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RAFAELA PALHANO MEDEIROS PENRABEL ANÁLISE DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA SOBRE IMUNIZAÇÃO EM RELAÇÃO À HEPATITE B EM PROFISSIONAIS DE SAÚDE

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RAFAELA PALHANO MEDEIROS PENRABEL

ANÁLISE DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA SOBRE IMUNIZAÇÃO EM RELAÇÃO À HEPATITE B EM PROFISSIONAIS DE SAÚDE

CAMPO GRANDE, MS 2012

(2)

RAFAELA PALHANO MEDEIROS PENRABEL

ANÁLISE DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA SOBRE IMUNIZAÇÃO EM RELAÇÃO À HEPATITE B EM PROFISSIONAIS DE SAÚDE

CAMPO GRANDE, MS 2012

Trabalho de Conclusão de Curso para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, sob orientação da Profa. Dra. Luciana Contrera-Moreno.

(3)

Dedico a toda minha família e a minha orientadora. Que são os responsáveis pela minha força na realização deste trabalho.

(4)

AGRADECIMENTOS

Com muito carinho agradeço...

Primeiramente a Deus pela energia que recebi para concluir este trabalho.

A minha mãezinha, Rosângela, por toda dedicação diária, beijos carinhosos nas horas mais difíceis e pelas orações que sempre me abençoaram e me impulsionaram a seguir.

Ao meu pai, Sidney, pelo apoio durante toda a faculdade e por sempre acreditar que eu seria capaz de alcançar meus objetivos sem nada temer, estando ao meu lado incansavelmente.

As minhas irmãs, Paty e Gaby, que nem sempre tiveram paciência na divisão do computador, mas que torciam por mim. À Paty pela ajuda nos quadros, formatação das referências e tudo que fez pra me ajudar.

Ao meu namorado, João Flávio, que me ajudou imensamente na construção deste TCC, desde os momentos difíceis me consolando com sua paciência e carinho, até dividindo comigo o trabalho para me ajudar a terminar, levando meus resumos para corrigir em seu serviço e passando os finais de semana e noites comigo na frente do computador, além de ter que me aguentar em meu pior período de estresse.

A toda minha família, que sempre entendeu meus motivos de estar ausente nos almoços de domingo e algumas festas, onde todos tinham palavras de incentivo para me dar.

A todos os meus colegas, em especial a Raquel e Rafaela Caffarena que participaram de cada etapa deste trabalho e estiveram prontas a me ajudar sempre que necessário.

A minha querida professora/orientadora e agora colega de profissão, Luciana, que tem papel fundamental na minha formação acadêmica e principalmente no desenvolvimento deste trabalho. Pelos domingos que passei em sua casa, pela calma que me transmitia sempre, pelas conversas e conselhos. Saiba que você serve de inspiração para mim, como exemplo de mulher, mãe, amiga e profissional.

Portanto, ficam registrados aqui meus agradecimentos a todos vocês que caminharam comigo nesta trajetória acadêmica até o fim do trabalho de conclusão de curso, cada palavra dirigida a mim serviu de incentivo e força para chegar até aqui. Obrigada e contem comigo sempre!

(5)

“Há aqueles que lutam um dia, e por isso são bons;

Há aqueles que lutam muitos dias, e por isso são muito bons;

Há aqueles que lutam anos, e são melhores ainda;

Porém há aqueles que lutam toda a vida, esses são os imprescindíveis.”

Bertold Brecht RESUMO

(6)

Dentre os riscos biológicos inerentes às atividades de trabalho dos profissionais de saúde, inclui-se a hepatite B, a qual conta com uma vacina disponível como forma de prevenção pela imunização. Objetivo: Realizar uma análise das características da produção cientifica sobre a imunização em relação à hepatite B em profissionais de saúde. Material e métodos: Trata-se de uma pesquisa descritiva de revisão de literatura. Com busca pelos descritores: Hepatite B (Hepatitis B); Imunização (Immunization); Profissional de saúde (Personnel Health). Os dados foram tabulados, abordando os anos de publicação de jan/2006 - ago/2012, através dos bancos de dados Pubmed, Scielo e Scirus. Classificados também em idioma, local, fonte e área de publicação assim como atuação profissional. Foi atribuído o uso de artigos científicos, teses e dissertações. Resultados: Foram encontradas 64 publicações (N=64). O ano de 2011 foi aquele com maior número de publicações referente ao tema, 30%, enquanto em 2006 houve 6% das publicações. A Pubmed se mostra sendo a base de dados com a maior frequência de publicações, 47%. A fonte que se destaca é a revista científica, com um total de 94%, comparado a teses e dissertações. A área de abrangência da fonte teve um maior percentual na área médica, 48%. O Brasil se destaca com 38% das publicações, seguido de todo continente europeu com 23%. O idioma inglês prevaleceu com 70%. Nos estudos encontrados prevaleceram àqueles realizados com profissionais de saúde em geral, 61%, seguidos pelos estudos realizados com estudantes, 20%, dentistas 10%, médicos 3% e outros profissionais 6%. Conclusão: Foi possível verificar que os estudos priorizaram informações relacionadas à profissional de saúde em geral, em especial os de âmbito hospitalar, porém como área específica de maior evidência apareceu os dentistas, seguido de médicos. As publicações com estudantes da área da saúde também vem sendo desenvolvidas como medida de prevenção antes da entrada na vida profissional. O ano que prevaleceu em publicação foi o de 2011. As fontes mais encontradas foram artigos publicados em revistas de área de abrangência médica. Tendo a maioria de publicação na base de dados Pubmed. O Brasil se destaca com o maior número de local pesquisado, porém a língua que lidera os resultados encontrados foi a inglesa. Conclui-se então, que as publicações que abordam a problemática da imunização contra hepatite B em profissionais da saúde, existem e estão disponíveis em bases de dados com a preocupação sobre a saúde dos trabalhadores. De maneira distribuída em diversos locais de pesquisa, mas com prevalência em nosso país, levando em consideração as bases de dados pesquisadas. E observa-se que ainda na atualidade tanto a cobertura vacinal contra hepatite B quanto o teste sorológico para confirmação da imunidade da vacina são baixos se comparados todos os resultados obtidos perante os estudos realizados no período em toda magnitude dos diversos países.

Palavras-chave: Hepatite B; Imunização; Profissional de saúde.

ABSTRACT

(7)

Among the biohazards inherent in work activities of health professionals, it includes hepatitis B, which has a vaccine available for prevention by immunization. Objective:

To analyze the characteristics of scientific production on immunization against hepatitis B in health care workers. Methods: This was a descriptive literature review.

With search by keywords: Hepatitis B (Hepatitis B); Immunization (Immunization), HCP (Health Personnel). Data were tabulated, covering the years of publication of jan/2006 - ago/2012 through the databases PubMed, SciELO and Scirus. Classifieds also in language, location, and source area of publication and professional activities.

Was assigned the use of scientific articles, theses and dissertations. Results: We found 64 publications (N = 64). The year 2011 was one with the greatest number of publications on the topic, 30%, while in 2006 it was 6% of the publications. The Pubmed shown being the database containing the highest frequency of publications, 47%. The source that stands out is the scientific journal, with a total of 94%, compared to theses and dissertations. The area covered by the source had a higher percentage in the medical field, 48%. Brazil stands out with 38% of the publications, followed by the entire European continent with 23%. The English prevailed with 70%.

In studies conducted with those found prevailed health professionals in general, 61%, followed by studies of students, 20%, 10% dentists, doctors and other professionals 3% 6%. Conclusion: It was possible to verify that the studies prioritized information related to health care in general, and especially those in the hospital, but as a specific area of greatest evidence appeared dentists, followed by doctors.

