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Na análise do professor Laurindo Lalo Leal Filho, os jornalistas são pioneiros em ser alvo de terceirizações, precarização e pejotização, devido à característica da categoria de se enxergar mais como profissional liberal do que como trabalhador87.

Conforme anota Accardo (2007), a hegemonia dos meios audiovisuais, em especial com a televisão, faz com que muitos profissionais, mesmo exercendo o trabalho em condições precárias e mal remuneradas, sentem-se presos, através da simbologia da imagem pública, a um prestígio e poder, o dito quarto poder, que compensaria as vicissitudes enfrentadas no cotidiano do trabalho.

Heloani (2006), em pesquisa sobre a qualidade de vida no trabalho do jornalista, observou que há um fetiche do profissional em relação ao seu trabalho, seja por um suposto glamour que envolve a profissão, seja pela sensação de poder, ou mesmo como uma missão, a de levar a informação à sociedade. Desta forma, enxerga-se como um trabalhador diferenciado, ou seja, um intelectual com poder de influenciar os rumos da sociedade.

No entanto, essa visão da profissão está associada ao estereótipo clássico do jornalista que trabalha numa grande redação, com um contrato formal de trabalho, ou mesmo o assessor de imprensa. Com as mudanças no mundo do trabalho e o surgimento de novas funções e trabalho de forma independente – e não necessariamente jornalistas - como blogueiros, empreendedores digitais, influenciadores, entre outras formas de atuação, essa identidade ficou no campo do imaginário. A nova realidade imposta pela tecnologia estaria colocando o a mídia outrora chamada quarto poder em xeque. Conforme Ramonet (2012):

A confortável situação das mídias e dos jornalistas, em posição de monopólio da informação na sociedade, está chegando ao fim. Muitos jornalistas profissionais se viam como uma elite, pensando em deter o poder exclusivo de impor e de controlar debates. Esse pecado do orgulho os fazia crer que seus leitores passivos e cativos estariam sempre a seu favor. Mas esse tempo em que eles tinham sozinhos o direito de escolher e de publicar informações já terminou. A internet despojou-os de sua identidade de “padres particulares” (RAMONET, 2012, p. 21).

Marshall (2003), anota que neste contexto há a construção do que ele chama de “jornalista pós-moderno”, que substituiu o jornalismo engajado, palco de lutas ideológicas e de debates sociais, transformando-se assim num mero veículo de venda de informação e de estilo de vida.

O jornalista pós-moderno transformou-se numa máquina de produção de informação, um operário com demandas estipuladas e prazos de entrega a cumprir. Afinal, as redações dos jornais contemporâneos adotaram projetos fordistas e tayloristas de produção de notícias, obrigando o jornalista a ser uma peça maleável capaz de se adaptar a variadas necessidades e situações (MARSHALL, 2003, p. 32).

Oliveira & Grohmann (2015), chamam atenção para as novas competências exigidas pelo profissional de jornalismo; a flexibilidade para aceitar diferentes tipos de contrato de trabalho, a capacidade de inovação e criatividade, que leva a necessidade de atualização e formação permanente.

Nestes termos, o emprego estável, com carteira de trabalho assinada, horário e salário definidos, típico do período fordista, vai se tornando algo raro, anacrônico. A palavra chave para definir essa nova situação profissional é o empreendedorismo. O “novo jornalista’, assim, não estaria mais preso às redações. Agora ele mesmo vende suas pautas e tem liberdade para trabalhar onde e quando for mais conveniente.

Fazer sucesso é ter competências ajustadas ao “novo espírito do capitalismo (Boltanski; Chiapello, 2009), em que a flexibilidade é um imperativo, ao lado do espírito aventureiro. Nesse zeitgeist, a noção de “carreira, enquanto algo fixo e estável se esvai, dando lugar a conceitos como “projetos”, “jobs”, “home-oficce” e “frilas” (Oliveira & Grohmann, 2015, p.125).

