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Grupo formado por seis espécies, entre 19,2 e 27,5 mm de comprimento total. Todas as espécies do grupo apresentam o corpo achatado e os olhos triangulares.

3.5.2.1 - Belostoma bergi (Montandon, 1899) (Figs 12 - 14, 76, 98)

Tipos: descrição baseada em síntipos do MNHN. Um lectótipo remea, de mesma procedência, é proposto aqui. Os demais espécimes são propostos como paralectótipos.

Localidade-tipo: Rio Grande do Sul, Brasil.

= Zaitha bergi Kirkaldy & Torre-Bueno, 1909

Zaitha boops: Berg, 1879

BERG (1879): 191 [catálogo, distribuição, comentário: descrição - diagnose]. Zaitha bergi Montandon, 1899

MONTANDON (1899): 172-173 [descrição?].

Belostoma bergi: Kirkaldy & Torre-Bueno, 1909

KIRKALDY & TORRE-BUENO (1909): 190 [lista, catálogo, distribuição]; DE CARLO (1932): 124-125 [catálogo, nota: sinonínúa - distribuição], prancha V (Fig. 2) [foto], 126 [comentário: comparação]; DE CARLO (1938a): 2 19-220 [catálogo, descrição, tipo, registro], prancha VII (Fig.

55) [foto]; RUFFINELLI & PIRÁN (1959): 45 [lista]; LAUCK (1962): 46-47 [grupo: chave];

LAUCK (1964): 104 (Fig. 79) [desenho], 106 (Fig. 85) [desenho], 107-108 [grupo: descrição - taxonomia, chave], 109-1 1 1 [catálogo, descrição, comentário: comparação - diagnose, tipo, distribuição, registro]; SCHNACK (1973a): 5 (Fig. 24) [desenho], 6 [lista], 9 [chave]; SCHNACK (1976): 17 [lista], 20 [chave], 22-23 [catálogo, descrição, tipo, distribuição, registro]; LANZER (1976): 4 [lista, registro]; LANZER-DE-SOUZA (1980): 48 [distribuição]; CONTARTESE & BACHMANN (1987): 25 [lista]; ESTÉVEZ (1996): 18-19 [grupo: chave].

DE CARLO (1930): 1 16-1 17 [catálogo, descrição, distribuição, registro], prancha V (Fig. 5) [foto].

Diagnose

Corpo largo. Pilosidade não se estendendo até o opérculo genital, cobrindo só um terço do conectivo. Relação largura - comprimento do divertículo ventral, em vista ventral, aproximadamente 1 ,3.

Descrição

Biometria dos adultos (macho/íemea) (medidas em mm). Comprimento total do corpo: 2 1,5 - 26,2 / 22,0 - 24,5; largura máxima do corpo: 10,7 - 13,4 / 10,8 - 12,4; comprimento do primeiro segmento do rostro: 1,80 - 2,08 / 1,92 - 2,05; comprimento do segundo segmento do rostro: 1,44 -

1,80 / 1,60 - 1,80; comprimento do anteóculo: 1,52 - 1,84 / 1,60 - 1,76; comprimento da SFA: O, 70 - 0,96 / 0,80 - 0,88; comprimento da SFP: 0,64 - 0,85 / O, 75 - 0,88; comprimento do interóculo: 1,28 - 1,60 / 1,40 - 1,55; largura interocular posterior: 1,84 - 2,32 / 1,85 - 2,15; comprimento do pronoto: 3,04 - 3,95 / 3,12 - 3,50; largura máxima do pronoto: 6,40 - 8,30 / 6,96 - 7,60.

Coloração geral castanho-escura. Corpo achatado e muito elíptico.

Comprimento do anteóculo 1,03 - 1,26 vezes o comprimento do interóculo. Comprimento do primeiro segmento do rostro 1,06 - 1 ,20 vezes o comprimento do segundo segmento. Comprimento da SFA menor ou maior do que o comprimento da SFP. Clípeo freqüentemente afastado da linha ocular (O - 0,24 mm). Vértice apresentando, ou não, carena longitudinal mediana. Largura interocular posterior 1 , 14 - 1,31 vezes o comprimento do anteóculo, e 1,32 - 1 , 79 vezes a largura de um olho. Olhos triangulares.

