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A perspectiva apresentada a partir do vasto material recolhido, que abrange inúmeros as- pectos educacionais e por inerência políticos, poderia ser, desejavelmente, o princípio de um pro- cesso de reestruturação de um sistema de ensino que se encontra desarticulado. Este estudo a- presenta-nos uma visão do ensino artístico da música essencialmente na Iniciação e no Básico que carece da aplicação prática.

A partir dos resultados obtidos, foram feitas sugestões como a criação de turmas piloto com base no método Suzuki para violino nos Conservatórios públicos, o financiamento integral para a Iniciação em violino nas Instituições de ensino particular e cooperativo, possibilidade de acesso ao ensino integrado e a consequente optimização dos recursos financeiros do Estado a partir do Curso Básico. Relativamente ao método Suzuki, e como complemento a esta investiga- ção, é importante aferir que tipo de formação têm os professores que leccionam segundo esta metodologia nas escolas de música Portuguesas, e eventualmente se o Ensino Superior lhes per- mite adquirirem competências a esse nível. Por outro lado, no âmago desta questão fica por com- preender a perspectiva das Direcções dos Conservatórios públicos acerca da aplicabilidade deste método nas respectivas Instituições, e das Direcções Regionais de Educação que nunca se opu- seram à oferta do método Suzuki no particular e cooperativo. Quanto ao regime integrado e articulado, é pertinente compreender qual o obstáculo para uma maior oferta de ensino integra- do dos seis aos dez anos de idade. Logística e artisticamente, parece ser o ciclo com maior proba- bilidade de sucesso.

100 Para além disso, o Complementar ou Secundário parece necessitar também de uma rees- truturação do currículo, conteúdos e competências que obrigatoriamente deveriam ser concerta- das com o Ensino Superior. Efectivamente, o ensino artístico especializado está pouco articulado entre ciclos, e embora possamos considerar que as reformas a que assistimos fazem parte de um processo inacabado é necessária investigação a este nível.

Finalmente, e porque neste momento se prognosticam reformulações e cortes orçamen- tais para o ensino, designadamente no particular e cooperativo, fica este contributo e apelo a de- cisões visionárias e clarividentes. Que este projecto possa contribuir para um ensino melhor e pa- ra a procura da excelência musical.

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ANEXOS

110 ANEXO I

Imagens do Violino e Arco

“Violino” (Henrique, 1994, p.74)

111 “O interior do violino” (Henrique, 1994, p.75)

112 “A evolução do arco” (Cárdus, 1996, p.105)

113

ANEXO II

Legislação Consultada

Decreto-Lei nº 344/90 de 2 de Novembro Decreto-Lei nº 310/83 de 1 de Julho Decreto-Lei nº 553/80 de 21 de Novembro

Decreto-Lei nº 26/89 de 21 de Janeiro alterado em 1993 e 1998 Despacho 15897/2009 de 13 de Julho Despacho 13020/2008 de 8 de Maio Despacho 17932/2008 de 3 de Julho Despacho 12522/2010 de 3 de Agosto Despacho 15847/2007 de 23 de Julho Despacho 17847/2007 de 13 de Julho Portaria 691/2009 de 25 de Junho Portaria 264/2010 de 10 de Maio

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ANEXO III