Com a individualização das relações de trabalho, triunfa o discurso da autossuficiência de um profissional que se enxerga como um indivíduo altamente capacitado e portador de uma missão. O discurso do qual o jornalismo, para além de uma profissão, é encarado como uma missão de vida, faz com que, para alguns profissionais, não seja admitida a situação de desemprego. Nessa construção semântica, a situação de desempregado torna-se vexatória e a palavra desemprego silenciada, proibida, uma vez que o jornalista é um profissional que deve estar sempre disponível para aceitar um “job”, um “frila” ou aguardando um projeto interessante ou mesmo trabalhando as próprias pautas (Fígaro, 2008; Oliveira & Grohmamm, 2015).

Na análise de Torres (2012), o empreendedorismo deve ser buscado como uma necessidade para o desenvolvimento profissional e do próprio jornalismo. Para o autor, as universidades brasileiras formam empregados para um mercado de trabalho já saturado.

O certo “conforto” e “status” oferecido pelas carteiras profissionais assinadas com grandes meios de comunicação faz com que uma legião de estudantes sonhe em repetir o óbvio, evitando uma inovação própria ou um confronto direto com os moldes jornalísticos vigentes. Perde o estudante, perde o mercado de comunicação, perde o jornalismo e, principalmente, perde a

sociedade, pois não consegue ter um jornalismo inovador com mentes inovadoras.88

O mesmo autor faz uma comparação crítica da formação do mercado de trabalho brasileiro em relação ao norte-americano, que em sua avaliação, ao priorizar a formação de empreendedores, proporciona um ambiente propício para o surgimento de “mentes inquietas” e tem como resultado a criação de empresas de ponta, estudos e novos padrões de se pensar o jornalismo, o que levou a uma situação, nos Estados Unidos, de grandes conglomerados de blogs ou jornalistas individuais a terem peso importante no mercado editorial, diferentemente do que ocorre no Brasil. Assim, o conselho que ele dá aos profissionais de jornalismo para enfrentar os desafios dos novos tempos é:

Jornalistas, criem mais. O fato da quase obrigatoriedade de aprenderem noções de programação, empreendedorismo, design ou outras atividades deveria ser, por si só, combustível suficiente para que os nossos futuros jornalistas – e os que já estão no mercado – atuem de maneira mais agressiva. É gratificante trabalhar para uma grande mídia, porém mais gratificante ainda é criar uma mídia para chamar de sua.89

Por outro lado, criar uma mídia para chamar de sua pode ser considerado como fazer jornalismo? Conforme analisa Paulo Zocchi, o empreendedorismo no jornalismo esbarra na própria característica do trabalho, uma vez que, diferentemente do que ocorre com outras profissões, o jornalista não é um profissional liberal.

Nesta análise, não basta simplesmente abrir empresa PJ individual, montar um escritório e/ou uma página na internet e atender clientes. Geralmente o trabalho do jornalista é negociado com empresas, uma vez que a produção de notícia requer uma estrutura e tempo para sua produção, o que dificulta que seja suportada por um único indivíduo. O trabalho de produção de notícia, assim, não se confunde com a criação de um espaço virtual, uma página na internet, um blog para publicação de artigos e conteúdo de caráter opinativo, o que não necessariamente é exclusivo de jornalistas.

Entre jornalistas entrevistados para este trabalho, quatro, todas mulheres, passaram a atuar como empreendedoras depois de uma trajetória trabalhando em veículos de comunicação e em assessoria de imprensa.

Como se pode observar nos depoimentos abaixo é que o autoemprego pode tanto ser resultado de uma falta de opção de inserção no trabalho formal, dado a crise nos meios de

88 TORRES, Clayton Carlos. Jornalistas dever ser jornalistas. E empreendedores. Publicado no site Observatório

da Imprensa em 24/04/2012. Disponível em http://observatoriodaimprensa.com.br/feitos-desfeitas/ed691- jornalistas-devem-ser-jornalistas-e-empreendedores/ acesso em 07 de novembro de 2018.

comunicação tradicional, o reduzido número de vagas o aumento das contratações como PJ; seja por entender que as mudanças ocorridas são irreversíveis e que é preciso se adaptar a elas até por uma questão de sobrevivência. Outro ponto que aparece em algumas falas é que, se um dia a profissão de jornalismo representou algum status social e era romantizada, na visão destes profissionais, ficou no passado.

