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Uma interface inteligente é considerada aquela que entende os objetivos e metas do utilizador e sabe atingi-los ou que facilita uma interação mais natural, com uma maior tolerância a erros e com formatos mais recompensadores e agradáveis. A interface é a arte e a ciência de fazer com que a máquina seja de uso fácil e intuitivo para as pessoas, em particular, pelo que para a construção de interfaces é preciso analisar o processo de interação entre a máquina e as pessoas que o utilizam, a partir dos paradigmas físicos, psicológicos, cognitivos e ergonómicos.

Mais concretamente, o que torna uma interface inteligente é esta poder adaptar-se às necessi- dades de diferentes utilizadores; poder aprender novos conceitos e técnicas; poder antecipar as necessidades do utilizador; poder tomar iniciativas e oferecer sugestões para o utilizador. Exis- tem múltiplas áreas para a aplicação de interfaces inteligentes, sobretudo onde o conhecimento sobre como resolver parcialmente uma tarefa reside no sistema de computador. Até o início dos anos 90, a interface era um elemento secundário nas interfaces ou sistemas inteligentes [15] ,isto porque o seu desenvolvimento é bastante recente.

Segundo Bruillard a explosão de tecnologias usadas para a construção de interfaces resulta na necessidade de personalizar o seu uso, tornando o utilizador o elemento central para o projeto deste importante componente que permite o acesso aos sistemas de aprendizagem [33].Para se poder tornar numa interface inteligente é preciso que esta se possa adaptar às necessidades de diferentes utilizadores, aprender novos conceitos e técnicas, antecipar as necessidades do utilizador, apresentar iniciativas, oferecer sugestões para o utilizador e fornecer explicações de suas ações [93].

As principais áreas de aplicação das interfaces inteligentes são todas aquelas onde o conheci- mento sobre a resolução parcial de uma tarefa reside no sistema de computador [6].As interfaces inteligentes são importantes quando o objetivo é apoiar os utilizadores com diversas necessi- dades, habilidades e preferências (incluindo pessoas com necessidades especiais), desde que facilitem uma efetiva, eficiente e natural interação do utilizador, facilitando a comunicação homem-homem [51].

As interfaces inteligentes de utilizadores são interfaces homem-máquina que têm por objetivo melhorar a eficiência, efetividade e naturalidade da interação homem-máquina representando discursos médios (por exemplo: o uso de gráficos, linguagem natural. Para uma interface ser

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Mesmo que os sistemas auto-adaptativos atuem de forma autónoma em muitos aspetos, eles têm que manter o utilizador no circuito, fornecer utilizador com feedback,sobre o estado do sistema é crucial para estabelecer e manter confiança dos utilizadores. Para esse efeito, um sistema auto-adaptativo precisa expor aspetos de seu controle para os utilizadores da Interface.

considerada inteligente ela deve possuir um ou mais das seguintes componentes [35].3

• Modelo do utilizador: é uma compilação de informações que descreve o utilizador e é usada para determinar como apresentar informação, o tipo de ajuda a conceder e como o utilizador vai interagir com a interface, sendo um dos componentes mais importantes das interfaces inteligentes;

• Ajuda Inteligente: apresenta ao utilizador a ajuda que ele precisa num período de tempo particular ou numa situação particular; o sistema reconhece o erro e propicia a causa deste erro.

• Adaptabilidade da interface: o utilizador pode configurar as preferências nas suas inter- faces, o sistema pode auto adaptar-se para melhor interagir com o utilizador, sem que este tenha que definir a ação; interfaces adaptáveis podem também determinar o tipo de interfaces a apresentar para o utilizador, dependendo da análise do modelo do utilizador. • Comunicação Multimodal: o uso de vários meios de comunicação multimodal [48]. • Reconhecimento dos Planos: é usado para deduzir o que o utilizador planeia fazer. Este

reconhecimento torna o sistema inteligente; neste reconhecimento o modelo do utilizador e as suas ações são considerados.

• Apresentação Dinâmica: Diferentes pessoas devem ser capazes de ver dados de diferentes maneiras, a forma como o sistema decide mostrar os dados é determinado pelo exame do modelo do utilizador.

Ainda existem muitas dúvidas quanto à caraterização do que se pode considerar uma interface inteligente ou “interface bem-sucedida”, que são geralmente designadas por amigáveis, o que certamente é muito pouco ilustrativo das suas caraterísticas. As capacidades de flexibilidade, acessibilidade, entre outras, são propriedades apontadas como indispensáveis para se atingir tal sucesso, pelo que muitas destas caraterísticas resultam da implementação de princípios for- malizados, tais como a previsibilidade, a coerência, a conservabilidade, entre outros [60]. Com base na premissa anterior, o problema seguinte consistirá na determinação do tipo de co- nhecimento que a interface inteligente deverá possuir para que possa observar e participar no fenómeno de interação com um ser humano de modo compreensivo, isto é, intervindo autono- mamente e com coerência.

2.3.1

Tipos de interfaces Inteligentes

A interface deve permitir que o utilizador possa traduzir as suas intenções à linguagem de en- trada do sistema e possa interpretar a resposta do sistema, avaliando se ele está a conseguir cumprir com os seus objetivos. Esta problemática permite estabelecer uma representação men- tal das intenções com o sistema, salientado a importância da relação entre o conhecimento e a sua representação, para facilitar a utilização. No entanto, os tipos de comunicação tradi- cionais, como o diálogo, não podem ser descartados, já que desempenham um papel crucial. Por esta razão, diversas pesquisas estão a avaliar como construir interfaces que se adaptem às necessidades específicas dos utilizadores [34].A adaptabilidade pode considerar unicamente as

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Devem ser utilizadas quando existe uma grande distância semântica entre a linguagem dos utilizador e a linguagem de máquina, o que poderá suficientemente complicar as tarefas do utilizador.

Figura 2.2: Figura nº2 Tipologia de Interfaces Inteligentes (modificado de KOLSKI, 1998)

preferências do utilizador ou considerar também as caraterísticas cognitivas, já que uma inter- face é definida por [76], sistema inteligente é o ultimo grau, sendo capaz de modelar o sistema humano-maquina como um sistema cooperativo [7].A inteligência das interfaces deve fazer com que os sistemas se adaptem aos utilizadores, tirem as suas dúvidas, permitam um diálogo entre o utilizador e o sistema, ou apresentar informações integradas e compreensíveis, utilizando vá- rios modos de comunicação.

Todos os sistemas de hipertexto e de hipermédia refletem algumas caraterísticas do utilizador no seu modelo e aplicam de modo a adaptar vários aspetos visíveis do sistema, pelo que são sistemas de hipermédia adaptáveis. Ou seja, o sistema deve satisfazer três critérios:

1. Deve ser um sistema hipertexto ou hipermédia; 2. Deve ter um modelo de utilizador;

3. Deve ser capaz de adaptar a hipermédia usando este modelo, ou seja, o mesmo sistema pode parecer diferente aos utilizadores com diferentes modelos.