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A primeira geração de vacina contra hepatite B foi lançada no início da década de 80, porém somente alguns países usufruíram devido ao alto preço unitário. Já em 1986, inicia-se a geração de vacinas desenvolvidas por engenharia genética e utiliza o DNA recombinante. Nacionalmente as campanhas de vacinação iniciaram as vacinas contra hepatite B em 1989 em algumas regiões. A OMS em 1991 recomenda a inclusão da vacina nos programas nacionais. Em algumas localidades do país, desde de 1992 a vacina faz parte do calendário vacinal em crianças abaixo de cinco anos. A vacina é ampliada a partir de 1994 aos profissionais da área da saúde, bombeiros, policiais, militares, estudantes de medicina, odontologia, enfermagem e bioquímica. O instituto Butatan desenvolve projetos e inicia produção da vacina por engenharia genética e a mesma é implantada no Distrito Federal para menores de um ano de idade. Com exceção dos estados da Amazônia legal, Espirito Santo, Santa Catarina, Paraná, Distrito Federal, em que a oferta da vacina é feita aos menos de 15 anos, todo o restante do país é recomendada e ampliada à vacinação contra hepatite B aos menores de um ano a partir de 1996. Porém só é posto em prática em 1998 devido à falta da vacina. Em 2000 já faz parte do calendário básico de imunização e em 2011 amplia-se a oferta aos menores de 20 anos em todo o Brasil (BRASIL, 2003).

A vacina da hepatite B é do tipo recombinante que são vacinas produzidas a partir de microorganismo geneticamente modificado, que utilizam um fragmento de DNA derivado de um microorganismo que codifica uma proteína protetora. O DNA é derivado diretamente do genoma do microorganismo ou pela transcrição do RNA mensageiro. As proteínas podem ser produzidas pela inserção do DNA numa variedade de vetores de expressão, tais como Escherichia coli, baculuovírus, poxivírus ou certas linhagens de células, como as de ovário de hamister chinês ou pela injeção direta, no músculo, de um plasmídeo carregando o DNA. Com exceção desta última tecnologia, as proteínas produzidas por DNA recombinante devem ser purificadas após a expressão. A vacina há hepatite B é produzida pelo Instituto Butantan, que estabeleceu uma produção de 50 milhões de dose por ano (IBIDEM).

A vacinação contra o VHB é a maneira mais eficaz na prevenção de infecção aguda ou crônica, e também na eliminação da transmissão do vírus em todas as faixas etárias. A vacina contra a hepatite B é extremamente eficaz (90 a 95% de resposta vacinal em adultos imunocompetentes), não apresenta toxicidade e produz raros e pouco significativos efeitos colaterais. As doses recomendadas variam conforme o fabricante do produto. É feita IM (não pode ser feita nos glúteos) e, seguindo o esquema clássico, com intervalo entre as doses de zero, 1 e 6 meses.

Há outros esquemas de vacinação mais rápidos para certas circunstâncias. A gravidez e a lactação não são contra-indicações para o uso da vacina. A administração da série completa das doses da vacina é o objetivo de todos os esquemas de imunização, mas níveis protetores de anticorpos se desenvolvem após uma dose da vacina em 30% a 50% de adultos saudáveis, e em 75% após duas doses. Inúmeros estudos, nacionais e internacionais, já mostraram que a vacina contra o VHB apresenta bons resultados também para a proteção de grupos de risco: homossexuais promíscuos, hemodialisados, pacientes imunodeprimidos, usuários de drogas, etc (FERREIRA; SILVEIRA, 2004).

As vacinas comercializadas no Brasil, com suas apresentações e doses.

Geralmente são administradas em três doses, sendo a segunda e a terceira doses aplicadas 1 e 6 meses após a primeira. Se a série foi interrompida após a primeira dose, a segunda deve ser dada logo que possível, e a terceira pelo menos 2 meses após a segunda. Se apenas a terceira dose estiver faltando, ela deve ser administrada imediatamente. Esquemas alternativos podem ser utilizados da seguinte forma (FERREIRA; SILVEIRA, 2006):

- Vacinação rápida: primeira dose no dia 0 e as outras doses após 1, 2, e reforço aos 12 meses;

- Vacinação acelerada: primeira dose no dia 0 e as outras após 7 e 21 dias e reforço aos 12 meses;

- Esquema de 2 doses: primeira dose no dia 0 e outra 6-12 meses após (indivíduos especiais).

Os fatores que diminuem a imunogenicidade da vacina da hepatite B, além dos cuidados inadequados com o material (cadeia do frio, por exemplo) incluem:

idade acima de 40 anos, sexo masculino, tabagismo, obesidade e deficiência imunológica (IBIDEM).