Michele Costa:

O jornalista, por conta do status, dessa coisa do ego, essa coisa do “ah, eu sou, eu faço e aconteço”, carrega muito com ele essa coisa de se achar muito importante, ele não consegue enxergar que ele é mais uma pessoa apertando um botão numa linha de produção, na prática, para aquele empregador, claro que em alguns momentos, alguns colegas se destacam, fazem um nome, crescem e acabam se tornando pessoas conhecidas independente do veículo, mas isso é muito, muito raro, pessoas que conseguem se destacar desta maneira, independente do veículo de comunicação. A maioria acaba sendo assim: o fulano, o João da Folha, e quando ele sai da Folha ele é o João. Aí que ele se dá conta que ele não era realmente uma pessoa muito importante sem o “sobrenome” Folha, então aí que ele percebe o que ele perdeu, e aí já se passaram anos de direitos trabalhistas que ele perdeu. É um problema que realmente acontece.

Mário Camargo:

Eu nunca tive essa coisa do glamour da profissão, eu acho que eu era um operário da notícia, da informação, em vez de eu estar com uma enxada na roça, minha enxada é uma caneta, ou um computador agora. Mas já no início da minha carreira, na faculdade, as pessoas queriam trabalhar na Globo, ou em outra TV, porque achava que aquilo era o máximo, como se fosse um profissional liberal. Nós não somos profissionais liberais de verdade. Seja contratado por carteira, seja PJ, nós trabalhamos para uma empresa, diferente de outras profissões liberais, como médicos, advogados. E sempre grande parte da categoria não percebia essa coisa – não, nós somos profissionais liberais. Eu nunca gostei dessa frase. Acho que esse encanto começou a diminuir bastante exatamente no momento dessa mudança nas redações, dessa modernização, melhor, da tecnologia, do avanço da tecnologia nas redações, porque aí as redações começaram murchar, os salários começaram a diminuir e acho que caiu a ficha que realmente a gente era um operário da notícia, um trabalhador que está a serviço de uma coisa comercial, um prestador de serviço como qualquer outro à empresa. E aí eu acho

que a coisa acabou mesmo quando veio essa briga do fim do diploma de jornalismo. Eu acho que hoje, com quem eu converso, ninguém se sente como profissional liberal, tenho amigos de longa data, desde quando eu comecei, até antes, hoje a conversa é outra. Hoje a conversa é mais real, como devia ter sido sempre nessa coisa do glamour, do profissional liberal. A única coisa é que eu acho que o colunista, não que eu acho que ele seja um profissional liberal, mas acho que ele tinha mais liberdade de produzir seus próprios conceitos, coisa que você não vê em outro tipo de empresa, mas os colunistas hoje também são raríssimos né.

Cláudio Liza Jr.:

O que eu senti é que as pessoas estão querendo consumir a informação online, seja blog, redes sociais. A distinção se é jornalismo ou não, para o público em geral, parece que nunca fez muita diferença, porque agora é o que você colocar lá e bater com o que você acredita. O jornalismo é exatamente o contrário, é colocar o contraditório. Mas ali não, é muita gente querendo usar um veículo, o veículo existe na internet, são as redes sociais, ele existe. Na nossa época o que existia? Era um veículo profissional. Hoje em dia não. Qualquer um pode usar. Isso democratiza, mas ao mesmo tempo, qualquer um vai escrevendo e as pessoas não estão querendo distinguir. Isso está trazendo como consequência para o jornalista sério, falta de credibilidade, por incrível que pareça. Deveria aumentar. Mas aí, se você escreve algo que incomoda, você é que está sendo parcial e aqueles que estão sendo parciais de verdade é que estão ganhando espaço. Eu estou realmente muito preocupado com isso. Não sei se a população vai depurar, vai conseguir ao longo do tempo saber consumir o que é sério e ver com reservas o que é fake né. Fakenews sempre existiu, boato sempre existiu, mas do volume que está acontecendo e servindo a propósitos inclusive políticos e governamentais, isso realmente está excessivo e a gente está perdendo espaço para isso e não sei se a gente está sabendo reagir.

