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INPUTS de 2004/2005 x OUTPUTS de 2005/

DMU Score INT{I}{V} OCV{I}{V} RRI{O}{V} ETE{O}{V} Benchmarks {S} INT{I} {S} OCV{I} {S} RRI{O} {S} ETE{O} 1 BA I 108.55% 0 1 1 0 2 (0.99) 176.52 0 0 25.69 2 BA II 100.00% 0.43 0.57 1 0 6 3 CE I 126.65% 0 1 0 1 2 (0.80) 110.4 0 114.93 0 4 CE II 145.38% 0 1 0 1 2 (0.88) 25.75 0 42.64 0 5 RN I 101.48% 0 1 0 1 2 (0.64) 13.14 0 118.38 0 6 RN II 100.00% 1 0 0 1 1 7 PE I 223.85% 1 0 0.35 0.65 2 (0.78) 6 (0.54) 0 20.27 0 0 8 PE II 287.04% 1 0 1 0 2 (1.92) 0 3.77 0 136.92

Fonte: Autoria própria

As duas primeiras situações analisadas têm alta sintonia com as observações empíricas, que são comentadas ao longo da pesquisa, porém a situação III é a que melhor representa a realidade dos fatos, especialmente porque leva em consideração dois períodos, o que permite aumentar o índice de certeza da análise da DEA.

Nessa simulação, os estados do Ceará e Pernambuco continuam ineficientes, pelos mesmos problemas comentados na seção anterior. Como tem sido notório, o maior problema de Pernambuco está no elevado índice de ocorrências com crimes violentos, sendo a entrada de turistas estrangeiros uma referência negativa apenas no ano de 2006.

Já no caso do Ceará, o maior problema que compromete seu desempenho está nos altos investimentos do PRODETUR I e II para poucos resultados, quando comparado com os demais.

A Bahia pode ser considerada largamente como o estado mais eficiente em todas as análises realizadas, porque de acordo com análise da terceira simulação, além de alcançar score 100% no período II (inputs 2005/outputs 2006), foi referência (benchmark) para todas outras unidades analisadas. Quanto ao Rio Grande do Norte, que vem logo a seguir, é possível afirmar que, embora situado na curva de eficiência, foi benchmark apenas para uma unidade (Pernambuco), por isso ligeiramente com menor importância que a Bahia.

7. CONCLUSÃO

Esta pesquisa teve como objetivo precípuo a análise da importância econômica do turismo no contexto do mundo atual, e, a partir desse referencial, mensurar o impacto que tal atividade representa para o turismo brasileiro, em especial sobre o desempenho do Estado de Pernambuco. Especificamente neste caso, procurou-se trabalhar com determinados indicadores voltados para a análise do impacto que o turismo internacional exerce sobre a economia local.

O conceito e as definições de viagens e turismo foram referenciais que direcionaram o desenvolvimento do trabalho, fundamentalmente para elucidar os principais impactos econômicos e sua interferência na atividade turística. Observando que a contribuição da atividade turística no PIB é um indicador relevante que aponta para a redução das desigualdades sociais, decorrente do aumento da renda, produção e emprego, além da qualificação da mão de obra, este foi um dos principais referenciais explorados com detalhes na pesquisa.

A atividade turística tem uma elevada importância no desenvolvimento das nações ricas, por esse motivo é considerada como um dos principais setores da economia global. Inobstante a este posicionamento, a situação do Brasil ainda se mostra insignificante em relação à própria dimensão do país e mais ainda pelas vastas diversidades de recursos naturais disponíveis. Isto significa dizer que, o país tem um vasto potencial a desenvolver; o que certamente proporcionará a importante geração de divisas para o fortalecimento da economia interna. Todavia, torna-se imprescindível observar que a partir do final da década de 90, o país felizmente tem conseguido um crescimento sustentado, com taxas superiores ao resto do mundo. Essa é demonstração de que vem adotando uma política eficiente para alcançar a necessária projeção mundial.

Como o principal produto turístico do mundo é o sol e mar, e o Nordeste brasileiro tem recursos naturais privilegiados, o governo concluiu que tal região deveria ser mais bem trabalhada, especialmente para comercialização no segmento internacional. Por estar localizado próximo a Europa e aos Estados Unidos, o Nordeste desponta como uma das principais opções turísticas de lazer do país. Contudo, para ser bem sucedido, são necessárias as realizações de altos

investimentos em segurança, infra-estrutura e uma competente qualificação da mão de obra, para que a região se torne competitiva internacionalmente. Dentre os estados analisados na presente pesquisa, exceto Pernambuco, verifica-se que a Bahia foi pró-ativa e avançou tanto na infra-estrutura, quanto na qualificação da sua mão de obra, por isso tem auferido os melhores resultados da região. Já o Ceará, embora com postura comercial agressiva, se depara com sérios problemas de planejamento, qualificação da mão de obra e do turismo sexual. Quanto ao Rio Grande do Norte, apesar de ter experiência negativa com o turismo sexual, é o estado que tem o melhor modelo de desenvolvimento do turismo voltado para o mercado internacional.

No que diz respeito a situação de Pernambuco, analisada mais detalhadamente, ficou claro que a descontinuidade da gestão política no final dos anos 90 e início do novo século, prejudicou seriamente a expansão da atividade turística local. Mesmo sendo pioneiro na adoção de um modelo turístico voltado para o mercado internacional, o estado somente no início de 2008 concluiu um planejamento estratégico, com objetivo de orientar a política de desenvolvimento. Atrelada a estes fatores, há ainda o sério problema de segurança pública que tem prejudicado fortemente a atividade local, além da infra-estrutura deficiente. A favor de Pernambuco conta principalmente os ricos recursos naturais e a melhor qualificação da mão de obra nordestina. Se houver por parte dos governantes a eliminação eficiente dos sérios problemas estruturais, além do aperfeiçoamento da exploração sustentável dos recursos existentes, o estado pode se tornar num dos melhores referenciais turístico do país.

Para mensurar a performance deste segmento internacional na economia pernambucana, comparando-se com a economia dos estados do Bahia, Ceará e Rio Grande do Norte, foi adotada como metodologia o instrumental matemático DEA - Análise Envoltória de Dados. Os resultados finais revelaram que Bahia e Rio Grande do Norte são os estados que apresentam a melhor eficiência de modelo de gestão para o desenvolvimento da indústria turística. Logo a seguir, pela ordem, vêm Ceará e Pernambuco, sendo este último duramente penalizado nos resultados pelos elevados índices de violência.

Dentro das limitações desta pesquisa, procurou-se enfocar o impacto do turismo receptivo internacional na economia pernambucana, voltada exclusivamente para o lazer e eventos internacionais. Não foi levada em consideração a importância do turismo de negócios no interior do estado, especificamente do importante mercado de fruticultura de Petrolina. Quanto ao turismo religioso, por ser atualmente mais voltado para o mercado interno, também não foi avaliado. Pretende-se em futuros estudos, sendo o Doutorado uma meta a ser alcançada, estender a análise para todos os estados nordestinos, uma vez que a região desponta no cenário internacional como um promissor mercado de turismo de lazer e de negócios.