Não há razão para se determinar a resposta laboratorial de anticorpos à vacinação em crianças, adolescentes e adultos sadios. No entanto, para grupos de risco, imunocomprometidos e para os profissionais de saúde, está indicada a avaliação do anti-HBs. Quando não há resposta adequada, após a primeira série de vacinação, grande parte dos profissionais responderá a uma outra dose de vacina.

Para um indivíduo ser considerado “não respondedor” o resultado do antiHBs deve ser negativo dentro de seis meses após a terceira dose da vacina (FERREIRA;

SILVEIRA, 2004).

2.4 Imunização X Trabalhador da saúde

Segundo o calendário de vacinação ocupacional 2012/2013, profissional de saúde são: médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, patologistas e técnicos de patologia, dentistas, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, pessoal de apoio, manutenção e limpeza de ambientes hospitalares, maqueiros, motoristas de ambulância, técnicos de raio-x e outros profissionais lotados ou que frequentam assiduamente os serviços de saúde, tais como representantes da indústria farmacêutica e outros. E a vacinação contra hepatite B para esta classe é obrigatória (BRASIL, 2012).

A imunização do trabalhador aparece como ação preventiva com contribuições para preservação da sua saúde (SANTOS et al, 2011), aparecendo assim como aliada na prevenção de doenças transmissíveis nos diversos locais e atividades de trabalho (MACHADO; RISSI, 2005).

Na técnica de avaliação em saúde, a imunização é uma ação que precede os exames ocupacionais, sendo uma intervenção específica para os fatores de risco biológico imunopreveníveis (TEIXEIRA; RISI; COSTA, 2003). Esta ação está implícita na Portaria nº 3.214 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) como atribuição do Serviço Especializado de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT/NR-4) e também no modelo de saúde do trabalhador de vigilância em saúde para as empresas públicas, privadas, estabelecimentos e serviços de saúde e laboratórios. A legislação brasileira e as câmaras técnicas das associações dos profissionais que compõem os SESMT definem que a imunização é uma atividade de prevenção e promoção da saúde dos trabalhadores.

A situação vacinal de cada trabalhador, nos mostra as vacinas que ainda deverão ser administradas, bem como a implementação de vacinas relacionadas à exposição ocupacional. Assim, promove-se, de forma eficaz e eficiente, a ruptura da cadeia de transmissão de doenças imunopreveníveis no ambiente de trabalho (ROUQUAYROL; FAÇANHA; VERAS, 2003).

A biossegurança contribui nas barreiras de proteção individual por incluir a imunização como uma intervenção aplicada aos processos de trabalho. Ela se tornou instrumento de prevenção em saúde dos trabalhadores envolvidos em processos que manipulam agentes biológicos, bem como em promoção da saúde, o que significa ir além dos riscos ocupacionais devido ao contingente de indivíduos envolvidos indiretamente nos processos produtivos (MASTROENI, 2005).

É clara a necessidade de imunização do profissional da área de saúde, segundo a Norma Regulamentadora nº 32 (NR-32), que versa sobre a segurança do trabalhador em saúde. E tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral. Para fins de aplicação desta NR entende-se por serviços de saúde qualquer edificação destinada à prestação de assistência à saúde da população, e todas as ações de promoção, recuperação, assistência, pesquisa e ensino em saúde em qualquer nível de complexidade (BRASIL, 2005).

2.5 Acidente de trabalho com material biológico

A definição de acidentes de trabalho, segundo o Ministério da Previdência Social (2009), é de acidentes que ocorrem pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou, ainda, pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução da capacidade para o trabalho, permanente ou temporária. Os acidentes do trabalho, tradicionalmente, são classificados em acidentes tipo ou típicos (os ocorridos no ambiente de trabalho e/ou durante a jornada de trabalho), acidentes de trajeto (os ocorridos no trajeto da residência para o trabalho e do trabalho para a residência) e as doenças relacionadas ao trabalho.

Segundo Brasil (2006), acidente de trabalho com material biológico se define:

a uma exposição a material biológico – sangue, fluidos orgânicos potencialmente infectantes (sêmen, secreção vaginal, líquor, líquido sinovial, líquido pleural, peritoneal, pericárdico e amniótico), fluidos orgânicos potencialmente não-infectantes (suor, lágrima, fezes, urina e saliva), exceto se contaminado com sangue. O público alvo para estes acidentes de trabalho são todos os profissionais e trabalhadores que atuam, direta ou indiretamente, em atividades onde há risco de exposição ao sangue e a outros materiais biológicos, incluindo aqueles profissionais que prestam assistência domiciliar e atendimento pré-hospitalar.