A gente demorou para entender que a gente vai ter que se reinventar. Os mais novos já estão entendendo isso, a gente é que está demorando um pouco. A gente vai ter que migrar dos grandes veículos para a internet e a gente vai ter que construir de novo a nossa credibilidade.

Maurício Simionato:

Eu que vim do jornalismo impresso e decidi abrir uma janela, do jornalismo institucional que na verdade nada mais é do que você trabalhar em parceria com o marketing e com relações públicas. Você acaba agregando, abrindo janelas em relação à comunicação.

Então, como eu fiz essa pós em comunicação e marketing e trabalho no aeroporto, numa área de assessoria de imprensa que atua junto com o departamento de comunicação e marketing, então foi um grande aprendizado, de participar de eventos, de fazer eventos. Então eu tive que ampliar meu repertório que era só de reportagem de jornalismo impresso ou partir para um outro lado também. E aprendi muita coisa com o jornalismo institucional, principalmente como lidar com pessoas. Acho que jornalismo tem muito disso né. Que é meio que você tem que aprender a lidar com pessoas. Isso é uma lição muito importante e com o jornalismo institucional isso se reforçou na minha parte.

Nice Bulhões:

Eu sempre trabalhei com CLT. Acredito que outras formas de contratação, como os PJ, podem ser importantes para alguns cargos no jornalismo, mas não se pode simplesmente inverter a proporção. A CLT é primordial e traz garantias ao trabalhador.

Alayr Ruiz:

Eu acho que a geração mais nova deu uma dominada aí, mas a nossa geração foi ficando mais velha e foi perdendo um pouco de espaço. Mas isso é natural dentro do nosso esquema de trabalho no país, que você prefere demitir um mais velho, que ganha mais e é mais experiente e contratar um mais novo, ignorando a importância de ter diferentes gerações trabalhando no mesmo espaço, porque uma só tem a ganhar trabalhando com a outra. Eu penso que o jornalismo, de forma geral, está muito chapa branca. As iniciativas mais indignadas são as vezes sites independentes, que lutam muito para sobreviver porque não é fácil você manter um site, uma empresa de comunicação tendo de competir com empresas que estão ali consolidadas com departamentos comerciais, com coisas que tem já um esquema de trabalho e uma carteira de clientes.

Sara Silva:

A internet permitiu que a gente fosse o “dono” do meio de comunicação. Não só o dono, mas a gente passou a ter mais possibilidades de se comunicar diretamente com um público sem intermediário, ou criar o próprio veículo. É você ser seu próprio veículo. Tanto é que, profissionais de outras áreas que entenderam isso, por exemplo os blogueiros, porque eles encontraram uma possibilidade de se comunicar direto com o público. Por exemplo, uma profissional que era terapeuta, para anunciar o tipo de serviço que ela faz, ela tinha que colocar um anúncio no jornal, fazer um texto, tinha que ter um intermediário.

Com a internet ela mesmo fala com o público que está interessado nela, que a “Calda Longa”90, são os microgrupos de interesses que você atinge num universo de pessoas, você vai falar com aquele grupo. Por exemplo, você faz um anúncio no jornal, atira para tudo que é lado, mas se ela “atirar” em dez que está interessado no trabalho dela é muito mais efetivo. Então, os blogueiros entenderam isso e encontraram aí uma possibilidade de se comunicar diretamente com um público que é o que ele está querendo atingir, e não precisava mais de um veículo tradicional. A internet permitiu esse contato direto com o público. Então os jornalistas que tem uma formação que se preocupa com a formação ideológica, com a questão técnica, a gente não é a notícia, nós somos os intermediários, a gente é repórter, nós temos a técnica de reportar o que está acontecendo e a gente sabe quais são as técnicas para levar essa informação com a maior possibilidade de isenção, coisa que quem produz conteúdo não tem capacidade para entender isso, para produzir um material nesse sentido.

