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INDICADORES DE DESEMPENHO

No documento GABRIELA LOUISE DE VASCONCELOS RIBEIRO (páginas 22-27)

Marion (2012) trouxe o conceito de um tripé que representa um equilíbrio ideal para uma empresa através de três indicadores mais básicos proporcionando uma visão da empresa, sendo eles: Liquidez, que traz a situação econômica; de Rentabilidade, que trata tanto da empresa, como da administração do empresário; e Endividamento, que abrange qualidade e quantidade.

Fonte: Adaptado de Marion (2012, p.2)

Liquidez

Endividamento (estrutura de

capital) Rentabilidade

2.4.1 Índice de liquidez

Conforme explica Braga (2003) a liquidez objetiva analisar a competência da organização no que se referente às suas exigibilidades. Assaf Neto (2010) demonstra que esses índices têm o de poder mensurar o desempenho do ativo circulante e do capital de giro líquido, e que eles devem ser utilizados para que se tomem as melhores decisões a partir das suas informações, de forma comparativa.

Ainda conforme Assaf Neto (2010), estes se dividem em mais quatro subgrupos, sendo eles:

Liquidez imediata, que demonstra percentualmente quanto as obrigações de curto prazo estão em condições de serem liquidadas imediatamente. Ele traz ainda que, normalmente, as empresas não têm o hábito de manter recursos em caixa, gerando, assim, um baixo resultado de liquidez corrente.

𝐿𝑖𝑞𝑢𝑖𝑑𝑒𝑧 𝐼𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎𝑡𝑎 = ( 𝐷𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛í𝑣𝑒𝑙

𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒) 𝑥 100

Liquidez seca, que revela o percentual de dívidas de curto prazo que podem ser liquidadas através dos recursos de maior liquidez do ativo circulante (sendo essas contas, o disponível e os valores a receber).

𝐿𝑖𝑞𝑢𝑖𝑑𝑒𝑧 𝑆𝑒𝑐𝑎 = (𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 − 𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒 − 𝐷𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎𝑠 𝐴𝑛𝑡𝑒𝑐𝑖𝑝𝑎𝑑𝑎𝑠

𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 ) 𝑥 100

A liquidez corrente, que reflete quanto a empresa tem de ativo circulante para cada real de obrigação no curto prazo. “Quanto maior a liquidez corrente, mais alta se apresenta a capacidade da empresa em financiar suas necessidades de capital de giro. ”. ASSAF NETO (2012, p. 164)

No quadro abaixo se tem um resumo da representação do índice de liquidez corrente:

Quadro x – Resumo dos Índices de Liquidez Corrente

Se: Denota:

Liquidez Corrente > 1,0 Capital Circulante Líquido positivo Liquidez Corrente = 1,0 Capital Circulante Líquido nulo Liquidez Corrente < 1,0 Capital Circulante Líquido

negativo Fonte: Adaptado de Assaf Neto (2010, p. 164)

𝐿𝑖𝑞𝑢𝑖𝑑𝑒𝑧 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 = 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒

E, por fim, a liquidez geral que demonstra a liquidez tanto de curto, quanto do longo prazo. Este índice é muito utilizado como uma forma de assegurar financeiramente a empresa à longo prazo, já que revela sua capacidade de quitar todos os seus deveres.

𝐿𝑖𝑞𝑢𝑖𝑑𝑒𝑧 𝐺𝑒𝑟𝑎𝑙 =𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 + 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑖𝑧á𝑣𝑒𝑙 𝑎 𝐿𝑜𝑛𝑔𝑜 𝑃𝑟𝑎𝑧𝑜 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 + 𝐸𝑥𝑖𝑔í𝑣𝑒𝑙 𝑎 𝐿𝑜𝑛𝑔𝑜 𝑃𝑟𝑎𝑧𝑜

Esse índice é um dos mais importantes, conforme comentado em vários estudos, pois é este que mostra a capacidade, da empresa, liquidar todas as suas dívidas.

2.4.2 Rentabilidade

Marion (2012) subdividiu a Rentabilidade em mais dois subgrupos: I) Taxa de Retorno sobre Investimento (TRI), também citado como ROI (Return On Investment), que vai mostrar a situação econômica conforme visão da empresa; e II) Taxa de Retorno sobre o Patrimônio Líquido (TRPL), também

citado como ROE (Return On Equity) que mostra do ponto de vista do empresário.