A representação de fatores biológicos se dá através de bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários e vírus. Esses agentes são os mais evidentes devido à exposição a sangue e fluidos corpóreos causadores de infecções, ocasionados por patógenos veiculados pelo sangue como o vírus da hepatite B (HBV), o vírus da hepatite C (HVC) e da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - AIDS (HIV), os quais podem ser letais. Essa contaminação ocorre mais freqüentemente por via cutânea, em decorrência de acidente de trabalho com materiais perfurocortantes, que são atribuídos pela maioria de ocorrência em: descarte em locais inadequados ou em recipientes superlotados, transporte ou manipulação de agulhas desprotegidas e desconexão da agulha da seringa, mas o principal fator associado é o reencape de agulhas, o qual, mesmo recomendado há anos através de medidas de precaução padrão, tem sido evidenciado como responsável por 15 a 35% dos acidentes de trabalho com material perfurocortantes (CHIODO et al, 2007).

3 OBJETIVO

3.1 Geral

Realizar uma análise das características da produção cientifica sobre a imunização em relação à hepatite B em profissionais de saúde.

4 MATERIAL E MÉTODOS

4.1 Tipo da pesquisa

Trata-se de uma pesquisa descritiva de revisão da literatura. Constitui-se de análises de publicações relacionadas ao tema.

4.2 Descritores

Primeiramente constitui-se na procura dos descritores no site Descritores em Ciência da Saúde - DeCS (http://decs.bvs.br). Os selecionados foram: Hepatite B (Hepatitis B); Imunização (Immunization); Profissional de saúde (Personnel Health).

Sendo realizado cruzamento entre os mesmos.

4.3 Critérios de Inclusão

O período de publicações abordado foi de jan/2006 a ago/2012. As bases de dados consultadas via internet, foram: PUBMED, SCIELO e SCIRUS, individualmente. Obedecendo aos descritores. Estando em idioma português, inglês e espanhol. Englobando artigos, dissertações e teses.

PUBMED: National Center for Biotechnology Information. Compreende mais de 22 milhões de citações para a literatura biomédica do MEDLINE, revistas de ciências da vida, e livros on-line. Citações podem incluir links para conteúdo de texto completo de PubMed Central e sites do editor.

SCIELO: Scientific Electronic Library Online. Inclui periódicos científicos que publicam predominantemente artigos resultantes de pesquisa científica original e outras contribuições originais significativas para a área específica do periódico. Vem para responder às necessidades da comunicação científica nos países em desenvolvimento e particularmente na América Latina e Caribe. As contribuições podem estar escritas nos idiomas inglês, português e espanhol.

SCIRUS: For Scientific Information Only. É a ferramenta de pesquisa mais abrangente científica na web. Com mais de 545 milhões de itens científicos indexados. Abrange o idioma inglês em suas publicações.

4.4 Critérios de exclusão

Publicações fora da faixa de abrangência dos anos estabelecidos. Outras bases de dados. Outros idiomas. Assim como trabalhos de conclusões de cursos de graduação e especializações. E que não eram pertinentes ao assunto pesquisado.

4.5 Levantamento de dados / amostra

O levantamento das publicações foi dividido em duas partes:

Primeiramente iniciou-se a busca pelos descritores no período de publicação e bases de dados selecionadas. E posteriormente a análise e classificação do material por leitura exploratória, no sentido de verificar se a publicação consultada era pertinente a esta pesquisa, resultando na seguinte amostra:

N= 64

PUBMED: 30 SCIELO: 18 SCIRUS: 16

4.6 Análise dos dados

Os dados foram tabulados e apresentados em tabelas sendo consideradas as seguintes características: ano; base de dados; tipo de material bibliográfico, caracterizado como fonte; classificação da fonte de acordo com as áreas de abrangência; local de publicação; idioma publicado e áreas de atuação profissional.

Além dos resultados obtidos, na discussão visou-se também relatar sobre as taxas de imunização dos profissionais e a adesão da sorologia de confirmação de imunidade à vacina, tendo as características individuais de cada publicação.

A organização e tabulação dos resultados se deram através de quadros e tabelas do programa informatizado do sistema Microsoft Office Word 2007.

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

De acordo com a metodologia adotada, foram encontradas sessenta e quatro publicações (N=64). Sendo estas, organizadas em quadros (Apêndice A).

5.1 Ano de publicação

Os anos de publicações pesquisados, sendo de jan/2006 á ago/2012, foram distribuídos e apresentados na tabela 1.

