• Nenhum resultado encontrado

3.5.8 Grupo plebejum sensu NIESER (1975)

3.5.1 O Grupo testaceopallidum Lauck,

Grupo formado por duas espécies, entre 26,0 e 34, 1 mm de comprimento total. B. testaceopallidum, integrante desse grupo, é espécie-tipo de Belostoma. As espécies do grupo apresentam a pilosidade cobrindo completamente o conectivo e, parcial ou totalmente, os esternitos abdominais. Porção caudal do falo achatada e expandida, sem protuberância apicoventral desenvolvida em vistas lateral e ventral.

3.5.10.1 - Belostoma ribeiroi De Cario, 1933 (Figs 68 - 70, 93, 106)

Tipos: holótipo macho depositado no MNRJ. Parátipo macho depositado no MACN. Localidade-tipo: Gruta do Tucum, Mato Grosso, Brasil.

= Belostoma dufouri De Cario, 1933

= Belostoma lundbladi De Cario, 1963, syn. n.

Belostoma ribeiroi De Cario, 1933

DE CARLO (1933): 95-96 [descrição, distribuição, tipo, nota: etimologia, comentário: comparação], (Fig. 3) [foto]; DE CARLO (1935): 205 [catálogo, comentário: sinonímia, diagnose, distribuição], prancha XVI (Fig. 3) [foto]; DE CARLO (1938a): 237-238 [catálogo, descrição, comentário: comparação - diagnose, tipo, distribuição], prancha VI (Fig. 75) [foto]; DE CARLO (1960): 55-56 [comentário: diagnose - comparação - sinonímia]; MENKE & LAUCK (1962): 6 [catálogo, registro, comentário: morfologia]; LAUCK (1962): 46 [grupo: chave]; LAUCK (1963): 84 (Fig. 61) [desenho], 87 (Fig. 67) [desenho], 89 [grupo: descrição, grupo: nota: taxonomia - diagnose, chave], 91-93 [catálogo, descrição, nota: diagnose, tipo, distribuição, registro]; NIESER (1975): 93 [grupo: chave], 105 [comentário: taxonomia - comparação - grupo: diagnose]; LANZER-DE-SOUZA (1980): 62-63 [distribuição]; ESTÉVEZ (1996): 18 [grupo: chave]; NIESER & MELO (1997): 59 [chave, nota: registro - biologia - sinonímia].

DE CARLO (1933): 96-98 [descrição, distribuição, tipo, comentário: comparação, nota: etimologia], (Fig. 4) [foto]; DE CARLO (1934): 109 [nota: comparação]; DE CARLO (1960): 56 (nota: sinonímia]; LAUCK(1963): 92 [nota: sinonímia].

Belostoma lundbladi: De Cario, 1963

DE CARLO (1963): 20-22 [nota: comparação, descrição, tipo, distribuição, comentário: etimologia - comparação - registro]; LANZER-DE-SOUZA (1980): 58 [distribuição]; NIESER & MELO (1997): 59 [nota: sinonímia].

Diagnose

Comprimento total do corpo maior que duas vezes a sua largura máxima. Pilosidade estendendo-se até o opérculo genital, cobrindo completamente o conectivo e, parcial ou totalmente, os esternitos abdominais. Margens externas laterocaudais do divertículo ventral convexas, sem sinuosidades, em vista ventral; relação largura - comprimento do divertículo ventral, em vista ventral, igual a um.

Descrição

Biometria dos adultos (macho/íemea) (medidas em mm). Comprimento total do corpo: 26,0 - 32,3 / 27,8 - 31,2; largura máxima do corpo: 12,8 - 15,3 / 13,3 - 14,8; comprimento do primeiro segmento do rostro: 1,92 - 2,48 / 2,20 - 2,57; comprimento do segundo segmento do rostro: 1,84 - 2,86 / 2,24 - 3,14; comprimento do anteóculo: 1,76 - 2,20 / 2,00 - 2,24; comprimento da SFA: 1,04 - 1,20 / 1,04 - 1,40; comprimento da SFP: 1,04 - 1,20 / 0,88 - 1,28; comprimento do interóculo: 1,76 - 2,08 / 1,76 - 2,00; comprimento do pronoto: 4,80 - 5,40 / 4,80 - 5,40; largura máxima do pronoto: 9,20 - 10,40 / 8,64 -10,64.

Coloração geral castanho-escura. Margem dos conectivos com círculos alaranjados. Corpo elíptico e um pouco estreito.