Publications with students in the area of health is also being developed as a preventive measure before the entry into professional life. The year that prevailed was the publication in 2011. The sources were found most articles published in journals of medical coverage area. Since the majority of the publication database PubMed. Brazil stands out with the highest number of place searched, but the tongue that leads the findings was English. It follows then, that the publications that address the problem of immunization against hepatitis B in health care workers, and there are available in databases with concerns about the health of workers. Distributed way in several research sites, but with prevalence in our country, taking into consideration the databases searched. And there is still much in the news coverage hepatitis B vaccine as serological testing to confirm immunity of the vaccine are low compared all the results obtained in studies conducted before the period of magnitude across several countries.

Keywords: Hepatitis B, Immunization, Health Professional.

LISTA DE TABELAS

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TABELA 1 – Distribuição das publicações encontradas de acordo ... 24 com o ano de publicação (2006 – 2012).

TABELA 2 – Distribuição das publicações encontradas de acordo ... 25 com o banco de dados: Pubmed, Scielo, Scirus

(2006 – 2012).

TABELA 3 – Distribuição das publicações encontradas de acordo ... 25 com a fonte: Revista, Tese, Dissertação (2006 – 2012).

TABELA 4 – Distribuição das publicações encontradas de acordo ... 26 com a área de da fonte - Medicina, Saúde Pública,

Enfermagem, Odontologia, Outros (2006 – 2012).

TABELA 5 – Distribuição das publicações encontradas de acordo ... 26 com o local da pesquisa sendo Brasil, Europa, Ásia,

África, América do Norte, Oceania e América Latina

(2006 – 2012).

TABELA 6 – Distribuição das publicações encontradas de acordo ... 27 com o idioma publicado - Inglês, Português, Espanhol

(2006 – 2012).

TABELA 7 – Distribuição das publicações encontradas de acordo ... 28 com a área de atuação profissional - Profissionais de

saúde no geral, estudantes da saúde, dentistas,

médicos, outros (2006 – 2012).

SUMÁRIO

(9)

1 INTRODUÇÃO ... 09

2 REVISÃO DE LITERATURA ... 11

2.1 Hepatite B ... 11

2.1.1 Doença ... 11

2.1.2 Epidemiologia ... 13

2.1.3 Transmissão ... 13

2.1.4 Hepatite B aguda ... 13

2.1.5 Hepatite B crônica ... 14

2.1.6 Marcadores sorológicos ... 14

2.1.7 Tratamento ... 15

2.2 Imunização ... 15

2.3 Vacina contra hepatite B ... 16

2.4 Imunização x Trabalhador de saúde ... 18

2.5 Acidentes de trabalho com material biológico ... 20

3 OBJETIVO ... 21

3.1 Objetivo geral ... 21

4 MATERIAL E MÉTODOS ... 22

4.1 Tipo de pesquisa ... 22

4.2 Descritores ... 22

4.3 Critérios de inclusão ... 22

4.4 Critérios de exclusão ... 23

4.5 Levantamento de dados / amostra ... 23

4.6 Análise dos dados ... 23

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES ... 24

5.1 Ano de publicação ... 24

5.2 Banco de dados ... 24

5.3 Fonte ... 25

5.4 Área da fonte ... 25

5.5 Local de publicação ... 26

5.6 Idioma ... 27

5.7 Área de atuação profissional ... 27

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 45

RECOMENDAÇÕES ... 46

REFERÊNCIAS ... 47

APÊNDICE A - Publicações encontradas nas bases ... Pubmed – Scielo – Scirus, entre os anos de 2006-2012. 55 de dados pesquisadas, Pubmed-Scielo-Scirus, entre os anos de 2006 – 2012. ANEXO A - Calendário de vacinação ocupacional ... 65

1 INTRODUÇÃO

(10)

O presente trabalho de conclusão de curso para obtenção do título de bacharel em enfermagem foi desenvolvido por meio de revisão integrativa da literatura, onde a temática foi de livre escolha abordada por um grande interesse que nasceu de um projeto de extensão desenvolvido durante a graduação, onde o enfoque principal era a vacinação contra a hepatite B e suas particularidades.

Assim, a vacinação contra o vírus da hepatite B (VHB) é a maneira mais eficaz na prevenção de infecção aguda ou crônica, e também na eliminação da transmissão do vírus em todas as faixas etárias (FERREIRA; SILVEIRA, 2004).

As hepatites virias atualmente representam um grande problema de saúde pública nacional e mundial. O trabalhador, ao realizar atividades em que exista o contato com agentes patogênicos, se expõe ao risco de adquirir doenças que podem leva-lo á morte. A imunização existe como medida de prevenção e proteção contra adoecimentos(SANTOS et al, 2011).

Neste sentido, o trabalhador de saúde se insere no trabalho com relevância dos riscos que a profissão lhe expõe, sendo a imunização uma forma de caráter preventivo na contração de doenças infecciosas por um acidente de trabalho com material biológico, por exemplo. Ficando clara a necessidade de imunização do profissional da área de saúde, segundo a Norma Regulamentadora nº 32 (NR-32), que versa sobre a segurança do trabalhador em saúde (BRASIL, 2005).

O presente trabalho abordará quantitativamente as análises das publicações, onde exista a problemática da importância da imunização contra hepatite B em profissionais de saúde, tendo estes um contato direto ou indireto com material biológico, podendo assim sofrer algum tipo de acidente de trabalho com este envolvimento e uma possível contaminação se não estiverem seguros de sua proteção imunológica.

Buscar-se-á uma revisão integrativa em publicações que vão ao encontro a esta linha de pesquisa, com o objetivo de levantar as melhores evidências científicas publicadas e discuti-las com propriedades.

A revisão integrativa então, nos leva a quantificar os artigos publicados com este enfoque em nível de preocupação mundial, sendo cada um com sua característica e particularidade, porém resultando no mesmo objetivo da importância em saúde pública e prevenção de doenças aos trabalhadores de saúde.

(11)

Inicia-se então com uma breve revisão de literatura de referencial teórico, que contempla a definição dos termos norteadores que serão discutidos ao longo do trabalho, visando articulá-los ao contexto das pesquisas realizadas.

2 REVISÃO DE LITERATURA

(12)

2.1 Hepatite B

2.1.1 Doença:

O patógeno da doença é classificado de acordo com a classe de animais que servem como hospedeiro. De gênero das aves (Avihepadavirus) e dos mamíferos (Orthohepadnavirus), ambos da família Hepadnaviridae, sendo este último o da hepatite B (YOSHIDA, 2005).

Sua estrutura é formada de DNA circular parcialmente duplicado com aproximadamente 3.200 pares de bases e que formam oito genótipos diferentes de acordo com a sequência de nucleotídeos no genoma. Esses genótipos são nomeados de A a H e tem distribuição geográfica variável (BRASIL, 2009).

Como o próprio nome sugere, a hepatite B é uma comorbidade hepática viral que possui características clínicas bem variáveis. A maior parte dos infectados é assintomática, por outro lado, 25 a 35% apresentam sintomasque vão desde de uma infecção branda e transitória até uma infecção grave e prolongada. A idade do paciente está relacionada com os sintomas da hepatite B, criança de até cinco anos apresentam sintomatologia entre 5 e 10%, já acima dos cinco anos e em adultos o índice sobe para 35 a 50%. Embora a maioria dos adultos se recupere completamente da infecção, uma pequena porcentagem pode desenvolver a forma fulminante da doença culminando com a morte ou cronificando a patologia que pode levar a cirrose e câncer do fígado. Esses agravos da doença podem ser minimizados com a vacinação, que é utilizado na prevenção do hepatocarcinoma (YOSHIDA, 2005).

