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Implementação da configuração curto/médio prazo (Fase I)

No documento Município de Figueiró dos Vinhos (páginas 148-153)

7.4 M EDIDAS DE I NTERVENÇÃO / P ROPOSTAS

7.4.1 Implementação da configuração curto/médio prazo (Fase I)

A primeira fase constitui uma solução a implementar no curto/médio prazo, no âmbito do reordenamento da rede escolar, pelo que a principal intervenção incide sobre os equipamentos que ministram o 1º Ciclo do Ensino Básico nas freguesias de Arega e Aguda – Almofala de Baixo e no edifício do Pré-Escolar na sede concelhia. No entanto, são apresentadas algumas questões que merecem reflexão em relação aos restantes níveis de ensino.

A fase que agora se desenvolve corresponde à configuração final da rede educativa do concelho de Figueiró dos Vinhos, onde serão apresentadas as propostas relativas a cada ciclo de ensino. Deste modo, e no intuito de se realizar uma análise sobre a progressão da população escolar, nos anos mais próximos no concelho de Figueiró dos Vinhos, atendeu-se aos resultados das projeções e também à atual distribuição dos alunos pelos equipamentos, isto porque os equipamentos localizados na sede concelhia (Educação Pré-Escolar e 1º Ciclo do Ensino Básico) são os que registam a maior procura e consequentemente um número mais elevado de alunos.

a) Educação Pré-Escolar

A Educação Pré-Escolar é a primeira etapa do percurso educativo de qualquer criança, pelo que devem ser criadas as condições necessárias para que a generalização do acesso a este nível de ensino seja efetivo.

Legalmente, a Educação Pré-Escolar está enquadrada pela Lei Quadro da Educação Pré-Escolar, Lei n.º 5/97, de 10 de fevereiro, a qual consagra princípios gerais, organizativos e pedagógicos, dos quais serão apresentados somente aqueles que no âmbito da organização e do planeamento da rede de equipamentos da Educação Pré-Escolar, são fundamentais:

- A Educação Pré-Escolar é a primeira etapa da educação básica, sendo complementar da ação educativa das famílias e destina-se às crianças com idades compreendidas entre os 3 anos e a idade de ingresso no Ensino Básico;

- A frequência da Educação Pré-Escolar é facultativa. Porém, compete ao Estado contribuir para a universalização da sua oferta, independentemente dos rendimentos das famílias, nomeadamente através da gratuidade da componente educativa;

- O número de crianças por sala deverá ter em conta as diferentes condições demográficas de cada localidade, pois embora seja aconselhável uma frequência mínima de 20 crianças, em áreas de reduzida densidade populacional poderão ser autorizadas frequências inferiores ao limite mínimo estabelecido;

- Compete ao Estado criar uma “rede pública de Educação Pré-Escolar”, sendo que é igualmente referido que este deve apoiar a criação de estabelecimentos e Educação Pré-Escolar por outras entidades da sociedade civil.

Há jardins-de-infância no concelho de Figueiró dos Vinhos que serão sinalizados, pois apresentam um número de alunos entre 6 a 10 crianças. Não obstante, é dever do Estado “prestar apoio especial às zonas carenciadas”, onde se prevê que “em zonas de baixa densidade populacional poderá ser autorizada uma frequência inferior a 20 crianças”. Ao abrigo desta premissa, propõe-se, nesta primeira fase, a manutenção dos equipamentos do Pré-Escolar no concelho, enquanto se verificar um número mínimo de crianças para garantir o seu funcionamento.

T A B E L A N .º 6 9 – J A R D IN S - D E - IN F Â N C IA E M F U N C IO N A M E N T O

Jardim-de-Infância Número de Crianças Número de Salas Capacidade

JI de Almofala de Baixo 6 1 25

JI de Aguda 8 1 25

JI de Arega 13 1 25

JI de Figueiró dos Vinhos 43 3 75

Fonte: Agrupamento de Escolas (2015).

