• Nenhum resultado encontrado

Ao analisarmos a evolução da produtividade brasileira, podemos observar como o crescimento da população deu-se de forma contínua. Atualmente, o país possui 196,7 milhões de habitantes (2011). A produção de grãos de 2006/07 (ver Gráfico 15) quase triplicou desde a safra de 1976/77. A evolução na disponibilidade de grãos per capita (ver Gráfico 16) saltou de 423,6 kg na safra de 1976/77 para a marca de 699,3 kg na safra de 2006/07. A isso podemos acrescentar o fato do Brasil possuir quase o triplo da extensão de terras aráveis em relação a China, com 1,89 hectares per capita (IBGE, 2007) contra 0,1 hectares per capita da China.

O Brasil possui abundância em recursos hídricos que somados ao clima tropical possibilitam uma grande produtividade do solo, colocando o país em posição privilegiada no quesito auto-suficiência alimentar. Isso possibilitou ao país tornar-se um grande exportador de grãos. Soma-se a isso o fato do país possuir um grande potencial de crescimento de sua fronteira agrícola e uma população modesta quando comparada à população chinesa. Segundo Scolari (2005):

“O Brasil é a grande alternativa. Usa apenas 284 milhões de hectares (34% da sua área de terra de 835,56 milhões) na agropecuária: 64 milhões em agricultura e 220 milhões em pastagens e ainda mantém 49% da área sob vegetação de florestas ou como áreas protegidas. [...] O país possui uma fronteira agrícola inexplorada de 103,32 milhões de



hectares que pode ser parcialmente incorporada ao processo produtivo.” (SCOLARI, D. D. G. (2005))

Gráfico 15 – Evolução na Produção de Grãos e população – Brasil

Fonte: Elaboração própria a partir de dados da FAOSTAT e CONAB

Gráfico 16 – Evolução na Disponibilidade de Grãos per capita – Brasil (em kg)

Fonte: Elaboração própria a partir de dados da FAOSTAT e CONAB

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 1976 1977 1978 1979 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Produção (milhões de toneladas) População (milhões)

0 100 200 300 400 500 600 700 800



Gráfico 17 – Terras aráveis per capita – Brasil (ha)

Fonte: Elaboração própria a partir de dados da FAOSTAT

Muito embora a China tenha a terceira maior extensão terrirorial do planeta, seus recursos agrícolas são bastante limitados, pois a maior parte da terra arável na China está concentrada nas planícies do norte e nordeste da China, e alguns deltas fluviais, segundo Zhang (2011). O total de terras aráveis da China é de cerca de 120 milhões de hectares, com potencial de extensão para 160 milhões de hectares até 2015. Esse valor representa menos de 0,1 hectares per capita (National Bureau of Statistics of China, 2009), algo muito abaixo da média mundial. Veja o Gráfico 18:

Gráfico 18: Terra arável per capita e Grãos per capita – China

Fonte: Zhang (2011), *(mu): unidade chinesa – equivale a cerca de 666 m2

0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30 0,35 0,40 0,45 1961 1963 1965 1967 1969 1971 1973 1975 1977 1979 1981 1983 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009 2011



Gráfico 19: Extensão de áreas cultivadas (em milhões de hectares)

Fonte: elaborado a partir de dados de National Bureau of Statistics of China e Vegro (1997) e Sartti, Sabbatini e Vian (2009) apud VIAN e ANDRADE JUNIOR (2010), p. 12

Mesmo com suas desvantagens climáticas a produção agrícola da China lidera o mercado internacional com cerca de 600 bilhões de dólares ante cerca de 100 bilhões de dólares da produção brasileira, segundo dados do ICONE - Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais. A China utiliza quase o dobro de áreas cultivadas em relação ao Brasil, conforme podemos visualizar no Gráfico 19.

