• Nenhum resultado encontrado

Recursos multimédia no apoio ao ensino à distância

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Recursos multimédia no apoio ao ensino à distância"

Copied!
137
0
0

Texto

(1)

Universidade de Trás

RECURSOS MULTIMÉDIA NO APOIO AO

ENSINO À DISTÂNCIA

VANESSA FILIPA LOPES ALVES

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

2007-2008

RECURSOS MULTIMÉDIA NO APOIO AO

ENSINO À DISTÂNCIA

VANESSA FILIPA LOPES ALVES

(2)

Universidade de Trás

RECURSOS MULTIMÉDIA NO APOIO AO

ENSINO À DISTÂNCIA

VANESSA FILIPA LOPES ALVES

Dissertação submetida à Universidade de Trás Alto Douro para satisfação parcial dos r

Mestre em Comunicação e Multimédia

Orientador: Co-orientador:

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro 2007-2008

RECURSOS MULTIMÉDIA NO APOIO AO

ENSINO À DISTÂNCIA

VANESSA FILIPA LOPES ALVES

Dissertação submetida à Universidade de

Trás-Alto Douro para satisfação parcial dos requisitos de grau de Mestre em Comunicação e Multimédia

Orientador: Prof. Dr. Pedro Miguel Mestre Alves Silva orientador: Prof. Dr. Carlos Manuel José Alves Serôdio

RECURSOS MULTIMÉDIA NO APOIO AO

-os-Montes e equisitos de grau de

Prof. Dr. Pedro Miguel Mestre Alves Silva Prof. Dr. Carlos Manuel José Alves Serôdio

(3)

A todos aqueles que sempre me ajudaram e me apoiaram…

(4)

Agradecimentos

Não podia começar esta lista de agradecimentos sem mencionar os meus pais que sempre me apoiaram em todos os momentos da minha vida. Estiveram sempre presentes para me dar força e me aconselhar. Obrigada aos dois por me terem educado e permitido estar aqui. Obrigada por terem feito com que me tornasse a pessoa que sou hoje. Orgulho-me muito dos pais que tenho. Obrigada mãezinha por todo o carinho que me dás e pela sabedoria que me transmites. Para mim és o modelo de uma grande mulher.

Quero também agradecer ao Nuno, uma pessoa muito especial para mim. Obrigada pelo carinho e amor que me dás nos momentos mais difíceis. Obrigada pela força que me transmites sempre que penso que não vou conseguir. Por tudo que és, por tudo que me dás, pela forma que me tratas, obrigada Amor.

Não posso esquecer a grande pessoa que me orientou e ajudou na elaboração desta dissertação e sem o qual esta não seria possível, o professor doutor Pedro Mestre que se demonstrou incansável e me ajudou incondicionalmente. Obrigada.

Ao David, o meu afilhado lindo que tanto amo, à Nádia e aos meus tios que estiveram sempre presentes ao longo do meu crescimento e que continuam a estar presentes sempre que preciso. Obrigada a todos.

(5)

Resumo

As várias tecnologias de comunicação e as ferramentas multimédia que possuímos hoje em dia levam a nossa sociedade a deparar-se perante um novo mundo e uma nova realidade: “o ensino à distância”.

Ao longo desta dissertação, vai familiarizar-se com alguns recursos multimédia que têm como principal função o apoio ao ensino à distância e irão surgir-lhe alguns conceitos tais como as plataformas Web que se apresentam sob a forma de sites que se destinam exclusivamente ao ensino e que detêm toda a informação de que um formando necessita para complementar a aquisição dos seus conhecimentos. Irá também ficar a conhecer a dimensão extraordinária dos mundos 3D que nos permitem teletransportar para um mundo virtual ou se preferirem para uma realidade paralela e assim realizar uma serie de actividades.

Para além de todo o trabalho de pesquisa, pretendeu-se tentar criar e implementar um sistema que nos permitia realizar uma sessão de ensino à distância, usando para tal uma série de recursos tecnológicos livres. Este sistema faz-se acompanhar por uma plataforma Web que o complementava com os seus diferentes recursos formativos.

Os testes identificaram-se como o ponto culminante deste trabalho, pois esclareceram-nos relativamente à fiabilidade desta nova forma de “ensinar” e à sua relevância no quotidiano.

Palavras-chave: Ensino à distância, tecnologias de comunicação, ferramentas

(6)

Abstract

The growth and development of Information Communication Technologies (ICTs) as well as multimedia tools have led the society to a new world and a brand new reality: “Remote teaching”.

This study aims to get you familiarized with several multimedia resources whose main purpose is to support remote teaching. Some concepts like web platforms, which are introduced as web sites designed exclusively to education, are analized among others. These platforms hold all the information that a trainee needs to accomplish his knowledge. The amazing world of 3D environments will be presented; these virtual world allows us to travel to a new dimension and to achieve several tasks.

Apart from the reaserch, we managed to create and implement a system that holds an remote teaching session on using free techological resources. This system is accompanied by a Web platform that complements it with its different training resources.

Furthermore, the tests naturally assumed a primary role, for they enlightened us to the reliability of this new teaching method and its relevance.

Keywords: Remote teaching, Communication Technologies, multimedia tools,

(7)

Résumé

Les différentes Technologies de communication et les outils multimédia que nous possédons de nos jours ont conduit notre société à se confronter avec un nouveau monde e une nouvelle réalité: « l’enseignement à distance ».

Au long de ce document de recherche, vous allez vous familiariser avec quelques recours multimédia qui ont comme principal fonction l’appui à l’éducation à distance et il va vous surgir quelques concepts tels comme les plateformes web qui se présentent sous la forme de sites qui se destinent exclusivement à l’enseignement et qui détiennent toute l’information qu’un étudiant nécessite pour complémenter l’acquisition de ses connaissements. Vous allez aussi connaître la dimension extraordinaire des mondes 3D qui permettent nous télé-transporter pour un monde virtuel ou si vous préférez pour une réalité parallèle et ainsi réaliser une série d’activités.

En outre de tout un travail d’investigation, on a voulu aller plus loin en essayent de créer et implémenter un système qui nous permisse réaliser une session d’ enseignement à distance, utilisant pour cela une série de recours technologiques gratuits. Ce système s’est fait accompagner d’une plateforme web qui le complémentait avec ses différents matériaux formatifs.

Les tests se sont présentés comme le point culminant de ce travail, puisqu’ils nous ont clarifié relativement à la fiabilité de cette nouvelle forme « d’enseigner » et sa relevance dans notre quotidien.

Mots-clés : Enseignement à distance, technologies de communication, outils

(8)
(9)

i

Índice

Capítulo 1 – Introdução ... 1 1.1 Introdução ... 1 1.2 Motivação ... 3 1.3 Organização ... 4

Capítulo 2 - O ensino à Distância ... 7

2.1 Conceitos de Ensino à Distância ... 13

2.2 Modelos de Ensino à Distância ... 14

2.3 Referência Histórica ... 19

2.3.1 A Tele-escola ... 19

2.3.2 A Universidade Aberta ... 21

Capítulo 3 - A Tecnologia e o Ensino à Distância ... 24

3.1 Plataformas Web no Apoio ao Ensino à Distância ... 24

3.2 Vídeo/Áudio Conferência... 30

3.2.1 VoIP (Voice over Internet Protocol - VoIP) ... 30

3.2.2 SIP (Session Initiation Protocol) ... 30

3.3 O Asterisk ... 32

3.4 Novos Conceitos: Os Mundo 3D ... 33

3.4.1 SecondLife® ... 34

3.4.2 Projecto Wonderland da SUN Microsystems: ... 37

3.5 Vantagens / Desvantagens das Salas Virtuais ... 41

Capítulo 4 - Concepção e Implementação ... 44

4.1 Arquitectura ... 45

4.2 Central telefónica utilizada ... 47

4.3 Teste de Aplicações para Voz e Vídeo ... 50

4.3.1 Aplicações com suporte de Voz ... 50

(10)