TABELA 1 – Distribuição das publicações encontradas de acordo com o ano de publicação (2006 – 2012).

Ano (%)

2006 4 6,0

2007 7 11,0

2008 12 19,0

2009 7 11,0

2010 6 9,0

2011 19 30,0

2012 9 14,0

Total 64 100

5.2. Banco de dados

Os bancos de dados pesquisados, sendo Pubmed; Scielo e Scirus, foram distribuídos e apresentados na tabela 2.

TABELA 2 Distribuição das publicações encontradas de acordo com o banco de dados:

Pubmed, Scielo, Scirus (2006 – 2012).

Base de dados (%)

Pubmed 30 47,0

Scielo 18 28,0

Scirus 16 25,0

Total 64 100

5.3 Fonte

As fontes pesquisadas, sendo revistas; teses de doutorado e dissertações de mestrado, foram distribuídas e apresentadas na tabela 3.

TABELA 3 Distribuição das publicações encontradas de acordo com a fonte: Revista, Tese, Dissertação (2006 – 2012).

Fonte (%)

Revista 60 94,0

Tese doutorado 3 5,0

Dissertação mestrado 1 1,0

Total 64 100

5.4 Área da fonte

Foram analisadas e descritas as áreas de abrangência das fontes encontradas, sendo divididas em medicina; saúde pública; enfermagem; odontologia e outros. Foram então distribuídas e apresentadas na tabela 4.

TABELA 4 Distribuição das publicações encontradas de acordo com a área da fonte -Medicina, Saúde Pública, Enfermagem, Odontologia, Outros (2006 – 2012).

Área da fonte (%)

Medicina 31 48,0

Saúde Pública 19 30,0

Enfermagem 5 8,0

Odontologia 4 6,0

Outros 5 8,0

Total 64 100

5.5 Local de publicação

Os locais de publicações encontrados foram: Grécia, Irã, Paquistão, Índia, Nigéria, Bulgária, França, Itália, EUA, Arábia Saudita, Marrocos, Espanha, Colômbia, Alemanha, México, Zambia, África do Sul, Austrália, Bélgica, Uganda, Geórgia, Lituânia, Nova Gales do Sul, Japão, Quênia e Reino Unido. Sendo estes, distribuídos em continentes, exceto o Brasil que vem como país em destaque, Europa, Ásia, África, América do Norte, Oceania, América Latina. Estes dados foram distribuídos e apresentados na tabela 5.

TABELA 5 Distribuição das publicações encontradas de acordo com o local da pesquisa sendo Brasil, Europa, Ásia, África, América do Norte, Oceania, América Latina – exceto Brasil (2006 – 2012).

Local (%)

Brasil 24 38,0

Europa 15 23,0

Ásia 12 19,0

África 7 11,0

América do Norte 3 5,0

Oceania 2 3,0

América Latina 1 1,0

Total 64 100

5.6 Idioma

Os idiomas encontrados, sendo o inglês; português e espanhol foram distribuídos e apresentados na tabela 6.

TABELA 6 – Distribuição das publicações encontradas de acordo com o idioma publicado - Inglês, Português, Espanhol (2006 – 2012).

Idioma (%)

Inglês 45 70,0

Português 16 25,0

Espanhol 3 5,0

Total 64 100

5.7 Área de atuação profissional

As áreas de atuações profissionais encontradas foram dividas em profissionais de saúde no geral; estudantes da área da saúde; dentistas; médicos e outros na qual englobam profissionais de apoio, limpeza hospitalar e profissional do pré-hospitalar. Foram assim, distribuídas e apresentadas na tabela 7.

TABELA 7 Distribuição das publicações encontradas de acordo com a área de atuação profissional - Profissionais de saúde no geral, estudantes da saúde, dentistas, médicos, outros (2006 – 2012).

Área de atuação (%)

