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Capítulo 5 Análise de Resultados

5.1.3 Inquérito aos alunos

No final da apresentação foi distribuído aos alunos um inquérito (ver anexo 5.4) que tinha como objectivo avaliar a apresentação assim como recolher as opiniões de outras pessoas a cerca da videoconferência em geral e as suas áreas de aplicação. Apesar do funcionamento menos bom do sistema, os alunos responderam ao inquérito distribuído obtendo-se o seguinte resultado: À pergunta: “O que acha do ensino à distância”, os alunos responderam que é um recurso fundamental e uma mais-valia para todos aqueles que não se podem deslocar por qualquer motivo, seja este de doença ou simplesmente um motivo profissional ou de localização espacial. Não deixaram de referir que é pena que este recurso esteja pouco desenvolvido e apenas utilizado em casos excepcionais, sobretudo em Portugal. Comentaram ainda que este tem todo o interesse se devidamente utilizado e com todos os meios necessários.

87 A segunda pergunta questionava os alunos relativamente à utilidade da videoconferência, à qual todos responderam afirmativamente, focando essencialmente o factor distância, uma vez que este tipo de recursos permite reunir duas ou mais pessoas que se encontrem em localizações espaciais diferentes, evitando gastos financeiros e temporais excessivos.

Relativamente às áreas aplicacionais da videoconferência, as respostas foram unânimes, considerando que este tipo de recurso é essencialmente necessário na Medicina, no Ensino, na Acessibilidade, na área empresarial assim como comercial, jurídica e também social.

A última pergunta do inquérito consistiu em recolher a opinião dos alunos a cerca da apresentação via videoconferência à qual tinham acabado de assistir. Responderam mais uma vez de forma unânime, considerando que o grande problema foi mesmo a largura de banda da rede sem fios utilizada, o que dificultou e impediu todo o processo, uma vez que debilitou o sistema de áudio e de vídeo. Referiram ainda o facto da janela de vídeo ser demasiado pequena.

5.1.4 3º Teste

Após o resultado menos bom obtido aquando da realização do segundo teste, decidiu-se realizar um terceiro teste com as mesmas características do segundo: A videoconferência realizou-se no mesmo dia da semana, à mesma hora, no entanto, num edifício diferente. Tal como no cenário anterior a sala de aula utilizada e o local de onde foi realizada a transmissão encontram-se distanciados um do outro para que o APs utilizado por cada extremo fosse diferentes, figura 59.

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Figura 59 - Cenário do Teste 3

Começou-se por instalar um dos computadores portáteis, o projector, assim como uma coluna e os microfones para garantir uma boa transmissão sonora. De seguida, procedeu-se à configuração dos portáteis. Executou-se o VNC no segundo portátil, ou seja, aquele que iria estar a transmitir os acetatos numa das salas de aula, obteve-se o endereço IP do mesmo para que se pudesse configurar o outro computador.

Ainda neste portátil, abriu-se também o documento .pdf que se pretendia transmitir.

No computador principal, arrancou-se então o programa de controlo remoto em modo de viewer e inseriu-se o endereço IP do outro PC e estabeleceu-se a ligação após a introdução da password do utilizador, figura 60.

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Figura 60 – Configuração do TightVNC

Após o VNC ter iniciado, consegue-se então controlar a apresentação que está a decorrer remotamente. Tal como se pode ver na imagem que se segue, consegue-se ver os dois monitores, o do projector com os acetatos e o do portátil onde está o X-lite.

Tal como é possível observar na figura 61, o formador, no seu posto de trabalho, consegue visualizar, não só o ambiente de trabalho no seu monitor, mas também o ambiente de trabalho do computador que está a transmitir remotamente a apresentação, assim como o segundo monitor do mesmo, que é, neste caso, o retroprojector. Tem ainda acesso ao vídeo que está a ser transmitido nos dois pontos.