2.1.2 Epidemiologia:

As hepatite virais constituem um notável problema de saúde pública em nosso país e no mundo. Nos últimos 30 anos foram feitas descobertas e progressos importantes em relação a patogênese, prevenção e tratamento desta infecção. Um dos maiores sucessos científicos foi o desenvolvimento da vacina contra a hepatite, que é realizada através da indução de imunidade ativa contra os vírus de genótipo A e B. Contudo, a morbidade e letalidade ainda se mantêm. Dados americanos

(13)

mostram que em 2003, 61.000 pessoas haviam sido infectados pelo vírus A e 73.000 pelo vírus B. Nacionalmente, estima-se que 15% da população já está imunizada contra o vírus B e em média 60% dos indivíduos estejam imunizados com o articorpo anti-VHA, segundo dados do Ministério da Saúde. Já a Organização Pan- americana de saúde (OPAS), estima que dos brasileiros acima de 20 anos, mais de 90% tenha sido exposto ao vírus e quantifica a incidência da infecção pelo HVA em aproximadamente 130 casos/ano (FERREIRA; SILVEIRA, 2006).

Cerca de 2 bilhões de pessoas já foram infectadas pelo HBV mundialmente, com aproximadamente 350 milhões tendendo para cronicidade. A incidência da doença é em torno de 4 milhões de casos anualmente com uma mortalidade média de 1 milhão de pessoas, devido a hepatite crônica ativa, cirrose ou carcinoma (CARVALHO; ARAÚJO, 2010).

Através do Boletim Epidemiológico, Brasil (2011), podemos ter as seguintes informações: Entendem-se como casos confirmados de infecção pelo vírus da hepatite B (VHB) todos os que apresentaram pelo menos um dos marcadores sorológicos específicos reagentes: o antígeno de superfície do VHB (HBsAg), ou o antígeno ‘e’ do VHB (HBeAg), ou, ainda, o anticorpo contra o antígeno central do VHB da classe IgM (anti-HBc IgM). Observa-se que houve um aumento dos casos confirmados de hepatite B no país, perfazendo um total de 104.454 casos em 2010:

- A análise por região demonstra que a Região Sudeste concentra 36,6% dos casos seguida pela Região Sul, com 31,6% das notificações. Em se tratando das taxas de detecção, tanto o país quanto as regiões apresentaram crescimento de 1999 a 2010.

A Região Sul apresenta as maiores taxas desde 2002, seguida pela Região Norte.

As taxas observadas nessas regiões, em 2009, foram 13,3 por 100 mil habitantes e 12,6, respectivamente;

- Pelas taxas de detecção (por 100 mil habitantes) por UF de residência, em 2009, 0 Brasil registrou 7,6 casos de hepatite B por cada 100 mil habitantes. A maior taxa observada no país foi do estado do Acre (96,2) e, a menor, do Rio Grande do Norte (1,1);

- Quanto à variável provável fonte/mecanismo de infecção, atribuída ao final da investigação epidemiológica, verifica-se uma importante restrição na análise desse campo, dado que 60,8% são ignorados ou deixados em branco. Excluindo-se tais casos, se obtém a distribuição dos casos de hepatite B quanto à provável fonte/mecanismo de infecção, revelando a via sexual como a forma predominante de

(14)

transmissão. Essa via correspondeu a 21,4% e 23,3% dos casos nos anos de 2009 e 2010, respectivamente;

- No ano de 2010 a maior taxa de detecção para o sexo masculino foi verificada na faixa etária de 40 a 49 anos, com 12,9 casos para cada 100 mil habitantes, enquanto para o sexo feminino esse número foi de 9,6 na faixa etária de 30 a 34 anos.

2.1.3 Transmissão:

As formas de transmissão da infecção pelo VHB são importantes para entender a endemicidade da doença que pode ser dar por via parenteral (transfusional, antes da instituição da triagem em bancos de sangue;

compartilhamento de agulhas, seringas ou outros equipamentos contendo sangue contaminado; procedimentos médico/odontológicos com sangue contaminado, sem esterilização adequada dos instrumentais; realização de tatuagens e colocação de piercings, sem aplicação das normas de biossegurança, veiculando sangue contaminado); sexual (em relações desprotegidas); vertical (sobretudo durante o parto, pela exposição do recém-nascido a sangue ou líquido amniótico e também, mais raramente, por transmissão transplacentária) e também por contato de pele e mucosas através de solução de continuidade. Acredita-se também na possibilidade de infecção por uso comum de instrumento de manicures, escova de dente, lâmina de barbear ou de depilar, canudo de cocaína, cachimbo de crack entre outros (BRASIL, 2009).

2.1.4 Hepatite B aguda:

O período de incubação do vírus da hepatite B é em média de 60 a 90 dias podendo variar de 4 semanas a 6 meses. O surgimento do quadro agudo com icterícia é geralmente rápido. A fase pré-ictérica é associada a sintomas típicos virais como mal estar, febre, fadiga, mialgia, anorexia, náuseas e vômitos, que persistem de 7 a 15 dias e estão presentes na grande maioria dos pacientes. Outros sintomas são a perda ponderal e dor no quadrante superior esquerdo do abdome, associado a hepatomegalia. Na fase ictérica ocorre a presença de urina escura ou colúria e surgimento de icterícia com pele, mucosas e escleróticas amareladas e duram de 30 a 90 dias em média, podendo em alguns casos persistir por mais tempo um ou outro

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sintoma. De acordo com a reação do organismo do paciente e a formação de imunocomplexos associados aos vírus, algumas manifestações extra-hepáticas podem ocorrer um 1/5 dos pacientes. Doenças como semelhante a do soro, poliarterite nodosa e a glomerulonefrite membranosa são passíveis de surgir devido aos dando dae formação dos imunocomplexos (YOSHIDA, 2005).

2.1.5 Hepatite B crônica:

A cronicidade da doença é dada pela presença do HBsAg no mínimo por seis meses nos pacientes infectados os quais se manterão positivos indefinidamente para este marcador, apesar de alguns estudos relatarem a cura espontânea após a cura da doença. Na forma crônica os sintomas também são inespecíficos e o paciente pode apresentar uma discreta elevação das enzimas hepáticas e marcadores sorológicos como o HBV-DNA e HBeAg/anti-Hbe de maneira diferente (YOSHIDA, 2005).

2.1.6 Marcadores sorológicos:

Segundo Yoshida (2005):

- HBsAg: é o primeiro marcador que aparece no curso de uma infecção pelo HBV.

Na hepatite aguda, ele declina a níveis indetectáveis.

- Anti-Hbc IgM: é um marcador de infecção recente, encontrado no soro por cerca de 6 meses após a infecção. Na infecção crônica, pode estar presente enquanto ocorrer replicação viral.

- Anti-Hbc IgG: é um marcador de longa duração, presente nas infecções agudas e crônicas. Representa contato prévio com o vírus.

- HBeAg: é liberado no soro durante a replicação viral, sendo indicativo de alta infecciosidade.

- HBV-DNA: durante a fase de replicação intensa do vírus, este níveis em geral estão acima de 105 cópias/ml. Níveis abaixo de 103 cópias/ml podem ser detectados em qualquer fase da doença, mesmo na convalescença.

- Anti-HBe: surge após o desaparecimento do HBeAg.

- Anti-Hbs: é o único que confere imunidade ao HBV. Está presente no soro após o desaparecimento do HBSAg, sendo um indicador de cura e imunidade.

(16)

2.1.7 Tratamento:

O tratamento da hepatite B visa o bloqueio da replicação viral afim de diminuir a inflamação hepática e assim bloquear a progressão para cirrose ou hepatocarcionoma na doença crônica, nos quadros agudos não existe uma terapêutica específica (YOSHIDA, 2005).

O objetivo do tratamento é que os marcadores da replicação ativa dos vírus, HBeAg e carga viral, sejam negativados uma vez que mostram a remissão clínica, bioquímica e histológica da patologia. A replicação ativa do vírus determina a lesão hepática que pode levar aos quadros de cirrose, visto que esta complicação é menor em pacientes com níveis de HBV-DNA baixos mesmo com HBsAg positivos.

Atualmente as drogas disponíveis para o tratamento da hepatite viral crônica B são interferon-alfa, lamivudina, peg-interferon-alfa 2a e 2b, adefovir, entecavir, telbivudina e tenofovir. Cada medicamento é prescrito de acordo coma situação clínica e laboratorial do paciente e baseada em diretrizes terapêuticas (BRASIL, 2009).