O pressuposto subjacente ao planeamento de equipamentos que ministram a Educação Pré-Escolar rege-se pelo critério de proximidade, sendo que a transferência dos alunos para outros equipamentos será sempre a última opção. A possibilidade criada pela deslocalização dos alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico, deixa espaços devolutos que poderão ser ocupados pela Educação Pré-Escolar. A reconversão destes espaços propicia ajustes à evolução da procura, bem como às premissas, em termos pedagógicos e de apoio social, inerentes a este nível de ensino.

No contexto da rede de Educação Pré-Escolar do concelho de Figueiró dos Vinhos prevê-se que os atuais jardins-de- infância se mantenham em funcionamento, sendo alguns submetidos a pequenas intervenções, nomeadamente em termos de melhoria de condições e em alguns casos deverá proceder-se à adaptação ou alargamento do equipamento existente, tendo em conta a procura efetiva e a projeção da procura potencial.

Apesar de ser defendida a implementação da tipologia EB/JI poderão os dois níveis de ensino continuar a funcionar separadamente, caso o contexto local o justifique. Acresce a este facto a problemática no transporte das crianças nestas idades (com 3 a 5 anos).

Estes equipamentos permanecerão em funcionamento até que a procura assim o justifique. Uma vez que é autorizada uma frequência inferior a 20 crianças em áreas de reduzida densidade populacional, atendendo ao contexto demográfico do concelho de Figueiró dos Vinhos. Atualmente um dos critérios da DGEstE consiste em sinalizar jardins- de-infância, com frequências entre 6 e 10 crianças e posteriormente proceder ao seu encerramento, desde que haja acordo entre esta instituição e a Câmara Municipal.

Note-se que as propostas que são apresentadas enquadram-se e adequam-se às especificidades locais do concelho, daí que se preveja a permanência em funcionamento de todos os jardins-de-infância.

Proposta 1

A primeira proposta diz respeito à permanência em funcionamento do JI de Aguda, até que a procura o justifique, procedendo a pequenas intervenções neste estabelecimento. Ainda que no atual ano letivo, o número de frequências tenha ficado muito próximo do limiar mínimo, defende-se que o mesmo continue em funcionamento. No caso de encerramento, a transferência das crianças será efetuada para o jardim-de-infância mais próximo desde que o mesmo tenha capacidade para tal.

1.ª Fase – Jardim-de-Infância em funcionamento

JI Nº de salas de atividades Capacidade de acolhimento

JI de Aguda 1 25 crianças

Terá de ser contemplado o espaço necessário para proporcionar o prolongamento de horário.

Proposta 2

A segunda proposta diz respeito à permanência em funcionamento do Jardim-de-Infância de Almofala de Baixo, tendo o mesmo capacidade para acolher 25 crianças, numa sala de atividades.

1.ª Fase – Jardim-de-Infância em funcionamento

JI Nº de salas de atividades Capacidade de acolhimento

JI de Almofala de Baixo 1 25 crianças

À semelhança do anterior equipamento, deverão ser considerados espaços necessários para proporcionar o prolongamento de horário bem como o serviço de refeições.

Proposta 3

O Jardim-de-Infância de Arega possui uma sala de atividades e tem capacidade para acolher 25 crianças. Contempla, ainda, uma sala de atividades autónoma onde é proporcionado o prolongamento de horário.

Defende-se a sua permanência em funcionamento, até que a procura assim o justifique. No entanto, propõem-se algumas intervenções neste equipamento, de forma a incrementar a qualidade dos espaços existentes, dando continuidade ao estabelecimento de ensino, no qual ainda se verifica uma procura significativa, comparativamente aos restantes.