Profissionais da saúde no geral 39 61,0

Estudantes da saúde 13 20,0

Dentistas 6 10,0

Médicos 2 3,0

Outros 4 6,0

Total 64 100

Sobre os resultados obtidos neste trabalho, o ano de 2011 foi o que mais publicou com 30% do total, já no ano de 2006 teve 6% das publicações, isto reflete que a preocupação dos pesquisadores em relação à imunização dos profissionais de saúde está aumentando com o passar dos anos, pois até mesmo o ano atual (2012) consta com 14%. A Pubmed se mostra sendo a base de dados com a maior frequência, por ser esta uma base que engloba vários idiomas, locais e fontes de publicação, diferente da Scirus que apenas publica artigos do idioma inglês e consta com apenas 25%. A fonte que se destaca é a revista científica, com um total de 94%, seguido de teses e dissertações, o que se justifica pelo fato das bases de dados pesquisadas publicarem mais artigos, estando as outras fontes mais disponíveis em bibliotecas de universidades. A área de abrangência da fonte teve um percentual maior na área médica – 48%, que de certo modo, são procuradas para publicação no que se diz respeito a área da saúde, seguida da área de saúde pública que também tem este enfoque quando se trata de imunização. Os locais de pesquisa vêm com um destaque no Brasil, liderando com 38%, sendo que todo o continente europeu, contando com nove países distintos, atingiu a marca dos 23%.

Observa-se através destes resultados que pesquisadores brasileiros, têm desempenhado uma função eficaz em relação à preocupação da saúde dos trabalhadores. O idioma prevalente também cabe à uma interessante discussão, pois com 70% o inglês é a maioria, e como visto anteriormente, o Brasil (com o idioma português), prevalece nas publicações. Visto isso, observa-se que atualmente as revistas optam pela língua inglesa para publicar pois mundialmente as pessoas leem mais este idioma. E por fim, as áreas de atuações que mais foram encontradas foram as dos profissionais de saúde no geral, de âmbito hospitalar,

seguidas de estudantes da saúde, onde mostra que pesquisadores estão preocupados sobre a imunização de futuros profissionais e que estes já tenham a consciência da importância imunológica antes mesmo de se iniciar a vida profissional. Os dentistas também aparecem com grande evidência, quando se trata de publicações específicas, tendo esta classe grande preocupação em relação ao risco de se adquirir uma doença como a hepatite B que pode ser evitada. Os médicos, mesmo que com proporção pequena, também publicam de forma específica sobre a imunização. Outros profissionais como de apoio hospitalar, limpeza e pré-hospitalar, também foram encontrados de forma a contribuir com estas classes profissionais em relação à importância da imunização. Não foi encontrada nenhuma publicação específica de enfermeiros, sendo estes citados nos profissionais de saúde no geral e estudantes de área da saúde.

Implicando este estudo com a enfermagem, de acordo com a Portaria nº 2616, preferencialmente, o profissional indicado para realizar ações de prevenção a acidentes com material biológico e ações educativas de imunização é o enfermeiro (BRASIL, 1998).

A discussão a seguir, visa trazer um pouco das características individuais de cada publicação encontrada.

Cobertura vacinal X sorologia: nas sessenta e quatro publicações analisadas (N=64), percebemos um quantitativo de 11 publicações que abordaram tanto a cobertura vacinal quanto a sorologia de anti-Hbs. Visto que para o profissional da saúde a imunização é tão importante quanto a confirmação sorológica, sendo esta uma recomendação do Ministério da Saúde (CARVALHO et al, 2012a).

Leibowitz et al. apud Byrne (1966), foram os primeiros a publicarem um caso de hepatite B diagnosticada em sorologia, sendo este de um trabalhador de banco de sangue. Posterior a isso, são vários os estudos que abordam esta problemática na qual a preocupação é avaliar a sorologia de profissionais de saúde ou mesmo aqueles profissionais que manipulam sangue e/ou fluidos contaminados (PEREIRA, 2007).

No estudo feito com profissionais de saúde em um Hospital Universitário de Salvador, conclui-se que a falta de comprovação do esquema vacinal completo com as três doses da vacina contra hepatite B e a ausência do controle sorológico evidenciam a não valorização dos profissionais em nível de prevenção ocupacional eficaz que a vacina fornece contra a doença. E a prevalência de marcadores de

infecção foi maior na amostra estudada do que na população geral da cidade (IBIDEM).

Poucos estudos sobre vacinação contra hepatite B são realizados em trabalhadores de atenção básica, pois maioria deles se foca em profissionais de âmbito hospitalar (GARCIA; FACCHINE, 2008b)

Mais discussões destas variáveis de vacinação com sorologia se seguem no decorrer do desenvolvimento do trabalho.

Estudantes da saúde: Foi analisado um total de treze publicações englobando a preocupação da imunização contra hepatite B em estudantes da área da saúde.

Carvalho et al (2012a) , mostra através de seu estudo que é importante promover campanhas de vacinação da hepatite B e melhorar o conhecimento e conscientização sobre a doença entre os profissionais de saúde e estudantes de ensino superior.

Okeke et al (2008), relata que o estado vacinal de HB é muito baixo entre os

Okeke et al (2008), relata que o estado vacinal de HB é muito baixo entre os

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