ii

4.3.3 Outros ... 55

4.3.4 Vantagens do X-lite face aos restantes programas ... 61

4.4 Videoconferência ... 61

4.4.1 Videoconferência ponto-a-ponto ... 62

4.4.2 Videoconferência multiponto ... 63

4.5 Teste em mundos 3D ... 67

4.6 Construção de um portal de apoio ... 70

4.7 O Portal (Joomla) ... 71

4.8 Disponibilização de uma disciplina no Moodle ... 77

4.9 Disponibilização de Vídeo ... 78

Capítulo 5 - Análise de Resultados ... 80

5.1.1 1º Teste ... 80

5.1.2 2º Teste ... 84

5.1.3 Inquérito aos alunos ... 86

5.1.4 3º Teste ... 87

5.1.5 4º Teste ... 90

5.1.6 5º Teste ... 94

5.2 Conclusões ... 97

5.3 Perspectivas de Trabalho Futuro ... 98

5.4 Bibliografia ... 99

5.5 Anexos... 102

5.5.1 X-lite – Manual de Instalação e Configuração ... 102

5.5.2 Inquérito do Teste 2 ... 108

5.5.3 Inquérito do teste 4 ... 109

5.5.4 Inquérito do Teste 5 ... 111

5.5.5 Criar uma disciplina no Moodle ... 113

(11)

iii

Índice de Imagens

FIGURA 1 - AS QUATRO GERAÇÕES DO ENSINO À DISTÂNCIA [1] ... 3

FIGURA 2 - MODELO DE ENSINO, ADAPTADO [2] ... 8

FIGURA 3 - PROCESSO DE ENSINO ... 8

FIGURA 4 - EXEMPLO DE VIDEOCONFERÊNCIA (1) ... 13

FIGURA 5 - MODELO DE ENSINO À DISTÂNCIA [12] ... 15

FIGURA 6 - MODELO DE ENSINO À DISTÂNCIA [6] ... 15

FIGURA 7 - SISTEMA DE ENSINO À DISTÂNCIA [8] ... 16

FIGURA 8 - REQUISITOS DE UM SISTEMA DE ENSINO À DISTÂNCIA [13] ... 18

FIGURA 9 - TELEVISÃO EDUCATIVA [14] ... 19

FIGURA 10 - PROFESSOR GRAVA EMISSÃO [14]... 20

FIGURA 11 - UMA ALUNA ASSISTE ÀS AULAS A PARTIR DE CASA [14] ... 20

FIGURA 12 - SITE DA UNIVERSIDADE ABERTA [15] ... 22

FIGURA 13 – UAB - TRANSMISSÃO DE UMA AULA DE SOCIEDADE E CULTURA PORTUGUESA II 23 FIGURA 14 - MOODLE DA UTAD ... 25

FIGURA 15 - SIDE, PÁGINA DOS CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÕES E MESTRADOS... 26

FIGURA 16 - PÁGINA DAS UNIDADES CURRICULARES DO MESTRADO EM CM ... 27

FIGURA 17 - HORÁRIO DO 2º ANO DE UM CURSO DE MESTRADO ... 28

FIGURA 18 - MODELO CLIENTE/SERVIDOR ... 29

FIGURA 19 - UMA VISÃO GERAL DO FUNCIONAMENTO DO SISTEMA VOIP [17] ... 30

FIGURA 20 - MODELO DE INTERACÇÃO DO SIP [18] ... 32

FIGURA 21 - VISTA DA ILHA UTAD NO SL ... 35

(12)

iv

FIGURA 24 - VISTA DO MPK20... 38

FIGURA 25 - CONTEÚDOS DISPONIBILIZADOS NUMA DAS SALAS DO MPK20 ... 39

FIGURA 26 - PLATAFORMA DE APOIO AO ENSINO NO MPK20 ... 39

FIGURA 27 - SECONDLIFE® VS MPK20 (SUN)... 40

FIGURA 28 - SALA DE REUNIÃO DO MPK20 ... 41

FIGURA 29 - A ÁREA DE INTERVENÇÃO - MODELO ADAPTADO [13] ... 45

FIGURA 30 - PLATAFORMA DESENVOLVIDA ... 47

FIGURA 31 - PLATAFORMA TRIXBOX ... 48

FIGURA 32 - CONFIGURAÇÃO DE UMA CONFERÊNCIA UTILIZANDO O TRIXBOX ... 49

FIGURA 33 - INTERFACE SJPHONE ... 51

FIGURA 34 - INTERFACE DO EXPRESS TALK ... 52

FIGURA 35 - INTERFACE DO EKIGA ... 53

FIGURA 36 - INTERFACE X-LITE ... 53

FIGURA 37 - INTERFACE DO WINGIZMO ... 54

FIGURA 38 - INTERFACE DO MARRATECH ... 55

FIGURA 39 - INTERFACE DO ÁUDIO/VÍDEO CONFERENCE ... 56

FIGURA 40 - INTERFACE DO IVISIT ... 56

FIGURA 41 - INTERFACE DO VIDPHONE ... 57

FIGURA 42 - INTERFACE DO CLOSEDTALK ... 57

FIGURA 43 - INTERFACE DO DWIKO ... 58

FIGURA 44 - INTERFACE DO ZOOMCALL ... 58

FIGURA 45 - TABELA DE COMPARAÇÃO DOS SOFTWARES LIVRES COM SUPORTE SIP ... 60

FIGURA 46 - POWERPOINT PROJECTADO NUMA DAS PAREDES DO MPK20® ... 68

FIGURA 47 - REQUISITOS DAS PLATAFORMAS SECONDLIFE® E MPK20 ... 69

FIGURA 48 - TEMPLATE ESCOLHIDO ... 73

(13)

v

FIGURA 50 - MENUS E CONTEÚDO ALTERADO ... 75

FIGURA 51 - MENU DO PORTAL ... 76

FIGURA 52 - LOGIN ... 76

FIGURA 53 - DOWNLOAD DE MATÉRIA DE REDES DE COMPUTADORES ... 77

FIGURA 54 - INSERIR UMA DISCIPLINA NO MOODLE ... 78

FIGURA 55 - ESQUEMA DO CENÁRIO DE TESTES ... 81

FIGURA 56 – CONTROLO REMOTO DE UM COMPUTADOR ... 82

FIGURA 57 - CENÁRIO DO TESTE 2 ... 84

FIGURA 58 - APRESENTAÇÃO DE UM TRABALHO VIA VIDEOCONFERÊNCIA... 86

FIGURA 59 - CENÁRIO DO TESTE 3 ... 88

FIGURA 60 – CONFIGURAÇÃO DO TIGHTVNC ... 89

FIGURA 61 – COMPUTADOR A CONTROLAR A APRESENTAÇÃO ... 89

FIGURA 62 - ÁREA DE DOWNLOADS DA DISCIPLINA "REDES DE COMPUTADORES" ... 91

FIGURA 63 - ALUNOS A ACEDEREM AO PORTAL ... 91

FIGURA 64 – ALUNA A PERCORRER O PORTAL ... 93

FIGURA 65 – ALUNOS A DESCARREGAREM O DOCUMENTO COM A MATÉRIA DA AULA ... 94

(14)

1

Capítulo 1 – Introdução

1.1 Introdução

A educação detém um papel fundamental no bom crescimento de qualquer ser humano. Até aos nossos dias, o papel da escola tradicional e da família era suficiente para responder às necessidades de qualquer um. O avanço das tecnologias alterou significativamente os paradigmas da educação. Mesmo em casa, as crianças já não se deparam apenas perante a educação dos pais, mas estão abertos a um Mundo de conhecimentos através do uso de diferentes meios, tais como os chats, o e-mail que permitem uma maior interacção entre as pessoas, que lhes são disponibilizados, por exemplo, com a Internet. Consoante as tecnologias se foram desenvolvendo, também o Ensino à distância se alterou e desenvolveu.

(15)

2 Considera-se assim que o Ensino à Distância, devido ao desenvolvimento das tecnologias, passou por quatro fases distintas [1].

A primeira geração tecnológica tem a ver com o surgimento do Ensino à Distância. Esta caracteriza-se essencialmente pelo facto de se recorrer quase exclusivamente ao texto para a apresentação dos conteúdos didácticos e à correspondência postal que era feita essencialmente pelo professor ou pela instituição de ensino. Aqui, a interacção entre os alunos e entre alunos/professores era quase nula, uma vez que o tempo de resposta era muito demorado. Esta primeira fase designa o Ensino à Distância como “Ensino por Correspondência.”

A segunda geração caracteriza-se pelo recurso a vários e diferentes medias tais como o texto, o som, a imagem estática e vídeo para a apresentação dos conteúdos educacionais. Aqui, as aulas eram transmitidas pela rádio e pela televisão [caso português da telescola). A comunicação entre o professor e o aluno faz-se essencialmente através do telefone e é mais frequente do que na primeira geração. Este tipo de Ensino à Distância designa-se por “Tele-educação”.