Gráfico 20: Proporção de terras Irrigadas em relação às Áreas Cultivadas - China

Fonte: Elaboração própria a partir de dados do National Bureau of Statistics of China

99,3 96,8 95,7 95,0 47,6 49,5 47,7 50,0 0 20 40 60 80 100 120 1980 1985 1990 1995 China Brasil 44.965,3 44.888,1 44.035,9 44.225,8 44.403,0 44.375,9 44.917,2 47.403,1 47.822,1 48.590,1 48.727,9 48.759,1 49.281,2 50.381,4 99.389,5 99.305,2 96.846,3 96.229,9 95.888,7 95.721,8 95.656,0 95.672,9 95.653,6 95.425,8 95.101,4 94.906,7 94.970,9 130.039,2 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 1978 1980 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996



Gráfico 21: Proporção de terras Irrigadas em relação às Áreas Cultivadas - Brasil

Fonte: Elaboração própria a partir de dados do IPEADATA e FAO

Os recursos hídricos da China também são igualmente escassos. Períodos de secas somados a índices pluviométricos distribuídos de maneira desequilibrada tornam o uso de irrigação essencial num contexto onde os recursos hídricos para a realização deste empreendimento são tão escassos quanto em países que enfrentam graves problemas de escassez de água. Conforme podemos observar no Gráfico 20, mais de 30% das áreas cultivadas na China são irrigadas. O Brasil, por sua vez, possui apenas cerca de 5% de suas áreas cultivadas com irrigação (1995), conforme podemos visualizar no Gráfico 21.

455,4 795,3 1.086,8 1.481,2 1.959,8 3.121,6 22.118 35.000 42.000 45.000 47.300 58.059 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% 50% 55% 60% 65% 70% 75% 80% 85% 90% 95% 100% 1960 1970 1975 1980 1985 1995



Gráfico 22: Produção de Grãos na China e População

Fonte: Zhang (2011)

Conforme podemos observar no Gráfico 22, a produção total de grãos da China deu um salto de 1949 a 1998, elevando a sua produção de cerca de 100 milhões de toneladas para o patamar de 500 milhões de toneladas em 1998, segundo Zhang (2011). A produção de grãos per capita praticamente dobrou de 200 kg per capita em 1949 para 400 kg em 1990.

O aumento de produtividade da terra (ver Gráfico 18), com progresso técnico, foi o fator primordial que possibilitou essa elevação. O advento da Primeira Revolução Verde proporcionou a ampliação de pesquisas de melhoramento genético para arroz, trigo e milho, e a resolução do problema relativo à salinidade do solo na planície do norte da China (solucionado a partir de 1980). Esses fatores proporcionaram um aumento significativo da produtividade a partir dos anos 1960. Observe nos gráficos abaixo a crescente utilização de fertilizantes e tratores, bem como o aumento do índice de tratorização na China:



Gráfico 23: Evolução na utilização de Fertilizantes Químicos (em toneladas) – China

Fonte: Elaboração própria a partir de dados do National Bureau of Statistics of China

Gráfico 24: Consumo de Fertilizantes Químicos (kg/ha) – China

Fonte: Elaboração própria a partir de dados do National Bureau of Statistics of China

1980 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 0 500 1000 1500 2000 2500

Nitrogênio Fosfato Potássio Fertilizante Complexo

88,9 127,8 183,4200,6 208,5 223,7 246,4 270,7293,3 307,1 331,4 349,6 378,4 294,4 0 50 100 150 200 250 300 350 400 1978 1980 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996



Gráfico 25: Número de tratores (em milhões) – China

Fonte: Elaboração própria a partir de dados do National Bureau of Statistics of China (em milhões de unidades)

Gráfico 26: China - Índice de Tratorização (ha/trator) – tratores grandes, médios e minis

Fonte: Elaboração própria a partir de dados do National Bureau of Statistics of China

Esses dados corroboram a visão de que a China está com a sua agricultura à frente da brasileira. Enquanto o índice de tratorização chinês é de 10,2 ha/trator (1995), no Brasil o mesmo índice é de 104 ha/trator (1995), conforme podemos visualizar nos gráficos 26 e 27. 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 1978 1980 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 Tratores médios e grandes Mini tratores