Então, as novas tecnologias vieram para o bem, mas tem essa questão da superficialidade que hoje em dia todo mundo faz e é complicado.

Luciana Almeida:

A Internet precisa de recorte, precisa ser segmentada, precisa ser especializada, precisa ter nicho, senão você é um projeto muito grande e aí exige muito dinheiro. Tudo que é grande demais exige dinheiro demais para existir e os nichos começaram a aparecer aí e na questão da “calda longa” os nichos e a internet possibilitaram ter mercado para as pessoas que nunca teriam mercado em outras circunstâncias. Então, a Internet veio como uma ferramenta pró jornalista como uma possibilidade de empreender num projeto nichado. Mas isso já fazia parte da minha discussão de projetos segmentados, então foi só um novo ambiente para algo que eu já meio que transitava. Então o Campinas.com nasce no meio disso, com um projeto antes chamado “Tudo de Bom Campinas”, projeto para valorizar a cidade, para responder o que se tinha nela para fazer, dialogando com uma cidade que tinha uma discussão do que não tinha, negativa, de baixa autoestima. A gente mostrava que tinha para a cidade se perceber diferente do que ela se percebia. E aí para mim foi ficando muito claro o papel que a comunicação pode fazer. Ela tem um papel de ser um ativador, de ser mobilizador, que até então não parecia para mim tão forte no jornalismo tradicional. Apesar do papel de denúncia,

90 O termo cauda longa, traduzido do inglês long tail, é uma ferramenta que vem sendo utilizada cada vez mais

no mercado online por proporcionar resultados positivos na segmentação de conteúdo. Esse é um recurso econômico da internet representado por um gráfico de curva, por isso o nome cauda longa.

Fonte: https://www.internetinnovation.com.br/blog/entenda-o-que-e-cauda-longa-e-como-a-segmentacao-do- conteudo-pode-melhorar-seus-resultados/

outros papeis que a comunicação pode fazer quando aparece o online, que é esse de engajamento, e foi ficando isso claro para a gente, porque até hoje quando alguém na internet fala que não tem nada para fazer, alguém pega o portal e responde: então você não conhece o portal Campinas.com.br . Então a gente mostrou que através da comunicação é possível você mobilizar, engajar e mudar até percepções.

Isso foi muito legal. Para fazer o portal a gente teve que aprender negociar, fazer contratos, aprender várias coisas que não eram habilidades que até então a gente tinha. Foi a hora que começou o negócio e a gente teve que desenvolver habilidades de administração, negociação, vendas, um plano de negócios, modelo de negócio, melhorar projetos, tecnologia, acompanhar equipes que a gente nunca tinha acompanhado na vida, habilidades que até então o jornalista na faculdade não tem e não era estimulado a ter. E foi muito desafiante, foi a primeira vez que a gente arriscou tudo, a gente podia perder tudo. Então, entendemos que empreender significa arriscar, que é um lugar de medo para o jornalista que foi formado na faculdade. Mas você tem que arriscar.

Então a gente começou a desenvolver um perfil de empresário, foi forjado, lapidado, dolorido, é até hoje, a gente sempre tem que buscar muito curso e as coisas estão mudando muito rápido e a gente tem que aprender muito. Então uma questão que acho que se coloca no presente hoje é o jornalista empreendedor. Até então a gente não precisava ser empreendedor. E hoje, se você quiser sobreviver no mercado, você vai ter que ser um jornalista empreendedor.

Até então a gente vem empreendendo em novos projetos, entendo que o portal é um meio e não é o fim, e onde está o negócio então? Um novo modelo de negócio para esses negócios online ou o jornalismo que foi para o online, já que o online tem uma percepção de que é gratuito, que as redes sociais são gratuitas, o que é uma falsa percepção, porque na verdade existe negócio, o Google tá ganhando, o Facebook está ganhando, o Instagram está