Comprimento do anteóculo 0,96 1,3 8 vezes o comprimento do interóculo. Comprimento do primeiro segmento do rostro 0,82 - 1,04 vezes o comprimento do segundo segmento. Comprimento da SF A freqüentemente maior que o comprimento da

SFP. Clípeo atingindo, ou não, a linha ocular (O - 0,16 mm). Vértice sem carena longitudinal mediana. Largura interocular posterior 1,27 - 1,64 vezes o comprimento do anteóculo, e 1,43 - 1,82 vezes a largura de um olho. Olhos arredondados.

Pronoto sem pilosidade conspícua e com carena longitudinal mediana, quando desenvolvida, em seu lobo posterior; carenas envolvendo as fóveas do pronoto evidentes; razão largura máxima - comprimento do prnnoto 1,76 - 1,97. Escutelo atingindo, ou não, a linha nodal (O - 0,48 mm); carena longitudinal mediana desenvolvida, ou não, no escutelo. Carena prosternai não proeminente, um pouco arredondada, com seu ápice projetado anteriormente (Fig. 68a).

Pilosidade estendendo-se até o opérculo genital, cobrindo completamente o conectivo e, parcial ou totalmente, os esternitos abdominais.

Genitália masculina (Fig. 69). - Falo simétrico. Porção caudal do falo achatada e expandida. Braços dorsais com a mesma largura em toda sua extensão, divergentes e arredondados em seus ápices. Protuberância caudal dorsal ausente em vistas dorsal e lateral; protuberância apicoventral ausente · · em vistas lateral e ventral; margens externas laterocaudais convexas, sem sinuosidades, em vista ventral; relação largura - comprimento do divertículo ventral, em vista ventral, igual a um.

Notas

Foram encontradas algumas variações na carena prosternai e no falo do espécime rotulado como B. lundbladi, de Minas Gerais, Brasil. A carena não é tão projetada anteriormente e seu ápice é mais afilado (Fig. 68b ). Os braços dorsais do falo são mais largos, divergentes e afilados em seus ápices. As margens externas laterocaudais também são convexas (Fig. 70).

Material examinado

BRASIL. Distrito Federal - * l f (UFRJ 454): Brasília [Bacia do Riacho fundo], 18.I. 1996, (V.

Pires), J. R. I. Ribeiro det. [em 1999). Mato Grosso - *l m (MNRJ 118): [sem data], [sem

coletor], J. A de Cario det. [como B. dufouri, parátipo]. *l m (MNRJ 1 19) [holótipo]: Gruta do

Tucum, 17.X. 1908, (M. Ribeiro), J. A de Carlo det. Minas Gerais - * l m (DPIC 1209):

Diamantina, 19.ill. 1994, (A L. Melo), A L. Melo det. * l f (DPIC 1619): Diamantina [Cachoeira Sentinela abai.-xo], 19.ill. 1994, (A L. Melo e N. Nieser), N. Nieser det. *l m (DPIC 99004):

Diamantina [riacho 1), 20.ill.1994, (A L. Melo), A L. Melo det. *l m / l f (MNRJ 120): Paracatú

[Córrego Rico, DZ 54/62), 06.VII.1960, [Exp. Formosa], J. A de Carlo det. [como B. lundbladi,

holótipo], J. R. I. Ribeiro det. [em 1999). *l m (MACN): Paracatú [Córrego Rico], 06.VII. 1960,

[Expedição Formosa], J. A de Cario det. [como B. lundbladi, parátipo], J. R. 1. Ribeiro det. [em

1999]. 2 m / 2 f (UFRJ 508): Serra do Cipó - km 1 17 [1. 100 m, 19° 15' 92" S, 43° 32' 86" O],

17.IV.1999, (A L. Melo e J. R I. Ribeiro), J. R I. Ribeiro det. [em 1999). Rio de Janeiro - *I m

(MACN 3680): Itatiaia, VII.1902, (C. Moreira), J. A de Carlo det. [como B. testaceopallidumJ, J.

R I. Ribeiro det. [em 1999). 1 m (UFRJ 2): Teresópolis, 14.III. 1996, (A C. R Alves), J. R I.

Ribeiro det. [em 1999). Santa Catarina - l m (MACN): Nova Teutônia [300 - 500 m], IX.1951,

(F. Plaumann), J. A de Carlo det. [como B. testaceopallidum], J. R. I. Ribeiro det. [em 1999).

Distribuição geográfica

BRASIL: **Distrito Federal (Brasília [Bacia do Riacho Fundo]), Goiás (E.

