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A história de uma grande viagem

Em 16 de julho de 1969 um feito quase inacreditável ocorreu na humanidade. Um enorme foguete pesado, com 2,8 toneladas, e muito alto, medindo o equivalente a um edifício de 44 andares (110,6 metros), foi lançado da Flórida. Seu nome era Saturno. Ele transportava uma nave diferente de todas as outras, a Apolo 11, para a órbita da Terra. O objetivo da missão? Fazer com que o homem pisasse em outro solo, fora da Terra, na Lua.

Galileu defendeu que a Terra era redonda e quase foi punido por isso. Ele também observava o círculo da Lua e sonhava com ela, mas não imaginava que um dia os homens a pisariam. Nunca os terráqueos foram tão longe. Eles fizeram uma alunissagem, pousaram sobre o solo da Lua para explorá-la. Foi um fato tão extraordinário que alguns ainda duvidam de que tenha acontecido.

Apolo 11 transportava três astronautas: Armstrong, Aldrin e Collins. Viajaram muito e sem nenhuma escala, percorreram 390 mil km. Três dias depois, seus corações começaram a palpitar, eles entraram na órbita lunar. Até aquele momento tudo acontecia sem grandes anormalidades. Contudo, algo inesperado aconteceu. Quando estavam a apenas 1800 m da superfície da Lua e as crateras pareciam tão reais, Armstrong rompeu o silêncio. Exclamou: “Sinal de alerta!”. Preocupado, ele apontava para uma luz vermelha no monitor. O coração dos aventureiros do espaço palpitava forte e rápido. O sonho da alunissagem poderia se tornar irreal. Pior ainda, se o defeito fosse grave, eles poderiam se perder no espaço.

O sinal de alerta (“erro 1202”) identificado não ocorrera durante o treinamento. Dispunham de apenas alguns segundos para decidir voltar atrás ou continuar com a descida na superfície lunar.

Os astronautas estavam angustiados. Os pensamentos agitados instigavam a insegurança. Na Terra, a missão de controle tentava identificar o problema. De repente, alívio geral. A missão verificou que o sinal de alerta não inspirava perigo. Indicava que o computador de bordo, que era tão rudimentar comparado aos da atualidade, estava apenas tentando se atualizar. Assim, eles poderiam prosseguir a decida.

Armstrong retomou a segurança e motivou-se a seguir o cronograma. Ele estava destinado a ser o primeiro homem a pisar na Lua. Em seguida, passou o controle automático para o manual. O módulo lunar, o Eagle, usado na alunissagem, descia lentamente. Seu trem de pouso podia absorver pequenos choques, mas os astronautas poderiam

ter problemas se tocassem rapidamente a superfície da Lua. Começou a contagem de descida. Dez metros, nove, oito, sete... dois, um. “Motor desligado”, disse ele. “O Eagle alunissou!”.

Ao descer, Neil Armstrong ficou extasiado. Não podia conter sua alegria. O céu nunca fora tão lindo. As estrelas nunca brilharam tanto. O Universo nunca pareceu tão enigmático, segredando mistérios que não compreendiam.

Muito longe estava a Terra. Os homens, com todo seu orgulho e todas as suas pobres diferenças, ficaram imperceptíveis aos olhos dos primeiros seres que pisaram na Lua. Não havia negros ou brancos, árabes ou judeus, ricos ou miseráveis. Todos eram invisíveis. Se os primeiros astronautas fossem pensadores da psicologia, eles certamente pensariam que seria difícil de acreditar que lá na Terra havia milhões de pessoas que consideravam seus problemas do tamanho do Universo, que não conseguiam enxergar mais nada diante dos olhos.

A Terra era um belíssimo planeta azul bailando no espaço. Então, Armstrong, ao tocar seus pés na Lua, proclamou a célebre frase: “Este é um pequeno passo para um homem, mas um grande salto para a humanidade”.

Você viveu o maior romance da história

Vimos que você foi o maior nadador da história, o maior alpinista de todos os tempos. Por que você teve uma coragem ímpar? O que o motivava? A paixão pela vida. O espermatozóide viveu o mais belo romance da literatura. Se um dia faltar amor por você mesmo, se em algum momento sua auto-estima estiver fragilizada, lembre-se de que você viveu o maior romance da história.

Você era incompleto e imperfeito. Sua vida só seria completa e perfeita se encontrasse a célula da sua vida. Nunca você dependeu tanto de outro ser para existir. Quando nem ao menos tinha emoção para amar, nos apaixonamos pela nossa outra metade. Não a conhecíamos, nunca a ouvimos nem havíamos visto sua imagem, mas já a amávamos. Foi um amor arrebatador, um “amor genético”, a mais louca e intensa experiência da natureza. Cruzamos mares e oceanos sem medo de fracassar, escalamos montanhas e penhascos altíssimos sem receio de desabar.

Nós nos tornamos os mais arrojados astronautas. Procurávamos o quê? A “lua do óvulo”. Era quase impossível atingi-la. Tínhamos de seguir uma longa e sinuosa trajetória no universo do útero. E o que era pior, não tínhamos nenhuma nave espacial e nem uma equipe de base para nos apoiar. Estávamos sós num mundo estranho, movidos pelo amor ao milagre da vida. Partimos sem ter chance de voltar e começar tudo de novo.

Nunca lutamos tanto por nós mesmos. Em nenhuma época tivemos tanta auto-estima, sem consciência de tê-la. Tornamo-nos os maiores empreendedores da história. Elegemos um alvo e estabelecemos diversas prioridades e diversos procedimentos para atingi-lo.

Muitos não chegam a lugar algum, pois não têm metas ou não sabem estabelecer prioridades para atingi-las. Não é tão fácil mudar nossos conceitos e nossos defeitos, não é tão fácil conquistar pessoas difíceis, não é tão simples superar nossas frustrações e melhorar nosso desempenho intelectual, mas é possível. Eleja seus alvos e planeje suas prioridades. Treine ser um grande empreendedor. Lembre-se de que você já foi imbatível. Um dia alguém vai superá-lo e que esse alguém seja você mesmo.

Se, no início da vida, tivéssemos a capacidade que temos hoje de reclamar das circunstâncias e de encontrar nossos defeitos, não teríamos garra suficiente para vencer a grande corrida da vida. Gastamos muito tempo atualmente reclamando e nos punindo. Um empreendedor não reclama das circunstâncias, cria as oportunidades. Uma pessoa madura é cônscia de sua falibilidade, não esconde seus erros e nem vira o rosto para a sua miséria. Ela tem sentimento de culpa na dose certa e não na dose autodestrutiva. Sua consciência pesa-lhe o suficiente para ter coragem de pedir desculpas e mudar de rota. Tropeça, mas não deixa de caminhar.