90 Foi então que se começou a apresentação que, apesar de estarmos em horário de aulas, não se registou quaisquer problemas durante o teste.

A Transmissão, tanto de vídeo como de áudio estava de muito boa qualidade. Podemos afirmar que este teste foi um sucesso do ponto de vista técnico. Como este edifício não tem o mesmo volume de clientes da rede sem fios e como nenhum dos APs utilizados se encontravam em zonas susceptíveis de terem muitos clientes ligados, como se passou no teste anterior, não ocorreram problemas relacionados com a falta de largura de banda.

5.1.5 4º Teste

Para além dos testes feitos ao sistema de videoconferência, realizou-se também, no âmbito de uma aula de Redes de Computadores, um teste ao portal.

Propôs-se assim a cinco alunos de uma escola de informática, com idades aproximadas de 16 anos, testar o portal, efectuando o download de um documento Word, contendo a matéria de que precisavam para a aula.

Para tal, foi necessário efectuarem o login. Este foi-lhes disponibilizado com antecedência, assim como um documento, indicando o endereço do portal e um pequeno inquérito [ver anexo 5.5) referente ao site que acabaram de testar. Esperava-se que estes opinassem a cerca da acessibilidade do site e das suas funcionalidades figura 62.

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Figura 62 - Área de Downloads da Disciplina "Redes de Computadores"

Os alunos acederam então ao site e após o percorrer durante alguns minutos, entraram na à área de downloads da disciplina que lhes interessava: “Redes de Computadores” e descarregaram o ficheiro de que precisavam para a aula figura 63.

Achando o site interessante, não ficaram apenas pelos passos que lhes foram inicialmente indicados, mas aproveitaram ainda para visualizar um pequeno vídeo que se encontra na parte do vídeo em diferido.

92 De seguida, responderam ao inquérito que lhes foi distribuído no inicio da aula ao qual responderam de uma forma muito genérica às perguntas que questionavam a cerca do ensino à distância e da videoconferência, mas também o portal que tiveram de testar, obtendo-se o seguinte resultado:

À pergunta “O que acha do ensino à distância”, os alunos responderam que este é muito importante, sobretudo para pessoas que não têm acesso à educação o possam ter, como é o caso da população incapacitada, por motivo de doença ou simplesmente porque as suas vidas profissionais não o permitem, como por exemplo, os trabalhadores estudantes.

Todos responderam à segunda pergunta “Considera que o recurso de videoconferência é útil”, positivamente, pois consideram que assim, as pessoas, mais propriamente os estudantes, não precisam de se encontrar num local específico, como por exemplo na escola ou na universidade, para aprender.

À pergunta “Em que situações, acha que este tipo de sistema pode ser utilizado”, os alunos focaram essencialmente motivos de saúde, como por exemplo, doenças contagiosas, doenças em fase terminal ou simplesmente por motivo de internamento.

Relativamente ao portal, responderam à primeira pergunta “O que achou do portal a que acabou de aceder” que o site está bem construído e organizado, é rápido e de fácil utilização.

Uma aluna referiu ainda o facto de apenas as pessoas relacionadas com o site serem capazes de fazer o download da informação, por exemplo, apenas estudantes que soubessem que a disciplina que lhes interessa contem a matéria de que precisam e que para tal, é obrigatório realizar o login para aceder à mesma, figura 64.

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Figura 64 – Aluna a percorrer o portal

Responderam afirmativamente à pergunta “Considera-o acessível e intuitivo”. À penúltima pergunta “Sabendo que este portal se destina a complementar e apoiar o ensino à distância, que funcionalidades considera que este deveria ter mais” os alunos sugeriram que podia por exemplo ter um link para testes e exames assim como aulas gravadas, estando já esta funcionalidade disponível, apesar de ainda não conter, nesta altura, nenhuma aula gravada, o que terá brevemente.