2.2 Imunização

O programa nacional de imunizações (PNI) é de respeito internacional pelos entendidos em saúde pública, uma vez que nas últimas três décadas algumas doenças foram erradicadas e outras mantidas sob controle por meio da vacinação e sua prevenção. Criado em 18/09/1973, o PNI tem mostrado resultados satisfatórios em relação à prevenção de doenças, mesmo em um país tão populoso e de dimensões continentais como o Brasil (BRASIL, 2003).

Esse programa de imunização acompanha as possíveis reações adversas após ser feita a vacinação e por um sistema informatizado observa o que acontece em todo o país e confronta os dados obtidos com os estudos da literatura. Além disso, colocou em prática os CRIES, centros estaduais de referência para assistência nos casos em que a vacinação levou a algum evento adverso e também para a demanda de vacinas em pacientes com alguma particularidade clínica específica, esses centros de referências, dispõem de vacinas especiais para aqueles

(17)

que necessitarem, por exemplo, um paciente precisa se proteger de uma hepatite A caso já seja um portador de hepatite B ou C (IBIDEM).

A Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) e o Centro Nacional de Epidemiologia (CENEPI) são responsáveis pelo calendário vacinal instituído pelo PNI, o qual será seguido para administração das vacinas. O objetivo tem foco em grupos humanos e populacionais da coletividade (SANTOS et al, 2011).

Uma vez que a vacinação individual leva, não somente a proteção do indivíduo vacinado, mas também a proteção da coletividade em que este sujeito se relaciona, esta pode ser considerada um instrumento de imunização de alcance coletivo. Isso faz com que esta ação de vacinar o indivíduo na rotina das unidades de saúde tome proporções coletivas por estarem no mesmo contexto social e realidade epidemiológica específica (FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE TERESINA, 2007).

2.3 Vacina contra Hepatite B

A primeira geração de vacina contra hepatite B foi lançada no início da década de 80, porém somente alguns países usufruíram devido ao alto preço unitário. Já em 1986, inicia-se a geração de vacinas desenvolvidas por engenharia genética e utiliza o DNA recombinante. Nacionalmente as campanhas de vacinação iniciaram as vacinas contra hepatite B em 1989 em algumas regiões. A OMS em 1991 recomenda a inclusão da vacina nos programas nacionais. Em algumas localidades do país, desde de 1992 a vacina faz parte do calendário vacinal em crianças abaixo de cinco anos. A vacina é ampliada a partir de 1994 aos profissionais da área da saúde, bombeiros, policiais, militares, estudantes de medicina, odontologia, enfermagem e bioquímica. O instituto Butatan desenvolve projetos e inicia produção da vacina por engenharia genética e a mesma é implantada no Distrito Federal para menores de um ano de idade. Com exceção dos estados da Amazônia legal, Espirito Santo, Santa Catarina, Paraná, Distrito Federal, em que a oferta da vacina é feita aos menos de 15 anos, todo o restante do país é recomendada e ampliada à vacinação contra hepatite B aos menores de um ano a partir de 1996. Porém só é posto em prática em 1998 devido à falta da vacina. Em 2000 já faz parte do calendário básico de imunização e em 2011 amplia-se a oferta aos menores de 20 anos em todo o Brasil (BRASIL, 2003).

(18)

A vacina da hepatite B é do tipo recombinante que são vacinas produzidas a partir de microorganismo geneticamente modificado, que utilizam um fragmento de DNA derivado de um microorganismo que codifica uma proteína protetora. O DNA é derivado diretamente do genoma do microorganismo ou pela transcrição do RNA mensageiro. As proteínas podem ser produzidas pela inserção do DNA numa variedade de vetores de expressão, tais como Escherichia coli, baculuovírus, poxivírus ou certas linhagens de células, como as de ovário de hamister chinês ou pela injeção direta, no músculo, de um plasmídeo carregando o DNA. Com exceção desta última tecnologia, as proteínas produzidas por DNA recombinante devem ser purificadas após a expressão. A vacina há hepatite B é produzida pelo Instituto Butantan, que estabeleceu uma produção de 50 milhões de dose por ano (IBIDEM).

A vacinação contra o VHB é a maneira mais eficaz na prevenção de infecção aguda ou crônica, e também na eliminação da transmissão do vírus em todas as faixas etárias. A vacina contra a hepatite B é extremamente eficaz (90 a 95% de resposta vacinal em adultos imunocompetentes), não apresenta toxicidade e produz raros e pouco significativos efeitos colaterais. As doses recomendadas variam conforme o fabricante do produto. É feita IM (não pode ser feita nos glúteos) e, seguindo o esquema clássico, com intervalo entre as doses de zero, 1 e 6 meses.

Há outros esquemas de vacinação mais rápidos para certas circunstâncias. A gravidez e a lactação não são contra-indicações para o uso da vacina. A administração da série completa das doses da vacina é o objetivo de todos os esquemas de imunização, mas níveis protetores de anticorpos se desenvolvem após uma dose da vacina em 30% a 50% de adultos saudáveis, e em 75% após duas doses. Inúmeros estudos, nacionais e internacionais, já mostraram que a vacina contra o VHB apresenta bons resultados também para a proteção de grupos de risco: homossexuais promíscuos, hemodialisados, pacientes imunodeprimidos, usuários de drogas, etc (FERREIRA; SILVEIRA, 2004).

As vacinas comercializadas no Brasil, com suas apresentações e doses.

Geralmente são administradas em três doses, sendo a segunda e a terceira doses aplicadas 1 e 6 meses após a primeira. Se a série foi interrompida após a primeira dose, a segunda deve ser dada logo que possível, e a terceira pelo menos 2 meses após a segunda. Se apenas a terceira dose estiver faltando, ela deve ser administrada imediatamente. Esquemas alternativos podem ser utilizados da seguinte forma (FERREIRA; SILVEIRA, 2006):

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- Vacinação rápida: primeira dose no dia 0 e as outras doses após 1, 2, e reforço aos 12 meses;

- Vacinação acelerada: primeira dose no dia 0 e as outras após 7 e 21 dias e reforço aos 12 meses;

- Esquema de 2 doses: primeira dose no dia 0 e outra 6-12 meses após (indivíduos especiais).

Os fatores que diminuem a imunogenicidade da vacina da hepatite B, além dos cuidados inadequados com o material (cadeia do frio, por exemplo) incluem:

idade acima de 40 anos, sexo masculino, tabagismo, obesidade e deficiência imunológica (IBIDEM).

Não há razão para se determinar a resposta laboratorial de anticorpos à vacinação em crianças, adolescentes e adultos sadios. No entanto, para grupos de risco, imunocomprometidos e para os profissionais de saúde, está indicada a avaliação do anti-HBs. Quando não há resposta adequada, após a primeira série de vacinação, grande parte dos profissionais responderá a uma outra dose de vacina.

Para um indivíduo ser considerado “não respondedor” o resultado do antiHBs deve ser negativo dentro de seis meses após a terceira dose da vacina (FERREIRA;

SILVEIRA, 2004).

2.4 Imunização X Trabalhador da saúde

Segundo o calendário de vacinação ocupacional 2012/2013, profissional de saúde são: médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, patologistas e técnicos de patologia, dentistas, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, pessoal de apoio, manutenção e limpeza de ambientes hospitalares, maqueiros, motoristas de ambulância, técnicos de raio-x e outros profissionais lotados ou que frequentam assiduamente os serviços de saúde, tais como representantes da indústria farmacêutica e outros. E a vacinação contra hepatite B para esta classe é obrigatória (BRASIL, 2012).

A imunização do trabalhador aparece como ação preventiva com contribuições para preservação da sua saúde (SANTOS et al, 2011), aparecendo assim como aliada na prevenção de doenças transmissíveis nos diversos locais e atividades de trabalho (MACHADO; RISSI, 2005).