A terceira geração tecnológica baseava-se essencialmente no uso de recursos multimédia e interactivos, ou seja, recorre-se a vários media, mas em suporte digital, como por exemplo, os CD-ROMs. Neste caso, a comunicação entre o professor e o aluno e aluno/aluno faz-se de uma forma mais rápida devido ao uso do e-mail e dos fóruns de discussão. Esta terceira fase designa-se por “Geração Multimédia”.

Por fim, surgiu a quarta geração tecnológica que está associada, por exemplo, ao e-learning. Esta deve-se essencialmente ao facto dos conteúdos didácticos serem representados através do uso de redes de computadores. Aqui, os conteúdos multimédia já não são estáticos, tal como acontecia na geração anterior, podendo estes ser alterados e/ou reconstruídos em ambientes colaborativos. A comunicação entre os alunos e os professores é intensa,

(16)

3 surgindo o conceito de aprendizagem colaborativa. O facto dos professores e alunos poderem comunicar intensamente e frequentemente é uma característica relevante nesta geração, figura 1.

Figura 1 - As quatro gerações do Ensino à Distância [1]

1.2 Motivação

As ferramentas multimédia disponíveis, em conjunto com as tecnologias de comunicação permitem a obtenção de sistemas de ensino complementares aos tradicionais. É assim possível implementar sistemas interactivos que permitam aos formandos dispersados por uma grande área geográfica ou dentro de uma

(17)

4 sala de aulas, aceder a conteúdos tais como tutoriais, aulas, demonstrações, sessões de esclarecimentos, experiências ao vivo, entre muitas outras, isto com o intuito de complementar a sua formação.

Esta dissertação tem como principal objectivo estudar a implementação de uma plataforma para o suporte de uma estrutura e-learning, na qual apenas seriam utilizadas ferramentas livres e protocolos abertos. Foi ainda implementado um portal com base num CMS (Content Management System), que contém todas as ferramentas e serviços necessários para possibilitar a distribuição, pelos “clientes”, de todos os conteúdos multimédia, como por exemplo, tutoriais, aulas em diferido ou em directo assim como conferências.

Esclarece-se a cerca do recurso multimédia de vídeo que se pode apresentar sob a forma de voz mais vídeo e necessita de um suporte VoIP (Voice over Internet Protocolo). O VoIP é uma tecnologia que permite ao utilizador efectuar chamadas através de uma rede, como por exemplo a internet Fala-se ainda da realidade e do impacto dos mundos 3D e das salas virtuais no nosso quotidiano.

Analisaram-se ainda os modelos apresentados por alguns autores, tais como Arnaldo Santos, Carlos Vaz de Carvalho e Solange Coelho, identificando-se desta forma os requisitos de cada um para o bom funcionamento de um sistema de ensino à distância.

1.3 Organização

A dissertação constitui-se por cinco capítulos distintos, sendo estes:

O presente capítulo faz uma introdução ao trabalho apresentado nesta dissertação e uma descrição geral do seu conteúdo.

(18)

5 O Capítulo II, “O Ensino à Distância”, refere o tipo de ensino de uma forma geral”, focando-se ainda os diferentes paradigmas do ensino. Neste estão inseridos, alguns conceitos inerentes do termo ensino à distância, os diferentes modelos propostos por alguns autores, nos quais estes descrevem os recursos essenciais para o bom funcionamento de um sistema com tal relevância como este. Faz-se ainda uma referência histórica, na qual se refere o caso Português da Telescola e o exemplo da Universidade Aberta (UAb).

No Capítulo III, “A Tecnologia e o Ensino à Distância”, refere-se essencialmente às várias tecnologias que podem ser utilizadas no apoio ao ensino e apresenta-se os exemplos das plataformas Moodle e SIDE, descreve-se a importância do uso dos protocolos SIP (Session Initiation Protocol) e o VOIP (Voice over Internet Protocol) no estabelecimento de uma videoconferência, invoca-se ainda a central telefónica Asterisk, na qual está baseada a nossa central telefónica. Neste capítulo surgem ainda novos conceitos relacionados com mundos 3D, tal como o SecondLife® que não foi pensado desde início para o ensino à distância e O MPK20 (Projecto Wonderland) da Sun® que, ao contrário do SecondLife®, foi desde sempre pensado para colaboração à distância. Referem-se os requisitos mínimos necessários para o bom funcionamento dos dois mundos virtuais. Analisam-se ainda as diferentes vantagens e desvantagens das salas virtuais.

O Capítulo IV, “Concepção e Implementação”, consiste na concepção do presente trabalho. Nesta parte, identifica-se qual a área de intervenção, segundo os modelos apresentados no capítulo II. Apresenta-se o que foi desenvolvido, o que se pode oferecer e o que se testou, tal como os suportes de voz e vídeo, podendo este apresentar-se sob a forma de diferido ou directo (videoconferência), os testes feitos aos diferentes mundos 3D. Apresenta-se uma descrição genérica sobre o CMS desenvolvido recorrendo à plataforma Joomla.

Relativamente ao último capítulo, o Capítulo V, este apresenta a análise de resultados, as nossas conclusões e as perspectivas de trabalho futuro.

(19)

6 A dissertação conta ainda com uma área de Anexos, onde consta a documentação suplementar ao nosso trabalho, tal como por exemplo, o manual de instalação e configuração do software livre X-Lite, fornecido aos formandos, os inquéritos distribuídos pelos alunos ao longo dos testes realizados e o manual de criação de uma disciplina no Moodle.

(20)

7

Capítulo 2 - O ensino à Distância

Antes de se falar em Ensino à Distância é essencial perceber no que consiste o acto de Aprender / Estudar. O Estudar e Aprender não provém única e exclusivamente da escola e dos professores, mas sim da sociedade que nos rodeia.

Estudar consiste em aprender pouco a pouco, usando para tal a “prática” através das experiências e lições e através da comunicação que se tem com outras pessoas, adquirindo as experiências das mesmas [2].

Estudar consiste ainda em receber, por parte do professor (escola) e família (casa) toda a teoria necessária para a vida prática. Surgiu assim o ambiente colaborativo, figura 2.

(21)

8

Figura 2 - Modelo de Ensino, adaptado [2]

Desde sempre que os estudantes tiveram uma educação e um tipo de ensino colaborativo. Nas escolas, interagem com os professores, partilhando ideias e conhecimentos. Em casa, em família, falam e aprendem os significados da vida e na sociedade deparam-se perante vivências e crenças, Pode assim dizer-se que não se aprende sozinho, aprende-se comunicando, não só com os professores e com a família, mas também com a comunidade que nos rodeia, figura 3.

(22)

9 Desde sempre, os seres humanos se preocuparam em comunicar uns com os outros, tendo esse meio sofrido muitas transformações e evoluções ao longo dos tempos. Tornou-se necessário vencer a barreira que separava os homens, o que foi possível graças à tecnologia. As tecnologias foram evoluindo e com elas, aumentou a distância e a quantidade de informação que se pretendia comunicar [3].

A vontade de ir mais longe era cada vez maior e a ajuda da tecnologia acompanhou o seu ritmo. O simples termo de “comunicar” já não nos satisfazia o homem e era preciso mais e melhor, maior proximidade, maior realismo, maior quantidade e qualidade de informação a transmitir. A solução era sem dúvida poder transmitir no “virtual” o que se passa na “realidade”, ao “vivo e a cores como se costuma dizer”, ouvir a informação não chegava, era agora necessário poder visualiza-la. O sistema visual é considerado pela maior parte dos especialistas como sendo o mais sofisticado e tendo uma surpreendente capacidade de selecção de imagens. Parte do nosso cérebro dedica-se ao nosso sistema visual [3] [4].

O rosto humano é por ventura a maior fonte de informação que existe. Por exemplo, quando falamos cara-a-cara com alguém, obtemos mais informação através dos seus gestos faciais e atitudes de que propriamente das suas palavras. Segundo Guillermo Fragello [4], quando comunicamos com alguém face a face, apenas 7% daquilo que comunicamos é transmitido pelas palavras, 38% de como estas são ditas e os 55% restantes correspondem a sinais visuais. O grande problema que surgiu é que com a evolução, ficou cada vez mais difícil estabelecer uma comunicação cara a cara, a população tornou-se mais distante e assumiu novas necessidades, o dia-a-dia passou a ser uma correria e as reuniões físicas tornaram-se praticamente impraticáveis. As deslocações são dispendiosas e conduzem a um grande consumo de tempo. Tal como diz o povo português, “o tempo é dinheiro”. O telefone, o fax, o e-mail

(23)

10 rapidamente se tornaram impotentes perante tal situação, surgindo assim um novo conceito: Videoconferência.