Pronoto sem pilosidade conspícua e sem carena longitudinal mediana; razão largura máxima - comprimento do pronoto 2,08 - 2,23. Escutelo afastado da linha nodal (0,40 -

0,95 mm); carena longitudinal mediana pouco desenvolvida na porção posterior do escutelo. Carena prosternai proeminente, com o ápice um pouco truncado (Fig. 12a).

Pilosidade não se estendendo até o opérculo genital, cobrindo só um terço do

conectivo.

Genitália masculina (Fig. 13). -. Falo simétrico. Braços dorsais convergentes e afilados em seus ápices. Protuberância caudal dorsal ausente em vistas dorsal e lateral; protuberância apicoventral ausente em vistas lateral e ventral; margens externas laterocaudais convexas, sem sinuosidades, em vista ventral; relação largura - comprimento do divertículo ventral, em vista ventral, aproximadamente 1,3.

Notas

Foi encontrado um espécime de São Paulo, Brasil com o corpo mais alargado, muito

semelhante aos espécimes de B. costalimai, examinados neste estudo. Além disso, o falo

desse espécime possui os braços dorsais mais longos e estreitos, com seus ápices mais afilados, e o divertículo ventral também mais estreito em vista ventral (Fig. 14).

Material examinado

ARGENTINA *l m (MNRJ 166): Comentes, San Cosme, [sem data], [sem coletor], J. A de Carlo det. * l m (MZSP): Formosa Ciudad, XII. 1949, (A Martinez), J. R I. Ribeiro det. [em 1999].

BRASIL. Rio Grande do Sul - *l f (lectótipo] (MNHN): (sem data], (G. Fallou (259-95)), A L. Montandon det. Siio Paulo - *l m (MNRJ 164): Angatuba (3 682], IV. 1917, (Azevedo e Marques?), J. A de Carlo det. *l m (AMNH): Cosmópolis, 25.1. 1974, (J. G. Rozen, F. C. Thompson e J. S. Moure), J. R. 1. Ribeiro det. [em 1999]. 1 f (MZSP 21): Pirassununga [EEL, calor - noite], 08.XI. 1940, (Schubart), J. R. I. Ribeiro det. [em 1999]. *1 m / 2 f (MNRJ 165): Ribeirão Preto, IIl. 1954, (Oiticica e Pearson), J. A de Carlo det. PARAGUAI. * 1 f (MZSP): Puerto Casado, XII. 1958, (A Martinez), J. R. 1. Ribeiro det. [em 1999].

Distribuição geográfica

ARGENTINA: Buenos Aires (Anchorena [não localizado], Martinez [não localizado], Olivos [não localizado], San Pedro), Chaco (Fontana [não localizado], Resistencia), Corrientes (**San Cosme .. [não localizado]), Entre Ríos (Paranacito) [não localizado], **Formosa Ciudad [não localizado], Mendoza (Mendoza), Santa Fe (Santa Fe). BRASIL: Rio Grande do Sul (Osório, Rio Pardo, Santa Teresinha), * *São Paulo (Angatuba, Cosmópolis, Pirassununga, Ribeirão Preto). MÉXICO. PARAGUAI: Central (Asunción), Guairá (Villarica), Paraguarí (Sapucay). PERÚ: Junín (Satipo ). URUGUAI:

Montevideo, Paysandú (San Francisco).