Tratores médios e grandes com reboque Mini Trator com reboque

51,5 39,1 20,7 17,8 15,5 14,0 12,9 12,3 11,8 11,5 11,1 10,6 10,2 13,2 0 10 20 30 40 50 60 1978 1980 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996



Gráfico 27: Brasil - Índice de Tratorização (ha/trator)

Fonte: elaborado a partir de dados de Vegro (1997) e Sartti, Sabbatini e Vian (2009) apud VIAN e ANDRADE JUNIOR (2010), p. 12

Tabela: Relação da áreadestinada à agricultura e número colheitadeiras utilizadas, para países selecionados entre 1990 e 2005

Ano Área cultivada (1000ha) Frota de tratores de rodas (unidades) índice de tratorização (ha/trator de rodas)

1960 25.673 62.684 410 1965 31.637 76.691 413 1970 34.912 97.160 359 1975 41.811 273.852 153 1980 47.641 480.340 99 1985 49.529 551.036 90 1990 47.666 515.815 92 1995 50.038 481.316 104 2000 53.300 450.000 118 2005 59.399 354.722 167 2006 57.445 336.589 171

Fonte: Vegro (1997) e Sartti, Sabbatini e Vian (2009) apud VIAN e ANDRADE JUNIOR (2010), p. 12 410 413 359 153 99 90 92 104 118 167 171 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2006



Gráfico 28: Consumo de Fertilizantes Químicos (kg/ha)

Fonte: Elaboração própria a partir de dados do National Bureau of Statistics of China e

ALMEIDA, L. T. de; FEIX, R. D.; MIRANDA, S. H. G. De (2010)

A China possui uma flutuação anormal na produção de alimentos (ver Figura ()), conforme Zhang (2011). E isso constitui um dos maiores problemas a serem em enfrentados pelo governo. A grande variação nas políticas agrícolas é o principal fator responsável por essas flutuações. Segundo Zhang (2011):

“Há ainda muitas questões políticas fundamentais com a agricultura da China hoje. A falta de propriedade da terra e direitos limitados de utilização, baixa produtividade devido ao pequeno tamanho e baixo input ea baixa rentabilidade da agricultura são apenas alguns dos problemas que não podem ser resolvidas facilmente. Tudo o que se pode esperar é que o Governo chinês vai tomar todas as medidas necessárias para manter as iniciativas dos agricultores e ajudá-los a permanecer na empresa com uma vida decente. Isto irá evitar a oscilação desnecessária na produção de alimentos.” (ZHANG, Jianhua (2011). China's success in increasing per capita food production. In: Journal of Experimental Botany)

88,9 127,8 183,4 200,6 208,5 223,7 246,4 270,7 293,3 307,1 331,4 349,6 378,4 294,4 59,23 61,93 68,57 84,31 89,6 83,1 15,14 113,7 120,5 107,27 126,75 132,42 140,88 164,88 0 50 100 150 200 250 300 350 400 China Brasil



Gráfico 29: Flutuação da produção de Grãos da China - Regressão

Fonte: Zhang (2011)

Gráfico 30: Importações Brasil e China

Fonte: Elaboração própria a partir de dados da FAO

-10.000 190.000 390.000 590.000 790.000 990.000 1.190.000 1.390.000 1.590.000 1.790.000 1961 1970 1980 1990 2000 2005 2009 2010



Gráfico 31: Exportações Brasil e China

Fonte: Elaboração própria a partir de dados da FAO

Gráfico 32: Balança Comércial Brasil e China

Fonte: Elaboração própria a partir de dados da FAO

-10.000 190.000 390.000 590.000 790.000 990.000 1.190.000 1.390.000 1.590.000 1.790.000 1.990.000 1961 1970 1980 1990 2000 2005 2009 2010

Brasil - Valor Exportado (em milhões US$) China - Valor Exportado (em milhões US$)

-10.000 40.000 90.000 140.000 190.000 240.000 1961 1970 1980 1990 2000 2005 2009 2010