A última pergunta “O que acha que se poderia melhorar neste portal” pretendia essencialmente que os alunos propusessem algumas ideias para que se melhorasse o mais possível não só o aspecto visual como as funcionalidades que o site detém. A esta pergunta, responderam que o endereço do site deveria ser mais curto de forma a permitir uma melhor memorização do mesmo e referiram o facto de este ser um bocadinho diferente se visualizado com o Internet Explorer em vez do Mozilla Firefox, figura 65.

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Figura 65 – Alunos a descarregarem o documento com a matéria da aula

De forma geral pode dizer-se que este teste ao portal correu de forma satisfatória, os alunos tiveram facilidade na utilização do site, as respostas ao inquérito foram satisfatórias e as poucas críticas que os alunos fizeram são construtivas e úteis para o melhoramento do site.

No que diz respeito à videoconferência e ao ensino à distância, os alunos, apesar das idades e do nível académico diferentes, responderam de uma forma idêntica aos alunos que realizaram o segundo teste ao sistema da videoconferência, sendo estes últimos mais velhos e mais instruídos academicamente. Portanto, conclui-se que as pessoas vêm estes recursos multimédia de uma forma genérica e têm uma opinião feita relativamente a este tema.

5.1.6 5º Teste

Após se ter testado o portal construído para este trabalho, considerou-se importante, testar o portal Moodle pelos mesmos alunos e, assim, ver qual eles preferiam e consideravam mais acessível.

Propôs-se aos alunos, acederem ao site, inserindo o login que lhes foi fornecido juntamente com um documento que indicava o endereço do site e um

95 pequeno inquérito (anexo 5.6). O objectivo consistia em fazer o download de uma apresentação PowerPoint da disciplina de Storytelling, figura 66.

Figura 66 - PDF da disciplina Storytelling

Os alunos navegaram pelo portal algum tempo para se familiarizarem com o mesmo e para fazerem o download da matéria de que precisavam, até descobriram que havia possibilidade de comunicarem uns com os outros através de um chat, no entanto não o conseguiram fazer. Tiveram também muita dificuldade em encontrar como se fazia o download do ficheiro pretendido. Por fim, responderam ao pequeno inquérito (ver anexo 5.6), obtendo-se o seguinte resultado:

À primeira pergunta “O que acha do portal a que acabou de aceder?”, três alunos responderam que este era bastante complicado, que não era intuitivo e detentor de pouco interesse. Consideram que é confuso, que tem a informação muito espalhada, sendo difícil encontrar o que se pretende. Apenas uma aluna

96 o considerou interessante pelo facto de ter muitas funcionalidades, como um chat, um calendário de eventos, entre outras coisas.

À segunda pergunta ”Considera-o acessível e intuitivo?” Todos os alunos responderam de forma unânime, dizendo que o portal não é intuitivo, que é muito complicado de usar, não o conhecendo, a informação encontra-se distribuída e perdida pelo site todo.

À pergunta “Sabendo que este portal se destina a complementar e apoiar o ensino à distância, que funcionalidades considera que este deveria ter mais?”, os alunos consideram que este devia estar mais organizado antes de mais. À pergunta seguinte “O que acha que se poderia melhorar neste portal”, todos responderam basicamente da mesma forma, pois consideram que se devia melhorar o tipo de navegação, que as funcionalidades deviam estar mais expostas para melhor se aceder a elas, que se devia diminuir o tempo de procura de um documento, criando um caminho mais directo para os conteúdos do portal.

A última pergunta “Considera-o mais ou menos eficiente do que o site visto na aula anterior?”, todos responderam que este era menos eficiente do que o anterior, pois o outro é mais intuitivo, conseguindo-se encontrar o que se pretende muito mais rapidamente.

Disseram ainda que, às vezes, é preferível que um portal deste tipo, seja mais eficiente, do que contenha imensas funcionalidades que se calhar acabam por não se usar muito.

Referiram que no primeiro site que analisaram, a informação estava melhor distribuída e mais organizada do que neste.

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