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CAPÍTULO 2. Políticas para o fomento dos Arranjos Produtivos Locais no

2.5 A guisa de conclusão

Conforme verificamos nest

o Sebrae e a Fiesp têm fundamentado suas atuações com aglomerados territoriais, conhecido como arranjos produtivos locais, organizados a partir da atuação de agentes econômicos, políticos e sociais, com foco em um conjunto específico de atividades econômicas.

Já há a

ática do desenvolvimento, a importância da presença institucional para com o fomento de APLs. Em 2002, Cassiolato; Machado e Palhano em trabalho realizado para o Sebrae, já apontavam que, para um maior sucesso no desenvolvimento de arranjos produtivos, é necessário criar uma “i

MPMEs

uação institucional no fomento dessa área do desenvolvimento é muito portante na medida em que as micro e pequenas empresas necessitam, cada vez m em consideração aspectos como a inovação, interação, cooperaç

s, consideradas isoladamente, para o território. Presenci

leiros. Isto pode ser

unicípios com aglomerações setoriais

espeito ao atendimento das demandas dos APLs, com especial atenção aos APLs es

, ao longo dos , visando a realização de ações que tragam informação, capacitação e sensibilização, bem como a criação de políticas de inovação para MPMEs.

A at im

mais, de políticas que leve

ão e aprendizagem, proporcionando assim, a inserção e o desenvolvimento dessas empresas no mercado competitivo.

Nesse sentido, verificamos que a estratégia do MDIC e do Governo Federal brasileiro, da SD do Governo do Estado de São Paulo, do Sebrae e da Fiesp, têm deslocado suas atenções das indústria

amos um momento em que se busca, institucionalmente, trabalhar o território “competitivo”, de modo a reunir as condições para promover o adensamento empresarial, o dinamismo sócio-econômico e a especialização produtiva dos territórios.

Conforme observamos neste capítulo, existe uma interação, mesmo que ainda incipiente, no que diz respeito à forma com que vem sendo planejada a atuação governamental e institucional para o fomento e promoção dos APLs brasi

notado pela estratégia posta ao GTP-APL, no nível federal, dos Nes no âmbito estadual e da elaboração do PDP pelo APL e governança local.

Vê-se a possibilidade de articulação dessas políticas com as políticas municipais, sobretudo com a obrigatoriedade de realização do Plano Diretor Municipal, que deverá considerar e relevar, no caso de m

produtivas, como um APL, as diretrizes de desenvolvimento desse segmento local produtivo.

Ainda é cedo para a realização de diagnóstico sobre o desempenho dessas políticas. Poucos são os desdobramentos e deliberações do GTP-APL até o início de 2008. E por ser uma estratégia nacional, dependerá, em grande medida, da cooperação inter e intra-institucional das instituições presentes neste grupo de trabalho, sobretudo no que diz r

tabelecidos em estados menos desenvolvidos da federação.

Já no âmbito do Estado de São Paulo, por ser ainda recente a criação do NE paulista ou Rede de Apoio aos APL, demandar-se-á tempo para as primeiras análises do seu papel de articulação institucional. No entanto, é de se tecer uma crítica ao Governo do Estado de São Paulo, com respeito à ausência de estratégia

anos, pa

–, não há uma postura governamental que se volte para uma política sistemát

ento coletivo de empresas. Assim, o Sebrae-SP oferece

a maior parte das

ra com o fomento e promoção dos APLs. Excetuando a atuação do IPT, da FAPESP e de poucos centros e departamentos das universidades estaduais (USP, UNESP e UNICAMP), que trabalham mais especificamente com a transferência de conhecimento – sobretudo para as grandes e médias empresas e quase nada para as micro e pequenas

ica para o desenvolvimento de territórios onde se estabelecem os aglomerados produtivos, especialmente no sentido de gerar e fomentar novas estruturas locais que possam liderar o processo de desenvolvimento em âmbito local e regional. Como veremos no capítulo seguinte desta dissertação, a implantação das regiões de governo e administrativas no Estado de São Paulo, não se traduziu em uma atuação estratégica em prol do desenvolvimento local.

Apesar da ausência dessa atuação no Estado de São Paulo, como também pela falta de desdobramentos devido à recente criação da Rede Paulista de Apoio aos APLs, o convênio da Fiesp com o MDIC propiciaram a elaboração de dez Planos de Desenvolvimento Preliminar (PDP) de APLs paulistas41. O PDP do APL de Tambaú é um deles e será mais bem detalhado no capítulo 5 desta dissertação.

Nesse contexto, ainda que se tenha uma interação nas atuações institucionais citadas, é possível observar algumas incongruências, sobretudo quando analisadas, em conjunto, as atuações do Sebrae-SP e da Fiesp.

