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Implementação em sala de aula de atividades com material manipulável no 1.º Ciclo do Ensino Básico

Espaço Interior

3.4 Implementação em sala de aula de atividades com material manipulável no 1.º Ciclo do Ensino Básico

As competências Matemáticas desenvolvidas na criança iniciam-se nos primeiros anos de vida. O desenvolvimento das capacidades futuras na Matemática será bom ou mau dependendo das experiências vividas desde muito cedo.

Informalmente, na sua vida do dia a dia, a criança desenvolve a ideia de número, padrões, quantidade, formas, tamanhos e muitos outros conceitos. Estes conceitos são apreendidos de modo intuitivo e só serão desenvolvidos quando entram na escola (Serrazina & Monteiro, 2007a).

As atividades a seguir descriminadas de forma sucinta foram planeadas para irem ao encontro das competências específicas ou gerais que se pretendem atingir em alunos 1.º ano do 1.º Ciclo do Ensino Básico.

As atividades apresentadas resultam da vivência cultural e profissional da professora estagiária, tendo sido adaptadas por ela às crianças em questão.

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ATIVIDADE 1

Nome: O meu nome é Vitória.

Apresentação e dramatização para a aprendizagem da consoante V (conexão matemática): Contagem do número de consoantes e vogais em cada palavra afixadas no

cenário; colocação da contagem em local existente no cenário; identificação da palavra com maior número de sílabas.

Objetivos: Associar pela contagem diferentes conjuntos ao mesmo número

natural; efetuar contagens progressivas e regressivas até 8; associar que o sucessor de um número na ordem natural é igual a esse número mais 1; identificar os termos; antecessor, sucessor, antes, depois e entre; conexão com a matemática.

Descrição: Deu-se início a uma pequena dramatização para apresentação da

consoante v (Figura 8). De seguida cada aluno tinha que identificar a consoante v em palavras coladas em cartão num cenário que serviu para a dramatização. Posteriormente, o aluno tinha que contar o número de letras (Figura 9) e fazer o registo do número.

Materiais: Cartão; cartolina; imagens de figuras em cartão grosso; cenário em

cartão; pano de lã; saco de sarapilheira; números coloridos em cartão até 8; cartolina e fita adesiva dos dois lados.

Imagens:

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Figura 9: Contagem das letras

Reflexão: Com esta atividade a professora estagiária pretendeu mostrar que a

Matemática não deve ser trabalhada isoladamente nos seus domínios, mas sim interligada. A Matemática não deve identificar-se com o ensino de um certo número de conteúdos, mas sim no progresso da mesma através da matemática e sobre a matemática contribuindo assim para a formação geral do aluno (ME, 2008).

Nesta dramatização os alunos contaram e representaram o seu símbolo. Perceberam que os números podem ser usados em muitas e diferenciadas situações. Estabeleceram relações numéricas entre as letras e o próprio número. Outro aspeto importante foi a compreensão da grandeza do número, compreenderam que nas palavras com mais letras o número representava maior quantidade e nas com menos menor quantidade (Serrazina & Monteiro, 2007a).

61 ATIVIDADE 2

Nome: Saco mistério

Objetivo: Utilizar de forma harmoniosa diferentes elementos numa composição

gráfica; manusear materiais com objetivo de construção de triângulos e retângulo; construir sequências.

Descrição: Dentro de um saco estavam colocados os números até 8 elaborados em

cartão (Figura 10). Foi pedido aos alunos, um de cada vez, que retirassem um número do saco e o colocassem na reta numérica (Figura 11) de acordo com as instruções da professora estagiária.

Materiais: Saco de sarapilheira; números coloridos em cartão até 8; cartolina e fita

adesiva dos dois lados.

Imagens:

Figura 10: Jogo saco mistério

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Reflexão: A ideia do saco deveu-se ao facto de aguçar a curiosidade aos alunos e

ao mesmo tempo requerer a sua atenção. Relativamente à reta numérica foi uma atividade muito interessante pois facilita a compreensão da relação entre os números. Também facilita a compreensão para dar sentido de quantidade, por exemplo o número 6, o número 5 é menor e fica à esquerda e o 7 é maior e fica à direita (Serrazina & Monteiro, 2007b). Alguns alunos demonstraram dificuldades.

63 ATIVIDADE 3

Nome: Saco de rolhas

Objetivos: adicionar números naturais; resolver problemas; efetuar adições;

utilizar corretamente os símbolos + e = e os termos parcela e soma; fazer decomposições de números.