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Na técnica de avaliação em saúde, a imunização é uma ação que precede os exames ocupacionais, sendo uma intervenção específica para os fatores de risco biológico imunopreveníveis (TEIXEIRA; RISI; COSTA, 2003). Esta ação está implícita na Portaria nº 3.214 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) como atribuição do Serviço Especializado de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT/NR-4) e também no modelo de saúde do trabalhador de vigilância em saúde para as empresas públicas, privadas, estabelecimentos e serviços de saúde e laboratórios. A legislação brasileira e as câmaras técnicas das associações dos profissionais que compõem os SESMT definem que a imunização é uma atividade de prevenção e promoção da saúde dos trabalhadores.

A situação vacinal de cada trabalhador, nos mostra as vacinas que ainda deverão ser administradas, bem como a implementação de vacinas relacionadas à exposição ocupacional. Assim, promove-se, de forma eficaz e eficiente, a ruptura da cadeia de transmissão de doenças imunopreveníveis no ambiente de trabalho (ROUQUAYROL; FAÇANHA; VERAS, 2003).

A biossegurança contribui nas barreiras de proteção individual por incluir a imunização como uma intervenção aplicada aos processos de trabalho. Ela se tornou instrumento de prevenção em saúde dos trabalhadores envolvidos em processos que manipulam agentes biológicos, bem como em promoção da saúde, o que significa ir além dos riscos ocupacionais devido ao contingente de indivíduos envolvidos indiretamente nos processos produtivos (MASTROENI, 2005).

É clara a necessidade de imunização do profissional da área de saúde, segundo a Norma Regulamentadora nº 32 (NR-32), que versa sobre a segurança do trabalhador em saúde. E tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral. Para fins de aplicação desta NR entende-se por serviços de saúde qualquer edificação destinada à prestação de assistência à saúde da população, e todas as ações de promoção, recuperação, assistência, pesquisa e ensino em saúde em qualquer nível de complexidade (BRASIL, 2005).

2.5 Acidente de trabalho com material biológico

(21)

A definição de acidentes de trabalho, segundo o Ministério da Previdência Social (2009), é de acidentes que ocorrem pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou, ainda, pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução da capacidade para o trabalho, permanente ou temporária. Os acidentes do trabalho, tradicionalmente, são classificados em acidentes tipo ou típicos (os ocorridos no ambiente de trabalho e/ou durante a jornada de trabalho), acidentes de trajeto (os ocorridos no trajeto da residência para o trabalho e do trabalho para a residência) e as doenças relacionadas ao trabalho.

Segundo Brasil (2006), acidente de trabalho com material biológico se define:

a uma exposição a material biológico – sangue, fluidos orgânicos potencialmente infectantes (sêmen, secreção vaginal, líquor, líquido sinovial, líquido pleural, peritoneal, pericárdico e amniótico), fluidos orgânicos potencialmente não- infectantes (suor, lágrima, fezes, urina e saliva), exceto se contaminado com sangue. O público alvo para estes acidentes de trabalho são todos os profissionais e trabalhadores que atuam, direta ou indiretamente, em atividades onde há risco de exposição ao sangue e a outros materiais biológicos, incluindo aqueles profissionais que prestam assistência domiciliar e atendimento pré-hospitalar.

A representação de fatores biológicos se dá através de bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários e vírus. Esses agentes são os mais evidentes devido à exposição a sangue e fluidos corpóreos causadores de infecções, ocasionados por patógenos veiculados pelo sangue como o vírus da hepatite B (HBV), o vírus da hepatite C (HVC) e da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - AIDS (HIV), os quais podem ser letais. Essa contaminação ocorre mais freqüentemente por via cutânea, em decorrência de acidente de trabalho com materiais perfurocortantes, que são atribuídos pela maioria de ocorrência em: descarte em locais inadequados ou em recipientes superlotados, transporte ou manipulação de agulhas desprotegidas e desconexão da agulha da seringa, mas o principal fator associado é o reencape de agulhas, o qual, mesmo recomendado há anos através de medidas de precaução padrão, tem sido evidenciado como responsável por 15 a 35% dos acidentes de trabalho com material perfurocortantes (CHIODO et al, 2007).

3 OBJETIVO

(22)

3.1 Geral

Realizar uma análise das características da produção cientifica sobre a imunização em relação à hepatite B em profissionais de saúde.

4 MATERIAL E MÉTODOS

(23)

4.1 Tipo da pesquisa

Trata-se de uma pesquisa descritiva de revisão da literatura. Constitui-se de análises de publicações relacionadas ao tema.

4.2 Descritores

Primeiramente constitui-se na procura dos descritores no site Descritores em Ciência da Saúde - DeCS (http://decs.bvs.br). Os selecionados foram: Hepatite B (Hepatitis B); Imunização (Immunization); Profissional de saúde (Personnel Health).

Sendo realizado cruzamento entre os mesmos.

4.3 Critérios de Inclusão

O período de publicações abordado foi de jan/2006 a ago/2012. As bases de dados consultadas via internet, foram: PUBMED, SCIELO e SCIRUS, individualmente. Obedecendo aos descritores. Estando em idioma português, inglês e espanhol. Englobando artigos, dissertações e teses.

PUBMED: National Center for Biotechnology Information. Compreende mais de 22 milhões de citações para a literatura biomédica do MEDLINE, revistas de ciências da vida, e livros on-line. Citações podem incluir links para conteúdo de texto completo de PubMed Central e sites do editor.

SCIELO: Scientific Electronic Library Online. Inclui periódicos científicos que publicam predominantemente artigos resultantes de pesquisa científica original e outras contribuições originais significativas para a área específica do periódico. Vem para responder às necessidades da comunicação científica nos países em desenvolvimento e particularmente na América Latina e Caribe. As contribuições podem estar escritas nos idiomas inglês, português e espanhol.

SCIRUS: For Scientific Information Only. É a ferramenta de pesquisa mais abrangente científica na web. Com mais de 545 milhões de itens científicos indexados. Abrange o idioma inglês em suas publicações.

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4.4 Critérios de exclusão

Publicações fora da faixa de abrangência dos anos estabelecidos. Outras bases de dados. Outros idiomas. Assim como trabalhos de conclusões de cursos de graduação e especializações. E que não eram pertinentes ao assunto pesquisado.

4.5 Levantamento de dados / amostra

O levantamento das publicações foi dividido em duas partes:

Primeiramente iniciou-se a busca pelos descritores no período de publicação e bases de dados selecionadas. E posteriormente a análise e classificação do material por leitura exploratória, no sentido de verificar se a publicação consultada era pertinente a esta pesquisa, resultando na seguinte amostra:

N= 64

PUBMED: 30 SCIELO: 18 SCIRUS: 16

4.6 Análise dos dados

Os dados foram tabulados e apresentados em tabelas sendo consideradas as seguintes características: ano; base de dados; tipo de material bibliográfico, caracterizado como fonte; classificação da fonte de acordo com as áreas de abrangência; local de publicação; idioma publicado e áreas de atuação profissional.

Além dos resultados obtidos, na discussão visou-se também relatar sobre as taxas de imunização dos profissionais e a adesão da sorologia de confirmação de imunidade à vacina, tendo as características individuais de cada publicação.

A organização e tabulação dos resultados se deram através de quadros e tabelas do programa informatizado do sistema Microsoft Office Word 2007.

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

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De acordo com a metodologia adotada, foram encontradas sessenta e quatro publicações (N=64). Sendo estas, organizadas em quadros (Apêndice A).

5.1 Ano de publicação

Os anos de publicações pesquisados, sendo de jan/2006 á ago/2012, foram distribuídos e apresentados na tabela 1.

TABELA 1 – Distribuição das publicações encontradas de acordo com o ano de publicação (2006 – 2012).

Ano (%)

2006 4 6,0

2007 7 11,0

2008 12 19,0

2009 7 11,0

2010 6 9,0

2011 19 30,0

2012 9 14,0

Total 64 100

5.2. Banco de dados

Os bancos de dados pesquisados, sendo Pubmed; Scielo e Scirus, foram distribuídos e apresentados na tabela 2.

