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7.3 Informações sobre produtos e serviços relativos aos segmentos operacionais 44,9 45,

54,6 61,7 66,6 2008 2009 2010 2011 2012 (p)

que o levou a representar 27,3% da taxa anual do varejo. Porém, esse resultado foi inferior ao de 2010, quando sua contribuição na composição do taxa de crescimento do varejo foi de 39,9%.

Neste contexto, nota-se ainda algum nível de informalidade no comércio varejista. Porém acreditamos que tal nível de informalidade será gradualmente combatido pelo Governo brasileiro, à medida que mecanismos de fiscalização eficientes e informatizados, tais quais a Nota Fiscal Eletrônica, sejam adotados e implementados em todas as praças comerciais. Entendemos também que a regulamentação da Substituição Tributária no recolhimento de ICMS contribui para a redução da evasão fiscal e conseqüente informalidade nas transações de compra e venda ao longo de toda a cadeia de suprimentos até o cliente final.

Sob tal cenário, empresas que sustentam sua rentabilidade à custa da informalidade serão penalizadas e terão sua operação enfraquecida, abrindo espaço para um forte movimento de reconfiguração do setor, no qual os consolidadores serão os players bem estruturados em termos de compliance, governança e estrutura de capital.

Comércio Varejista de Bens Duráveis

O segmento varejista de bens duráveis abrange aqueles bens que não se esgotam no ato de sua utilização e são utilizados durante um período relativamente longo, como móveis, eletrodomésticos, eletrônicos, equipamentos de informática, brinquedos etc.

Nos últimos anos, o setor de eletroeletrônicos e móveis brasileiro teve um crescimento importante, apoiado pela estabilização da economia brasileira e melhoria dos índices salariais. Apesar da crise de 2008/09, o mercado deste segmento conseguiu recuperar suas vendas:

Faturamento do Varejo de Móveis e Eletrodomésticos - em R$ bilhões

Fonte: IBGE e projeção LCA Consultores para 2012.

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Evolução de vendas brutas no mercado de eletrônicos1 R$ bilhões

1 Inclui as linhas marrom, branca, PCs, e celulares. Não inclui móveis 2 Inclui hipermercados, home shopping, lojas de departamento

2009 64 38% 62% 08 61 38% 62% 07 52 39% 61% 06 44 40% 60% 05 38 39% 61% 2004 36 36% 64% Generalistas2 Especialistas

Mesmo com o grande aumento nas vendas dos últimos anos, o setor de eletroeletrônicos e móveis ainda possui um alto potencial de crescimento em função da baixa penetração de seus produtos nas classes de menor renda, que, emergentes na sociedade, tornam-se propensas a adquirir bens de maior valor agregado.

As empresas varejistas atuantes no setor de bens duráveis adotam diferentes estratégias de mix de produtos e tamanho de lojas, com a convivência de concorrentes com os mais diversos tipos de pontos de venda, tais como lojas especializadas, lojas de departamento, hipermercados etc. Os varejistas especializados tem aumentado a sua participação frente varejistas generalistas pois aqueles, apesar do apelo de consumo por impulso dos hipermercados, oferecem uma equipe de vendedores treinados que prestam serviço de atendimento personalizado a seus clientes, podendo auxiliar na escolha do produto e oferecendo melhores condições de pagamento.

Fonte: McKinsey

O modelo tradicional de loja física, seja de rua ou em shopping centers, é somente um dos canais de venda utilizados pelos varejistas especializados. A oferta de produtos através de multicanais de venda é uma estratégia que tende a agregar um maior número de consumidores, bem como fortalecer a marca do varejista, que passa a atender clientes com os mais diferentes perfis, através de internet, televenda, catálogo e TV.

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Parcerias e serviços financeiros

A customização de parcerias entre varejistas e instituições financeiras, visando ampliar a oferta de crédito e agregar ao portfólio tradicional produtos e serviços correlacionados, tem sido um movimento fortemente observado nos últimos anos.

Para as varejistas, essa solução, além de fidelizar o cliente e ampliar sua capacidade de consumo, lhes possibilita capturar parte dos ganhos que antes eram repassados integralmente para as operadoras de cartão de crédito ou financeiras.

Essas parcerias têm ocorrido em dois modelos de negócio. No mais simples, a instituição financeira financia as vendas dos clientes da varejista, arcando com todos os riscos da operação. No mais arrojado, a rede varejista e a instituição financeira constituem uma sociedade de crédito, financiamento e investimento, sendo compartilhados o controle, os riscos e os resultados da operação.

Cartões de crédito híbridos ou private label, crediário e pagamento de contas, depósitos e saques, são apenas alguns exemplos de serviços viabilizados por tais parcerias. Em parte significativa das classes de menor renda, o serviço financeiro via loja de varejo pode ser a primeira experiência de bancarização do cliente.

Nesse contexto, em muitos casos a oferta de cartões de crédito pelas varejistas torna-se o primeiro passo para que a população tenha acesso a serviços bancários. De acordo com pesquisa recente realizada pelo IPEA, 39,5% da população brasileira não possui conta bancária, sendo a região Nordeste a que mais apresenta oportunidade de penetração (52,6% da população nordestina não tem conta bancária).

i - Participação em cada um dos mercados

O setor varejista é dinâmico e ainda bastante pulverizado, sendo que em algumas regiões, especialmente fora dos grandes centros urbanos, a presença de players de pequeno porte é ainda observada.

De acordo com as informações disponíveis no mercado, estamos entre os três maiores varejistas de bens duráveis do país, com faturamento bruto de R$ 7,6 bilhões em 2011.

ii - Condição de competição nos mercados

Concorremos com varejistas especialistas em móveis, eletroeletrônicos, bem como com varejistas generalistas e hipermercados. Acreditamos que nossos principais concorrentes nas capitais em que atuamos são Via Varejo, Máquina de Vendas, Carrefour e Walmart. Concorremos em outras cidades com redes locais, tais como Lojas Colombo, Lojas Salfer e Fast Shop.

Nossos principais concorrentes no segmento de comércio eletrônico são B2W, Nova Pontocom e Compra Fácil.

O ambiente competitivo do mercado de varejo de eletroeletrônicos tem passado por um movimento de consolidação, que se deu por diversas transações de fusões e aquisições que ocorreram nos últimos anos, dentre as quais, se destacam: Pão de Açúcar, Ponto Frio e Casas Bahia, Ricardo Eletro e Insinuante e a fusão entre Magazine Luiza e Lojas Maia. Ainda existem empresas regionais fortes e que

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podem ser alvo de futuras aquisições. De acordo com estudo realizado pela McKinsey em 2010, as redes regionais tem 3.471 lojas espalhadas pelo Brasil e presença em todas as regiões.

c. sazonalidade de resultados

O varejo apresenta forte sazonalidade, principalmente devido à datas comemorativas como o Dia das Mães, no 2º trimestre, e Natal, no 4º trimestre. Entretanto, essa sazonalidade pode também ser influenciada por campanhas de marketing e promoções específicas realizadas pela Companhia.

A tabela abaixo ilustra a sazonalidade trimestre das receitas operacionais:

Participação Trimestral

(% da receita total do ano) 1T10 2T10 3T10 4T10 1T11 2T11 3T11 4T11