Comentários

DE CARLO ( 1938a) não comenta a existência de uma carena longitudinal mediana, mesmo que pouco evidente, no vértice dos espécimes de B. bergi examinados por ele. LAUCK (1964) separa B. bergi de B. bosqi, pela ausência da mesma carena no vértice. Entretanto, SCHNACK (1973a, 1976) comenta que B. bergi apresenta a carena desenvolvida no vértice. Assim,. baseado nessa estrutura, é bem possível que haja variações intraespecíficas, dificultando a definição dessa espécie. Além disso, comparando-se as ilustrações do falo realizadas por LAUCK (1964), com as realizadas neste estudo, pouca fidelidade é também indicada na utilização de outras estruturas para a obtenção de caracteres e possível definição dessa espécie. O formato do corpo também contribui muito nas dificuldades apresentadas.

Segundo LAUCK (1964), B. bergi é muito similar a B. costalimai no que se concerne ao formato e tamanho do corpo, mas é facilmente diferenciado pelo aspecto da

3.5.2.2 -Belostoma bosqi De Cario, 1932 (Figs 15 - 17, 77, 98)

Tipos: holótipo macho depositado no MACN� cinco parátipos depositados também nesse museu, no Museo de La Plata, La Plata, Argentina, e na coleção de Pellerano. Não examinados.

Localidade-tipo: Chaco, Argentina.

Belostoma bosqi De Cario, 1932

DE CARLO (1932): 125-126 [descrição, distribuição, tipo, comentário: etimologia - comparação, nota: taxonomia], prancha V (Fig. 1) [foto]; DE CARLO (1938a): 220 [catálogo, descrição, comentário: comparação, tipo, distribuição, registro], prancha VII (Fig. 56) [foto]; DE CARLO (1938b): 45 [nota: comparação - morfologia]; DE CARLO (1960): 59 [nota: comparação - morfologia]; LAUCK (1962): 47 [grupo: chave]; MENKE & LAUCK (1962): 6 [lista, catálogo]; LAUCK (1964): 104 (Fig. 78) [desenho], 106 (Fig. 84) [desenho], 107-109 [grupo: descrição - taxonomia, chave, catálogo, descrição, comentário: comparação - diagnose, tipo, distribuição, registro]; SCHNACK (1973a): 5 (Fig. 18) [desenho], 6 [lista], 9 [chave]; NIESER ( 1975): 91 [chave], 93 [grupo: chave], 1 10-1 12 [grupo: descrição - nota: comparação, chave, catálogo, distribuição, registro, descrição, nota: morfologia], 126 (Fig. 130) [desenho], 128 (Fig. 148) [desenho], prancha VI (Fig. D) [foto]; PIZA-JR (1975): 68 [nota: comparação]; LANZER-DE­ SOUZA (1980): 49-50 [distribuição]; CONTARTESE & BACHMANN (1987): 25 [lista]; ESTÉVEZ (1996): 18-19 [grupo: chave].

Belostoma bergi: De Cario, 1930

DE CARLO (1930): 1 17 [catálogo, descrição, distnl>uição, registro], prancha V (Fig. 4) [desenho]. SCHNACK (1976) [em parte]: 22-23 [catálogo, descrição, tipo, distribuição, registro].

Belostoma bosci: Schnack, 1976

SCHNACK (1976): 17 [lista], 20 [chave].

Diagnose

Corpo estreito. Faixas amareladas no pronoto. Relação largura - comprimento do divertículo ventral, em vista ventral, igual a um.

Descrição

Biometria dos adultos (macho/fêmea) (medidas em mm). Comprimento total do corpo: 20,4 - 25,3 / 19,2 - 24,4; largura máxima do corpo: 9,5 - 12,5 / 9,0 - 1 1,5; comprimento do primeiro segmento do rostro: 1,65 - 2,04 / 1,55 - 1,92; comprimento do segundo segmento do rostro: 1,40 - 1,75 / 1,40 - 1,67; comprimento do anteóculo: 1,25 - 1,46 / 1,20 - 1,42; comprimento da SFA: 0,65 - 0,79 / 0,70 - 0,83; comprimento da SFP: 0;58 - 0,75 / 0,55 - 0,92; comprimento do interóculo: 1,38 - 1,75 / 1,25 - 1,58; comprimento do pronoto: 2,65 - 3,42 / 2,65 - 3,33; largura máxima do pronoto: 6,00 -

7,58 / 5,60 - 7,08.