Esta medida deseja transmitir informações a respeito do que foi investido na empresa, onde as fontes podem ser o Capital Próprio ou o Capital de Terceiros. Sendo bem utilizado, essa medida poderá dar suporte numa melhor gestão do Ativo da empresa, já que demonstra quanto de retorno esse pode proporcionar.

𝑇𝑅𝐼 = 𝑅𝑂𝐼 = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙

Ainda segundo o mesmo, o TRI traz em percentual quanto de retorno a empresa gera para cada real investido. Através dele, é possível se chegue ao dado de quanto tempo irá demorar para chegar ao payback do investimento total.

𝑇𝑅𝑃𝐿 = 𝑅𝑂𝐸 = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚ô𝑛𝑖𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜

Já a TRPL, conforme apresentada a fórmula acima, representa esse percentual para o proprietário, ou seja, em quanto tempo o investidor irá conseguir recuperar o valor que foi investido na organização.

2.4.3 Endividamento

Conforme Marion (2012) a análise do endividamento possibilita identificar as características do porquê as empresas adquirirem uma dívida.

Podendo este motivo ser para complementar o Capital Próprio em busca de ampliar seus ativos, ainda segundo o mesmo autor, é uma decisão sadia, em vista de que essas aplicações sendo produtivas irão gerar capacidade de saldar a obrigação adquirida.

Outra possível razão é a necessidade de quitação de outros compromissos anteriores que estejam vencendo. Nesse caso, como não há nenhuma geração de riqueza, gerando assim grandes possibilidades de se entrar um ciclo vicioso de a empresa adquirir empréstimos sucessivos, sendo

um para saldar o outro. Dessa forma, a empresa tem chances de se tornar uma forte “candidata à insolvência e, até, à falência” MARION (2012, p. 96).

Um dos indicadores de endividamento é a “Participação de Capitais de Terceiros sobre Recursos Totais”. Essa informação traz quanto a empresa necessitou tomar de capital de terceiros para cada real de capital próprio, analisando em quantidade, conforme apresentada a fórmula abaixo:

𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑇𝑒𝑟𝑐𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠

𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑇𝑒𝑟𝑐𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠 + 𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 𝑃𝑟ó𝑝𝑟𝑖𝑜= 𝐸𝑥𝑖𝑔í𝑣𝑒𝑙 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝐸𝑥𝑖𝑔í𝑣𝑒𝑙 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 + 𝑃𝐿

Outro indicador é a Garantia do Capital Próprio ao Capital de Terceiros, sendo esse a garantia que o capital próprio fornece para assegurar a quitação do capital tomado de terceiros.

𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 𝑃𝑟ó𝑝𝑟𝑖𝑜

𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑇𝑒𝑟𝑐𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠 =𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚ô𝑛𝑖𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝐸𝑥𝑖𝑔í𝑣𝑒𝑙 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙

Mais uma forma de analisar o endividamento de uma organização é através do indicador “Composição de Endividamento” que analisa a qualidade do endividamento. Ele analisa se a empresa está operando com mais dívidas a curto ou longo prazo. Em regra geral, Marion (2012) trata que a qualidade do endividamento tende a ser maior quando as dívidas da empresa estão mais concentradas no Exigível a Longo Prazo, em vista de que a empresa terá mais tempo de gerar recursos para quitar seus compromissos, já que estão irão demorar mais a vencer.

𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒

𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑇𝑒𝑟𝑐𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠 =𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 𝐸𝑥𝑖𝑔í𝑣𝑒𝑙 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙

Fazendo uma integração entre esses três grupos determinados por Marion (2012), o autor simula uma situação de uma liquidez corrente de 1,35 (sendo esta uma situação financeira de curto prazo satisfatória), porém com um endividamento de 60%. Este exemplo pode ser confortável se a entidade tiver bons números de rentabilidade, já que “o lucro não distribuído será incorporado ao Patrimônio Líquido”.

No documento GABRIELA LOUISE DE VASCONCELOS RIBEIRO (páginas 22-27)

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