Tabela 8: Ranking das 10 Commodities mais produzidas no Brasil

Ranking Commoditie Produção em toneladas ǻ%

1961 2010

1 Cana-de-açúcar 59.377.400 717.464.000 1208,31%

2 Soja 271.488 68.756.300 25325,72%

3 Milho 9.036.240 55.364.300 612,69%

4 Leite de vaca, fresco 5.227.380 30.715.500 587,59%

5 Mandioca 18.058.400 24.496.300 135,65% 6 Laranja 1.761.770 18.503.100 1050,26% 7 Arroz 5.392.480 11.236.000 208,36% 8 Carne de frango 122.770 10.733.000 8742,36% 9 Carne de gado 1.366.060 9.325.960 682,69% 10 Bananas 2.823.040 6.969.310 246,87%

Fonte: Elaboração própria a partir de dados da FAO

Tabela 9: Ranking das 10 Commodities mais produzidas na China

Ranking Commoditie Produção em toneladas 1961 2010 ǻ%

1 Arroz 56.217.601 197.212.010 350,80% 2 Milho 18.027.091 177.540.788 984,86% 3 Vegetais frescos 12.810.572 153.849.095 1200,95% 4 Trigo 14.294.248 115.181.303 805,79% 5 Cana-de-açúcar 12.415.990 111.501.483 898,05% 6 Batata 12.907.173 81.594.184 632,16% 7 Batata doce 77.288.436 74.381.749 96,24% 8 Melancias 6.548.859 67.145.925 1025,31% 9 Carne suína 1.591.050 51.663.574 3247,14% 10 Tomate 4.825.890 46.876.088 971,35%



CONCLUSÃO:

Neste estudo, encontramos várias semelhanças e diferenças entre Brasil e China. No campo das semelhanças, podemos destacar as grandes dimensões continentais, o grande mercado consumidor e as profundas mudanças estruturais sofridas pelos dois países a partir dos anos 1970. No campo das diferenças, destacamos, sobretudo, os recursos naturais, o tamanho da população e as idades dos dois países. China, por um lado, milenar, e Brasil, por outro lado, jovem.

A agricultura para a China é um setor estratégico. Com a maior população do planeta para nutrir, da qual cerca de 70% concentra-se na zona rural, o país enfrentou dificuldades desde sua antiguidade para manter o equilíbrio entre oferta e demanda neste setor, e ao mesmo tempo, conseguir se industrializar. Governos caíram ao fracassar na tentativa de consolidar a agricultura e acabar com a fome.

A China possuía até a Revolução Comunista (1949), uma agricultura ineficiente. Após a Revolução Comunista, foram implementadas uma série de políticas, como a reforma agrária e o sistema de grãos reserva, que aliadas à Revolução Verde trouxeram eficiência à agricultura chinesa.

Atualmente, a agricultura chinesa pode se orgulhar pelo seu alto desempenho. Podemos afirmar que trata-se de uma agricultura muito intensiva. Veja os indicadores abaixo:

• a produção de grãos quintuplicou, de 100 milhões de toneladas em 1949 para 500 milhões de toneladas em 1998;

• a produção de grãos per capita praticamente dobrou, de 200 kg per capita em 1949 para 400 kg em 1990;

• o consumo de fertilizantes químicos, em quilos por hectare, mais do que quadriplicou, de 88,9 kg em 1978 para 378,4 kg em 1995;

• o índice de tratorização (hectares por trator) caiu de 51,5 ha/trator em 1978 para 10,2 ha/trator em 1995, cinco vezes menor.

O Brasil, por sua vez, possui a agricultura como uma força motriz de seu crescimento desde a época colonial. Podemos destacar a partir da década de 1960 o estabelecimento de um novo padrão agrícola com a constituição dos complexos



agroindustriais (CAI´s), a presença constante do fantasma da inflação, e os anos 1990 como a década perdida para a agricultura.