1.ª Fase – Jardim-de-Infância em funcionamento

JI N.º de salas de atividades Capacidade de acolhimento

JI de Arega 1 25

Proposta 4

A última proposta ao nível da educação pré-escolar refere-se ao JI de Figueiró dos Vinhos, o qual é frequentado atualmente (2014/2015) por 43 crianças. Apesar de no atual ano letivo, a capacidade disponível ser superior ao nível real da procura, deverá garantir-se a continuidade do seu funcionamento, prevenindo-se a eventualidade do acolhimento de crianças de outros jardins-de-infância da rede pública.

1.ª Fase – Jardim-de-Infância em funcionamento

JI Nº de salas Capacidade de acolhimento

JI de Figueiró dos Vinhos 3 75

Terão de ser salvaguardados os espaços necessários para proporcionar o prolongamento de horário numa ótica de beneficiação e melhoria deste equipamento.

Considerando ser um equipamento que apresenta um conjunto de deficiências muito acentuadas, a sua beneficiação e melhoria implica já, uma intervenção mais profunda, nomeadamente mudança de cobertura (substituição do telhado), mudança de canalizações, melhoria das instalações sanitárias, bem como sistema de aquecimento, pelo que é objetivo da Autarquia apresentar um projeto para este efeito, candidatando-o a financiamento pelo novo quadro comunitário - Portugal 2020.

b) 1º Ciclo do Ensino Básico

Ao nível do reordenamento da rede de estabelecimentos do 1º Ciclo do Ensino Básico deverão ser criadas as condições necessárias para garantir os seguintes pressupostos:

- proporcionar a toda a população escolar a utilização global dos recursos físicos, em condições de igualdade no acesso a uma educação de qualidade;

- esbater as disparidades e desigualdades evidenciadas sobretudo nas áreas de maior isolamento;

No contexto do reordenamento escolar é imperativa a existência de pelo menos quatro salas nos equipamentos de ensino que ministrem o 1º Ciclo do Ensino Básico, destinados aos quatro anos de escolaridade que compõem este ciclo. É igualmente necessária a criação de espaços vocacionados para desenvolver atividades de enriquecimento curricular, numa lógica da “escola a tempo inteiro”.

A rede escolar do 1º Ciclo do Ensino Básico do concelho de Figueiró dos Vinhos é constituída por um conjunto de escolas de pequena dimensão, cujas condições estruturais não permitem o funcionamento em simultâneo de quatro turmas, correspondentes aos quatro anos de escolaridade. Em termos pedagógicos é aconselhável distribuir cada ano de escolaridade em cada sala que compõe o edifício, pelo que qualquer centro escolar do 1º Ciclo do Ensino Básico deverá ter no mínimo quatro salas e no máximo 12, salvo raras exceções, devidamente fundamentadas, em que poderá ser proposto um número de salas superior ao referido.

Note-se que com as renovadas exigências pedagógicas, com particular incidência no 1º Ciclo do Ensino Básico, terão de ser consideradas nas propostas não somente os espaços destinados à prática da componente letiva, mas também

terão de ser indicadas as áreas que permitam ministrar atividades de enriquecimento curricular. Deverão igualmente ser criadas as condições indispensáveis para melhorar o serviço de refeições ao 1º Ciclo do Ensino Básico.

Proposta 1

A primeira proposta insere-se numa ótica de estratégia de desenvolvimento do concelho, sendo um compromisso assumido pelo Executivo Municipal. Apelando aos tempos de deslocação que as crianças de Almofala de Baixo, freguesia de Aguda, estarão sujeitas se tiverem de se deslocar para os equipamentos da sede concelhia, é vontade assumida do Executivo proceder à requalificação da mesma, para que possa ser dotada das valências necessárias às novas exigências pedagógicas.

Para além deste aspeto, a concentração dos alunos na sede concelhia pode ver-se inviabilizada, dado que os tempos de deslocação poderão ultrapassar os valores médios aceitáveis estipulados pelo Ministério da Educação, sobretudo no que concerne às áreas mais periféricas da freguesia.