Formoso [24 km E], S. Amaro Leite [34 km S], Veadeiros), Mato Grosso (Gruta do Tucum), Minas Gerais (Caeté, **Diamantina, Gouveia, Paracatú, Perdizes, Serra do Cipó), **Rio de Janeiro (Itatiaia, Teresópolis), **Santa Catarina (Nova Teutônia).

Biologia

Segundo NIESER & MELO (1997), B. ribeiroi parece ser encontrada em lugares similares aos de B. testaceopallidum. Muitos encontram-se às margens de águas correntes e, embora não parecendo pouco encontradiça, freqüentemente só poucos espécimes têm sido coletados.

Comentários

As descrições realizadas de B. ribeiroi por DE CARLO (1933; 1960) e LAUCK (1963) são conflitantes ao indicarem os valores dos comprimentos dos segmentos do rostro. DE CARLO (1960) comenta que B. ribeiroi apresenta o comprimento do primeiro segmento do rostro um pouco maior que o comprimento do segundo segmento, enquanto que os outros autores, inclusive ele mesmo (DE CARLO, 1938a), mostram o contrário.

Como proposto por NIESER & MELO (1997), a sinonímia de B. lundbladi e B.

ribeiroi é válida, principalmente devido às similaridades do falo e às similaridades na relação

comprimento - largura máxima do corpo. Ambas apresentam as margens externas laterocaudais convexas, sem sinuosidades, e o comprimento do corpo maior que duas vezes sua largura máxima. Segundo DE CARLO (1963), o que diferenciava B. ribeiroi de B.

lundbladi era a relação do comprimento dos segmentos do rostro .. B. lundbladi apresentava

o comprimento do primeiro segmento do rostro menor que o comprimento do segundo segmento. Entretanto, como visto aqui, essa relação provavelmente apresenta variação intraespecífica.

MENKE & LAUCK (1962) e NIESER & MELO (1997) comentam que muitos espécimes podem possuir a · pilosidade mais curta e menos distinta nos esternitos abdominais, e que nem sempre ela estende-se sobre todos os esternitos.

Segundo LAUCK (1963) e NIESER & MELO (1997), B. ribeiroi diferencia-se de B. testaceopallidum pelo comprimento total do corpo maior que duas vezes sua largura máxima e pelo divertículo ventral do falo não apresentar sinuosidades em suas margens externas laterocaudais.

3.5.10.2 - Belostoma testaceopallidum Latreille, 1807 (Figs 71 - 73, 96, 107)

Tipos: neótipo macho depositado no United States National Museum of Natural History, Washington, EUA. Não examinado.

Localidade-tipo: Curitiba, Paraná, Brasil. = Zaitha margineguttata Dufour, 1863 = Zaitha carbonaria Dufour, 1863

= Belostoma grandicollum De Carlo, 1934, syn. n. = Belostoma longirostrum De Carlo, 1934

Belostoma testaceopallidum Latreille, 1807

LATREILLE (1807): 144-145 [descrição]; MAYR (1871): 406 [citação]; MONTANDON (1903c): 1 14-1 15 [descrição?]; KIRKALDY & TORRE-BUENO (1909): 192 [lista, catálogo, distribuição]; KIRKALDY (1906): 15 1 [citação]; DE CARLO (1930): 109 [citação], 1 13-1 14 [catálogo, descrição, distribuição, registro], prancha VII (Fig. 25) [foto]; DE CARLO (1938a) [provavelmente em parte]: 210 [citação], 236 [catálogo, descrição, tipo, distribuição, registro], prancha II (Fig. 23) [desenho], prancha VII (Fig.73) [foto]; DE CARLO (1950): 53 1-532 (comentário: comparação - diagnose, medida]; DE CARLO (1960): 55 [sinonímia, nota: descrição - diagnose - comparação]; LAUCK & MENKE (1961): 650 [citação]; LAUCK (1962): 38 [citação], 45 [citação], 46 [grupo: chave]; LAUCK (1963): 84 (Fig. 60) [desenho], 87 (Fig. 66) [desenho]. 88 [grupo: citação], 89-91 [grupo: descrição, comentário: taxonomia - grupo: comparação, chave, catálogo, descrição, tipo, comentário: nomenclatura, distribuição, registro]; SCHNACK (1973a) [provavelmente em parte]: 5 (Fig. 10) [desenho], 6 [lista, distribuição], 7 [chave]; NIESER (1975): 93 [grupo: chave], 105 [grupo: citação, comentário: taxonomia - grupo: comparação]; MENKE (1976): 169 [comentário: sinonímia]; SCHNACK (1976) [provavelmente em parte]: 16 [citação], 17 [lista, distribuição], 18 [chave], 41-43 [catálogo, descrição, tipo, distribuição], 57 (Fig. 18) [desenho], 58 (Fig. 22) [desenho]; LANZER-DE-SOUZA (1980): 64-65 [distribuição]; CONTARTESE & BACHMANN (1987): 26 [lista]; ESTÉVEZ (1996): 6 [histórico], 13 [citação],

18 [grupo: chave]; NIESER & MELO (1997): 59 [chave].

