• Nenhum resultado encontrado

INSTRUÇÃO 16 – O Si'en4io Maçoni4o

No documento Guia de Instruções a.'.M.'. (páginas 41-44)

<ilêncio, no que se re0ere . Ordem, est% intimamente relacionado aos segredos e simbolismos maçônicos Aboa parte destes p1blicos

atualmente, revelados em p%ginas e p%ginas da InternetB# - uma pena que a maioria dos indiv"duos que as constroem se&am pessoas que, um dia, mereceram a confança de irmãos em 2o&a e que, além de não assimilarem a flosofa embutida em tantas alegorias, não 0oram merecedores do respeito um dia neles depositado# s

convicç+es adquiridas, no entanto, me 0a'em crer que muito do que constitui os segredos maçônicos são imposs"veis de se revelar, posto que estão na alma do iniciado na arte real#

2embranças que vem . mente reportamme aos meus primeiros contatos com a <ublime Instituição, onde somos recebidos por

advertência contida na 0rase 8=7@O K7/ K7I O75I)/<, =7@O K7/ K7I <O7/)/<, K7@O @K7I <)/< @/I/ K7/ ?IK7/ K7I8 # a progressão das instruç+es, fca claramente estabelecido ao aprendi' que seu papel ser% principalmente de ouvinte, que a Ordem espera que ele saiba muito mais escutar do que 0alar> palavras sempre com signifcado semel!ante### manter o silêncio como sua virtude maior# @esde cedo aprendemos que, em 6açonaria, o silêncio tem um rico signifcado, que incita ao neófto perscrutar os mistérios do seu

"ntimo, buscar dentro de si mesmo as suas verdades absolutas, com as quais trabal!ar% de !ora em diante# ?icamos sabendo que o

signifcado simbólico do desbastar a pedra bruta signifca lapidar nosso interior, buscando cepil!ar rude'as e aspere'as para que, polidos, se&amos virtuosos e &ustos#

 necessidade da exaltação do silêncio, na 6açonaria, remete aos mais antigos con!ecimentos da !umanidade, sendo utili'ado por v%rias religi+es, congregaç+es flosófcas e outras entidades afm# @esde as primeiras civili'aç+es, notadamente as que tin!am

sociedades inici%ticas, o silêncio é um importante elemento cultural, imposto drasticamente para salvaguardar seus segredos#

<ão exemplos para nós os eg"pcios que, entre magos e sacerdotes, ao serem iniciados assumiam um estado de silêncio total, a fm de se manterem os segredos e incit%los . meditação# Igualmente, o budismo também valori'ava o silêncio como condição para a contemplação# Os essênios tin!am como principais s"mbolos um

tri(ngulo contendo uma orel!a e outro contendo um ol!o, signifcando que a tudo viam e ouviam, mas não podiam 0alar, por não terem

boca# $ara os tal!adores de pedras, o segredo e o silêncio sobre sua arte eram uma questão de sobrevivência, constituindose inclusive num salvoconduto#

Kuando da unifcação, a 9## 2## 7## da Inglaterra adotou a legenda 8audi, vide, tace8 Aouça, ve&a, caleB# /lementos não 0altam na

literatura maçônica para salientar a import(ncia do silêncio; as 8Old C!arges8 Antigas Obrigaç+esB, pregavam o silêncio, a circunspeção e a compostura durante os trabal!os#  constituição de nderson

pregava a prudência e o silêncio, notadamente em relação aos

pro0anos# /, nos landmar\s de 6ac\eH, o de nQ SF se re0ere ao sigilo que o 6açom deve conservar sobre todos os con!ecimentos que l!e são transmitidos e dos trabal!os em 2o&a, sendo que as cartas

constitutivas de todas as Obediências contêm re0erências com o mesmo sentido#

 2ei do <ilêncio é a origem de todas as verdadeiras iniciaç+es#

<egundo irt!, o ensino deve ser pelo silêncio, nada de palavras que podem 0altar com a verdade# ada mais é do que um perpétuo

exerc"cio do pensamento# Calar não consiste somente em nada di'er, mas também em deixar de 0a'er qualquer re*exão dentro de si,

quando se escuta alguém 0alar# ão se deve con0undir silêncio com mutismo# <egundo slan, o primeiro é um prel1dio de abertura para a revelação, o segundo é o encerramento da mesma# O silêncio envolve os grandes acontecimentos, o mutismo os esconde# 7m assinala o progresso, o outro a regressão#