O Sebrae atua nos APLs paulistas desde a década de 1990. A Fiesp iniciou sua atuação juntos aos APLs em 2002, com a celebração do convênio com o Sebrae- SP para a realização do “Projeto de Apoio ao incremento de Competitividade das Empresas Inseridas e Organizadas em APLs”.

A forma de atuação do Sebrae-SP junto às MPMEs organizadas em APLs se dá através do atendimento a sindicatos e associações a que se associam. Além disso, o Sebrae-SP funciona para o atendim

a possibilidade de realização de cursos do Sistema de Gestão Empresarial (SGE), a organização de rodadas de negócios, a realização de feiras e missões, além do acesso às consultorias de empresas cadastradas pelo Programa Sebraetec.

Já a atuação da Fiesp se desenvolve por meio de convênios com instituições e entidades como o MDIC, o Sebrae-SP e associações e sindicatos. N

41

Foram elaborados em 2007 os PDPs dos APLs: de cerâmica vermelha ou estrutural de Tambaú, Vargem Grande do Sul, Itu e Tatuí; de móveis de Mirassol e Votuporanga; de cama, mesa e banho e bordados de Ibitinga; de calçados femininos de Jaú; de transformadores plásticos do Grande ABC; e aeroespacial de São José dos Campos.

vezes – c

rviços para os APLs.

sp com o acompanhamento de técnico do Sebra o à APL no âmb uns problemas administ a consolid

de um grande campo para o desenvolvimento local e regional, como também para a u desempenho.

om exceção do convênio com o Sebrae-SP iniciado em 2002 – a colaboração da Fiesp se dá com a participação efetiva dos técnicos da entidade e não de forma financeira, com recursos para a contratação de se

Nesse sentido, a oportunidade de realização do “Projeto de Apoio ao incremento de Competitividade das Empresas Inseridas e Organizadas em APLs”, em que tanto a Fiesp quanto o Sebrae-SP juntaram recursos financeiros para a realização do projeto – gerenciado por um técnico da Fie

e-SP – trouxe experiência para ambas entidades no sentido de aprenderem, na ação e conjunção, o modo mais eficaz de aplicar a metodologia em cada localidade.

No entanto, a incongruência na atuação dessas entidades se dá, principalmente, no modo como elas atuam na prospecção de novos parceiros institucionais para os APLs. Pois enquanto a Fiesp – a partir de sua estrutura horizontal – permite o contato de seus técnicos com outras instâncias de apoi

ito estadual ou federal; o Sebrae-SP, pela sua estrutura hierárquica verticalizada e atuação setorizada – na área tecnológica, de inovação, gestão, educação, etc. – não facilita aos seus técnicos de campo, o contato direto com outras entidades ou instituições, sejam estaduais ou federias, que poderiam somar e colaborar com o desenvolvimento de um APL específico. Assim, houve alg

rativos no desenvolvimento do “Projeto de Apoio ao incremento de Competitividade das Empresas Inseridas e Organizadas em APLs”, especialmente mo APL ceramista de Tambaú, foco de estudo desta dissertação.

Contudo, de forma generalizada, o que se prevê daqui em diante, é que as atuações no Estado de São Paulo, da SD, do Sebrae e da Fiesp – principais instituições ou entidades que compõem o NE paulista – venha congregar esforços para

ação de governanças locais e permitir a elaboração dos Planos de Desenvolvimento dos APLs, bem como que articulem as soluções estaduais para as demandas dos APLs.

Por fim, espera-se, a partir do desenvolvimento dessas estratégias em conjunto, um novo cenário para o desenvolvimento de políticas públicas de fomento ao desenvolvimento econômico local. Sobretudo nas localidades com relevante atividade econômica pela aglomeração produtiva, a se enquadrar como um APL. A articulação dessas políticas em cada município, a partir do NE, permitirá o surgimento

No próximo capítulo apresentamos o município de Tambaú, onde se estabelece o APL de cerâmica vermelha estudo dessa dissertação. Este APL, como já evidenciamos, participou do “Projeto de Apoio ao incremento de Competitividade das Empresas Inseridas e Organizadas em APLs”, com a aplicação da metodologia de APLs da

Fiesp de 2005 a 2007. Adicionalmente, em 2006, foi realizado em Tambaú o estudo de macrozoneamento minerário pelo IPT, através do Programa de Apoio Tecnológico aos Municípios42 (Patem), que resultou no Plano de Macrozoneamento Minerário de Tambaú. Já em 2007, o MDIC junto à Fiesp atuaram no município com a elaboração do Plano de Desenvolvimento Preliminar (PDP) do APL.

42

As diretrizes do Patem são para o fomento e apoio à implementação de projetos locais e regionais que contribuam para o desenvolvimento sustentável dos municípios

CAPÍTULO 3. Foco territorial de estudo: o município de Tambaú e os