A videoconferência responde assim às necessidades de comunicação humanas, permitindo transmitir, de uma forma bidireccional, informação, não só sonora, mas também visual entre pólos separados pela distância, reduzindo-se os custos e aumentando-se a qualidade. Desta forma, a videoconferência pode ser vista como das maiores descobertas a nível das tecnologias e comunicações [3].

A videoconferência pode, assim, ser feita através de uma “discussão” em grupo ou pessoa-a-pessoa, na qual os intervenientes se encontram em locais geograficamente diferentes, podendo ver-se e ouvir-se mutuamente, como se estivessem fisicamente juntos.

Este sistema possibilita também o trabalho cooperativo/colaborativo através da partilha de informação sem necessidade de qualquer tipo de movimentação geográfica [2].

Graças a todas estas vantagens, a videoconferência tornou-se indispensável no âmbito empresarial, aplicações médicas, entre outros, mas também educacional. São cada vez mais as crianças que não podendo deslocar-se à escola por qualquer motivo, de saúde necessitam de recorrer ao sistema de videoconferência, tendo assim o tão referido “ensino à distância”. Com o evoluir dos tempos, das tecnologias e das consequentes necessidades, será cada vez mais, exigida a possibilidade dos pais ficarem tranquilamente em casa ou no trabalho enquanto os seus filhos assistem a uma aula de música ou de inglês nos seus quartos, em vez de terem de se deslocar à escola [5].

Foi no século XVIII que surgiu o Ensino à Distância, mas apenas a partir do século XX é que este se tornou mais consistente com a utilização da rádio e da televisão e mais tarde com o computador. A grande finalidade deste tipo de ensino é o facto do aluno e do professor se encontrarem em locais diferentes, o

(24)

11 que não lhes impede o acesso à informação, podendo esta ser distribuída por um grande número de pessoas simultaneamente [6] [7].

Os conteúdos curriculares são importantíssimos no conceito de ensino à distância, uma vez que são eles que vão servir de apoio aos formandos e é a qualidade dos mesmos que poderá motivar ou não os alunos, assumindo assim um papel fundamental na aprendizagem. Estes materiais didácticos costumam ser apresentados num sistema sob a forma de texto, áudio, vídeo, videoconferência ou digital (informático) [3] [8].

Segundo Elisabete Vidal, apesar da grande evolução tecnológica na área da transmissão da informação digital, o texto mantém-se um formato muito apreciado por todos e a predominância do suporte papel na transmissão de informação tende em resistir a tanta evolução. No ensino à distância, este tipo de suporte tem de ser muito acessível a nível de escrita e de fácil compreensão, uma vez que não haverá a presença do formador para explicar a complexidade dos documentos [8].

A grande vantagem deste suporte é o facto de se manter relativamente barato em comparação com outros meios tecnológicos, no entanto, se houver necessidade de actualizar um documento escrito em papel, tal actividade acarreta elevados custos na impressão do mesmo, sem falar do tempo gasto no processo de rectificação.

O vídeo, por si só, não engloba a informação base da aprendizagem, apenas é visto como um complemento a outros meios, sendo estes escritos, visuais ou orais. A vantagem deste suporte é o facto do formando poder visualizar a sua aula as vezes que quiser e sempre que desejar. O grande inconveniente é que para garantir este meio de informação, é necessária uma tecnologia relativamente avançada assim como pessoal especializado, o que leva a elevados custos monetários.

O áudio pode estar apresentado sob a forma de telefone, rádio e audioconferência e é essencialmente utilizado no estudo de línguas

(25)

12 estrangeiras, música. É de fácil utilização e tem a vantagem de deter uma grande adaptabilidade com outros média. A isto opõe-se o facto de uma transmissão vocal ser muito impessoal, não existindo qualquer tipo de contacto visual com o outro lado.

Relativamente ao suporte digital, este ainda não está ao alcance de toda a população, uma vez que nem todos detêm os conhecimentos necessários para lidar com um computador, o que leva a que este meio tenha um público-alvo relativamente restrito, o que pode ser visto como um inconveniente.

Por um lado, o computador permite-nos um aumento evidente no acesso à informação e permitem o contacto entre pessoas, estejam estas em qualquer sítio do mundo, mas por outro, a constante evolução destes sistemas implica que formadores e formandos se mantenham actualizados de forma a conseguirem acompanhar a evolução o que os conduz a elevados custos na aquisição deste tipo de tecnologias o que se torna uma grande barreira [8]. A videoconferência é mais um meio de suporte ao ensino à distância, permitindo o contacto visual e sonoro entre as duas partes, o formador e o formando.

Para que a videoconferência se torne mais eficaz, esta necessita de alguma tecnologia, tal como câmaras, televisões, microfones, computadores, linha telefónica digital e/ou acesso à Internet. A grande vantagem deste meio é o facto de permitir um contacto visual em tempo real entre o formador e o seu formando. A grande desvantagem é o facto de ainda ser pouco conhecido, apesar de possuir um grande desenvolvimento proprietário [9], figura 4.

(26)

13

Figura 4 - Exemplo de Videoconferência [1]

2.1 Conceitos de Ensino à Distância

Ao longo deste documento, refere-se várias vezes os termos “Ensino à Distância” e “e-learning”, sem que no entanto, se entendam os respectivos significados. Considerou-se importante clarificar o que realmente estes conceitos significam e em que âmbito podem ser utilizados, sendo estes geralmente utilizados de uma forma quase inconsciente para representar uma mesma situação sem que estes sejam propriamente sinónimos uns dos outros. A educação à distância caracteriza-se essencialmente pela separação entre o professor e os formandos, característica esta que se opõe claramente ao ensino presencial. A este conceito associam-se ainda as tecnologias de comunicação, os meios multimédia utilizadas neste tipo de ensino, factor este que o tem levado a um grande desenvolvimento perante as instituições de ensino superior, pois, são os estudantes universitários que mais se interessam e necessitam deste tipo de ensino devido às actividades profissionais ou não por estes desenvolvidas. Esta modalidade de ensino serve de alternativa ou complemento ao ensino presencial. É importante ainda referir que este conceito supõe a necessidade de uma comunicação bidireccional entre os vários

(27)

14 intervenientes neste processo de ensino e aprendizagem, o que apenas é possível pela utilização de meios de comunicação eficazes.

Por sua vez, o e-learning pode ser visto como um conjunto de tecnologias e estratégias que permitem disponibilizar, partilhar e utilizar recursos e a comunicação entre vários membros de uma comunidade de ensino, mas sempre com a referência à componente tecnológica. Pode assim dizer-se que o

e-learning assenta na utilização de tecnologias de comunicação síncrona e

assíncrona, mas sempre baseadas na Internet, de forma a que o aluno possa adquirir novos conhecimentos ou reforçar os que já tem, sem contudo necessitar da presença física de um professor.

O uso das novas tecnologias veio revolucionar o mundo do ensino, sobretudo a forma como se pode aprender à distância, o que levou o e-learning, estes últimos anos a identificar-se cada vez mais. Todos os dias somos influenciados pela televisão, pela publicidade, pela Internet a adoptar esta forma de ensino com recurso às novas tecnologias, à distância e de uma forma individualizada. [11].

2.2 Modelos de Ensino à Distância

Para uma melhor compreensão dos requisitos exigidos por um sistema tão complexo como o do Ensino à Distância, vão ser apresentados aqui alguns modelos, tais como os vários componentes estratégicos do ensino à distância, tendo estes sido invocados pelos autores que se seguem.

Segundo Arnaldo Santos, existem 5 componentes estratégicos e essenciais adequados a cada modelo de Ensino à Distância, sendo estes [12], figura 5:

• os materiais e conteúdos com qualidade científica e adequados à auto-aprendizagem;

(28)

15 • os professores e formadores;

• os sistemas de interacção adequados à população e aos objectivos de aprendizagem;

• as tecnologias;

• os sistemas de avaliação.