TABELA 2 Distribuição das publicações encontradas de acordo com o banco de dados:

Pubmed, Scielo, Scirus (2006 – 2012).

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Base de dados (%)

Pubmed 30 47,0

Scielo 18 28,0

Scirus 16 25,0

Total 64 100

5.3 Fonte

As fontes pesquisadas, sendo revistas; teses de doutorado e dissertações de mestrado, foram distribuídas e apresentadas na tabela 3.

TABELA 3 Distribuição das publicações encontradas de acordo com a fonte: Revista, Tese, Dissertação (2006 – 2012).

Fonte (%)

Revista 60 94,0

Tese doutorado 3 5,0

Dissertação mestrado 1 1,0

Total 64 100

5.4 Área da fonte

Foram analisadas e descritas as áreas de abrangência das fontes encontradas, sendo divididas em medicina; saúde pública; enfermagem; odontologia e outros. Foram então distribuídas e apresentadas na tabela 4.

TABELA 4 Distribuição das publicações encontradas de acordo com a área da fonte - Medicina, Saúde Pública, Enfermagem, Odontologia, Outros (2006 – 2012).

Área da fonte (%)

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Medicina 31 48,0

Saúde Pública 19 30,0

Enfermagem 5 8,0

Odontologia 4 6,0

Outros 5 8,0

Total 64 100

5.5 Local de publicação

Os locais de publicações encontrados foram: Grécia, Irã, Paquistão, Índia, Nigéria, Bulgária, França, Itália, EUA, Arábia Saudita, Marrocos, Espanha, Colômbia, Alemanha, México, Zambia, África do Sul, Austrália, Bélgica, Uganda, Geórgia, Lituânia, Nova Gales do Sul, Japão, Quênia e Reino Unido. Sendo estes, distribuídos em continentes, exceto o Brasil que vem como país em destaque, Europa, Ásia, África, América do Norte, Oceania, América Latina. Estes dados foram distribuídos e apresentados na tabela 5.

TABELA 5 Distribuição das publicações encontradas de acordo com o local da pesquisa sendo Brasil, Europa, Ásia, África, América do Norte, Oceania, América Latina – exceto Brasil (2006 – 2012).

Local (%)

Brasil 24 38,0

Europa 15 23,0

Ásia 12 19,0

África 7 11,0

América do Norte 3 5,0

Oceania 2 3,0

América Latina 1 1,0

Total 64 100

5.6 Idioma

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Os idiomas encontrados, sendo o inglês; português e espanhol foram distribuídos e apresentados na tabela 6.

TABELA 6 – Distribuição das publicações encontradas de acordo com o idioma publicado - Inglês, Português, Espanhol (2006 – 2012).

Idioma (%)

Inglês 45 70,0

Português 16 25,0

Espanhol 3 5,0

Total 64 100

5.7 Área de atuação profissional

As áreas de atuações profissionais encontradas foram dividas em profissionais de saúde no geral; estudantes da área da saúde; dentistas; médicos e outros na qual englobam profissionais de apoio, limpeza hospitalar e profissional do pré-hospitalar. Foram assim, distribuídas e apresentadas na tabela 7.

TABELA 7 Distribuição das publicações encontradas de acordo com a área de atuação profissional - Profissionais de saúde no geral, estudantes da saúde, dentistas, médicos, outros (2006 – 2012).

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Área de atuação (%)

Profissionais da saúde no geral 39 61,0

Estudantes da saúde 13 20,0

Dentistas 6 10,0

Médicos 2 3,0

Outros 4 6,0

Total 64 100

Sobre os resultados obtidos neste trabalho, o ano de 2011 foi o que mais publicou com 30% do total, já no ano de 2006 teve 6% das publicações, isto reflete que a preocupação dos pesquisadores em relação à imunização dos profissionais de saúde está aumentando com o passar dos anos, pois até mesmo o ano atual (2012) consta com 14%. A Pubmed se mostra sendo a base de dados com a maior frequência, por ser esta uma base que engloba vários idiomas, locais e fontes de publicação, diferente da Scirus que apenas publica artigos do idioma inglês e consta com apenas 25%. A fonte que se destaca é a revista científica, com um total de 94%, seguido de teses e dissertações, o que se justifica pelo fato das bases de dados pesquisadas publicarem mais artigos, estando as outras fontes mais disponíveis em bibliotecas de universidades. A área de abrangência da fonte teve um percentual maior na área médica – 48%, que de certo modo, são procuradas para publicação no que se diz respeito a área da saúde, seguida da área de saúde pública que também tem este enfoque quando se trata de imunização. Os locais de pesquisa vêm com um destaque no Brasil, liderando com 38%, sendo que todo o continente europeu, contando com nove países distintos, atingiu a marca dos 23%.

Observa-se através destes resultados que pesquisadores brasileiros, têm desempenhado uma função eficaz em relação à preocupação da saúde dos trabalhadores. O idioma prevalente também cabe à uma interessante discussão, pois com 70% o inglês é a maioria, e como visto anteriormente, o Brasil (com o idioma português), prevalece nas publicações. Visto isso, observa-se que atualmente as revistas optam pela língua inglesa para publicar pois mundialmente as pessoas leem mais este idioma. E por fim, as áreas de atuações que mais foram encontradas foram as dos profissionais de saúde no geral, de âmbito hospitalar,

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seguidas de estudantes da saúde, onde mostra que pesquisadores estão preocupados sobre a imunização de futuros profissionais e que estes já tenham a consciência da importância imunológica antes mesmo de se iniciar a vida profissional. Os dentistas também aparecem com grande evidência, quando se trata de publicações específicas, tendo esta classe grande preocupação em relação ao risco de se adquirir uma doença como a hepatite B que pode ser evitada. Os médicos, mesmo que com proporção pequena, também publicam de forma específica sobre a imunização. Outros profissionais como de apoio hospitalar, limpeza e pré-hospitalar, também foram encontrados de forma a contribuir com estas classes profissionais em relação à importância da imunização. Não foi encontrada nenhuma publicação específica de enfermeiros, sendo estes citados nos profissionais de saúde no geral e estudantes de área da saúde.

Implicando este estudo com a enfermagem, de acordo com a Portaria nº 2616, preferencialmente, o profissional indicado para realizar ações de prevenção a acidentes com material biológico e ações educativas de imunização é o enfermeiro (BRASIL, 1998).

A discussão a seguir, visa trazer um pouco das características individuais de cada publicação encontrada.

Cobertura vacinal X sorologia: nas sessenta e quatro publicações analisadas (N=64), percebemos um quantitativo de 11 publicações que abordaram tanto a cobertura vacinal quanto a sorologia de anti-Hbs. Visto que para o profissional da saúde a imunização é tão importante quanto a confirmação sorológica, sendo esta uma recomendação do Ministério da Saúde (CARVALHO et al, 2012a).

Leibowitz et al. apud Byrne (1966), foram os primeiros a publicarem um caso de hepatite B diagnosticada em sorologia, sendo este de um trabalhador de banco de sangue. Posterior a isso, são vários os estudos que abordam esta problemática na qual a preocupação é avaliar a sorologia de profissionais de saúde ou mesmo aqueles profissionais que manipulam sangue e/ou fluidos contaminados (PEREIRA, 2007).

No estudo feito com profissionais de saúde em um Hospital Universitário de Salvador, conclui-se que a falta de comprovação do esquema vacinal completo com as três doses da vacina contra hepatite B e a ausência do controle sorológico evidenciam a não valorização dos profissionais em nível de prevenção ocupacional eficaz que a vacina fornece contra a doença. E a prevalência de marcadores de

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infecção foi maior na amostra estudada do que na população geral da cidade (IBIDEM).