1.ª Fase - Requalificação da EB existente

EB Número de salas de aula Capacidade

EB de Almofala de Baixo -

Aguda 2 50

Terão de ser contempladas as condições necessárias para que o equipamento funcione em regime normal e seja dotado das valências educativas complementares, fundamentais para o Plano de Enriquecimento Curricular fomentado pelo Ministério da Educação (refeitório, salas de informática, salas de música, biblioteca, espaços desportivos), pelo que é também objetivo da Autarquia apresentar um projeto para esse efeito, candidatando-o a financiamento no quadro comunitário – Portugal 2020.

Proposta 2

A segunda proposta insere-se, também ela, numa ótica de estratégia de desenvolvimento do concelho, sendo um compromisso assumido pelo Executivo Municipal. Apelando aos tempos de deslocação que as crianças da freguesia de Arega estarão sujeitas se tiverem de se deslocar para os equipamentos da sede concelhia e tendo em linha de consideração percursos sinuosos, que oferecem alguma perigosidade para crianças de tão tenra idade, bem como o estado de conservação das estradas, é vontade assumida do Executivo proceder à requalificação da mesma, para que possa ser dotada das valências necessárias às novas exigências pedagógicas, bem como da reparação do pavimento, portas, janelas e sistema de aquecimento, sendo objetivo da Autarquia apresentar um projeto para esse efeito, candidatando-o a financiamento no quadro comunitário – Portugal 2020.

1.ª Fase - Requalificação da EB existente

EB Número de salas de aula Capacidade

Proposta 3

A terceira e última proposta refere-se à capacidade disponível para o 1º Ciclo do Ensino Básico na sede concelhia. Atendendo ao facto de se perspetivar uma procura potencial inferior a 110 alunos, ao longo de todo o período, aliás em 2016/2017 perspetiva-se o maior número de alunos – 108 alunos, não se afigura necessário a construção de um novo equipamento de ensino. Dado que atualmente a EB José Malhoa já disponibiliza quatro salas para o 1º Ciclo do ensino básico, e verificando-se a possibilidade de reorganizar os espaços existentes na mesma, desocupando e reestruturando algumas salas, construindo uma sala de alunos e aplicando coberturas/telheiros em zonas mais desprotegidas, garantir- se-ão as condições necessárias ao funcionamento de todo o 1º Ciclo.

Perspetiva-se assim, a transferência de todos os alunos do 1º Ciclo para a Escola Básica José Malhoa, numa lógica de Escola Básica Integrada. Ficaria devoluta a atual EB de Figueiró dos Vinhos (4 salas), que poderia ser requalificada e funcionar como espaço de apoio ao desenvolvimento de atividades do 1º Ciclo, especificamente ao nível das atividades extracurriculares, música e artes.

1.ª Fase – Requalificação/Adaptação da atual EB

EB Número de salas de aula Capacidade

EB José Malhoa (EB/2) 7 168

A área de influência da EB José Malhoa estender-se-ia à União de Freguesias de Figueiró dos Vinhos e Bairradas e Freguesia de Campelo.

Deverão contemplar-se as condições necessárias para que o equipamento seja dotado das valências educativas complementares, fundamentais para o Plano de Enriquecimento Curricular fomentado pelo Ministério da Educação (refeitório, salas de informática, salas de música, biblioteca, espaços desportivos).

c) Ensino Básico 2.º e 3º Ciclos

Nesta primeira fase de reordenamento da rede educativa não são apresentadas propostas sobre o 2.º e 3º Ciclos do Ensino Básico, pois as possíveis medidas a implementar reportam-se a longo prazo.

d) Ensino Secundário

O Ensino Secundário enquadra-se igualmente ao nível da segunda fase das propostas, pois as possíveis dimensões de intervenção localizam-se temporalmente no âmbito da segunda fase das propostas.

No documento Município de Figueiró dos Vinhos (páginas 148-153)