Atualmente, o Brasil ocupa posição de destaque no cenário internacional como um grande exportador de commodities. Veja os indicadores brasileiros:

• a produção de grãos mais do que dobrou, de 46,9 milhões de toneladas em 1978 para 131,4 milhões de toneladas em 2006;

• a produção de grãos per capita praticamente dobrou, de 423 kg per capita em 1976 para 699 kg em 2006. Esse é um valor bastante superior ao chinês, que explica o nosso excedente de grãos;

• o consumo de fertilizantes químicos, em quilos por hectare, quase triplicou, de 59,23 kg em 1990 para 164,88 kg em 2003. Ficando, ainda assim, distante do índice chinês;

• o índice de tratorização (hectares por trator) caiu de 410 ha/trator em 1960 para 171 ha/trator em 2006, mais de duas vezes menor, porém muito aquém do índice chinês.

O Brasil possui a seu favor seu clima tropical, a capacidade de expansão de sua área cultivada e os vastos recursos hídricos de seu território.

Por fim, confirma-se a tese de que um país altamente industrializado possui também uma agricultura altamente intensiva, que dá suporte à sua indústria.



REFERÊNCIAS:

ALMEIDA, L. T. de; FEIX, R. D.; MIRANDA, S. H. G. De (2010). Comércio e meio ambiente: evidências do setor agroexportador brasileiro. In: MAY, P. H. (ORG) Economia

do meio ambiente: teoria e prática. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

BONNAL, Philippe; KATO, Karina. Eixo temático: análise comparativa das políticas públicas de desenvolvimento territorial – Produto 3: Relatório Final. 2009. Disponível em: <http://www.iica.int/Eng/Pages/default.aspx> Acesso em: 25 agosto 2012.

BRAMALL, Chris (2004). Chinese Land Reform in Long Run Perspective and in the Wider Asian Context. In: Journal of Agrarian Change, 4 (1 & 2). pp. 107-141.

BRASIL (1964). Ministério do Planejamento e Coordenação Econômica. Programa de ação econômica do governo: 1964-1966. [S.l.:s.n.], 1964. (Documento EPEA n. 1.)

BUAINAIN, A. M. (2007). Modelo e principais instrumentos de regulação setorial: uma nota didática. In: Ramos, P. (ORG) Dimensões do agronegócio brasileiro: políticas,

instituições e perspectivas. Brasília: NEAD, 2007.

CASTELLI, T.; Almeida, R. M. (2010). Revolução chinesa: da reforma agrárias às

transformações recentes na agricultura. Anais XVI – Encontro Nacional dos Geógrafos,

Porto Alegre - RS, 2010.

CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento. Disponível em: < http://www.conab.gov.br> Acesso em: 10 setembro 2012.

DELGADO, C. Guilherme (2002). Capital e política agrária no Brasil: 1930-1980. In: Szmrecsányi, T; Suzigan, W (ORG). História Econômica do Brasil Contemporâneo – 2. Ed. Revista. - São Paulo, Hucitec/Associação Brasileira de Pesquisadores em História Econômica/Editora da Universidade de São Paulo/Imprensa Oficial, 2002.



FAIRBANK, John King; GOLDMAN Merle (2008). China – Uma Nova História. 3 ed. – Porto Alegre, RS : L&PM, 2008.

FAO – Food and Agriculture Organization of the United Nations. FAOSTAT. Disponível em: <http://faostat3.fao.org>. Acesso em: 30 agosto 2012.

FERREIRA, Brancolina; ALVES, Fábio; CARVALHO FILHO, José Juliano de (2009). Constituição Vinte Anos: Caminhos e descaminhos da reforma agrária – embates

(permanentes), avanços (poucos) e derrotas (muitas). Políticas Sociais: acompanhamento

e análise - Vinte Anos da Constituição Federal, IPEA, Volume 3, Fascículo 17, págs.

155-223.

GRAZIANO DA SILVA, José (1996). A nova dinâmica da agricultura brasileira. Campinas, SP: UNICAMP.IE, 1996.

