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Grupo formado por cinco espécies, entre 15,0 e, aproximadamente, 20,0 mm de comprimento total. Todas as espécies do grupo apresentam a largura interocular anterior aproximadamente 1,5 vezes a largura de um olho e o divertículo ventral do falo achatado e largo.

3.5.7.1 - Belostoma candidulum Montandon, 1903 (Figs 46 -49, 78, 99)

Tipo: lectótipo femea depositado no Naturhistoriska Riksmuseet, Estocolmo, Suécia.

Não examinado.

Localidade-tipo: Rio Grande do Sul, Brasil.

= Belostoma machrisi Menke & Lauck, 1962 = Belostoma amici Piza-Jr., 1975, syn. n.

Belostoma candidulum Montandon, 1903b

MONTANDON (1903b): 363 [descrição?]; DE CARLO (1938a): 217-218 [catálogo, descrição, nota: comparação, comentário: diagnose, registro]; DE CARLO (1956) [em parte]: 54 [comentário: morfologia - taxonomia], 55 [comentário: comparação]; RUFFINELLI & PIRÁN (1959): 45 [lista, registro]; DE CARLO (1960): 58 [comentário: comparação]; LAUCK (1962): 47 [grupo: chave]; SCHNACK (1973a): 5 (Fig. 15) [desenho], 6 [lista], 8 [chave]; NIESER (1975): 1 15 [grupo: descrição - comentário: comparação - taxonomia - distribuição]; LANZER (1976): 4 [lista, registro]; SCHNACK (1976): 17 [lista], 19 [chave], 26 [catálogo, descrição, tipo, distribuição]; LANZER-DE-SOUZA (1980): 50 [distribuição]; CONTARTESE & BACHMANN (1987): 25 [lista]; ESTÉVEZ (1996): 19 [grupo: chave], 46 [grupo: descrição - diagnose], 57 [catálogo, descrição, comentário: diagnose, distribuição, tipo, registro], prancha V (Figs j-1) [desenho], prancha VI (Figs m-p) [desenho]; NIESER & MELO (1997): 60 [chave].

MENKE & LAUCK (1962): 7 [descrição, comentário: taxonomia - diagnose - comparação - taxonomia, tipo, distribuição]; LANZER-DE-SOUZA (1980): 58 [distribuição]; NIESER & MELO (1997): 60 [nota: comparação].

Belostoma amici: Piza-Jr., 1975

PIZA-JR. (1975) [em parte]: 67-68 [descrição, distribuição, tipo, nota: etimologia, comentário: comparação].

Belostoma sanctulum: Ribeiro et ai., 1998

RIBEIRO et ai. (1998) [em parte]: 1 18-128 [ecologia].

Diagnose

Espécie pequena, entre 15,8 e 19,1 mm de comprimento total. Comprimento do primeiro segmento do rostro igual ao comprimento do segundo segmento.

Descrição

Biometria dos adultos (macho/fêmea) (medidas em mm). Comprimento total do corpo: 16,5 - 19,1 / 15,8 - 18,7; largura máxima do corpo: 7,4 - 8,3 / 7,5 - 8,4; comprimento do primeiro segmento do rostro: 1,04 - 1, 12 / 1,04 - 1,20; comprimento do segundo segmento do rostro: 1,04 - 1,12 / 1,04 - 1,20; comprimento do anteóculo: 1, 12 - 1,36 / 1,20 - 1,36; comprimento da SF A: 0,56 - 0,80 / 0,64 - 0,80; comprimento da SFP: 0,64 - 0,80 / 0,56 - 0,88; comprimento do interóculo: 1,20 - 1,40 / 1,28 - 1,40; comprimento do pronoto: 3,04 - 3,44 / 3,12 - 3,60; largura máxima do pronoto: 5,20 - 6,24 / 5,44 - 6,24.

Coloração geral castanho-escura. Vértice, pronoto, escutelo e parte do hemiélitro apresentando, ou não, uma faixa longitudinal mediana hialina contínua provavelmente

determinada por alguns genes (Smith & Smith apud SMITH, 1976).

Corpo elíptico.

Comprimento do anteóculo 0,88 - 1,00 vez o comprimento do interóculo. Comprimento do primeiro segmento do rostro uma vez o comprimento do segundo segmento. Comprimento da SFA menor, igual ou maior do que o comprimento da SFP.

Clípeo atingindo a linha ocular. Vértice sem carena longitudinal mediana. Largura interocular posterior 1,47 - 1,67 vezes o comprimento do anteóculo, e 1,53 - 1,92 vezes a largura de um olho. Olhos arredondados e acentuadamente convexos.

Pronoto sem pilosidade conspícua e sem carena longitudinal mediana; razão largura máxima - comprimento do pronoto 1,67 - 1,82. Escutelo não atingindo a linha nodal (0, 16 - 0,40 mm); carena longitudinal mediana ausente no escutelo. Carena prosternai

proeminente e arredondada em seu ápice (Fig. 46a).

Pilosidade não se estendendo até o opérculo genital, cobrindo um pouco mais da metade do conectivo.