Descrição: Distribuiu-se a cada aluno um saco com doze rolhas de plástico e um

dado (Figura 12). O aluno lançou o dado uma vez. Registaram no caderno diário quadriculado o número de pintas que resultou do lançamento. De seguida lançaram novamente o dado. Ao resultado inicial adicionaram o primeiro e fizeram o cálculo da operação da adição. Verificaram os resultados com as rolhas (Figura 13). Decompuseram o número 8 com ajuda das rolhas.

Materiais: sacos; dados em madeira para cada aluno; caderno diário quadriculado;

rolhas recicladas, quadro escolar e cartolina.

Imagens:

Figura 12: Apresentação material

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Reflexão: Foi uma atividade muito participativa. Pretendeu-se que os alunos

compreendessem de forma global os números até 8 e as suas operações principalmente a adição.

Os alunos conseguiram manipular o material e fazer os raciocínios matemáticos pedidos.

Foram questionados a explicitarem os seus resultados e métodos utilizados e os resultados foram positivos pois os alunos tinham compreendido a atividade proposta. Utilizaram o lápis e o caderno para registar os cálculos apropriados a cada situação (ME, 2008).

65 ATIVIDADE 4

Nome: Formar conjuntos

Objetivos: Recolher dados utilizando pictograma em que cada figura representa

uma unidade; ler pictogramas em que cada figura representa uma unidade; formar conjuntos de material reciclado por cores; contar elementos de cada conjunto formado; registar as quantidades de cada conjunto formado; estabelecer comparações entre os resultados dos conjuntos formados; delimitar com lã os conjuntos; separar por cores as rolhas; contagem das rolhas em cada conjunto; registar numa ficha dos resultados encontrados.

Descrição: Distribuiu-se a cada aluno um saco de papel que continha rolhas de

cores (oito vermelhas, seis azuis e três verdes), três fios de lã e uma ficha de registo. Os alunos tiveram que separar as rolhas por cores e formar conjuntos com a ajuda do fio de lã. De seguida contaram as rolhas em cada conjunto e registaram na ficha de registo com a ajuda da professora estagiária.

Materiais: Saco papel; lã; rolhas de plástico às cores e ficha com pictograma. Ficha de Registo:

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sentido do número pois é um marco importante tanto para o seu desenvolvimento mental como no seu percurso escolar (Serrazina & Monteiro, 2007b).

Esta atividade foi mais uma que reforçou a aprendizagem das competências no desenvolvimento do sentido do número, mas também no âmbito do tratamento de dados.

Os alunos organizaram os materiais dados, e de seguida, classificaram-nos conforme as cores, fizeram as suas conjeturas, identificaram, registaram, comunicaram e estabeleceram um diálogo final de comparação de resultados (Serrazina & Monteiro, 2007a).

Podemos afirmar que com um material reciclável foram trabalhadas várias competências no domínio de conteúdo da matemática, mas noutros domínios também.

67 ATIVIDADE 5

Nome: Um dia passado com a dona loba.

Objetivos: Saber que o sucessor de um número na ordem natural é igual a esse

número mais 1; efetuar adições envolvendo números naturais até 10; manipular objetos para efetuar a adição; recorrer a esquemas para efetuar adições; utilizar corretamente os símbolos “+” e “=”; fazer decomposição de números até 10; reconhecer que a soma de qualquer número com zero é igual a esse número; efetuar a subtração envolvendo números até 10; manipular objetos para efetuar a subtração; resolver problemas de um passo envolvendo situações de juntar ou acrescentar; resolver problemas de um passo envolvendo situações de retirar, completar ou comparar; reconhecer o dia como unidade de tempo; descrever a sucessão de atos praticados ao longo do dia; incutir regras; compreender a história; identificar a partir do jogo atos praticados durante o dia; recontar o jogo.

Descrição: Deu-se início ao jogo com a explicitação por parte da professora

estagiária das regras do jogo (Figura 14). O jogo foi realizado num espaço amplo. A estagiária interpretou a personagem da loba e os alunos a dos cordeirinhos. Os cordeirinhos tentavam tirar a loba de casa, cantando uma canção. A loba foi descrevendo o dia.

Sucessivamente os alunos perguntam à loba se demora muito a sair de casa. Quando acaba a última descrição do dia a loba refere que vai apanhar os cordeirinhos e serão um belo jantar. Os cordeirinhos fogem e a loba tenta alcança-los. Apanha os cordeiros um a um e transporta-os para a sua toca (Figura 15).