@i'em as regras mon%sticas que o silêncio é uma grande cerimônia, pois @eus c!ega na alma que nela 0a' reinar o silêncio, mas torna mudo a que se distrai em tagarelices# Os mistérios na 6açonaria devem ser velados em silêncio, pois em relação ao mundo pro0ano nossos segredos existem com o ob&etivo de não polu"los pelos que não se encontram preparados para entendêlos, e nada mais perigoso do que a verdade mal compreendida# <omente o !omem capa' de guardar o silêncio ser% disciplinado em todos os outros aspectos de seu ser, e assim poder% se entregar . meditação# /nfm, o silêncio é a virtude maçônica que desenvolve a discrição, corrige os de0eitos,

permite usar a prudência e a toler(ncia em relação aos de0eitos e 0altas dos semel!antes#

 leitura de textos e obras de sapientes irmãos mostra que mesmo que algumas coisas se&am ditas, o pro0ano nunca saber% o real

signifcado da flosofa maçônica, uma ve' que ela est% alicerçada no interior de cada maçom# /ntre os próprios irmãos notase que a lin!a divisória do entendimento das bases flosófcas e do simbolismo que rege o processo ritual"stico é muito sutil# O ambiente que criamos, nos compenetrando, antes de iniciarmos os trabal!os em 2o&a nos cria uma condição especial, essencial para que a energia emanada do ritual e dos próprios irmãos sirva de cin'el e nos a&ude a polir nossa pedra bruta interior# s trans0ormaç+es que obtemos, são

essencialmente nossas, "ntimas, adquiridas através do incessante desbastar#

O silêncio maçônico 0oi entendido durante muito tempo como uma arma de arremesso social; nada se sabia do que se passava ou do que passava pelas lo&as maçônicas# 6as, apesar do temor das sociedades esse silêncio era diretamente correlacionado com a

pr%tica ritual"stica# O silêncio, maçônico, certamente, est% na base do entendimento do conceito de segredo# a maçonaria, o segredo é, antes de qualquer coisa, uma pr%tica de !umildade# @i0erentemente do que entenderam muitos governos totalit%rios, e mesmo maçons, especialmente alguns que se tornaram irregulares, o segredo Ae o silêncioB nunca 0oi uma 0orma conspiratória, ou instrumento de sabotagem# -, isso sim, um mecanismo, um instrumento de

aprendi'agem# a verdade, é muito mais do que isso; é um ato de !umildade, que o !omem iniciado se permite tra'er de volta depois de têla perdido em algum momento de seu crescimento pessoal# O exerc"cio do silêncio, e da plena consciência de que é preciso

manter a boca 0ec!ada, deve ser uma das metas de aprendi'ado mais caras do iniciado, porque quem ostenta publicamente uma regra

qualquer de educação e só por isso se sente di0erente dos demais, então é porque considera todos os outros in0eriores a si, o que 0oge totalmente do que se procura ensinar em maçonaria# té porque na maçonaria não deve existir espaço para aqueles que se ostentam di0erentes# @eve existir espaço para os que, pela di0erença e no

silêncio dos seus trabal!os, 0a'em o progresso da sociedade# Ou se&a, ao revelar ao pro0ano o que só compete aos iniciados discutir e

absorver, nos mostra que não aprendemos nada e que, portanto, não estamos verdadeiramente revelando o que signifca ser um maçom verdadeiro# - por isso que palavras, na grande maioria dos casos, são in1teis para revelar nossas conquistas interiores# Isso é bom, porque mostra e comprova que a discrição e o silêncio continuarão sendo virtudes marcantes para o iniciado# $or outro lado, apresenta alguma difculdade porque não podemos mostrar aos próprios irmãos toda a magnitude de nossas conquistas interiores# $odemos, isso sim,

mostrar que somos indiv"duos mel!ores e mais &ustos em 0unção do que aprendemos desta arte real#

credito, !o&e, que a preservação dos segredos maçônicos transpassa a simples explicação de que não devemos revelar nossos mistérios# Os mistérios serão sempre revelados aos iniciados, pelo simples 0ato de que a busca interior que temos que 0a'er só 0unciona bem quando

estamos respaldados pelo ambiente altamente energi'ado de uma sessão ritual"stica# =al como nos ensina o ritual, os esp"ritos

desatentos encaram as instituiç+es como expedientes imaginados pelo interesse ou pelo capric!o de um !omem ou grupo de !omens# ão dão contas de que o segredo da 6açonaria consiste apenas na existência indispens%vel de um sistema inici%tico, que somente se revela Aao iniciadoB quando o dese&o deste, de aprender e de se aper0eiçoar, 0ar% com que busque a verdadeira concepção das

verdades que regem sua 0orça espiritual, e que estar% sempre dentro de si mesmo#

INSTRUÇÃO 17 – O) Car*o) e Sua)

No documento Guia de Instruções a.'.M.'. (páginas 41-44)

Documentos relacionados