Figura 5 - Modelo de Ensino à Distância [12]

Carlos Vaz de Carvalho [6], considera que o ensino e a aprendizagem são processos planeados que ocorrem em tempos diferentes que exigem muita capacidade, do professor e do aluno, em conceber, estruturar e gerir os conteúdos e as actividades da formação, tais como os objectivos de aprendizagem, a tecnologia utilizada, definindo-se assim um trajecto de aprendizagem relevante. Desta forma, os componentes essenciais ao e-learning são os seguintes, figura 6.

(29)

16 Segundo este autor, para uma boa aprendizagem, o modelo de Ensino à distância deve englobar o acesso a tutoriais, todo o tipo de conteúdos, um processo linear com conteúdos e testes de avaliações, uma comunicação síncrona ou assíncrona que retrata o sistema real do professor ou formador, um ambiente de ensino distribuído e um sistema que permita o acesso no mesmo espaço a várias ferramentas.

Alguns autores defendem que um sistema de Ensino à Distância necessita de um formando, um formador e os suportes ao sistema que se dividem em suportes técnicos e suportes técnicos didácticos, figura 7.

Figura 7 - Sistema de Ensino à Distância [8]

Para estes, o Formando é o elemento mais importante do sistema de ensino à distância, uma vez que é para ele que este faz sentido. Considera-se que todo o tipo de formandos que recorrem ao e-learning, o fazem essencialmente porque, na maioria, são estudantes com outras actividades para além dos estudos e vêm a educação como sendo secundária, não residem todos na mesma zona habitacional, são de diferentes idades e têm interesses intelectuais diferentes.

(30)

17 O ensino à distância pode ser muito positivo, mas para isso, é necessário que este esteja muito bem pensado e implementado de forma a que o estudante tenha uma formação exemplar.

Torna-se também importante referir que o formando deve ter um perfeito conhecimento daquilo que pretende, porque só assim, ele poderá estar motivado e determinado a prosseguir com a sua aprendizagem, pois neste tipo de ensino, a formação não depende do formador que apenas tem como função orientar o aluno, mas da capacidade de trabalho do formando que tem de encaminhar o seu trabalho pelo caminho da individualidade e participar mais no percurso da sua educação [8].

Relativamente ao papel do Formador, este tem de deter um conhecimento muito profundo do sistema de Ensino à Distância por ele utilizado, uma vez que vai necessitar de mais meios e técnicas de ensino em relação às que está geralmente habituado.

O quadro, o giz, os documentos impressos assim como as apresentações digitais vão estar acompanhadas das mais diversificadas e avançadas tecnologias. O Formador assume, neste caso, o papel de uma interface entre o formando e o conhecimento.

Já não chega o facto do formador falar e se fazer ouvir pelo formando, compete-lhe sim, orientá-lo pelo caminho de uma boa aprendizagem.

Este modelo refere ainda a existência de suportes de apoio, podendo estes ter a ver com a disponibilização de materiais didácticos, registo de docentes e alunos, gestão de recursos técnicos, entre muitas outras coisas. Estes suportes são a base para o bom funcionamento de um sistema de ensino à distância eficiente.

Segundo Solange Coelho de Azevedo [13], tal como nos mostra a figura que se segue:

(31)

18

Figura 8 - Requisitos de um Sistema de Ensino à Distância [13]

enquanto que no ensino presencial, o bom funcionamento de um curso dependia exclusivamente dos professores, das salas de aula, dos materiais didácticos e de alguns laboratórios para as aulas práticas, no Ensino à Distância, são necessários vários recursos para a aprendizagem, podendo estes ser utilizados isoladamente ou não.

(32)

19

2.3 Referência Histórica

2.3.1 A Tele-escola

A situação de Portugal no século XIX, no que diz respeito à educação, não era famosa. A ditadura ditava as suas regras e a população analfabeta não parava de aumentar.

Foi então em 1965 que a telescola começou a ser emitida nos estúdios do Monte da Virgem em Gaia. Introduziu-se no sistema de ensino português uma nova tecnologia: a televisão. As aulas funcionavam num sistema de mono docência apoiado por emissões televisivas. Mais tarde estas aulas em directo foram substituídas por cassetes de vídeo pré-gravadas. Já nesta altura, se falava em ensino à distância em que os alunos começaram então a assistir às aulas de dois professores, um no ecrã da televisão e outro na própria sala de aula, figura 9.

Figura 9 - Televisão Educativa [14]

A RTP® (Rádio Televisão Portuguesa) e o Ministério da Educação Nacional decidiram apostar na educação nacional e responder à falta instrução no país,

(33)

20 instalando televisores não só nas escolas mas também nos locais de trabalho dos portugueses, tal como em fábricas, entre outros locais.

Figura 10 - Professor grava emissão [14]

Através da televisão, estudantes e trabalhadores assistiam a aulas de Português, História, Francês, Ciências Naturais, Matemática, Desenho, Religião e Moral, Educação Física, entre outras, figura 11.

Figura 11 - Uma aluna assiste às aulas a partir de casa [14]

Já nessa altura, a transmissão deste tipo de aulas exigia um trabalho de colaboração entre professores e equipa técnica da RTP. Estes tinham um trabalho colaborativo, trocando impressões de forma a que os alunos usufruíssem de aulas esclarecedoras

[14]

.

(34)

21 É importante evidenciar que não se deve confundir o conceito de telescola com o ensino â distância, uma vez que no primeiro, os alunos continuavam a ter um ensino presencial em que o aluno está sujeito à presença numa sala de aula e a um horário. Pelo contrário, no segundo conceito, os alunos encontram-se, tal como o nome indica: “Ensino à Distância”, distantes da sala de aula.

A única comparação que se poderá fazer é o facto de ambas utilizarem materiais didácticos mediatizados.

2.3.2 A Universidade Aberta

A Universidade Aberta (UAb) é uma instituição pública de ensino superior a distância. Esta tem como principal função formar estudantes que, por várias razões, não seguiram anteriormente estudos universitários. Desde 1988 que a Universidade Aberta teima em orientar-se para a educação de massas populacionais dispersas geograficamente. Tem assim respondido com novas oportunidades de formação a nível superior em 24 países.

Pioneira em Portugal, a Universidade Aberta tem-se preocupado em promover o ensino superior à distância, promovendo assim a expansão da língua e cultura portuguesa assim como a formação superior dos habitantes das comunidades lusófonas.

A UAb tem desenvolvido actividades de investigação através da utilização das TIC (tecnologias de informação e comunicação). Conceberam e desenvolveram assim materiais pedagógicos nas áreas da tecnologia do ensino e formação a distância e da comunicação educacional multimédia. Todos os materiais pedagógicos são disponibilizados de forma on-line, para que os alunos lhes tenham acesso directo, figura 12.

(35)

22

Figura 12 - Site da Universidade Aberta [15]

Pode-se quase chamar a este tipo de ensino, uma espécie de prestação de serviço público, uma vez que nos estúdios da universidade, concebe-se e lecciona-se cursos, formando técnicos e docentes, isto através de produções audiovisuais, emissões televisivas entre outras coisas.

Cabe à UAb a maior bolsa de oferta de cursos on-line do país. Actualmente, a Universidade Aberta é mesmo considerada como um dos mega-providers de

e-learning europeus e desempenha um papel fundamental na leccionação de

cursos de licenciatura e mestrado em várias áreas.

Este tipo de ensino permite ainda uma grande flexibilidade e inovação na aprendizagem, uma vez que os alunos e os professores não necessitam de partilhar os mesmos espaços e o mesmo tempo físico. Constroem-se assim ambientes de aprendizagem não presenciais através do uso intensivo de tecnologias da informação e comunicação diversificadas.

O modelo pedagógico da Universidade Aberta baseia-se no regime de

(36)

23 essencialmente o estudante como sendo um elemento activo e construtor do seu conhecimento (Sobre a Universidade Aberta)

No que diz respeito à avaliação, esta é feita de forma presencial, ao contrário das aulas, figura 13.

Figura 13 – UAB - Transmissão de uma aula de Sociedade e Cultura Portuguesa II

O aluno tem assim uma maior flexibilidade no que diz respeito à aprendizagem. Este partilha recursos, conhecimentos e actividades com os seus professores de acordo com a sua disponibilidade.

(37)
(38)

24

Capítulo 3 - A Tecnologia e o Ensino à

Distância

Uma das tecnologias desenvolvidas para o Ensino à Distância é por exemplo o LMS. O LMS (Learning Management Systems) é um software que foi desenvolvido segundo normas pedagógicas com o intuito de auxiliar a promoção de ensino e aprendizagem virtual ou parcialmente presencial.