O último a ser apanhado ganha o jogo. No decorrer da apanha a loba conta os cordeiros 1 que vai juntando +1 +1+1+1+.

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Imagens:

Figura 14: Explicitação das regras

Figura 15: Jogo da loba

Reflexão: Piaget afirmava que os jogos não eram uma forma de entreter as

crianças nem muito menos para gastar as suas energias, pois essas parecem nunca lhes faltar (Palhares, 2004b).

Este jogo pretendeu demonstrar que fora da sala de aula também é possível aplicar os conteúdos que são necessários ensinar (Huizinga, 1938, em Palhares 2004b).

Outro aspeto a referir é a conexão entre os vários domínios da Matemática. Este jogo estabeleceu a conexão números e operações com a geometria e medida (Serrazina & Monteiro, 2007a).

69 ATIVIDADE 6

Nome: Os dedos

Objetivos: Saber que o sucessor de um número na ordem natural é igual a esse

número mais 1; efetuar adições envolvendo números naturais até 10; manipular objetos para efetuar adição; recorrer a esquemas para efetuar adições; utilizar corretamente os símbolos “+” e “=”; fazer decomposição de números até 10; reconhecer que a soma de qualquer número com zero é igual a esse número; efetuar subtração envolvendo números até 10; manipular objetos para efetuar subtração; utilizar corretamente os símbolos; resolver problemas de um passo envolvendo situações de juntar ou acrescentar resolver problemas de um passo envolvendo situações de retirar, completar ou comparar.

Descrição: Numa folha de cartolina estão coladas duas mãos em cartão grosso.

Essas mãos têm dedos que dobram. Na mesma cartolina constam números para efetuar adições e subtrações. As mãos servem como suporte para efetuarem as adições e subtrações (Figura 16). É pedido a cada aluno (todos participaram) que efetue uma operação de adição e de subtração. Caso não consiga terá a ajuda dos dedos das mãos. Também para realizar alguns problemas tiveram anéis como meio de auxílio. Os anéis facilitaram a compreensão de problemas que a professora estagiária foi proporcionando no decorrer das operações. Ajudaram a compreender os termos aditivo, subtrativo, juntar, retirar e comparar (Figura 17). Os restantes alunos registaram no caderno diário quadriculado as operações efetuadas.

Material: Cartão com imagens dos dedos; cartão com argolas; cartolina e caderno

diário quadriculado.

Imagens:

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Figura 17: Jogo dos dedos

Reflexão: Esta atividade pretendeu que os alunos adquirissem as competências

principalmente ligadas ao sentido do número e das operações de adição e subtração. Os alunos foram capazes de compreender quando se opera com números, ou seja, que 2 + 2 é igual a 4 e isso resulta porque se a dois se juntar mais dois fica um número maior.

Foi possível também que os alunos verificassem que qualquer número somado a zero obtém-se o mesmo número e dar a compreender a grandeza do número através da soma (Serrazina & Monteiro, 2007a). É ainda de realçar o facto de todos os alunos terem participado na atividade.

71 ATIVIDADE 7

Nome: Figuras geométricas

Objetivos: Identificar partes retilíneas de objetos; identificar partes retilíneas de

desenhos; representar segmentos de reta; utilizar corretamente o termo “segmento de reta”; utilizar corretamente o termo “extremo” (ou extremidades) do segmento de reta; identificar, em objetos e desenhos, triângulos, retângulos; quadrados e círculos em posições variadas; utilizar corretamente o termo “vértice”; utilizar corretamente o termo “lado”; identificar corretamente os lados; identificar correctamente os vértices; construir triângulos; construir quadrados; construir retângulos, identificar círculos; distinguir os termos “segmento de reta” e “reta”; reconhecer que as figuras geométricas tomando posições diferentes continuam as mesmas.

Descrição: dentro de uma caixa estavam imagens de objetos (Figura 19).

Os alunos tinham que relacionar as imagens com as figuras geométricas (triângulo, retângulo, círculo e quadrado). Cada aluno tirou uma imagem da caixa de cartão. De seguida os alunos fizeram a descrição da imagem e fizeram a construção com palhinhas da representação da figura geométrica correspondente (Figura 20). Posteriormente identificaram os lados e os vértices da figura geométrica e colaram-na no cartaz no respetivo lugar.

Material: Imagens diversas em cartão de objetos relativas a figuras geométricas;

cartolina; caixa de cartão; palhas de beber; rolhas de plástico; cola; bostic: papel de jornal; tesoura e xi ato.