Coloração geral castanho-clara. Pronoto com faixa amarelada mediana longitudinal, contínua ao escutelo, e duas faixas laterais de mesma cor.

Corpo elíptico e achatado, com as bordas laterais do tórax alinhadas às bordas anteriores do abdome.

Comprimento do anteóculo 0,83 - 1,00 vezes o comprimento do interóculo. Comprimento do primeiro segmento do rostro 1,11 - 1,27 vezes o comprimento do segundo segmento. Comprimento da SFA igual ou maior que o comprimento da SFP. Clípeo atingindo, ou não, a linha ocular (O - O, 17 mm). Vértice sem carena longitudinal mediana. Largura interocular posterior 1,20 - 1,44 vezes o comprimento do anteóculo, e 1,36 - 1,57 vezes a largura de um olho. Olhos triangulares.

Pronoto sem pilosidade conspícua e sem carena longitudinal mediana; razão largura máxima - comprimento do pronoto 2,07 - 2,36. Escutelo afastado da linha nodal (0,40 - 1,40 mm); carena longitudinal mediana pouco desenvolvida na porção posterior do escutelo. Carena prosternai proeminente, com o ápice um pouco afilado e projetado anteriormente (Fig. 15a).

Pilosidade não se estendendo até opérculo genital, cobrindo só um terço do

Genitália masculina (Fig. 16). - Falo simétrico. Braços dorsais pouco convergentes e muito afilados em seus ápices. Protuberância caudal dorsal ausente em vistas dorsal e lateral; protuberância apicoventral ausente em vistas lateral e ventral; margens externas laterocaudais com algumas sinuosidades em vista ventral; relação largura - comprimento do divertículo ventral, em vista ventral, igual a um.

Notas

Foi observado um espécime de Minas Gerais, Brasil com o ápice da carena prosternai truncado e sinuoso (Fig. 15b ). Além disso, foram encontradas pequenas variações no falo de um espécime de Minas Gerais, Brasil. A porção anterior do falo é menos estreita e os braços dorsais são mais curtos e largos, entretanto, ultrapassam a margem caudal dorsal do divertículo ventral. (Fig. 17).

Material examinado

BRASIL. Amazonas -* l f [em luz] (INPA 0020983): 16.V. 1976, (1. S. Gorayeb), J. R I. Ribeiro det. [em 1999]. * 1 f (INPA 0020941): Manaus, 25.VI. 1976, (Nilce), J. R I. Ribeiro det. [em 1999]. 2 m (MNRJ 167): Manaus [rio Negro], 08-24.VII. 194 1, (Parko?), J. C. M. Carvalho det. [em 1952].

Mato Grosso - 1 m (MZSP): S. Domingo, XI. 1949, (Wemer), J. R 1. Ribeiro det. [em 1999]. Mato Grosso do Sul - *2 mi 1 f (UFRJ 25): Corumbá [Popular Nova], 06.II. 1997, (J. R I. Ribeiro), J. R 1. Ribeiro det. [em 1999]. *2 m / 4 f (SEMC) [exch. P. F. S. Pereira] : Salobra, 1. 1955, (C. A Camargo), J. R I. Ribeiro det. [em 1999]. Minas Gerais - *2 m / 1 f (DPIC): Pluacatú [ponto II], 04.VI. 199 1, (A C. Faria), J. R I. Ribeiro det. [em 1999). * 1 m (DPIC): Pluacatú., 03.VI. 1991, (A C. Faria), J. R I. Ribeiro det. [em 1999). * 1 m (DPIC): Sete Lagoas, 18.XI. 1960, (M. A R Oliveira), J. R I. Ribeiro det. [em 1999]. Rondônia - * 1 m (INPA 0020940): Porto Velho, 30.IV. 1979, (J. Campbell), J. R I. Ribeiro det. [em 1999]. São Paulo - 1 m (AMNH): Cosmópolis, 25.1.1974, (J. G. Rozen, F. C. Thompson e J. S. Moure), J. R I. Ribeiro det. [em 1999].