Genitália masculina (Fig. 47). - Falo simétrico. Braços dorsais paralelos entre si, um pouco mais largos e afilados em seus ápices. Divertículo ventral achatado e em forma de espátula em vista ventral; protuberância caudal dorsal ausente em vistas dorsal e lateral; protuberância apicoventral ausente em vistas lateral e ventral; margens externas laterocaudais convexas, sem sinuosidades, em vista ventral; relação largura - comprimento do divertículo ventral, em vista ventral, entre 0,8 e 1 ,0.

Notas

Foram encontradas variações no formato da carena prosternai de alguns espécimes de Santa Catarina e de São Paulo, Brasil. O ápice dessas carenas variou de um formato obtuso até mais afilado (Fig. 46b - c ). O formato do falo também variou em alguns espécimes do Rio de Janeiro, Brasil e Chaco, Argentina. O falo é um pouco menor e apresenta os braços dorsais divergentes em sua porção posterior (Figs 48 - 49).

Material examinado

BRASIL. Goiás -* l f (MNRJ 125) [padrão "stripe"] : Rio Verde, IV. 1 986, (J. C. M. Carvalho), J. R. 1. Ribeiro det. [em 1999]. Minas Gerais - * l m / l f (MNRJ 161): Carmo do Rio Claro, [data ilegível], (J. C. M. Carvalho), J. A. de Cario det. 1 f (UFRJ 506): [54 km NO de Campina Verde, Bacia do rio Paraná], 15.IX. 1994, (W. Costa e A. Sarraf), J. R. I. Ribeiro det. [em 1999]. * l m / 1 f

(MNRJ 168): Barra de Paraopeba, [sem data], (V. Souza), J. A. de Cario det. [como B. horvathi], J. R. I. Ribeiro det. [em 1999]. * l m / 1 f (MNRJ 169): Barra de Paraopeba, [sem data], (V. Souza), J. A. de Cario det. Rio de Janeiro - 1 f (UFRJ 366): Maricá, 2 1 .II. 1 988, [sem coletor], J. R. I. Ribeiro det. [em 1 999]. 1 f (UFRJ 503): Maricá, 2 1 .1. 1988, [sem coletor], J. R. 1. Ribeiro det. [em 1 999]. * l m (UFRJ 18): Maricá [Restinga de Maricá], 18.X. 1 996, (J. R. I. Ribeiro), J. R. I. Ribeiro det. [em 1999]. 1 f (UFRJ 1 9): Maricá [Restinga de Maricá, brejo], 12JCl. 1993, (J. L. Nessimian e E. R. Calil), J. R. 1. Ribeiro det. [em 1999]. 1 m (UFRJ 20): Maricá [Restinga de Maricá], 30.1. 1996, (J. R. 1. Ribeiro), J. R. 1. Ribeiro det. [em 1 999]. 1 f (UFRJ 2 1): Maricá [Restinga de Maricá], 30.1. 1 996, (J. R. I. Ribeiro), J. R. I. Ribeiro det. [em 1999]. 1 f (UFRJ 168): Maricá [Restinga de Maricá], 14.IIl. 1996, (J. R. I. Ribeiro), J. R. 1. Ribeiro det. [em 1999]. * l m / 1 f (UFRJ 228) [padrão "stripe", com ovos] : Maricá [Restinga de Maricá], 12.IV. 1996, (J. R. 1. Ribeiro), J. R. I. Ribeiro det. [em 1999]. 1 f (UFRJ 505): Teresópolis [Subaio], 07. VI. 1 996, (J. R. I. Ribeiro), J. R. 1. Ribeiro det. [em 1999]. Santa Catarina - *3 1 m / 44 f (SEMC): Nova Teutônia, 1. 1 954, (F. Plaumann), A. L. Estévez det. [em 1 985]. 1 m / 1 f (SEMC): Nova Teutônia, X. 1 956,

(F. Plaumann), A. L. Estévez det. [em 1985]. 1 m (SEMC): Nova Teutônia [27° 1 1 ' S, 52° 23 ' O, 300 - 500 m], X. 1 956, (F. Plaumann), J. R. 1. Ribeiro det. [em 1999]. 6 m / 9 f (SEMC): São Carlos? [rio Chapecó], 10.V. 1957, (F. Plaumann), D. R Lauck det. [em 1 964, como B. machrisi],

A. L. Estévez det. [em 1985]. São Paulo - *2 m / 2 f (SEMC): [sem data], (R. Spitz), D. R Lauck det. [em 1 959, como B. horvathi], J. R I. Ribeiro det. [em 1 999]. 1 m [holótipo de B. amici] / 3 f (DEES): Piracicaba, VIII. 1974, (Achiel e Abílio), S. de T. Piza-Jr det. [como B. amici], J. R. I. Ribeiro det. [em 1 999]. ARGENTINA. 1 m (MACN 39347): Buenos Aires, Chascomús, [sem data], (Daguerre?), J. A de Cario det. 1 m (MACN 39307): Chaco, Fontana, [sem data], [sem coletor], J. A de Cario det. [como B. horvathi], J. R. 1. Ribeiro det. [em 1 999).