3.1 Plataformas Web no Apoio ao Ensino à Distância

O Moodle ou Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment é uma plataforma OpenSource (GNU Public Source) que permite a criação de sites

(39)

25 para o apoio escolar. Foi criado em 2001 pelo professor e cientista Martin Dougiamas, mas continua em constante desenvolvimento por vários programadores, designers, professores e utilizadores.

Constitui um sistema de administração de actividades educacionais destinadas à criação de comunidades online e ambientes virtuais direccionados para a aprendizagem colaborativa. Permite, assim, de uma forma simples, que um estudante ou um professor estude ou ensine um curso via Internet. O próprio Dougiamas diz: “(...) não só trata a aprendizagem como uma actividade social, mas focaliza a atenção na aprendizagem que acontece enquanto construímos activamente artefactos (como textos, por exemplo), para que outros os vejam ou utilizem”.

O Moodle não é nada mais que um ambiente de aprendizagem modular, orientado por objectos e dinâmico, figura14.

(40)

26 Muitas instituições de ensino básico ou superior e alguns centros de formação estão a adaptar esta plataforma aos seus próprios conteúdos e necessidades, não para cursos virtuais, mas também para apoiar os cursos do ensino presencial. Esta plataforma está ainda a ser utilizada para o desenvolvimento de projectos e no ensino à distância essencialmente. Nela, professores e outras entidades podem disponibilizar documentos de texto, páginas Web, apontadores para ficheiros ou páginas.

À semelhança do Moodle, o SIDE da UTAD, é uma plataforma de e-learning fechada, tendo esta sido completamente produzida pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Este disponibiliza vários conteúdos referentes aos diferentes cursos e unidades curriculares, figura 15.

(41)

27 Cada um dos cursos está dividido em unidades curriculares, nas quais os alunos podem fazer o download dos conteúdos disponibilizados pelos professores das respectivas unidades curriculares. Para tal, cada formando necessita de realizar um login, cujos elementos lhe são fornecidos a quando da matrícula no curso, figura 16.

Para além de consultarem as matérias das disciplinas, os alunos podem ainda, através do SIDE, participar em fóruns, inscrever-se nas turmas, inscreverem-se nos exames, visualizar o calendário escolar ou simplesmente consultar o seu horário, figura 17.

O professor, tem, para além dos que já foram referidos, o acesso a outros serviços, tais como a possibilidade de introduzir toda a informação acerca da disciplina, como é o caso da Unidade Curricular, os métodos de avaliação, a bibliografia a seguir e a marcação das salas de aula e dos exames e inserir

(42)

28 avisos sempre que necessário. Pode ainda disponibilizar conteúdos das aulas, inserir as notas referentes a cada uma das cadeiras do aluno, registar os sumários, assim como as presenças e faltas dos mesmos.

Figura 17 - Horário do 2º Ano de um Curso de Mestrado

Para consultar o SIDE ou o Moodle da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, basta aceder aos seguintes endereços:

• http://side.utad.pt, • http:// moodle.utad.pt

Quanto às actividades praticadas no Moodle, são muito dinâmicas e permitem uma interacção muito grande entre os alunos e os professores, constituindo assim a mais-valia do software. Estas podem por exemplo apresentar-se sob a forma de chat, disponibilizando aos utilizadores uma sala de conversação onde as conversas entre alunos e professores são feitas em tempo real; de fórum

(43)

29 onde se partilham ideias e se tiram dúvidas; de trabalho, em que o professor propõe um trabalho ao aluno, o trabalho é realizado e enviado ao professor na própria actividade e por sua vez o professor tem acesso aos trabalhos dos seus alunos; mini-testes feitos online e com a possibilidade de o aluno visualizar a sua classificação, entre outras actividades [16].

O software baseia-se num modelo Cliente / Servidor, no qual o Cliente deve ter um browser e um software específico para visualização de documentos .pdf e .doc, etc. e o Servidor deve ter um servidor WEB com suporte PHP (Hypertext

Preprocessor), Apache, IIS (Internet Information Services), e um sistema de

gestão de base de dados tal como o MySQL, figura 18.

Figura 18 - Modelo Cliente/Servidor

A aderência ao Moodle é de tal forma elevada que conta já com aproximadamente 25000 sites registados em 175 países diferentes e 10 milhões de utilizadores [16].

Só em Portugal, constavam em 2007, 900 sites registados para estabelecimentos de ensino, empresas de formação, agrupamentos de escolas, sites oficiais de escolas, igrejas, entre outros.

(44)

30

3.2 Vídeo/Áudio Conferência

3.2.1 VoIP (Voice over Internet Protocol - VoIP)

O VoIP é uma tecnologia que permite ao utilizador estabelecer chamadas telefónicas através de uma rede de dados como a Internet. Convertem um sinal de voz analógico num conjunto de sinais digitais que são disponibilizados por pacotes com endereçamento IP. Estes podem ser enviados, através de uma ligação à Internet (preferencialmente banda larga), figura 19.

Apenas é necessário ter um PC equipado com microfone e auscultadores, um telefone IP ou um vulgar telefone analógico ligado a um adaptador IP.

Figura 19 - Uma visão geral do funcionamento do sistema VoIP [17]

3.2.2 SIP (Session Initiation Protocol)

O Protocolo de Iniciação de Sessão (SIP) teve origem em meados da década de 1990 com o objectivo de adicionar ou remover participantes dinamicamente de uma sessão multicast.

(45)

31 É um protocolo da camada de aplicação, que utiliza o modelo “pedido-resposta”, similar ao HTTP, para iniciar sessões de comunicação interactiva entre utilizadores. Estabelece o padrão de sinalização e controlo para chamadas entre terminais que não utilizam o padrão H.323, e possui os seus próprios mecanismos de segurança e confiabilidade, figura 20.

Este protocolo foi inspirado em outros protocolos de Internet baseados em texto como o SMTP (email) e o HTTP (páginas da web) e foi desenvolvido para estabelecer, mudar e terminar chamadas por um ou mais utilizadores de uma rede IP.

Tal como acontece com o HTTP, o SIP leva os controles da aplicação para o terminal, eliminando a necessidade de uma central de comutação.

O protocolo SIP possui as seguintes características:

• Simplicidade.

• Independência do protocolo de transporte. • Baseia-se em texto.

Oferece 6 tipos de serviços para iniciação e finalização de sessões multimédia:

• Localização do Utilizador - O SIP é responsável pela localização do terminal para estabelecer a ligação;

• Disponibilidade do Utilizador - Realiza a vontade do utilizador em estabelecer um sessão de comunicação;

• Recursos do Utilizador - Determina os meios a serem utilizados; • Características da Negociação – Negoceia e acorda as

funcionalidades que serão compartilhadas entre os dois pontos.

Gestão da Sessão – Inicia, termina ou coloca em espera, sessões;

(46)

32

Figura 20 - Modelo de Interacção do SIP [18]

O SIP assume um papel cada vez mais importante na telefonia IP devido à sua simplicidade, flexibilidade, segurança, facilidade de mobilidade e, principalmente, devido à capacidade de integrar serviços de Internet como a

Web, o e-mail, o correio de voz, as mensagens instantâneas, entre outras.

3.3 O Asterisk

O Asterisk é uma central telefónica que funciona segundo o protocolo VOIP e foi criado para a telefonia. Oferece imensa flexibilidade na área das comunicações, uma vez que pode ser usado em conferências, pode fazer de atendedor automático, de voicemail, de interface telefónica para um local de rede, entre outras coisas. O Asterisk encontra-se em muitas aplicações “da vida real” e é uma das respostas aos problemas ligados à comunicação sobre IP.

(47)

33 O Asterisk encontra-se disponível na Internet de forma completamente gratuita, sendo dos sistemas mais populares ligados à comunicação.

Centrais telefónicas e centros de desenvolvimento de comunicação, em todo o mundo, utilizaram como base o Asterisk para construir sistemas completos e novas centrais telefónicas.

O Asterisk é um Switch (PBX), podendo este ser configurado para funcionar puramente em IP ou como um PBX híbrido. A diferença está nas ligações, na gestão das rotas, e a forma como liga os utilizadores do mundo exterior ao IP, quer através de ligações analógicas (POTS-Plain old telephone service) ou ligações digitais. A arquitectura modular do Asterisk permite ainda converter um vasto número de protocolos de comunicação e codecs de media a quando construído segundo um gateway de um portal de media.