MAYR ( 1863) [questionável]: 352 [descrição, distribuição]. Zaitha margineguttata: Dufour, 1863

DUFOUR ( 1863) [questionável]: 387 [descrição, nota: sinonímia]; MAYR (1871) [questionável]: 407 [chave], 4 10-4 1 1 [catálogo, distribuição, comentário: registro, nota: tipo]; WALKER (1873) [questionável]: 178 [descrição?].

Zaitha carbonaria: Dufour, 1863

DUFOUR (1863) [questionável]: 388 [descrição, distribuição, nota: morfologia]. Belostoma grandicollum: De Cario, 1934

DE CARLO (1934): 109-110 [descrição, nota: comparação, distribuição, tipo, comentário: comparação - diagnose]; LAUCK (1962): 46 [grupo: chave]; LAUCK (1963): 84 (Fig. 62) [desenho], 87 (Fig. 68) [desenho], 89 [grupo: chave - descrição - nota: taxonomia - diagnose, chave], 93-94 [catálogo, descrição, comentário: morfologia - diagnose, tipo, distnbuição]; LANZER-DE-SOUZA (1980): 57 [distribuição].

Belostoma /ongirostrum: De Cario, 1934

DE CARLO (1934): 1 10 (Fig. 2) [foto], 1 10-11 1 [descrição, distribuição, tipo, comentário: comparação - diagnose]; DE CARLO (1938a): 238 [catálogo, descrição, comentário: comparação, tipo, distribuição, registro], prancha VII (Fig. 76) [foto].

Belostoma stolli: De Cario, 1950

DE CARLO (1950): 531 [comentário: comparação - diagnose - medida].

Diagnose

Comprimento total do corpo igual a duas vezes a sua largura máxima. Razão largura máxima - comprimento do pronoto 1,96 - 2,00. Carena prosternai triangular, afilada em seu ápice. Pilosidade estendendo-se até o opérculo genital, cobrindo completamente o conectivo e, parcial ou totalmente, os esternitos abdominais. Margens externas laterocaudais do divertículo ventral sinuosas em vista ventral.

Descrição

Biometria dos adultos (macho/fêmea) (medidas em mm). Comprimento total do corpo: 29,7 - 34, l / 26,6 - 33,5; largura máxima do corpo: 15,3 - 17,0 / 13,4 - 16,3; comprimento do primeiro segmento do rostro: 2,00 - 2,56 / 2,24 - 2,72; comprimento do segundo segmento do rostro: 2,72 - 3, 12 / 2,40 - 3,52; comprimento do anteóculo: 2,24 / 1,92 - 2,72; comprimento da SFA: 1,20 -:-

1,40 / 1,00 - 1,40; comprimento da SFP: 0,96 - 1,20 / 0,88 - 0,96; comprimento do interóculo: 1,60 - 2,00 / 1,44 - 1,76; comprimento do pronoto: 4,48 - 5,00 / 4,00 - 5, 12; largura máxima do pronoto: 8,80 - 10,00 / 8,00 - 10,24.

Coloração geral castanho-clara. Estenútos abdominais com coloração geral alaranjada.

Corpo elíptico e alargado.

Comprimento do anteóculo 1,12 - 1,55 vezes o comprimento do interóculo. Comprimento do prune1ro segmento do rostro O, 71 - 0,93 vezes o comprimento do segundo segmento. Comprimento da SFA igual ou maior do que o comprimento da SFP. Clípeo atingindo, ou não, a linha ocular (O - 0,64 mm). Vértice sem carena longitudinal mediana. Largura interocular posterior 1,24 - 1,50 vezes o comprimento do anteóculo, e 1, 64 - 1, 7 5 vezes a largura de um olho. Olhos arredondados e projetados.