Distribuição geográfica

ARGENTINA: **Buenos Aires (Chascomús), * *Chaco (Fontana) [não localizado] .

BRASIL: Minas Gerais (**Barra de Paraopeba, **54 km NO de Campina Verde [Bacia do rio Paraná] [não localizado]), Goiás (**Rio Verde, São João da Aliança [20 km N]), **Rio

de Janeiro (Maricá [Restinga de Maricá], Teresópolis [Subaio]), Rio Grande do Sul (Marcelino Ramos), São Paulo (**Piracicaba, São Bernardo do Campo, São Carlos, São João dos Campos [não localizado]), **Santa Catarina (Linha Facão [não localizado], Nova Teutônia). URUGUAI: Artigas (Arroyo Tres Cruces Grande, Barra del Yucutujá).

Comentários

Segundo DE CARLO (1938a; 1956) e ESTÉVEZ (1996), o comprimento do primeiro segmento do rostro dessa espécie é diferente do comprimento do segundo segmento. Entretanto as observações realizadas aqui corroboram os resultados obtidos em NIESER & MELO (1997) e SCHNACK (1973a, 1976), de que o comprimento do primeiro segmento do rostro é igual ao comprimento do segundo segmento. Provavelmente, deve ter havido diferenças no posicionamento em que os espécimes foram medidos,. o que se agrava ainda mais com a dificuldade de se delimitar, com exatidão, o limite entre o segundo e terceiro segmentos do rostro (A. L. Melo, com. pess.). Além disso, a descrição realizada por MONTANDON (1903b) indica que o primeiro segmento do rostro é um pouco maior que o comprimento do segundo segmento, o que comprova, possivelmente, que a posição em que o espécime é colocado e falta de atenção ao limite exato entre o segundo e terceiro segmentos podem gerar conflitos nas medidas.

Segundo NIESER & MELO (1997) e SCHNACK (1973a, 1976), B. candidulum diferencia-se das outras espécies do grupo oxyuntm por apresentar o comprimento do primeiro segmento do rostro igual ao comprimento do segundo segmento e os olhos convexos. Além disso, ESTÉVEZ (1996) comenta que B. candidulum é a maior espécie, em comprimento total, do grupo oxyurum.

3.5.7.2 -Belostoma horvathi Montandon, 1903 (Figs S0 - 51, 88, 103)

Tipos: não há informações acerca do que está depositado no HNHM. Localidade-tipo: Santa Catarina, Brasil.

Belostoma horvathi Montandon, 1903b

MONTANDON (1903b): 359 [descrição?]; DE CARLO (1938a) [em parte]: 224 [catálogo, descrição, comentário: comparação - diagnose, tipo, distribuição, registro], prancha VII (Fig. 61) [foto]; DE CARLO (1956): 55-56 [catálogo, comentário: morfologia, nota: tipo, comentário: comparação - diagnose, nota: registro]; LAUCK (1959): 5-6 [grupo: descrição - nota: taxonomia]; DE CARLO (1960): 57 (Fig. 42) [desenho], 58 [comentário: morfologia - comparação]; MENKE & LAUCK (1962): 7 [nota: taxonomia]; LAUCK (1962): 47 [grupo: chave]; SCHNACK (1973a): 6 [lista], 8 (chave]; NIESER (1975): 93 [grupo: chave], 1 15 [grupo: descrição - comparação - distribuição]; SCHNACK (1976): 17 [lista], 19 [chave], 36-37 (catálogo, descrição, tipo, distribuição]; LANZER-DE-SOUZA (1980): 58 [distribuição]; CONTARTESE & BACHMANN (1987): 25 [lista]; NIESER & MELO (1997): 60 [chave].

Belostoma oxyurum: Estévez, 1996

ESTÉVEZ (1996) [provavelmente] : 19 [grupo: chave], 46 [grupo: descrição - comentário: diagnose], 47 [chave], 48-50 [catálogo, descrição, comentário: diagnose, distribuição, tipo, registro], prancha V (Figs a - c) [desenho], prancha VI (Figs a - d) [desenho].

Diagnose

Espécie pequena, entre 15,0 e 19,8 mm de comprimento total. Carena prosterna! com o ápice tuberculado. Corpo muito afilado nas extremidades. Pilosidade estendendo-se para além do início do oitavo esternito abdominal, afastada do opérculo genital. Relação largura - comprimento do divertículo ventral, em vista ventral, igual a um.

r

Descrição

Biometria dos adultos (macho/fêmea) (medidas em mm). Comprimento total do corpo: 15,0 - 18,0 / 15, 1 - 19,8; largura máxima do corpo: 7,0 - 8,6 / 7,3 - 9,4; comprimento do primeiro segmento do rostro: O, 72 - 0,96 / 0,80 - 0,96; comprimento do segundo segmento do rostro: 0,80 - 1,04 / 0,96 - 1,04; comprimento do anteóculo: 1,04 / 1,04 - 1,20; comprimento da SFA: 0,48 - 0,64 / 0,60 - 0,64; comprimento da SFP: 0,72 - 0,80 / 0,72 - 0,80; comprimento do interóculo: 1,04 -

1,20 / 1,04 - 1,20; comprimento do pronoto: 2,64 - 3,04 / 2,60 - 3,28; largura máxima do pronoto: 4,80 - 5,76 / 4,80 - 6,24.