Imagens:

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Figura 19: Figuras geométricas

Reflexão: Os alunos relacionaram o objeto com as figuras geométricas no cartaz

sem dificuldades.

Desenvolvem o seu sentido espacial quando aprendem a deslocar-se de um lugar para outro pois estão a usar ideias espaciais e geométricas.

Os conceitos em geometria só podem ser compreendidos se o aluno puder vivenciar, explorar, mexer, identificar e comparar com outros e associar a outras experiências. Foi isto que os alunos fizeram nesta atividade e só depois interiorizaram os conceitos (Serrazina & Monteiro, 2007a).

73 ATIVIDADE 8

Nome: O calculador

Objetivos: Saber que o sucessor de um número na ordem natural é igual a esse

número mais 1; efetuar adições envolvendo números naturais até 10; manipular objetos para efetuar a adição; recorrer a esquemas para efetuar adições; utilizar corretamente os símbolos “+” e “=”; fazer decomposição de números até 10; reconhecer que a soma de qualquer número com zero é igual a esse número; efetuar a subtração envolvendo números até 10; manipular objetos para efetuar a subtração; utilizar corretamente os símbolo – ; resolver problemas de um passo envolvendo situações de juntar ou acrescentar; resolver problemas de um passo envolvendo situações de retirar, completar ou comparar.

Descrição: Numa folha de cartolina foram recortados oito espaços. Espaços esses

recortados paralelos dois a dois. Foram construídas 4 tiras de cartolina individuais. Tiras com cores diferentes. Nessas tiras constam os números na horizontal de 0 a 12 essas tiras ao puxar para cima ou para baixo, no espaço recortado, aparecem números ou símbolos “+” ou “-” (Figura 21). A professora estagiária deu indicações da operação que desejava que os alunos colocassem entre os números. Iniciaram com a primeira parcela, (Figura 22) de seguida o símbolo + e/ou - e por fim o resultado da operação.

Os restantes alunos registaram as operações no caderno diário quadriculado.

Material: Cartolina; tiras com números; cartão; cartolina e caderno diário

quadriculado.

Imagens:

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Figura 21: O calculador

Reflexão: Nesta atividade está subjacente a operação da subtração. Os alunos

demonstraram reconhecer e compreender o sinal “+” e “-” e o modo como um aumenta o número se juntar outro diminui ao retirar (MEC, 2013).

75 ATIVIDADE 9

Nome: Brincar com os blocos lógicos.

Objetivos: Identificar partes retilíneas de objetos; identificar partes retilíneas de

desenhos; representar segmentos de reta; utilizar corretamente o termo “segmento de reta”; identificar numa grelha quadriculada pontos equidistantes de um dado ponto; desenhar figuras geometricamente iguais; utilizar corretamente o termo figuras geometricamente iguais.

Descrição: Inicialmente é distribuído a cada aluno uma figura geométrica e uma

folha A4. De seguida, o aluno contorna a figura geométrica. É pedido ao aluno que contorne novamente a figura geométrica. Após o contorno das imagens questionam-se os alunos sobre o resultado.

Material: Marcadores; lápis de cor; quadro escolar; quadro interativo; blocos

lógicos e folha A4.

Imagens:

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Figura 23: Blocos lógicos

Reflexão: A atividade foi planeada tendo em conta que os termos a abordar eram

de difícil compreensão. Tinham que ser ensinados de forma correta, mas ao nível do desenvolvimento dos alunos.

Foi pensada uma atividade simples, mas que desse bons resultados, pois o importante era que as crianças assimilassem os termos corretos e os compreendessem (Serrazina & Monteiro, 2007a).

Muitas questões foram colocadas pelos alunos, mas que surtiram efeito pois passados alguns dias o tema foi novamente abordado e eles sabiam o que se estava a questionar.

77 ATIVIDADE 10

Nome: Túnel do número 10

Objetivos: Saber que o sucessor de um número na ordem natural é igual a esse

número mais 1; efetuar adições envolvendo números naturais até 10; manipular objetos para efetuar a adição; recorrer a esquemas para efetuar adições; utilizar corretamente os símbolos “+” e “=”; fazer decomposição de números até 10; reconhecer que a soma de qualquer número com zero é igual a esse número; efetuar subtração envolvendo números até 10; manipular objetos para efetuar a subtração; utilizar corretamente o símbolo –; resolver problemas de um passo envolvendo situações de juntar ou acrescentar; resolver problemas de um passo envolvendo situações de retirar, completar ou comparar.