Pronoto sem pilosidade conspícua, com rugosidades peculiares e com carena longitudinal mediana em seu lobo posterior; razão largura máxima - comprimento do pronoto 1,96 .:.... 2,00. Carena longitudinal mediana ausente e carenas paralelas laterais desenvolvidas no escutelo; escutelo atingindo, ou não, a linha nodal (O - 0,32 mm). Carena prosterna! proeminente e triangular, afilada em seu ápice (Fig. 71).

Pilosidade estendendo-se até o opérculo genital, e cobrindo além do conectivo, parcialmente ou completamente os estenútos abdominais.

Genitália masculina (Fig. 72). - Falo simétrico; porção caudal do falo achatada. Braços dorsais com a mesma largura em toda sua extensão, um pouco convergentes e arredondados em seus ápices. Protuberância caudal dorsal ausente em vistas dorsal e lateral; protuberância apicoventral ausente em vistas lateral e ventral; margens externas laterocaudais com sinuosidades em vista ventral; relação largura - comprimento do

divertículo ventral, em vista ventral, aproximadamente 1,25.

Notas

Foram encontrados alguns espécimes de Misiones, Argentina, com o comprimento total do corpo bem menor do que o esperado, isto é, com 26,6 mm de comprimento total. Esses espécimes observados não apresentaram as margens externas laterocaudais do divertículo ventral do falo muito sinuosas, como as observadas por LAUCK (1963) e NJESER & MELO (1997) (Fig. 73).

Material examinado

ARGENTINA * l m (MACN 7932): Misiones, Garuhape, 13.1. 1966, (A O. Bachmann), J. A de Carlo det. 1 m (MACN 5653): Misiones, San Ignacio, XI. 1940, (A Zotta), J. A de Carlo det., J. R. I. Ribeiro det. [em 1999]. BRASIL. Mato Grosso - 1 m (MNRJ 1 17) [holótipo de B. grandicollum]: 1918, (J. G. Keihlmam), J. A de Carlo det. [como B. grandicollumJ, J. R. I. Ribeiro det. [em 1999). Minas Gerais - * l f (UFRJ 468): Lima Duarte [Parque Estadual lbitipoca, vegetação marginal em riacho], 06.XI.1993, (R L. C. Baptista), J. R I. Ribeiro det. [em 1 999]. Rio de Janeiro - 1 m (UFRJ 507): Friburgo, rio Caledônia, 07.11. 1991, (L. F. Dorvillé, J. L. Nessimian e E. R da Silva), J. R I. Ribeiro det. [em 1999]. 1 m (MNRJ 105) [holótipo de B. longirostrum]: Itatiaia, VIl. 1902, (Carlos Moreira), J. A de Cario det. [como B. longirostrum), J. A de Cario det. 1 m (MNRJ 158): Itatiaia (700 m], 06.XIl.1949, (W. Zikán), J. R I. Ribeiro det. [em 1999]. 3 m / 6 f (MNRJ 103): Lombardia, Santa Teresa, 13.IX. 1943, (Machado), J. A de Cario det. * l f (MACN 53478): Rio de Janeiro, Lombardia, Santa Teresa, 13.IX. 1943, (Machado), J. A de Cario det. * l m [com ovos sobre o hemiélitro] (UFRJ 467): Teresópolis [Faz. Vale da Revolta], 02.IX. 1 989, (R Sachse), J. R I. Ribeiro det. [em 1999]. 1 f (UFRJ 3): Teresópolis [Serra do Subaio, represa acima], 06.VI. 1996, (E. C. Mendonça), J. R I. Ribeiro det. [em 1999]. 1 f (UFRJ 352): Teresópolis, Subaio, 06-09.Vl.1996, (equipe entomologia), J. R. I. Ribeiro det. [em 1999). Santa Catarina - * 1 f (SEMC): Nova Teutônia (27" 1 1 ' S, 52º 23 ' O, 300 - 500 m],

29.IX. 1955, (F. Plaumann), J. T. Polhemus det. [como B. grandicollum], J. R I. Ribeiro det. (em 1999].

Distribuição geográfica

ARGENTINA: Misiones ( Garuhape [ não localizado], **San lgnacio [ não localizado]). BRASIL: Bahia?, Mato Grosso, Minas Gerais (Alfenas, Fortuna de Minas [não localizado], lbirité, **Lima Duarte, Nova Lima, Santa Bárbara, Santana do Riacho

[Serra do Cipó], Sete Lagoas, Uberlândia), Paraná (Curitiba), Rio de Janeiro (**Friburgo, **Itatiaia, * *Rio de Janeiro, Teresópolis), * *Santa Catarina (Nova Teutônia).