GUOYING, Dang (2004). Realizações Agrícolas e Reforma Rural na Nova China. In: BELLUCCI, Beluce. (Comp.) Abrindo os Olhos para a China. Rio de Janeiro: EDUCAM, UCAM, 2004. p. 159-190.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/>. Acesso em: 13/04/2013

ICONE – Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais. Disponível em: <http://www.iconebrasil.org.br. Acesso em: 30/05/2013

IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. IPEADATA. Disponível em: <http://www.ipeadata.gov.br> Acesso em: 07/06/2013

JABBOUR, Elias. China: Infra-estruturas e crescimento econômico. São Paulo: Anita Garibaldi, 2006.



LARDY, Nicholas R., Prices, Markets, and the Chinese Peasant. In: EICHER, Carl K. (Edited). Agricultural Development in the Third World. Baltimore, Maryland: editora The Johns Hopkins University Press, 1984. p. 420-435.

MARTONE, Celso L. Análise do plano de ação econômica do governo (PAEG) (1964- 1966). In: LAFER, Betty M. (org.). Planejamento no Brasil. São Paulo: Perspectiva, 1975. p. 69-89.

MASSUQUETTI, Angélica. A Mudança no Padrão de Financiamento da Agricultura

Brasileira no Período 1965-97. 1998. Dissertação (Mestrado em Economia Rural) –

Faculdade de Ciências Econômicas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

MASSUQUETTI, A.; SOUZA, O. T. de; BETOLDT, L. A. (2010). Instrumentos de

Política Agrícola e Mudanças Institucionais. Disponível em: < http://www.sober.org.br/palestra/15/777.pdf> Acesso em: 15/09/2012

MENZIES, Gavin (2002). 1421: The Year China Discovered the World, 2002.

NATIONAL BUREAU OF STATISTICS OF CHINA. Statistical Data. Disponível em: <http://www.stats.gov.cn/english/>. Acesso em: 20/05/2013

NOVE, Alec (1989). A Economia do Socialismo Possível. São Paulo, Atica, 1989.

UNITED NATIONS. Department Of Economic And Social Affairs. UN COMTRADE: United Nations Commodity Trade Statistics Database. Disponível em:

<http://comtrade.un.org>. Acesso em: 27 março 2013.

POMAR, Vladimir (2003). A Revolução Chinesa. – São Paulo: Editora UNESP, 2003.

RESENDE, André L. Estabilização e reforma: 1964-67. In: ABREU, Marcelo de P. (org.).



SCOLARI, D. D. G. (2005) - Embrapa Roraima, 2005. Disponível em: <

http://www.abifina.org.br/arquivos/abf_publicacoes/producao_agricola_mundial.pdf Acesso em: 30/05/2013

SERRA, A. M. de Almeida. China: as reformas económicas da era pós-Mao, 1997. Disponível em: <http://pascal.iseg.utl.pt/~cesa/chinarevmac.pdf> Acesso em: 23/09/2012

SERRA, José. Ciclos e mudanças estruturais na economia brasileira do pós-guerra. In: BELLUZZO, Luiz G. de M.; COUTINHO, Renata (orgs.). Desenvolvimento capitalista

no Brasil: ensaios sobre a crise. 2.ed. São Paulo: Brasiliense, 1983. v. 1, p. 56-121.

SHIRK, S. China – Fragile Superpower. Oxford University Press, 2007.

SILVA, José G. da. Uma década perversa: as políticas agrícolas e agrárias dos anos 80. In: SILVA, José G. da. A nova dinâmica da agricultura brasileira. Campinas:

IE/UNICAMP, 1996. p. 107-53.

TANG, Anthony M., A Critical Appraisal of the Chinese Model of Development. In: EICHER, Carl K. (Edited). Agricultural Development in the Third World. Baltimore, Maryland: editora The Johns Hopkins University Press, 1984. p. 403-419.

USDA - United States Department of Agriculture. USDA National Nutrient Database for

Standard Reference. Disponível em: <http://ndb.nal.usda.gov/Acesso: 15 agosto 2012.