Coloração castanho-clara.

Corpo elíptico com as extremidades bastante afiladas,

Comprimento do anteóculo 0,87 - 1,00 vez o comprimento do interóculo. Comprimento do pnme1ro segmento do rostro O, 77 - 0,92 vezes o comprimento do segundo segmento. Comprimento da SFA menor ou igual ao comprimento da SFP. Clípeo atingindo a linha ocular. Vértice sem carena longitudinal mediana. Largura interocular posterior 1,73 - 2,00 vezes o comprimento do anteóculo, e 1,77 - 2,00 vezes a largura de um olho. Olhos arredondados e convexos.

Pronoto sem pilosidade conspícua e sem carena longitudinal mediana; razão largura máxima - comprimento do pronoto 1,82 - 1,97. Carena longitudinal mediana ausente no escutelo; escutelo atingindo, ou não, a linha nodal (O - 0,40 mm). Carena prosternai proeminente, tuberculada e obtusa em seu ápice (Fig. 50a).

Pilosidade estendendo-se além do início do oitavo esternito abdominal, afastada do opérculo genital e assumindo uma forma triangular nessa região, cobrindo quase que completamente o conectivo (Fig. 4c ).

Genitália masculina (Fig. 51). - Falo simétrico. Braços dorsais divergentes entre si, curtos, sem nenhuma variação na largura e arredondados em seus ápices. Divertículo ventral achatado e em forma de espátula em vista ventral; protuberância caudal dorsal

ausente em vistas dorsal e lateral; protuberância apicoventral ausente em vistas lateral e ventral; margens externas laterocaudais sinuosas em vista ventral; relação largura - comprimento do divertículo ventral, em vista ventral, igual a um.

Notas

Foi encontrado um espécime de Santa Catarina, Brasil com a carena prosternai um pouco retangular, mas ainda tuberculada (Fig. 50b ).

Material examinado

ARGENTINA. * l m / 2 f (MACN 39347): Buenos Aires, Chascomús, [sem data], [sem coletor], J. A de carlo det. [como B. oxyurum], J. R. I. Ribeiro det. [em 1999]. *3 f / 1 m (MACN 49957): Buenos Aires, Chascomús, 1936, (Daguerre), J. A de Cario det. [como B. oxyurum], J. R. I. Ribeiro det. [em 1999]. 1 f (MACN 34252): Entre Ríos, Paranacito, [sem data], [sem coletor], J. A de Cario det. BRASIL. Paraná - * 1 m (MNRJ 123): Bituruna, 1963, (Staviarski), J. R. I. Ribeiro det. [em 1999]. 1 f (MNRJ 124): Bituruna, 1963, (Staviarski), J. R. I. Ribeiro det. [em 1999]. * 1 m (MNRJ 127): Bituruna, 1963, (Staviarski), J. R. I. Ribeiro det. [em 1999]. Rio Grande do Sul - 1 m (SEMC): Erechim, X l956, (F. Plaurnann), A L. Estévez det. [em 1985, como B. candidulum], J. R. I. Ribeiro det. [em 1999]. São Paulo - 2 f (SEMC): [sem data], (R. Spitz), D. W. Craik det. Santa Catarina - 1 f (MACN): Nova Teutônia [27° 1 1 ' S, 52°

23' O, 300 - 500 m], XI. 1934, (F. Plaumann), J. A. de Cario det.

Distribuição geográfica

BRASIL: Minas Gerais, **Paraná (Bituruna) [não localizado], Rio Grande do Sul (**Erechim), Santa Catarina (**Nova Teutônia), São Paulo. ARGENTINA: **Buenos Aires (Chascomús), Chaco (Fontana) [não localizado], **Entre Rios (Paranacito) [não localizado].

Comentários

Segundo DE CARLO (1938a; 1956) e SCHNACK (1973a, 1976), B. horvathi

apresenta a largura posterior do pronoto igual a duas vezes o comprimento em sua linha mediana. Esse resultado não corrobora o obtido aqui e os de NIESER & MELO (1997). Como já citado anteriormente, provavelmente as medidas foram inferidas erroneamente.

DE CARLO (1960) comenta que a forma da gula, globosa posteriormente, é um importante caráter diagnóstico em B. horvathi. As observações realizadas aqui só ��icam

que esse é mais um caráter com variação intraespecífica.

ESTÉVEZ (1996) provavelmente descreveu B. horvathi como B. oxyurum. As

ilustrações do falo e da carena prosternai realizadas neste trabalho são concordantes com as de B. oxyurum, descrita por ela. Além disso, a espécie descrita pela autora como B. horvathi provavelmente é B. oxyurum, mas não é descartada a possibilidade de ser B. candidulum.