Poucos estudos sobre vacinação contra hepatite B são realizados em trabalhadores de atenção básica, pois maioria deles se foca em profissionais de âmbito hospitalar (GARCIA; FACCHINE, 2008b)

Mais discussões destas variáveis de vacinação com sorologia se seguem no decorrer do desenvolvimento do trabalho.

Estudantes da saúde: Foi analisado um total de treze publicações englobando a preocupação da imunização contra hepatite B em estudantes da área da saúde.

Carvalho et al (2012a) , mostra através de seu estudo que é importante promover campanhas de vacinação da hepatite B e melhorar o conhecimento e conscientização sobre a doença entre os profissionais de saúde e estudantes de ensino superior.

Okeke et al (2008), relata que o estado vacinal de HB é muito baixo entre os estudantes de medicina na Nigéria e a prevalência de lesões por perfurações de agulhas é alta nas universidades, então não se deve apenas fornecer a vacina gratuitamente como também reforçar a sua utilização por esses alunos.

Garcia-Granville et al (2011), traz que o conhecimento de doenças ocupacionais e de cobertura de vacinação entre os estudante é muito pobre, refletindo a necessidade de políticas motivacionais, através de atividades de esclarecimento e expansão da cobertura de vacinação.

Chehuen et al (2010), identificou uma não conformidade na adesão da imunização dos estudantes de medicina, sendo o índice de vacinação muito baixo entre eles, expondo-os e também aos pacientes, a riscos desnecessários, já que a vacinação é recomendada e abordada em várias disciplinas, porém existe uma ausência de sistematização na prática. Portanto na realização de atividades acadêmicas, se deve uma iniciativa na educação, orientação e supervisão aos discentes, visando protege-los de possíveis acidentes e contaminação.

Carvalho et al (2012b), considera que os estudantes de enfermagem reconhecem imunizações como modo de proteção, referentes a necessidades em relação as vacinas, expressando a expectativa de que as informações recebidas durante o curso foram satisfatórias. Embora quase unanimemente enfatizam a importância da prevenção, nem todos mantêm o calendário de vacinação atualizado, uma vez que alguns não estão certos que receberam todas as vacinas. Este

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contexto permite refletir sobre como abordar a questão na instituição, estimulando uma prevenção mais específica e proteção dos estudantes e trabalhadores durante a formação acadêmica, permitindo ao aluno que realize as atividades práticas somente com verificação vacinal completa, conscientizando-os sobre tal necessidade.

Lindemar et al (2011), indica que o estado de vacinação dos alunos investigados é inadequado. Além disso, uma lacuna entre a consciência da importância da vacinação e comportamento preventivo pessoal também é precário.

Portanto, a educação dos futuros profissionais de saúde ainda requer questões relacionadas com a vacinação.

Alavian et al (2011), refere que no geral os estudantes de saúde do Irã apresentam um nível relativamente bom de conhecimento da imunização da hepatite B. No entanto, as respostas dos alunos para questões práticas foram menos satisfatórias. É digno de nota que, em alguns casos, os estudantes dos últimos semestres mostraram menos consciência. Esta descoberta destaca a necessidade de educação continuada de imunizações e de controle de infecção. Os autores propõem que uma educação continuada no início de cada ano letivo seria de grande valia e importância acadêmica e profissional.

Noula et al (2008), em sua pesquisa na Grécia refere que alunos dos últimos semestres se mostram mais preparadas a nível de conhecimento e necessidade da imunização. Porém, somente metade dos estudantes tinha vacinação completa de hepatite B, e observa-se uma maior prevalência do sexo masculino no nível dos vacinados. Os autores também acreditam que programas de educação em saúde aumentariam as taxas de imunização aos estudantes.

Okamoto et al (2008), relata que no Japão a vacinação entre os estudantes de medicina não é obrigatória, e que os mesmos não se submetem a nenhum tipo de imunização. Porém os autores evidenciam a importância da proteção imunológica e afirmam que esta medida não pode ser ignorada por universidades – no nível da comunidade nem pelo governo – a nível nacional.

Araújo et al (2006), mostra que os estudantes da área da saúde não estão adequadamente vacinados, estando suscetíveis a adquirir e transmitir doenças. A cobertura vacinal da hepatite B foi a que mais se mostrou elevada. Porém existiu um alto índice da falta de informações sobre as vacina para os profissionais da saúde.

Mostrando uma maior prevalência da falta de conhecimento e adesão principalmente

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em estudantes de odontologia. Os autores reforçam a necessidades de implantações de políticas de imunização, preconizadas pelo Programa Nacional de Imunizações e afirmam que os riscos de contrair e transmitir infecção por doenças imunopreveníveis, entre os profissionais da área de saúde, começa ainda nas atividades acadêmicas, não sendo adequado aguardar-se o ingresso na vida profissional para iniciar a vacinação. Considerando-se os aspectos relatados, o momento ideal para a vacinação dos profissionais de saúde é antes mesmo de concluir a graduação, mais especificamente antes de ingressar nos estágios, levando-se em conta que o treinando apresenta um risco ainda maior de contaminação que o profissional experiente. Afirmam ainda que é importante a compreensão de que não é suficiente uma simples orientação dos estudantes e profissionais sobre a necessidade da imunização, devendo ser implantado um programa mais agressivo de exigência de cumprimento do esquema vacinal, para obtenção de coberturas mais adequadas.

Silva et al (2009), refere em seu estudo com graduandos em odontologia, que há necessidade de maiores informações aos estudantes quanto à importância da vacinação e da verificação laboratorial da sua eficácia, com propósito de reduzir o risco ocupacional de infecção pelo vírus da hepatite B, sendo que em sua pesquisa a maioria dos acadêmicos referiram apenas uma dose da vacina, e mais de 90%

desconheciam a necessidade da confirmação pela sorologia.

Lasemi et al (2011), aponta índice sorológicos de acadêmicos de ondontologia dos Estados Unidos após vacinação de HB, encontrando uma taxa de falha considerável em atingir ou manter níveis aceitáveis de título após a vacinação de rotina contra HBV. Com apenas 21% soronegativos. Assim, os autores recomendam a determinação do soro anti-HBs após vacinação.

Cabrera; Merege (2011), trazem uma informação que nenhuma das carteiras dos alunos de graduação de medicina e enfermagem, apresentou-se em dia com as vacinas de rotina do adulto e dos profissionais de saúde. Este resultado reforça a necessidade de normatização e ampliação de suporte e orientação sob responsabilidade educacional da instituição de ensino superior, porém nesta instituição estão disponíveis aos alunos todas as vacinas. Os autores concluem que o risco biológico existe, e a classe discente deve ter a comprovação de seu estado imune e receber imunobiológicos necessários regularmente no início dos cursos.

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Profissionais dentistas: Observam-se várias publicações específicas com os profissionais dentistas, tendo um total de seis artigos analisados.

Garcia et al (2007), em seu estudo com dentistas e auxiliares, revela que respectivamente 73,4% e 39,4% se apresentam vacinados com o esquema completo da vacina contra hepatite B, porém apenas 32,1% e 21,9% monitoraram a resposta vacinal. Associa-se a imunização completa com o ano de formatura dos profissionais. Os autores recomendam medidas educativas especialmente voltadas aos auxiliares, que também correm os mesmos riscos por manipularem material biológico.

Paiva et al (2008), indica em seu estudo um impacto positivo da vacinação entre os dentistas, sendo a taxa de 98,4%. E nenhum teste sorológico positivo para a doença.

Petti et al (2011), constatou baixos níveis em dentistas na Itália sobre taxa de cobertura vacinal contra HB, assim como baixo nível de consciência sobre a importância da vacina.

Sofola; Uti (2008), afirma que profissionais da faculdade de odontologia da Nigéria, não estão adequadamente protegidos contra a hepatite B. Recomendam que a imunização seja obrigatória desde os estudantes até todos os profissionais que atuam nas clínicas, antes mesmo de irem para as práticas.