Não podemos esquecer a grande vantagem que o Asterisk tem ao ser suportado por vários sistemas operativos, incluindo o Linux, o Mac OS X, o OpenBSD, o FreeBSD e o SunSolaris e ao proporcionar todas as características de um PBX, incluindo as funções avançadas frequentemente associadas à alta qualidade e ao custo elevado dos PBX.

Em suma, o Asterisk foi concebido para disponibilizar aos seus utilizadores uma grande flexibilidade e para suportar Voz sobre IP e muitos protocolos, podendo ainda cooperar com quase todos os modelos baseados na telefonia e todo o tipo de equipamentos [19].

3.4 Novos Conceitos: Os Mundo 3D

Com o avanço das novas formas de ensino à distância, surgiu também o conceito de realidade virtual ou ambiente 3D que consiste na reprodução de uma vida humana virtual paralela à sua vida real. Esta realidade virtual consiste

(48)

34 numa tecnologia de interface presente entre o utilizador e o computador. O objectivo principal desta tecnologia é de essencialmente mergulhar ao máximo, o utilizador, numa realidade quase perfeita. Para que o utilizador possa ter uma maior noção de realidade e possa sentir todos os sentimentos provenientes dessa mesma realidade, este tipo de processo faz-se em tempo real [20]. Cada utilizador é representado no mundo virtual por um avatar, ou seja, uma representação gráfica de uma pessoa que tanto pode ter o aspecto de um humano 3D, como ser uma simples imagem. Estes movimentam-se pelo cenário, como se fossem pessoas reais.

3.4.1 SecondLife®

O Second Life® é um ambiente 3D desenvolvido em 2003 cujo intuito é de simular a vida real dos humanos, englobando os aspectos, sociais, culturais e económicos. Algumas pessoas vêm-no como um simulador, outros como um jogo ou então como uma espécie de rede social que permite a comunicação entre os diferentes utilizadores, estando estes, muitas das vezes, a grandes distâncias uns dos outros. Tal como o seu nome indica, o Second Life® é uma espécie de segunda vida, uma vida para além da realidade, figura 21.

(49)

35

Figura 21 - Vista da Ilha UTAD no SL

No Second Life®, existem duas partes, o cliente ou utilizador e o servidor. O servidor está constantemente em funcionamento, permitindo a sensação de tempo real. Quanto ao utilizador, este apenas necessita de fazer um registo pela internet para se tornar membro desta sociedade mágica e quase real. Tal como já referido anteriormente, o sistema possui uma economia própria, apesar de esta não ter qualquer valor directo no mundo real, no entanto, o Linden Dollar, a moeda utilizada pelo programa, pode ser convertida no nosso mundo.Relativamente ao campo educacional, existem cada vez mais iniciativas para a utilização do mesmo na educação, Exemplo disso é a Confereência sobre Comunicação, Educação e Formação no Second Life®, cujos objectivos são “reunir a comunidade científica, educativa e tecnológica nacional, interessada no desenvolvimento do conhecimento e na partilha de experiências de utilização do Second Life® como forma de complementar e enriquecer as experiências eduucativas nos mais diversos contextos de vida, de trabalho e de aprendizagem formal e informal” [21]. Este facto também é notório nas Universidades de Harvard e Oxford, em que o programa passou a ser usado

(50)

36 para o ensino de línguas estrangeiras. Alguns professores, usam o mundo virtual para ensinar em algumas escolas virtuais oferecidas pelo sistema [22], figura 22.

Figura 22 - Rabelo com um dos projectos realizados pelos alunos

Uma questão a ter em conta no SecondLife®, são os uploads. O SL suporta vários tipos de ficheiros como o caso do .jpg, o que pode ser uma grande desvantagem, sobretudo se este fosse utilizado na área da formação ou do ensino, uma vez que é um formato que se torna muito mais pesado na internet e tem uma aparência estática, tal como é possível ver nas figuras16 e 17. Para além disso, cada upload é pago, tendo um custo de L10$ por upload, o que complica ainda mais as coisas, pois se pensarmos que pretendemos disponibilizar uma apresentação em PowerPoint com a extensão .ppt, cada um dos slides vai ter de ser convertido num formato específico, o que nos vai levar a um número elevado de diapositivos, ou seja, de imagens, ficando-nos a um custo muito elevado [23] [24].

É relevante ter em conta o facto de os uploads poderem ser feitos do exterior através de streeming ou do interior (world). Por exemplo, se estivermos in-world, os sons e as imagens são “assets” com formatos específicos, mas estes podem ser importados a partir de outros [25], figura 23.

(51)

37 Figura 23 - Formatos dos ficheiros compatíveis com o SL [25]

Desta forma, as imagens podem ser enviadas nos formatos habituais, como por exemplo, formatos tais como o “.jpg”, “.pgn” entre outros. O mesmo acontece com os sons que também podem ser colocados no SecondLife® com o formato “.wav”, apesar de acabar por ser convertido para “.ogg” internamente [24].

Se estivermos no exterior e a fazer streeming, a situação é diferente. Para podermos ver filmes ou vídeos no SecondLife®, é necessário ter o QuickTime instalado, sendo o único compatível com o mundo virtual em questão e termos as opções de áudio e vídeo activas [26].

3.4.2 Projecto Wonderland da SUN Microsystems

:

O MPK20 da Sun Microsystems constituí um ambiente 3D com suporte SIP que foi pensado para colaboração à distância. Este apresenta-se sob a forma de um grande edifício comercial, onde as pessoas se podem reunir para trabalhar.

(52)

38 Neste ambiente, não há necessidade de as pessoas se encontrar fisicamente presentes para participar num compromisso, figura 24.

Figura 24 - Vista do MPK20

Esta ferramenta, a “Terra Maravilhosa”, baseou-se no projecto Daarkstar que assentava num servidor, que projectava jogos para multi-utilizadores. Este permite que as pessoas possam praticar as mesmas actividades que praticam na vida real, podem partilhar documentos e comunicar entre si, usando a sua verdadeira voz.

O MPK20® é uma amostra de um mundo virtual. Esta ferramenta possui todos os meios necessários para recriar o mundo assim como os avatares e as animações necessárias dos mesmos. Assim, tudo parece mais real uma vez que nele se partilham várias sensações entre as quais as auditivas e visuais. Quando se anda pelo edifício virtual, ouvimos as pessoas, ouvimos música e vemos todo o tipo de movimento das pessoas. A “Terra Maravilhosa” foi criada em Java com o grande objectivo de se conseguir partilhar neste mundo virtual todas as aplicações que temos no ambiente de trabalho, figura 20.

(53)

39

Figura 25 - Conteúdos disponibilizados numa das salas do MPK20

Vejamos por exemplo, a plataforma Web que se criou para apoiar o ensino no MPK20,figura 26.

(54)

Ao contrário do Second Life

tendo como principal objectivo o ensino.

Mundo 3D Facilidade de Instalação SecondLife® MPK 20® (SUN) Fácil Médio Figura

A pergunta “Porquê usar um ambiente 3D em vez de uma ferramenta 2D com as mesmas funcionalidades para o M

é importante ter em consideração

auditiva, tudo nos vai parecer mais real e assim adquirimos a sensação de intuição. Por exemplo, se juntarmos vários

que podemos comunicar com eles. O mesmo acontece se virmos vários

avatares perto da porta de uma sala, vamos supor que estes vão assistir a uma

reunião. A forma em que os objectos estão dispostos transmite a sensação de realidade e supõem uma vida sociável.

e ouvirem, adquirem sensações imediatas que outros que não estão presentes não conseguem sentir, figura

Ao contrário do Second Life®, o MPK20 da Sun foi exclusivamente construído tendo como principal objectivo o ensino.

Facilidade de Instalação Facilidade de Utilização Orientado ao Ensino Não Sim Médio Difícil

Figura 27 - SecondLife® Vs MPK20 (SUN)

A pergunta “Porquê usar um ambiente 3D em vez de uma ferramenta 2D com nalidades para o MPK20?” tem surgido frequentemente, mas é importante ter em consideração que se juntarmos o ambiente 3D à sensação auditiva, tudo nos vai parecer mais real e assim adquirimos a sensação de intuição. Por exemplo, se juntarmos vários avatares com vozes, vamos supor que podemos comunicar com eles. O mesmo acontece se virmos vários perto da porta de uma sala, vamos supor que estes vão assistir a uma forma em que os objectos estão dispostos transmite a sensação de supõem uma vida sociável. Assim, todos os participantes ao verem e ouvirem, adquirem sensações imediatas que outros que não estão presentes

figura 28.