Distribuição geográfica

ARGENTINA: Chaco (Fontana [não localizado], Resistencia), Corrientes (Santo Tomé [não localizado]), Misiones. BOLÍVIA: Santa Cruz (Chiquitos [não localizado], Puerto Suárez, Santiago). PARAGUAI: Central (Asunción). BRASIL: Amazonas (Manacapurú [Lago Calado], * *Manaus), Goiás (rio Araguaia, Santa Isabel), Mato Grosso (Cáceres, Jacaré [Parque Nacional Xingú], * *Salobra, * *São Domingo), Mato Grosso do Sul (Corumbá), * *Minas Gerais (Paracatú, Sete Lagoas), **Rondônia (Porto Velho), * *São Paulo (Cosmópolis), Tocantins (Ilha do Bananal). PERÚ: Huánuco (Aguaytía [não localizado], Huallaga). SURINAME: Marowijne, Moengo rio Cottica. VENEZUELA: Portuguesa (Guanare).

Comentários

LAUCK (1964) descreve B. bosqi, destacando a presença de uma carena longitudinal mediana no vértice. Como dito anteriormente, segundo o autor, B. bergi diferencia-se de B. bosqi pela ausência dessa carena no vértice. SCHNACK (1973a, 1976) cita a presença da carena em B. bergi. Apesar de não ter sido observada a carena longitudinal mediana em B. bosqi, é possível haver variação intraespecífica tanto em B. bosqi como em B. bergi. Isso parece ser confirmado pelas descrições realizadas por DE CARLO (1930, 1932, 1938a) e NIESER ( 1975), que não citam a existência dessa carena nos espécimes observados.

Segundo LAUCK (1964), B. bosqi se diferencia de B. bergi pela ausência de pilosidade no embólio e pelo corpo mais estreito. A pilosidade do embólio, assim como quaisquer outro tipos de cerdas e pêlos, podem cair ao se manusear os espécimes (A. L. Melo, com. pess. ).

3.5.2.3 -Belostoma costalimai De Cario, 1938

(Figs 18 - 20, 79, 99)

Tipos: O holótipo macho, depositado na Fundação Instituto Oswaldo Cruz, está perdido. Três parátipos depositados no MNRJ e no MACN. O espécime macho, depositado no MNRJ, é proposto aqui como o neótipo. Os demais espécimes são propostos como paraneótipos.

Localidade-tipo: Barra de Paraopeba, Minas Gerais, Brasil.

Belostoma costalimai De Cario, 1938a

DE CARLO (1938a): 234-235 [descrição, etimologia, comentário: comparação, diagnose, tipo, registro, distribuição], prancha VI (Fig. 72) [foto]; DE CARLO (1938b): 45 [nota: morfologia, nota: comparação], prancha IV (Fig. 10) [foto]; DE CARLO (1950): 532 [catálogo, nota: morfologia]; LAUCK (1962): 47 [grupo: chave]; MENKE & LAUCK (1962): 6 [lista, catálogo, registro, comentário: morfologia]; LAUCK (1964): 106 (Fig. 87) [desenho], 107 [chave], 1 12-1 14 [catálogo, descrição, diagnose, comparação, tipo, registro], 1 13 (Fig. 89) [desenho]; LANZER-DE-SOUZA (1980): 5 1 [distribuição]; ESTÉVEZ (1996): 18 [grupo: chave]; NIESER & MELO (1997): 59 [chave].

Diagnose

Pilosidade cobrindo completamente o conectivo e, parcialmente, os esternitos abdominais. Relação largura - comprimento do divertículo ventral, em vista ventral, aproximadamente 1,2.