Paiva (2008), mostra que os dentistas de Goiânia estão com altos índices de cobertura vacinal com HB, porém a maioria não realizou o teste sorológico pós- vacinação para confirmação. Os resultados deste estudo apontam um impacto positivo na atuação de controle de infecção, por meio de várias frentes de formação acadêmica e educação continuada.

Batista (2006), aponta que os resultados do presente estudo mostram também, assim como o estudo citado anteriormente, um alto índice de vacinação e um bom índice de resposta vacinal. Entretanto, a ocorrência do VHB nesse grupo populacional e o fato de muitos profissionais não completarem as três doses da vacina, demonstram a necessidade de programas de educação continuada e de estratégias mais efetivas para a conscientização sobre as formas de controle e de prevenção da infecção.

Médicos: pesquisas específicas com médicos também foram encontradas, sendo apenas duas publicações, e ainda em nível internacional.

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Kevorkyan et al (2011), com sua pesquisa na Bulgária, visou documentar a imunidade pós-vacinal da hepatite B em médicos com esquema completo. O estudo foi satisfatório apresentando um percentual de 92% de soroproteção com vacinal há 10 anos. E também não houve associação entre a resposta imune e os fatores comumente envolvidos, tais como gênero, idade, sobrepeso, tabagismo, etc.

Usmani et al (2010), em estudo com médicos do Paquistão, identificou que este profissionais, apesar da disponibilidade da vacina eficaz no mercado, continuam a ser não-vacinados. Os autores consideram que isto se dá pela falta de consciência e descuido por parte dos médicos, juntamente com a negligência do risco que os levou a ser incompletamente vacinados. Uma recomendação é que todo profissional, antes mesmo de ingressar na prática, tenha a necessidade de assegurar que esteja completamente vacinado contra hepatite B.

Outros profissionais: Em relação ao pessoal de limpeza hospitalar e profissionais de laboratório, os estudos encontrados foram apenas dois, sendo um de cada respectivamente.

Osti; Machado-Marcondes (2010), em seu estudo sobre profissionais da limpeza hospitalar, assim como Moreira et al (2007), que relata sobre profissionais de laboratório, têm semelhanças nos resultados e discussões pois nos dois estudos a cobertura vacinal é muito baixa, assim como o conhecimento sobre a confirmação sorológica que também é ausente. Ressalta-se uma importância de atenção sobre a imunização destes profissionais, pois os mesmos estão em contato direto ou indireto com materiais biológicos e os riscos de contaminação são grandes, ainda mais se não estiverem seguros se uma proteção imunológica.

Observa-se que autores também se preocupam com a saúde de profissionais do nível de atendimento pré-hospitalar, na qual se encontram três publicações que se referiram sobre imunização de hepatite B, assim como marcadores sorológicos, envolvendo profissionais bombeiros. Considerando que estes profissionais trabalham em condições de alto risco ocupacional, existe assim a necessidade de verificar o conhecimento e adoção dos mesmos às medidas protetoras relacionadas à prevenção das doenças.

Florêncio et al (2006), define que ao realizar atendimento pré-hospitalar, os profissionais estão constantemente expostos a vários riscos durante a execução de suas atividades ocupacionais, principalmente, por manusear de forma direta ou indireta materiais orgânicos excretados e secretados por clientes portadores de

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patologias desconhecidas, podendo, por sua vez, ser fonte de transmissão de microrganismos para os profissionais e outras vítimas. Os autores enfatizam que para reduzir o risco de transmissão de doenças como a hepatite B, são necessárias medidas preventivas, como a vacina disponível gratuitamente na rede de saúde pública do país. No resultado de sua pesquisa observou-se que a adesão ao esquema vacinal pela equipe de resgate é muito baixa. Estes dados denotam a baixa percepção do risco, o desconhecimento de medidas protetoras e a pouca preocupação em adotar medidas sabidamente eficazes e seguras.

Contrera-Moreno et al (2012), em um primeiro estudo realizado com bombeiros no Brasil sobre a soroprevalência para HBV, afirma que os bombeiros possuem alto risco para adquirirem infecções pela natureza de suas práticas de trabalho, onde se observa uma maior prevalência de atendimentos com resgates de vítimas de acidente de trânsito e transporte de emergências clínicas e psiquiátricas.

Em sua pesquisa observou uma baixa adesão à imunização, com apenas um percentual de 51,6% vacinados com as três doses, e 66,9% apresentaram-se imunes comprovadamente com a sorologia pós-vacinação. A autora recomenda que a vacinação de todos estes profissionais seja feita no local de trabalho, de modo a facilitar a adesão total da vacina, de preferência no início de seus trabalhos, podendo ser feita durante os cursos de formação, assim como a posterior comprovação sorológica de imunidade à doença.

Brown et al (2011), revela que em seu estudo feito por militares recrutas do Reino Unido, o índice de vacinal também se mostra baixo, não atingindo nem 50%

de cobertura total. A sorologia confirmatória também se mostra ausente ou desconhecida pelos mesmos. Os autores também recomendam que programas de imunização são necessários para este público, já que os mesmo lidam com transporte de pacientes em situações de resgate.

Profissionais de saúde: Várias foram as publicações encontradas referentes aos estudos feitos excepcionalmente com profissionais de saúde no geral em relação à imunização contra a hepatite B. Em um total de 39 destas, foram analisadas e discutidas a seguir, levando em conta o local pesquisado.

No Brasil, foram encontradas 9 publicações. Em todos os bancos de dados analisados, este país prevaleceu em número de publicações em relação aos demais, sendo que a pesquisa com os descritores foi feita tanto em português quanto em inglês, englobando todos os artigos nacionais e internacionais:

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Garcia; Facchini (2008a), tiveram em seu público alvo trabalhadores de saúde da atenção primária, onde 64,6% tinham o esquema completo para hepatite B e 29,8% afirmaram conhecer sua sorologia pós-vacinação. Os autores recomendam medidas educativas para atingir a vacinação completa dos profissionais e maiores informaçãos sobre a necessidade do monitoramento da resposta vacinal.

Silveira et al (2011), relata que alcançar altas taxas de vacinação entre os profissionais de saúde é um grande desafio. Apenas 37,5% de sua amostra possuíam as três doses da vacina da hepatite B, e a maioria não tinha conhecimento da necessidade da confirmação sorológica. Os autores referem que as escolas de profissionais de saúde não apenas tinham que informar sobre a necessidade da imunização, mas como também verificar os registros com esforços de manutenção.

Assunção et al (2012), observou que 74,9% dos profissionais de saúde receberam o esquema completo da vacina da hepatite B. As maiores prevalências de vacinação foram observadas entre enfermeiros e técnicos de enfermagem 96,1%

e médicos (95,7%), enquanto as menores prevalências foram identificadas entre técnicos envolvidos com vigilância (64,3%) e trabalhadores administrativos e de serviços gerais (72,2%). O estudo deixa explícito que todos os profissionais de ambiente hospitalar correm riscos por estarem expostos e os mesmos não estão assegurados de uma segurança imunológica satisfatória. Desse modo, são necessários reforços para garantir o acesso e adesão a todos os grupos ocupacionais.

Silva et al (2011), este estudo vem ao encontro do citado anteriormente, onde refere que profissionais de nível médio também se apresentam com uma menor taxa de imunização. Em relação à cobertura completa da vacina de hepatite B, concluiu- se que 67% estavam imunizados. Entre os de nível superior, 75,3% estavam completamente imunizados, comparados a 64,5% do nível técnico. Contudo, o pessoal de nível superior mostrou mais conhecimento sobre o tema em detrimento dos profissionais com nível técnico, razão que deveria motivar os gestores da saúde a implantar programas de educação continuada, além de desenvolver pesquisas neste âmbito.

Dinelli et al (2009), mostra que 82,4% cita a hepatite B como uma doença de risco em seu ambiente de trabalho no hospital, porém a taxa completa de vacinação se apresenta em apenas 35%. Os autores afirmam a necessidade clara de medidas

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