Descrição: Foi elaborado pela professora estagiária um túnel com uma caixa de

papelão com entrada e saída. Distribuiu-se aos alunos um carro construído com rolos de papel higiénico. Entrava um carro com a operação e na saída o aluno tinha que acertar no resultado pois tinha na saída muitos carros com resultados diferentes e tinha que escolher o resultado correto.

Material: Rolos de papel higiénico; cartão grosso; caixa de cartão de sapatos; paus

de espetadas; cartolina; marcadores; pen; quadro interativo e computador.

Imagens:

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Reflexão: Esta atividade decorreu conforme o planeado. Foi utilizado este tipo de

material pois sabemos que o desenvolvimento do sentido do número nesta idade tem que ser bem consolidado pelo tanto os cálculos formais como os mentais são fundamentais.

A compreensão do sentido do número passa pelo desenvolvimento dos conceitos e da sua conexão e também pelos símbolos que são usados para os representar (Serrazina & Monteiro, 2007b).

Realçar que foi feito um carrinho para cada aluno que foi um ponto de partida para a tarefa que permitiu atividades de comunicação matemática (MEC, 2013).

79 3.5 Reflexão sobre as atividades no 1.º Ciclo do Ensino Básico

Quando planificavamos as aulas tentavamos escolher materiais apelativos. Planificamos as atividades tendo em conta que as mesmas permitissem aos alunos utilizar e ampliar os procedimentos e as ideias que desenvolveram anteriormente.

Também era um dos nossos objetivos que cada aluno tivesse material de modo a manusear, experimentar e observar.

Notava-se um interesse nos alunos relativamente ao material a ser usado, pois há chegada à escola a professora estagiária era interpelada pelos alunos qual era o jogo ou a atividade que iriam fazer naquele dia. O entusiasmo era notório de dia para dia. A curiosidade do que poderia ser no dia seguinte, fazia com que os alunos estivessem concentrados, desde a sua exemplificação até à sua conclusão, pois através dos materiais é possível dar dinamismo aos conteúdos.

De salientar o jogo “O lobo e os cordeirinhos” que teve um impacto muito positivo pois ao longo da semana os alunos pediram inúmeras vezes para repetir o jogo.

Foram aulas muito participativas, tornando-se um pouco barulhentas. Aulas enriquecedoras pois além da participação ativa, a concentração, o empenho e os resultados na aprendizagem em geral foi muito bom. Sentimos que através do material manipulável alguns alunos conseguiram superar dificuldades através da experimentação e da exploração a nível da Matemática.

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Considerações finais

Se eu pudesse recomeçar a minha vida, professor me queria, nessa aventura entre afectiva e criativa que é aprender ensinando.

Ilídio Sardoeira

O estágio é uma etapa importante no processo de desenvolvimento e aprendizagem do futuro educador/professor. Promove oportunidades de vivenciar na prática conteúdos académicos e permitiu-nos o primeiro contacto com os alunos onde verificamos que não são todos iguais, por isso é necessária a nossa atenção redobrada para a sensibilidade de cada um. Além disso, proporciona a aquisição de conhecimentos e atitudes relacionados com a profissão escolhida pelo educador/professor/estagiário; permite a troca de experiências entre o pessoal docente e não docente, bem como a interação de novas ideias, conceitos, planificações e estratégias. A realização do estágio alia conhecimento académico com a experiência vivencial porque esclarece e complementa na prática os temas que foram abordados na sala de aula. Com aplicação da prática o educador/professor estagiário é confrontado com as suas dificuldades e receios e supera-os com a ajuda dos alunos e professora titular.

Ao longo dos estágios procuramos melhorar o ensino em particular da Matemática, proporcionando aulas mais dinâmicas, utilizando estratégias que permitissem aos alunos desenvolver as suas competências tendo em conta o desenvolvimento adequado à sua idade. A opção pelos jogos, seguindo as sugestões de autores como (Santana, 2014; Moura & Viamonte, 2012; Moreira, 2004), permitiu-nos atingir estes objetivos e verificar que os benefícios para a aprendizagem das crianças por eles indicados se consumaram.

Pretendemos assumir um papel de mediadores como sugerido em (Moreira, 2004) sabendo que ao provocar, questionar, clarificar, explicar, chamar à atenção das crianças para as ações que decorriam para assim dominarem, desenvolverem e sistematizarem as

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