Segundo NIESER & MELO (1997), B. horvathi diferencia-se das demais espécies do grupo oxyurum pela carena prosternai com o ápice tuberculado. Segundo DE CARLO (1956), B. horvathi diferencia-se de B. candidulum por apresentar o corpo mais largo na região do escutelo, além da largura posterior do pronoto igual a duas vezes seu comprimento na linha mediana, medidas erroneamente inferidas. Além disso, MENKE & LAUCK (1962) comentam que o falo e o formato do corpo de B. horvathi são bastante similares aos de B. machrisi. Particularmente, os resultados obtidos aqui não sugerem nenhuma similaridade entre o falo das duas espécies. Por conseguinte, ESTÉVEZ (1996) e NIESER & MELO ( 1997) comentam que, provavelmente, B. machrisi é B. candidulum,

corroborando a pouca similaridade existente no aspecto dos falos de B. horvathi e B. machrisi.

3.5.7.3 - Belostoma oxyurum (Dufour, 1863) (Figs 52 - 53, 91, 105)

Tipo: lectótipo macho depositado no NHMW. Não examinado. Localidade-tipo: Montevidéo, Uruguai.

= Zaitha oxyura Dufour, 1863

Zaitha oxyura Dufour, 1863

DUFOUR (1863): 390 [descrição, nota: morfologia]; MAYR (1871): 417 [comentário: tipo]; WALKER (1873): 179 [descrição?]; BERG (1879): 190-191 [catálogo, distribuição, nota: descrição].

Belostoma oxyurum: Montandon, 1903b

MONTANDON (1903b): 362-363 [descrição?]; KIRKALDY & TORRE-BUENO (1909): 192 [lista, catálogo, distribuição]; DE CARLO (1930): 1 18 [catálogo, descrição, nota: comparação, distribuição, registro], prancha V (Fig. 3) [foto]; DE CARLO (1938a): 193 [citação], 225 [catálogo, descrição, tipo, distribuição, registro], prancha VII (Fig. 62) [foto]; LAUCK (1959): 5-6 [grupo: descrição - taxonomia]; RUFFINELLI & PIRÁN (1959): 46 [lista, registro]; LAUCK (1962): 47 [grupo: chave]; SCHNACK (1971): 77-85 [biologia]; SCHNACK (1973a): 5 (Fig. 17) [desenho], 6 [lista, registro], 8 [chave]; NIESER (1975): 93 [grupo: chave], 1 15 [grupo: descrição - comentário: comparação - distribuição], 127 (Fig. 140) [desenho]; SCHNACK (1976): 9 [citação], 1 1-12 [comentário: biologia], 17 [lista, registro], 19 [chave], 39-40 [catálogo, descrição, tipo, distribuição, registro], prancha I (Figs l - 5, 15) [desenho], prancha II (Fig. 33) [desenho]; SCHNACK & ESTÉVEZ (1978): 277-28 1 [biologia]; SCHNACK et ai. (1979): 1 1-17 [ecologia, biologia]; LANZER-DE-SOUZA (1980): 61 [distribuição]; SCHNACK et ai. ( 1981): 239-246 [ecologia]; SCHNACK et ai. (1982): 125-138 [ecologia]; SCHNACK � ai. (1983): 363-370 [ecologia]; SCHNACK et ai. (1986): 85-94 [ecologia, biologia]; CONTARTESE & BACHMANN (1987): 26 [lista, registro]; SCHNACK et ai. (1990): 121-128 [biologia]; ESTÉVEZ (1996): 19 [grupo: chave], 46 (grupo: descrição - diagnose]; NIESER & MELO ( 1997): 60 [chave].

Belostoma sanctulum: Ribeiro et ai., 1998

Diagnose

Espécie pequena, entre 14,2 e 18,5 mm de comprimento total. Carena prosternai caracteristicamente truncada. Relação largura interocular posterior - largura do olho aproximadamente igual a 1,5.

Descrição

Biometria dos adultos (macho/fêmea) (medidas em mm). Comprimento total do corpo: 16,5 - 18,5 / 14,2 - 18,5; largura máxima do corpo: 7,5 - 8,0 / 6,5 - 8,0; comprimento do primeiro segmento do rostro: 0,96 - 1,07 / 0,80 - 1,05; comprimento do segundo segmento do rostro: 1,07 - 1,13 / 0,87 - 1,20; comprimento do anteóculo: 1,07 - 1,20 / 0,80 - 1,25; comprimento da SF A: 0,60 - 0,73 / 0,47 - 0,72; comprimento da SFP: 0,60 - 0,67 / 0,47 - 0,65; comprimento do interóculo: 1,12 - 1,33 / 0,93 - 1,28; comprimento do pronoto: 3,04 - 3,33 / 2,37 - 3,28; largura máxima do pronoto: 5,40 - 5,73 / 4,53 - 5,88.

Coloração geral castanho-clara. Vértice, pronoto, escutelo e parte do henúélitro apresentando, ou não, uma faixa longitudinal mediana hialina contínua provavelmente deternúnada por alguns genes (Snúth & Snúth apud SMITH, 1976).

Corpo elíptico.

Comprimento do anteóculo 0,86 - 1,07 vezes o comprimento do interóculo. Comprimento do pruneiro segmento do rostro 0,86 - 0,94 vezes o comprimento do segundo segmento. Comprimento da SFA freqüentemente maior do que o comprimento da SFP. Clípeo atingindo a linha ocular. Vértice sem carena longitudinal mediana. Largura interocular posterior 1,44 - 1,83 vezes o comprimento do anteóculo, e 1,47 - 1,53 vezes a largura de um olho. Olhos arredondados e globulares.