GUADALUPE?

Biologia

Apesar de ser a espécie-tipo do gênero, é pouco conhecida. NIESER & :MELO ( 1997) mencionam que essa espécie encontra-se às margens de rios de correnteza. Embora não aparentem ser pouco encontradiços, são sempre coletados poucos espécimes.

Comentários

A relação largura máxima - comprimento do pronoto parece ser um bom caráter para a determinação de muitas espécies do gênero Belostoma (A. L. Melo, com. pess.); isto é, apresenta pouca variação intraespecífica. Assim, como mostrado aqui, DE CARLO (1938a) e SCHNACK (1976) podem ter descrito, por engano, B. ribeiroi que apresenta essa relação freqüentemente menor que dois, ao invés de B. testaceopallidum. LAUCK (1963) provavelmente descreveu B. testaceopallidum, embora suas medidas do pronoto inferidas não sejam muito concordantes com a descrição realizada aqui. Mas, devido às evidências do falo ilustrado, provavelmente trata-se dessa espécie. Ainda utilizando essa relação, e baseado também na genitália ilustrada, é muito claro que o autor cometeu um

erro de descrever uma variação de B. testaceopallidum como B. grandicollum. Além disso, o autor não observou o espécime-tipo de B. testaceopallidum, o que indica pouco conhecimento acerca da verdadeira identidade dessa espécie.

Segundo NIESER ( 1 975), B. testacepallidum é muito similar à B. stollii, porém diferem na relação dos comprimentos do primeiro e segundo segmentos do rostro. Em B.

stollii, o comprimento do primeiro segmento do rostro é quase igual ao comprimento do

segundo segmento. Diferem também no desenvolvimento da pilosidade do conectivo, não o cobrindo totalmente em B. stollii. Além disso, a carena longitudinal mediana do vértice é bastante evidente em B. stollii. B. ribeiroi muitas vezes pode ser confundido com B.

testaceopallidum, mas o aspecto do falo e a relação comprimento - largura máxima do

corpo podem auxiliar na identificação correta das duas espécies (LAUCK, 1 963 ; NIESER & MELO, 1 997). Em B. ribeiroi, as margens externas laterocaudais do divertículo ventral não apresentam sinuosidades e o comprimento total do seu corpo é um pouco maior que duas vezes sua largura máxima.

Segundo MENKE ( 1 976), B. pallidum foi um erro de ortografia cometido por J. N.

F. X. Gistel, em 1 84 7. É possível que o autor esteja correto, já que o comprimento total do corpo é igual a duas vezes a sua largura máxima.

4 - DISCUSSÃO

A respeito do problema das variações morfológicas interespecíficas encontradas nas espécies estudadas, o comprimento total do corpo pode estar sujeito a fatores não intrínsecos aos genomas de algumas espécies. Segundo PEREIRA & MELO (1998), é bem provável que a disponibilidade de presas em um hábitat possa influenciar no tamanho dos indivíduos de alguns Belostoma. Essa influência acarreta problemas na identificação de espécies que foram definidas pelo tamanho (e.g. B. micantulum e B. plebejum) (NIESER & MELO, 1997; SCHNACK, 1973a, 1976).

Assim, baseado nos resultados obtidos, B. bergi e B. bosqi podem ser a mesma espécie. Essa hipótese é corroborada por LAUCK (1964), que cita a existência de alguns espécimes de B. bergi mais estreitos e muito similares a B. bosqi. Entretanto, os meios utilizados aqui não foram capazes de detectar isso.

Ainda acerca das variações interespecíficas, o estado de desenvolvimento do clípeo e do escutelo, além de outras proporções tomadas, mostram estar sujeitas a uma série de complicações quanto à sua utilização. É díficil saber como outros especialistas tomam essas medidas afim de determinar o estado desses caracteres. Assim, como em MENKE (1958), o grau de desenvolvimento do clipeo pode não ser um caráter de fácil definição, especialmente em espécimes secos, que quase sempre não estão bem preservados. O mesmo acontece com o padrão de coloração: dependendo do tempo que o espécime emergiu até o momento da coleta, esse pode apresentar grande variação (A. L. Melo, com. pess.). Assim, o que é importante para uma determinação precisa, nesse caso, é o somatório de um conjunto de caracteres (A. L. Melo, com. pess.; MENKE, 1958).

n

Como observado nos catálogos bibliográficos confeccionados neste trabalho, as

Documentos relacionados