Descrição

Biometria dos adultos (macho/fêmea) (medidas em mm). Comprimento total do corpo: 21,3 - 25,6 / 22,4 - 27,5; largura máxima do corpo: 1 1,0 - 13,0 / 1 1,0 - 14,3; comprimento do primeiro segmento do rostro:

1,80 - 2,25 / 1,88 - 2,38; comprimento do segundo segmento do rostro: 1,45 - 1,65 / 1,50 - 2,00; comprimento do anteóculo: 1,30 - 1,65 / 1,40 - 1,65; comprimento da SFA: 0,75 - 0,90 / 0,75 - 1,00; comprimento da SFP: 0,60 - 0,90 / 0,75 - 0,88; comprimento do interóculo: 1,45 - 1,65 / 1,50 - 1,75; comprimento do pronoto: 2,90 - 3,70 / 3,20 - 4,00; largura máxima do pronoto: 6,40 - 8,05 / 7,00 -8,88.

Coloração geral castanho-escura. Pronoto apresentando, ou não, duas faixas alaranjadas ou castanho-claras, paralelas e longitudinais e divergentes entre si, em sua porção posterior. Adjacentes a estas, faixas mais escuras estão presentes. Porção ventral dó abdome amarronzada.

Corpo elíptico e achatado, com suas extremidades muito afiladas.

Comprimento do anteóculo 0,87 - 1,03 vezes o comprimento do interóculo. Comprimento do primeiro segmento do rostro 1,00 - 1,41 vezes o comprimento do segundo segmento. Comprimento da SFA igual ou maior do que o comprimento da SFP. Clípeo atingindo, ou não, a linha ocular (O - 0,15 mm). Vértice sem carena longitudinal mediana. Largura interocular posterior 1,30 - 1,50 vezes o comprimento do anteóculo, e 1,34 - 1,50 vezes a largura de um olho. Olhos triangulares.

Pronoto sem pilosidade conspícua e sem carena longitudinal mediana, surgindo em alguns espécimes, somente em seu lobo posterior; razão largura máxima - comprimento do pronoto 2, 12 - 2,24. Escutelo afastado da linha nodal (0,24 - 0,80 mm); carena longitudinal mediana pouco desenvolvida na porção posterior do escutelo. Carena prosternai afilada e projetada anteriormente (Fig. 18a).

Pilosidade estendendo-se até o opérculo genital, cobrindo completamente o conectivo e, parcialmente, os esternitos abdominais.

Genitália masculina (Fig. 19). - Falo simétrico. Braços dorsais com a mesma largura em toda sua extensão, convergentes e arredondados em seus ápices. Protuberância caudal

dorsal ausente em vistas dorsal e lateral; protuberância apicoventral pouco desenvolvida em vistas lateral e ventral; margens externas laterocaudais convexas, sem sinuosidades, em vista ventral; relação largura - comprimento do divertículo ventral, em vista ventral, aproximadamente 1,2.

Notas

Foi encontrada variação no formato da carena prosternai em alguns espécimes do Rio de Janeiro, Brasil. A carena encontrada é mais arredondada, e pouco projetada anteriormente (Fig. 1 8b). Alguns espécimes do Espírito Santo, São Paulo e do Rio de Janeiro, Brasil possuem o comprimento total do corpo menor do que nos outros espécimes observados. Um espécime de São Paulo não aprese�tou a pilosidade do conectivo estendendo-se até o opérculo genital. Espécimes do Rio de Janeiro e de Roraima, Brasil mostraram pequenas modificações, também, no falo: os braços dorsais são mais estreitos -� a porção anterior do falo é um pouco mais larga. A relação largura - comprimento do divertículo ventral, em vista ventral, é um pouco maior, aproximadamente 1,25 vezes (Fig. 20).