Pronoto sem pilosidade conspícua e sem carena longitudinal mediana� razão largura máxima - comprimento do pronoto 1,70 - 1,92. Escutelo não atingindo a linha nodal (0,07

- 0,70 mm); carena longitudinal mediana ausente no escutelo. Carena prosternai proeminente e truncada em seu ápice (Figs 52a - b).

Pilosidade não se estendendo até o opérculo genital, cobrindo metade do conectivo. Genitália masculina (Fig. 53). - Falo simétrico. Braços dorsais com a mesma largura em toda sua extensão, paralelos entre si e arredondados em seus ápices. Divertículo ventral achatado e em forma de espátula, em vista ventral; protuberância caudal dorsal ausente em vistas dorsal e lateral; protuberância apicoventral ausente em vistas lateral e ventral; margens externas laterocaudais convexas, sem sinuosidades, em vista ventral; relação largura - comprimento do divertículo ventral, em vista ventral, aproximadamente

0,9.

Material examinado

ARGENTINA. 2 m (MNRJ 128): Buenos Aires, Chascomús, [sem data], (Daguerre), J. A. de Carlo det. BRASIL. Goiás - *3 m / 4 f (MNRJ 126): Rio Verde, IV. 1986, (J. C. M. Carvalho), J. R. I. Ribeiro det. [em 1999]. 2 f (MNRJ 160): Rio Verde, IV. 1986, (J. C. M. Carvalho), J. R. I. Ribeiro det. [em 1999]. 1 f (MNRJ 162): Rio Verde, IV. 1986, (J. C. M. Carvalho), J. R. I. Ribeiro det. [em 1999]. Minas Gerais - * l f (MNRJ 163): Barra de Paraopeba, [sem data], (V. Souza), J. A de Cario det. [como B. candidu/um], J. R. I. Ribeiro det. [em 1999]. 3 f (DPIC 492): Lagoa dos Mares, 13.X:1. 1992, N. Nieser det. * l m (DPIC 1641): Lagoa Santa, A L. Melo det. * l m / 1 f (DPIC 1218): Viçosa [Campus da UFV], 29.IIl. 1994, N. Nieser det. Paraná - l m (MNRJ 123):

Bituruna, 1963, (Staviarski), J. R. I. Ribeiro det. [em 1 999]. Rio de Janeiro - * l m (UFRJ 18): Maricá [Restinga de Maricá], 18.X. 1996, (J. R. I. Ribeiro), J. R. I. Ribeiro det. [em 1999]. * l m (UFRJ 308): Maricá [Restinga de Maricá], 16.V. 1996, (J. R. I. Ribeiro), J. R. I. Ribeiro det. [em 1999]. * 1 m [com ovos] (UFRJ 78): Maricá [Restinga de Maricá, área de brejo], 3 1.1. 1996, (J. R. I. Ribeiro), J. R. I. Ribeiro det. [em 1999]. Santa Catarina - 1 f (SEMC): Nova Teutônia, I. 1954, (F. Plaumann), A L. Estévez det. [em 1985, como B. candidu/um], J. R. I. Ribeiro det. [em 1999]. São Paulo - * l m (SEMC 1063): Araçá, [sem data], [sem coletor], [J. R. de la Torre-Bueno collection, · K.U]., J. D. Lattin det. [em 1951, como B. apache], J. R. I. Ribeiro det. [em 1999]. * l f (padrão "stripe"] (SEMC 229): Itatiba, [sem data], [sem coletor], [J. R. de la Torre-Bueno collection K.U.], J. D. Lattin det. [em 195 1, como B. apache], J. R. I. Ribeiro det. [em 1999]. URUGUAI. 1 m

Distribuição geográfica

ARGENTINA: Buenos Aires (Chascomús), Entre Ríos (Paranacito) [não localizado], Ilha Martin Garcia. BRASIL: Minas Gerais (Alfenas, Gouveia, Lagoa Santa, **Lagoa dos Mares [não localizado], Ouro Branco, Perdizes, Santa Bárbara, **Viçosa),

**Goiás (Rio Verde), **Paraná (Bituruna) [não localizado], **Rio de Janeiro (Maricá [Restinga de Maricá]), **Santa Catarina (Nova Teutônia), **São Paulo (Araçá [não localizado], Itatiba). URUGUAI: Montevidéo.

Biologia

B. oxyurum é uma espécie muito estudada, principalmente na Argentina, no que

concerne à ecologia de populações. Seu ciclo de vida é bem conhecido, assim como seu desenvolvimento pós-embrionário. SCHNACK (1971) e SCHNACK & ESTÉVEZ (1978) descreveram os cinco estádios de B. ·oxyurum, indicando como principais caracteres

diagnósticos o número de segmentos e o grau de desenvolvimento das antenas e das garras tarsais do primeiro par de pernas. Além disso, a côrte, o acasalamento, a oviposição e a eclosão das ninfas foram descritos pela primeira vez por SCHNACK et ai. (1990).