40 20 da Sun foi exclusivamente construído

Orientado ao Ensino

Não

Sim

A pergunta “Porquê usar um ambiente 3D em vez de uma ferramenta 2D com 20?” tem surgido frequentemente, mas que se juntarmos o ambiente 3D à sensação auditiva, tudo nos vai parecer mais real e assim adquirimos a sensação de com vozes, vamos supor que podemos comunicar com eles. O mesmo acontece se virmos vários perto da porta de uma sala, vamos supor que estes vão assistir a uma forma em que os objectos estão dispostos transmite a sensação de , todos os participantes ao verem e ouvirem, adquirem sensações imediatas que outros que não estão presentes

(55)

41

Figura 28 - Sala de Reunião do MPK20

O próximo passo do MPK20 da Sun será conseguir representar o espaço físico de cada participante no mundo 3D de forma a que cada utilizador se sinta mais familiarizado com o seu ambiente espacial [27].

3.5 Vantagens / Desvantagens das Salas Virtuais

Os especialistas dizem que o Ensino a Distância tem mais vantagens que desvantagens [28] [29], no entanto, estas existem. Uma das desvantagens mais evidentes é o facto deste tipo de ensino ainda ser pouco conhecido e apenas ser utilizado, no nosso país, em situações específicas. Outra das desvantagens tem também a ver com a baixa qualidade de serviço e desempenho da nossa rede Internet, em Portugal, o que debilita a transferência de pacotes de informação, podendo estes ser de suporte vídeo ou áudio. Desde 1997 que a prática da educação à distância em instituições de ensino superior tem vindo a proliferar. Apesar da grande polémica à cerca desta

(56)

42 modalidade, os educadores destacam mais benefícios que problemas na prática deste novo tipo de ensino.

O investigador da Faculdade de Educação da Unicamp (Universidade de Campinas) Sérgio Ferreira do Amaral, afirma não haver "operacionalmente", empecilhos para ensinar à distância [30]. Segundo ele, "A dificuldade geral, hoje, é manter o mesmo nível de qualidade presente no ensino tradicional. Em termos gerais, é tudo muito novo, e fica difícil estabelecer parâmetros para comparar. Saber se quem aprende em aulas não-presenciais sabe mais ou não", afirma Sérgio Amaral.

A falta de interacção entre o professor e o aluno pode no entanto ser vista como desvantagem, mas pode ser rapidamente ultrapassado graças aos chats, à videoconferência. Graças à webcam, a realidade é retratada tal como é. Para Sérgio Amaral, um "problema", que não pode ser visto propriamente como desvantagem, é o alto custo da produção de material teórico. "A adaptação do conteúdo didáctico para novas médias é muito caro. Requer linguagem específica, recursos visuais. Tudo isso é feito por pessoas especializadas que trabalham em parceria com os professores. Mais uma vez, a mão-de-obra é mais cara. Além disso, hoje é imprescindível o uso do computador” [30].

Por outro lado podemos pensar que este material poderá ser utilizado por milhares de pessoas em todo o mundo e desta forma, o investimento feito não é assim tão grande.

Este tipo de serviços é também muito útil a pessoas que têm outras actividades, sem disponibilidade de horários, optimizando os tempos livres. Pessoas com deficiências físicas graves ou qualquer tipo de paralisia, não podendo sair de casa, podem assim estudar, sendo este método visto como uma ferramenta de inclusão social e digital, que é uma das grandes preocupações dos programas governamentais.

(57)

43 Para concluir pode-se identificar algumas vantagens das salas virtuais tais como a disseminação quase instantânea da informação, o facto de múltiplas cópias poderem ser fornecidas facilmente, uma única cópia pode ser acedida por vários utilizadores, existe a possibilidade de leitura não linear, a participação dos alunos é mais equilibrada, a diferença social quase deixa de existir com este tipo de sistema, trabalhos cooperativos podem assim ser realizados, entre outras coisas.

(58)

44

Capítulo 4 - Concepção e Implementação

Ao longo deste trabalho, focou-se essencialmente à área dos recursos utilizados no processo de aprendizagem através de um modelo de videoconferência. Rapidamente se conclui que um sistema desta dimensão deverá suportar todo o tipo de materiais de apoio, podendo estes ser impressos, como as sebentas, os cadernos de exercícios, livros, textos ou folhetos; telemáticos com o uso da videoconferência, audioconferência, internet, correio electrónico, entre outros. Deve também conter ou suportar materiais hipermédia e multimédia, tais como os CD-ROMs interactivos, vídeos digitais, entre outros e uma vertente audiovisual, através da televisão, rádio, filmes, videocassetes e muito mais, figura 29.

(59)

45

Figura 29 - A área de intervenção - Modelo adaptado [13]

4.1 Arquitectura

O principal intuito do presente trabalho centra-se em criar e oferecer uma plataforma que permite ao utilizador, formador ou aluno, o acesso a qualquer tipo de conteúdos, usando para isso diferentes tipos de suportes digitais, figura 30.

De entre os suportes mais comuns podem destacar-se:

• Suporte de Voz: Podemos ter um suporte de voz, através de conferências áudio, utilizando para tal, o protocolo VoIP (Voice over IP), em por exemplo, sessões de esclarecimento de dúvidas, mas também o suporte de voz gravada para servir por exemplo de apoio a outra documentação.

(60)

46 • Suporte de Vídeo: Também existe a possibilidade de se usar um suporte de vídeo ou videoconferência, suportada pelo protocolo VoIP, por exemplo para a transmissão de aulas.

• O vídeo poderá apresentar-se segundo dois tipos distintos:

• Vídeo em Diferido: O vídeo em diferido poderá servir para uma consulta posterior de aulas ou mesmo para a leccionação, apresentando-se sob a forma de material de apoio, uma vez que possui um cariz mais documental.

• Vídeo em Directo: Por sua vez, o Vídeo em directo, não sendo este uma conferência, para a transmissão de numa direcção.

• Suporte escrito e/ou gráfico: A plataforma desenvolvida suporta também, para além, do suporte vídeo e áudio, todo o tipo de documentação escrita e/ou gráfica, podendo esta apresentar-se sob a forma de PDFs, PowerPoints, entre outros.

Para obtermos estas funcionalidades escritas, implementamos a plataforma que se encontra esquematizada na figura 30, que terá quatro componentes ligadas através da Internet e/ou rede local que são:

• PC do Formador que será utilizado para aceder remotamente ao PC da sala de aulas, de onde são transmitidas as aulas remotas;

• PC da sala de aulas, que será acedido remotamente pelo formador, para comunicar com os alunos na sala de aula e/ou para efectuar as apresentações;

• Central SIP, utilizada para o estabelecimento das chamadas de voz e vídeo.

Imagem

Figura 3 - Processo de Ensino
Figura 6 - Modelo de Ensino à Distância [6]
Figura 7 - Sistema de Ensino à Distância [8]
Figura 13 – UAB - Transmissão de uma aula de Sociedade e Cultura Portuguesa II
+7

Referências

Documentos relacionados

Para os efeitos da presente Convenção Coletiva de Trabalho, considera-se: I) - como secretária (o) de nível médio de estabelecimento de ensino, toda (o) profissional portador

Se no cadastro da administradora, foi selecionado na aba Configurações Comissões, para que as comissões fossem geradas no momento da venda do contrato, já é

Quando houver aspectos desafiadores a essa conjunção, pode ser que você não seja discriminativo e não tenha direção interior. Físico

Concatenando-se estes materiais sobre gamificação no ensino e narrativa no design de games, foi possível produzir uma ferramenta didática gamificada que se esforçasse, como se

Minulet ® não deve ser utilizado por mulheres que apresentem qualquer uma das seguintes condições: história anterior ou atual de trombose venosa profunda

Mas é a presença imponente da música, representada sobretudo pelo coro, aliada ao sentimento eminentemente religioso que parece atrelar-se a um enredo que chega a colocar

ABSTRACT: A greater supply of nitrogen in the substrate using organic compost for coffee (Coffea arabica L.) seedlings can increase the effects of phosphorus in the plant and

15 Durante os mborai, nhe’e kuéry, os filhos/extensões de Nhanderu e Nhandexy kuéry – cuja matriz é a mesma do nhe’e no corpo dos Guarani, como dito – descem à opy e