VIAN, Carlos C. F. e ANDRADE JUNIOR, Adilson M. (2010). Evolução Histórica da

Industría de Máquinas Agrícolas no Mundo: Origens e Tendências. Disponível em:

<http://www.sober.org.br/palestra/15/1208.pdf> Acesso em: 15/05/2013

ZHANG, Jianhua (2011). China's success in increasing per capita food production. In: Journal of Experimental Botany . Disponível em: <

http://jxb.oxfordjournals.org/content/early/2011/05/06/jxb.err132.full> Acesso em: 10/05/2013



ANEXO I: Aspectos Físicos

Figura 1: Brasil - Político

Fonte:http://www.estadosecapitaisdobrasil.com/mapas-do-brasil.php

Figura 2: Brasil - Agricultura



Figura 3: China - Político

Figura 4: China - Agricultura



Figura 5: Brasil – concentração populacional

Fonte: FAO

Figura 6: China – concentração populacional



ANEXO II: Cronologia Chinesa

Tabela 10: Dinastias Chinesas

DINASTIAS CHINESAS PERÍODO

Três Augustos e os Cinco

Imperadores sƗn huáng wԃ dì até 2070 a.C.

Dinastia Xia Xià 2100 a.C. a 1600 a.C.

Dinastia Shang ShƗng 1600 a.C. a 1046 a.C.

Dinastia Zhou xƯ zhǀu 1046 a.C. a 771 a.C.

Primaveras e Outonos chnjn qinj 722 a.C. a 476 a.C.

Reinos Combatentes zhàn guó 475 a.C. a 221 a.C.

Dinastia Qin Qín 221 a.C. a 206 a.C.

Han ocidental xƯ hàn 206 a.C. a 9 d.C.

Dinastia Xin XƯn 9 a 23

Han Oriental dǀng hàn 25 a 220

Três Reinos sƗn guó 220 a 265

Primeira dinastia Jin xƯ jìn 265 a 317

Dezesseis Reinos dǀng jìn 317 a 420

Dinastias do Norte e do Sul nán bČi cháo 420 a 589

Dinastia Sui Suí 581 a 618

Dinastia Tang Táng 618 a 907

Cinco Dinastias e Dez Reinos wԃ dài shí guó 907 a 960

Dinastia Song bČi sòng / nán sòng 960 a 1279

Dinastia Liao Liáo 916 a 1125

Segunda dinastia Jin JƯn 1115 a 1234

Dinastia Yuan Yuán 1271 a 1368

Dinastia Ming Míng 1368 a 1644



Tabela 11: Breve História da Política Agrícola Chinesa

Período Políticas

Pré-1949 Impostos sobre terrenos agrícolas, muitas vezes recolhidos em grãos, além de uma variedade de outros impostos especiais de consumo.

1950 a 1970

Reforma Agrária socializa a agricultura. O Grande Salto para frente: agricultores organizados em comunas; o governo monopolizou a

comercialização agrícola. Tributação implícita através de preços pagos por commodities artificialmente baixos. Ineficiência agrícola. A Grande Fome.

1980 a 1990

Sistema de Responsabilidade Familiar implementado. Terras arrendadas aos agricultores individuais, os preços subiram; importos de terras agrícolas restaurado; tributação implícita diminuiu; monopólios governamentais e racionamento de alimentos urbanos gradualmente eliminados. Sistema estadual de grãos reserva-introduzido. Política de êxito com ganhos de produtividade.

Meados da década de 1990

Aumento acentuado em grãos e preços do algodão para aquisição, e introdução do sistema de Responsabilidade de Governadores, exigindo que cada governador garantisse o equilíbrio entre oferta e demanda de grãos dentro de sua província.

Final de 1990 "Os preços de proteção", introduzidos para sustentar os preços agrícolas. Subsídios pagos às agências de comercialização de grãos para a aquisição de grãos, armazenamento e exportação.

2000-03 Dependência crescente de mercados; privatização de grãos e comercialização do algodão. Experimentação com reforma tributária rural e subsídios diretos. 2004 Em todo país, subsídios diretos e início da eliminação dos impostos agrícolas.

Documentos relacionados