Trabalhos realizados acerca de populações de B. oxyurum mostram que a

fecundidade das femeas provavelmente é inversamente influenciada pelas mudanças na densidade populacional da espécie (SCHNACK et ai., 1981). SCHNACK et ai. (1990)

comentam a existência de um sistema social poligâmico nas populações de B. oxyurum,

onde a poliginia predomina sobre a poliandria. SCHNACK et ai. (1979) caracterizam quatro etapas bem definidas no ciclo populacional anual de B. oxyurum em Los Talas, na Argentina. A primeira etapa é a de expansão, caracterizada pelas eclosões massivas e o

predomínio de estádios mais jovens. A etapa estival vem em seguida, caracterizada pela ausência de um estádio particular sobre os demais. A terceira etapa é a de declinação dos estádios inferiores, com a predomínância dos estádios superiores e adultos. A última etapa é a invernal, caracterizada pela predominância de adultos e a escassez de ninfas de quinto estádio.

Comentários

Foram encontrados alguns espécimes de B. oxyurum, identificados por J. D. Lattin como B. minor. Dessa forma, provavelmente os espécimes de B. minor, registrados no Espírito Santo, Brasil por LANZER-DE-SOUZA (1980), também foram identificados erroneamente. Além disso, ESTÉVEZ (1996) comenta que B. minor está aparentemente restrita às Antilhas Maiores. Espécimes de B. minor, com registro na região Sudeste, não foram encontrados em nenhuma instituição, nem ao menos em coletas pessoais, o que torna esse registro ainda mais duvidoso.

Segundo DE CARLO (1938a) e NIESER & MELO (1997), o comprimento do pronoto em sua linha mediana é sempre maior que duas vezes a sua largura máxima. Os resultados obtidos aqui corroboram os resultados obtidos por esses autores. Entretanto, SCHNACK (1973a, 1976) comenta que o comprimento do pronoto em sua linha mediana é igual a duas vezes a sua largura em B. oxyurnm. É possível que o autor tenha inferido as medidas erroneamente.

ESTÉVEZ (1996), utilizando praticamente os mesmos caracteres propostos neste estudo, considerou B. oxyurnm diferentemente deste estudo. O caráter diagnóstico proposto pela autora, e não citado em nenhuma outra descrição, foi a condição da pilosidade do conectivo atingir as margens do opérculo genital. Além disso, o formato da

carena prosternai ilustrado por ela também não corrobora as descrições realizadas por outros autores. Por outro lado, a descrição de B. sanctulum realizada pela autora é perfeitamente concordante com as descrições realizadas para B. oxyurum neste estudo,

inclusive o formato proeminente e truncado da carena prosternai. NIESER (1975) ilustra o falo de um espécime de B. oxyurum, determinado por D. R. Lauck. Este falo também não é concordante com as ilustrações realizadas neste trabalho. É possível que D. R. Lauck tenha cometido o mesmo erro de ESTÉVEZ (1996).

Segundo DE CARLO (1938a), NIESER & MELO (1997) e SCHNACK (1973a, 1976), B. oxyurum diferencia-se das outras espécies do grupo oxyurum pelo formato truncado da carena e pela relação largura interocular posterior - largura do olho igual a 1,5.

�.

3.5. 7 .4 -Belostoma sanctulum Montandon, 1903

(Figs 54 - 56, 94, 106)

Tipos: lectótipo macho depositado no HNHM. Segundo ESTÉVEZ (1996), um paralectótipo macho está depositado no NHMW. Não examinados.

Localidade-tipo: Espírito Santo, Brasil.

Belostoma sanctulum Montandon, 1903b

MONTANDON (1903b): 362-363 [descrição?]; DE CARLO (1938a): 218 [comentário: comparação], 225-226 [catálogo, descrição, comentário: comparação, tipo, distribuição, registro], prancha VII (Fig. 63) [foto], 227 [comentário: comparação]; DE CARLO (1956): 54-55 [comentário: tipo - morfologia]; LAUCK (1962): 47 [grupo: chave]; SYNAVE (1967): 5 [registro?]; SCHNACK (1973a): 6 [lista], 8 [chave]; NIESER (1975): 1 15 [grupo: descrição - comentário: comparação - taxonomia - distribuição]; SCHNACK (1976): 17 [lista], 19 [chave], 41 [catálogo, descrição, tipo, distribuição]; LANZER-DE-SOUZA (1980): 63 [distribuição]; ESTÉVEZ (1996): 19 [grupo: chave], 46 [grupo: descrição - diagnose], 47 [chave], 55-56 [catálogo, descrição, nota: comparação, distribuição, tipo, registro], prancha V (Figs g - i) [desenho], prancha VI (Figs i - 1) [desenho]; NIESER & MELO (1997): 60 [chave].

Belostoma amici: Piza-Jr., 1975

PIZA-JR. (1975) [em parte]: 67-68 [descrição, distribuição, tipo, nota: etimologia, comentário: comparação].