Material examinado

BRASIL. Espírito Santo - * 1 m / 2 f (MNRJ 1 59): Linhares [Parque Sooretama], X. 1959, (D. Zajclw), J. R. I. Ribeiro det. [em 1999]. Minas Gerais - * 1 f (MNRJ 1 10): Barra de Paraopeba, [sem data], (V. Souza), J. A de Cario det * l f (MNRJ 1 1 1): Barra de Paraopeba, [sem data], (V. Souza), J. C. M. Carvalho det. [em 1921]. * 1 m [neótipo] (MNRJ 1 13): Barra de Paraopeba, [sem data], (V. Souza), J. A de Cario det. Pará - *2 f / 1 m (AMNH): Jacareacan�, VI. 1970, (M. Alvaren�), J. R. I. Ribeiro det. [em 1999]. Rio de Janeiro - *4 m / 4 f (UFRJ 469): Macaé, Lagoa de Imboassica, 04-05. VIII. 1998, (J. R. I. Ribeiro, N. Ferreira-Jr. e A M. Sanseverino), J. R. I. Ribeiro det. [em 1998]. 1 m (UFRJ 470): Macaé, Lagoa Cabiúnas, 18.VIl. 1998, (A M. Sanseverino), J. R. I. Ribeiro det. [em 1998]. Roraima - * 1 m (AMNH): Boa Vista, 18.IX. 1966, (M. Alvaren�), J. R. I. Ribeiro det. [em 1999]. São Paulo - l

m (MACN 50456): Rio Claro, II. 1943, (Pader P.?), J. A de Carlo det. * l f [paraneótipo] (MACN 39548): São Paulo?, [sem data], [sem coletor], J. A de Cario det. * l f (MACN): [?] Córrego Laguinha [BR 2121 ?], 03.V. 1 962, (Ichubart ?), J. A de Cario det. 1 f (MZSP): Itu [Faz. Pau d' Alho], 22.Xl. 1 969, (Martins), J. R. I. Ribeiro det. [em 1999].

Distribuição geográfica

BRASIL: **Espírito Santo (Linhares [Parque Sooretama]), Goiás (Formoso, Peixe, Santa Isabel do Morro, São João da Aliança), Mato Grosso (Jacaré), Minas Gerais (Alfenas, **Barra de Paraopeba, Calceolândia, Conselheiro Lafaiete, Fortuna de Minas, Ouro Branco, Timóteo), **Pará (Jacareacanga), Rio de Janeiro (**Macaé [Lagoa Cabiúnas, Lagoa de Imboassica]), **Roraima (Boa Vista), São Paulo (**Itu, **Rio Claro, São Carlos), Tocantins (Ilha do Bananal). COLÔMBIA. SURINAME: Brokopondo, Kabelstation, Marowijne (Langatabbetje ).

Comentários

Baseada em observações realizadas acerca do comprimento total do corpo e dos

aspectos morfológicos do falo de espécimes de B. costalimai, observados aqui, e em estudos

de TRUXAL (1953) e GALLANT et ai. (1993), possivelmente há uma clina morfológica nessa espécie. Os menores espécimes estão localizados ao norte da América do Sul, enquanto

que os maiores, ao sul do continente. NIESER (1975) comenta que os espécimes de B. truxali,

provenientes de Langatabbetje, Suriname, fazem parte de um "espectro" de variação do comprimento total do corpo de B. costalimai. Entretanto, o autor confirma ter observado, nesses espécimes, a pilosidade do conectivo não se estendendo até os últimos esternitos

não são diferentes do espécime macho de B. costalimai, examinado pelo autor, depositado no SEMC e identificado por D. R. Lauck. DE CARLO (1960), ao descrever B. truxali, comenta que o que a separa de B. costalimai é o padrão encontrado na pilosidade do conectivo, não se estendendo aos estemitos abdominais. Dessa forma, B. truxali é provavelmente sinonímia de

B. costalimai, devido ao fato de que provavelmente a pilosidade do conectivo, nessa espécie, pode apresentar pequenas variações. Contribuindo ainda mais para a sinonimia, B. truxali foi descrito a partir de uma remea (DE CARLO, 1960; NIESER, 1975). Entretanto, a sinonimia não é realizada aqui pois o tipo de B. truxali não pôde ser examinado.

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