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9 CATEGORIAS E TIPOLOGIAS RELACIONADAS À ANÁLISE E

9.2 Instrumentos da Pesquisa:

Para execução da pesquisa foi necessário conceber um roteiro para análise das monografias. O roteiro de análise foi concebido para ser utilizado durante as leituras das monografias que compuseram a amostra. A análise das monografias pode vim a ser um tema controverso, uma vez que diferentes autores apresentam diferentes tipologias e definições para cada pesquisa. Assim, tomamos o cuidado de construir na sessão de embasamento teóricos, vários quadros com a análise dos diferentes conceitos buscando expandir ao máximo as possibilidades das classificações. As definições de cada tipologia constam no capítulo 4, e é com base nestes parâmetros que as monografias foram analisadas.

9.2.1 Estruturação do Roteiro de Analise:

As análises das monografias relatadas correspondem ás fases 2,3 e 4 conforme definidas no capítulo 2. Embora DENZIN & LINCOLN (2001) considera a coleta e análise como sendo uma única fase (4), para melhor visualização e entendimento, elas são apresentadas separadamente nesse trabalho.

Concebeu-se uma estrutura de pesquisa onde as diversas categorias foram inseridas em um quadro que denominamos Roteiro de Análises das Monografias, e que constam de códigos para facilitar as tabulações dos resultados: (Quadro 5)

Relação com os

sujeitos Circunscrita Curta duração

Distante Sujeito- investigador Empatia ênfase na confiança Igualdade Contato intenso O sujeito como amigo Ser neutro

Instrumentos Inventários Questionários

Índices Estatística Continua Modelos, temas, conceitos. Indutivo Indução analítica Método comparativo constante Problemas com o uso da abordagem Controle de outras

variáveis Reificação Intrusão validade

Demorada

Difícil a síntese dos dados Garantia Os procedimentos não são estandardizados Dificuldade em estudar populações de grandes dimensões.

Quadro 5 – Estrutura do Roteiro de Análise e Códigos para classificação.

9.2.2 Objetivos do Roteiro de Análise

O objetivo de Roteiro de Análise é de guiar a leitura afim de que todos os dados necessários para pesquisas sejam destacados e anotados. O roteiro foi estruturados em quatro grandes blocos como segue:

1) Identificação;

2) Métodos de Pesquisa; 3) Bibliografia utilizada; 4) Outras observações.

Segue abaixo uma breve descrição do conteúdo de cada item:

1) Identificação: Dados quanto ao nome, título do trabalho, ano e orientador;

2) Método de pesquisa: Item principal que todas as informações necessárias para análise são aqui indicadas;

PARADIGMA CÓD. ESTRATÉGIA CÓD. META DE COLETA CÓD. ANÁLISE DOS DADOS CÓD.

Positivista P1 Experimentos em campo E1 Questionário M1 Estatísticas A1 Causal P2 Experimentos em laboratório E2 Formulário M2 Teste de hipóteses A2 Pós-Positivista P3 Pesquisa de campo E3 Observação M3 Análise comprobatória A3

Descritivo P4 Pesquisa bibliográfica E4 Entrevista M4 Análise descritiva/expositi

va A4

Explicativo P5 Survey E5 Documentos M5 Análise comparativa A5 Histórico P6 Estudos de casos E6 Experiência pessoal M6 Análise interpretativa A6 Teórico P7 Grounded Theory E7 Testemunhos M7 Análise crítica A7 Exploratório P8 Método histórico E8 Grupo focal M8 Diagnósticos A8 Desconstrutivo P9 Pesquisa ação E9 Grupo de discussão M9 Computador (Software) A9 Femenológico P10 Método biográfico E10 Métodos visuais M10 Análise de conteúdo/discurso A10 Dialético P11 Pesquisa documental E11 Observação participante M11 Modelo/ Tipologia A11 Construtivismo P12 Hermenêutica E12 Gravação M12 Narração A12 Estudos

Culturais P13 Estudos demográficos E13 História de vida M13 Outros A13 Teoria Crítica P14 Outros E14 Outros M14

Etnográfico P15 Etnometodológ

ico P16

3) Bibliografia utilizada: Neste item foram indicadas as quantidade das bibliografias utilizadas constantes nos trabalhos, separadas por nacionalidade, inclusive a procedência nacional ou estrangeira; Autores mais utilizados; Temáticas mais relevantes;

4) Outras observações: Espaço deixados para quaisquer outras informações e observações do pesquisador.

9.2.3 Validade e Confiabilidade dos Instrumentos de Pesquisas

A definição mais comum de validade de um instrumento de pesquisa é a que diz que o instrumento é acurado quando mede o que se propõe medir.

Alguns autores, segundo WINTER (2002), discutem a necessidade da validação em pesquisas onde não se espera estabelecer relação causais, como no caso de pesquisas exploratórias e alguns tipos de pesquisas qualitativas. Embora a validação seja aplicada, na sua maioria, em pesquisas quantitativas (KIRK 1986), deve-se considerar a validação não como sendo uma fórmula fixa que possa ser aplicada ao processo total de uma pesquisa mas sim nas etapas que requerem uma maior acurácia e que influenciam o resultado da pesquisa. Desta forma, em pesquisas qualitativas a preocupação dever recair na repesentatividade da descrição e justificativas dos resultados.

MAXWELL (2000) identifica cinco tipologias de “validação” realcionadas com os vários estágios de uma pesquisa, que de maneira simplificada são listada a seguir; (1) descritiva- relativa ao estágio inicial da pesquisa, envolve coleta, relevância e diferenças de dados quando colhidos em um mesmo evento; (2) interpretativa – relativa ao respeito dado à perspectiva do respondente frente a um determinado evento; (3) teórica – relativa à teoria que o pesquisador constrói ou desenvolve durante a pesquisa; (4) generalizável – responsável pela distinção entre uma pesquisa ser qualitativa e quantitativa a partir de sue grau de generalização; e (5) avaliadora – relativa à aplicação de uma estrutura para avaliação geral da pesquisa.

Alem das tipologias de validação acima, também temos os conceitos de validação interna e externa. Segundo COSTA (2001, p.78) “A validade interna de um

experimento diz respeito a quanto dos seus resultados pode, de fato, ser atribuído ao próprio tratamento” e a “validade externa de um experimento diz respeito à possibilidade de generalizar os seus resultados“. Assim, a qualidade de uma

Portanto, a partir de tais conceitos, procurou-se validar a pesquisa em alguns pontos específicos, São eles:

(1) instrumento de coleta; (2) análise teórica;

(3) estrutura geral da pesquisa.

Uma vez que esta pesquisa não se propõe apresenta nenhuma generalização dos resultados para aplicação em outras populações fora do universo analisado, a validade externa não foi considerada essencial para ser aqui trabalhada.

Como forma de validar a (2) análise teórica, foi criado um quadro apresentando os métodos de pesquisa nas ciências sociais e em turismo. A partir deste quadro, pudemos conceber um conjunto de métodos mais utilizados e classifica-los de acordo com as fases proposta por DENZIN & LINCOLN (2001). Este quadro final, deu origem ao roteiro para análise das Monografias. Pretendeu-se com isto, distinguir de forma sistemática, os paradigmas, métodos e técnicas de coleta de dados de acordo com os conceitos pré-definidos, uma vez que existem pequenas diferenças de conceituação entre os diversos autores consultados.