Diagnose

Espécie pequena, entre 14,4 e 18,6 mm de comprimento total. Relação largura máxima - comprimento do pronoto 2,03 - 2,09, devido à dobra na porção anterior mediana do pronoto). Falo um pouco arredondado. Dilatação não apical na porção ventral do divertículo ventral em vistas lateral e ventral.

Descrição

Biometria dos adultos (macho/fêmea) (medidas em mm). Comprimento total do corpo: 14,4 - 16,8 / 18,6; largura máxima do corpo: 6,6 - 7,7 / 8,5; comprimento do primeiro segmento do rostro: 0,96 - 1,04 / 1, 12; comprimento do segundo segmento do rostro: 1,04 - 1,20 / 1,20; comprimento do anteóculo: 1,04 - 1,20 / 1,28; comprimento da SFA: 0,60 - 0,64 / 0,72; comprimento da SFP: 0,64 - 0,72 / 0,80; comprimento do interóculo: 1,04 - 1,20 / 1,36; largura interocular posterior: 1,80 - 1,84 / 2,00; comprimento do pronoto: 2,60 - 2,80 / 3,04; largura máxima do pronoto: 5,28 - 5,76 / 6,16.

Coloração geral castanho-escura. Corpo elíptico e um pouco alongado.

Comprimento do anteóculo 0,94 - 1,00 vez o comprimento do interóculo. Comprimento do primeiro segmento do rostro 0,87 - 0,93 vezes o comprimento do segundo segmento. Comprimento da SFA menor do que o comprimento da SFP. Clípeo atingindo a linha ocular. Vértice sem carena longitudinal mediana. Largura interocular posterior 1,53 - 1,73 vezes o comprimento do anteóculo, e 1,61 - 1,77 vezes a largura de um olho. Olhos arredondados e um pouco globosos.

Pronoto, sem pilosidade conspícua e sem carena longitudinal mediana, apresentando uma dobra peculiar em sua porção anterior mediana (Fig. 54); razão largura máxima - comprimento do pronoto 2,03 - 2,09. Escutelo atingindo, ou não, a linha nodal (O - 0,40 mm); carena longitudinal mediana ausente no escutelo. Carena prosterna! pouco proeminente, arredondada em seu ápice e projetada anteriormente (Fig. 55a).

Pilosidade não se estendendo até o opérculo genital, cobrindo um pouco mais da metade do conectivo.

Genitália masculina (Fig. 56). - Falo simétrico, um pouco arredondado. Braços

. dorsais com a mesma largura em toda sua extensão, um pouco divergentes e arredondados

protuberância caudal dorsal ausente em vistas dorsal e lateral; protuberância apicoventral ausente em vistas lateral e ventral; margens externas laterocaudais convexas, sem

sinuosidades, em vista ventral; relação largura - comprimento do divertículo ventral, em vista ventral, igual a um.

Notas

Foi encontrado um espécime do Rio de Janeiro, Brasil com o comprimento total do corpo (18,60 mm) maior do que o de outros espécimes conhecidos na literatura. Este espécime possui o ápice da carena prosternai menos projetada anteriormente (Fig. 55b).

Material examinado

BRASIL. Espírito Santo - * l m (HNHM) [lectótipo]: 1903, (Fruhstorfer), A L. Montandon det. [em 1903], D. R Lauck det. [em 1959]. *2 m (ISNB) [paralectótipo?]: 1903, (Fruhstorfer), A L. Montandon det. [em 1903]. Rio de Janeiro - * l f (UFRJ 17): Teresópolis [Serra do Subaio], A L. Melo det. [em 1999]. São Paulo - 2 m [com ovos] (DEES): Piracicaba, VIII. 1974, (Achlel e Abílio), S. de T. Piza-Jr. det. [como B. amici], J. R I. Ribeiro det. [em 1999].

Distribuição geográfica

BRASIL: Espírito Santo, **Rio de Janeiro (Teresópolis [Serra do Subaio ]), Santa Catarina (Nova Teutônia), **São Paulo (Piracicaba).

Comentários

Segundo DE CARLO (1938a) e SCHNACK (1973a, 1976), o comprimento do

pronoto em sua linha média é maior que a metade de sua largura posterior em B. sanctulum.

a porção anterior mediana do pronoto é freqüentemente muito dobrada, tomando o pronoto menor em comprimento (A. L. Melo, com. pess.). Por ser única entre as espécies de

Belostoma, NIESER & MELO (1997) utilizam a presença desta dobra como caráter diagnóstico para a espécie.

A descrição realizada neste estudo, acerca de B. sanctu/um, corrobora a descrição de ESTÉVEZ (1996) de que a carena prosternai é projetada anteriormente, e de que provavelmente o comprimento do anteóculo é quase sempre igual ao comprimento do interóculo. Além disso, a autora cita que os braços dorsais do falo são duas vezes e meia mais compridos do que sua porção anterior. Esse caráter não foi utilizado aqui devido a ampla variação encontrada dentro da espécie e do grupo oxyurum.

Segundo DE CARLO (1938a), B. sanctulum é muito semelhante àB. oxyurum, mas diferencia-se por apresentar os femures menos robustos, os olhos mais largos e a porção posterior do corpo mais larga.

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