-Comparações dos níveis de emissões de CO2 entre os três cenários, zero, OCDE-

EU, total e referência BEN 1997

Os impactos da maior utilização do gás natural são apresentados a seguir no gráfico 4.11.8 – emissões do sub setor têxtil. O perfil das emissões está demonstrado por tipo de fonte: gás natural e outras. Entre o ano de referência (1997) e a opção 2010 zero as emissões crescem 48,20%. Com relação a opção 2010 OCDE-EU as emissões crescem apenas 23,98%, apesar do aumento de 40,98% no consumo de energéticos. A maior utilização do gás natural proposta pela opção 2010 OCDE-EU conteve grande parte do aumento das emissões.

Fonte: Anexo C 150