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4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS DA PESQUISA

4.2 INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO DO IF SERTÃO-PE; PPA, LDO, LOA, PPP,

O orçamento da instituição foi encontrado nas informações da Pró-reitoria de Orçamento e Administração (PROAD), onde se buscava pelo PPA, LDO e LOA, apenas, constam disponibilizadas, o orçamento no valor anual global, em documento chamado, memória de cálculo da proposta orçamentaria que apresenta números que mostram em 2011 o valor global anual era R$ 16.549.520,00, em 2012 R$ 33.791.667,00, 2013 R$ 46.786.256,00, 2014 R$ 31.499.805,00, 2105 R$ 36.268.031,00, 2016 R$ 31.927.958,37 e em 2017 R$ 25.549.510,00, logo esses números reforçam um dos argumentos desta pesquisa, onde, com a criação dos Institutos Federais, pela LEI nº 11.892/08, esta acrescentou e determinou diversas atribuições novas aos Institutos Federais, porém o orçamento não acompanhou as exigências, comprovadas pelos números, quando em 2013 chegaram 46 milhões anuais e em 2017, apenas 25 milhões, logo cinco anos após, houve um recuo de 21 milhões no orçamento anual (LOA), o que dificulta atender a tantas exigências cobradas pelos órgãos de controle, com exigências baseadas apenas por indicadores de números ou índices contidos no ACORDÃO TCU, nº 2.267/2005, portanto, é preciso qualificar os indicadores pela complexidade das instituições de ensino. (IF SERTÃO-PE, 2017, p. 4).

Quanto ao planejamento não existe informações nos documentos pesquisados, sobre o modelo organizacional e as ferramentas adotadas pelo instituto para pensar estrategicamente suas ações, seus objetivos, o cumprimento de sua missão, valores, a visão de futuro, os procedimentos formalizados dos processos e rotinas, as estratégias políticas, administrativas, a divisão de tarefas, o monitoramento das ações, alimentação de bancos de dados, como se dá à delegação de serviços, a relação de poder, o estimulo à participação dos atores da comunidade, a comunicação interna e externa, avaliação da gestão, profissionalização dos gerentes, a disseminação da cultura de planejar, os critérios e organização das decisões dos gestores, ou seja, um modelo formalizado e institucionalizado de planejamento e gestão estratégica para busca de eficiência, eficácia e efetividade, apenas foi encontrado no relatório dos 100 dias da gestão, que a nova gestão quer adotar um modelo de Gestão Aberta, apoiada nos pilares; Inovação, Participação, Transparência e Integridade em direção a resultados que atendam as demandas da comunidade, a gestão anterior consta que trabalhava por gestão de competência.

Assim não foi encontrado descrito como ocorre o processo de planejamento, nem o modelo de gestão formalizado e disponível para conhecimento e aplicação na administração do

IF SERTÃO-PE, não foi possível conhecer como o PPA e LDO é executado, mas existem informações em nível de Constituição Federal de 1998 para todos os órgãos públicos e no caso dos Institutos Federais pelo mantenedor que é o MEC/SETEC, onde o PPA é elaborado após o primeiro ano de uma gestão e valendo para os próximos quatro anos, nasce das demandas das instituições, é atualizado a cada ano pela LDO, que define as diretrizes a serem executadas para construir a LOA, onde, este é o orçamento anual a ser seguido, nascendo das necessidades e prioridades institucionais, observando os pontos fortes e fracos, as oportunidades e ameaças, além é claro da análise dos cenários e das disponibilidades financeiras, organizacionais, pessoais, de equipamentos e das estruturas físicas.

O orçamento anual (LOA), seguindo as diretrizes da LDO, PPA, PNE, Políticas Públicas do governo, é elaborado conforme apurado no documento da memória de cálculo do orçamento que consta no site do IF SERTÃO-PE, pelo Conselho Nacional de Institutos Federais (CONIF), com as demandas discutidas por pró-reitores de orçamento e administração dos 41 institutos federais existentes no momento e representando 606 campi no Fórum de Planejamento dos mesmos, chamado (FORPLAN), tendo a participação do MEC/SETEC, elaborando todo o orçamento em cima do número de alunos matriculados, ações para investimentos, assistência estudantil, proeja, EAD, sendo posteriormente submetido ao Ministério do Planejamento que encaminha para ser discutido e aprovado pelo congresso nacional, disponibilizando o orçamentário no ano seguinte, após sanção da Presidência da República, em seguida é enviado para as reitorias dos Institutos Federais e essas aos respectivos campi sob sua subordinação.

Quanto aos demais planos PPI, PPP, PDTI, PIQ, sendo respectivamente planos político institucional, plano político pedagógico, plano de desenvolvimento da tecnologia da informação e plano institucional de qualificação, todos foram elaborados seguindo a legislação, mas conforme pressupostos da nossa pesquisa não encontramos registro de monitoramento e avaliação da sua execução e resultados, analisamos os relatórios de gestão, em especial o mais recente, o de IF SERTÃO-PE (2016, p.42-43) registra que, para o PPP e PPI, as metas foram cumpridas parcialmente e que existe previsão de conclusão em 2017, para que seja submetido à consulta da comunidade e posteriormente ao conselho superior do IF SERTÃO-PE. Vemos que não está sendo monitorada e avaliada no dia a dia, somente observam no final do ano quando são obrigados por lei a realizar o relatório de gestão.

O PDTI que pertence à tecnologia da informação e ligado a PRODI, vem sendo bem feito, acompanhado e cumprido nas compras de equipamentos de tecnologia, na contratação de serviços e servidores da área especifica, já que observamos nos processos de compras e

contratação que somente pode ocorrer se constar neste plano, que é elaborado para dois anos pela equipe de TI, busca na sua confecção as demandas de todos os campi e reitoria.

O PIQ é ligado à Pró-Reitoria de pesquisa, inovação e pós-graduação (PROPIP), serve para planejar as capacitações dos servidores em pós graduações, a nível de especializações, mestrado, doutorado ou pós doutorado, o mesmo estabelece em função do interesse do servidor e da instituição a área de capacitação e o período que pode ocorrer. No relatório dos 100 dias de gestão, ocorrido em 07 de agosto de 2016, ao que parece este documento não foi elaborado, pois ainda consta que vão compor comissão para sua elaboração.