• Nenhum resultado encontrado

3.3 Circuito Actual

3.3.1 Internamento

Admissão do doente

Cada piso de internamento está dividido em duas alas sendo que existem 3 turnos no corpo de enfermagem (manhã com 3 enfermeiros, tarde com 2 enfermeiros e noite com 1 enfermeiro). No dia e hora marcados o doente deve apresentar-se no Serviço de Apoio (piso 0) onde uma recepcionista confere a identidade e a data de internamento.

Depois de o doente se encontrar no respectivo serviço é encaminhado para a sala de espera do médico para este proceder à verificação de aptidão para cirurgia, isto se for um doente para ser intervencionado cirurgicamente. Caso contrário o enfermeiro regista as prescrições feitas pelo médico aquando da consulta externa, realiza a entrevista e através do software G.H. (Gestão Hospitalar) atribui uma cama ao doente.

Se o médico der o aval positivo no caso de doentes que vêm para ser intervencionados, o doente é encaminhado para a sala de espera onde será recebido pelo enfermeiro no sentido de este proceder à entrevista onde são registados dados pessoais e clínicos.

Se o aval do médico não for positivo é comunicado ao administrativo clínico do piso que irá anular o internamento.

O enfermeiro depois de entrevistar o doente e lhe atribuir uma cama através do software G.H. irá transcrever as prescrições médicas.

Internamento

Depois de terminada a cirurgia o enfermeiro responsável por transportar o doente preenche o documento referente à alta do bloco operatório e conduz este com a ajuda de um auxiliar de acção médica para a enfermaria.

Caso se trate de um doente internado em regime de ambulatório, o médico já deu autorização para a alta no bloco e apenas irá para a enfermaria repousar para posteriormente abandonar o hospital.

Se por outro lado for um doente em regime de internamento, o enfermeiro irá realizar uma avaliação (prescrição de enfermagem) do doente e prestar-lhe-á os cuidados que ele necessitar ou que o médico tenha indicado na folha terapêutica. Posto isto, o enfermeiro irá registar nos respectivos documentos os actos praticados.

Aquando da visita médica que é efectuada pelo médico internista, médico de serviço e pelo enfermeiro, são anotadas por este último num documento não oficial do hospital as indicações referentes ao doente.

No que diz respeito à alimentação, o enfermeiro irá transcrever essa informação e irá disponibilizá-la à dietista.

Se for prescrito algum tipo de MCDT, o enfermeiro irá dar seguimento ao pedido feito pelo médico e irá requerer o exame ao respectivo serviço. Esta troca de informação é feita através de documentos e por telefone caso haja necessidade de agilizar o processo.

Para efectuar a requisição de medicação, dentro do horário de funcionamento da farmácia, o enfermeiro irá passar a informação para a farmácia, que posteriormente enviará a medicação. Aquando da recepção da medicação o enfermeiro assina a respectiva requisição. Toda a troca de informação entre serviços é suportada por documentos em papel.

Pode também haver necessidade de medicação que a farmácia não tenha enviado. Nesse caso o enfermeiro pode recorrer ao stock fixo que existe na sala de enfermagem. A farmácia só fará a reposição do medicamento quando o médico efectuar a prescrição.

Unidade de Queimados

A admissão de um doente para a Unidade de Queimados, não se processa da mesma forma de um doente de outro serviço. Pelas especificidades deste, (normalmente os doentes que vêm para esta unidade são doentes que inspiram maiores cuidados), não há um planeamento como o que acontece com os outros doentes, daí se poder dizer que se trata de uma admissão de urgência.

O Director Cirurgia Plástica autoriza a entrada do doente, e o enfermeiro procede à sua recepção e à respectiva atribuição de cama. Depois de o doente dar entrada na Unidade de Queimados é feita uma avaliação médica onde são definidos os tratamentos e os cuidados que o doente necessita.

Posto isto é feita uma avaliação por parte do médico para aferir se o doente necessita ou não de ser intervencionado cirurgicamente. Caso seja necessário é elaborado um plano cirúrgico que posteriormente é registado pela administrativa do serviço. Como as cirurgias efectuadas a este tipo de doentes são de carácter urgente, não é necessário efectuar Programa Cirúrgico7.

Posteriormente à cirurgia e à respectiva visita médica será prescrito tudo que o doente necessita, ao nível de alimentação, de MCDT´s, de cuidados de saúde e de medicação.

No que diz respeito aos MCDT’s, à medicação e à alimentação todo o processo é semelhante a um piso de internamento, havendo no entanto por vezes a preocupação de agilizar os processos pelo estado crítico dos doentes.

No que diz respeito aos planos de cuidados prescritos, o enfermeiro realiza os respectivos actos de enfermagem, procedendo depois ao seu registo em documentos existentes para os diferentes tipos de actos praticados.

Nota ainda para o facto de estes doentes terem necessidade de cuidados frequentes, havendo uma maior quantidade de registos efectuados nesta unidade comparativamente com outros serviços.

Como são doentes que necessitam muitas vezes de suporte básico de vida, os seus dados são permanentemente reportados aos enfermeiros através de um computador existente na sala de enfermagem.

Alta

Processo iniciado pelo médico que dá indicação de aptidão para alta clínica ao doente. Este é informado com a necessária antecedência da data e da hora.

O enfermeiro preenche e entrega as notas ao chefe de enfermagem do respectivo serviço para validação.

Caso não seja doente de ambulatório o processo segue para os administrativos do serviço que entregam uma Carta de Alta onde são dadas informações relevantes ao doente (por exemplo, data de admissão e alta, tratamento efectuado, etc.).

Caso seja doente de ambulatório, a comissão de controlo de infecções, tem a obrigatoriedade de contactar o doente 24 horas depois da alta para recolher informação da sua recuperação. Posto isto é dada a alta administrativa por parte dos administrativos do piso. De referir que também os doentes de ambulatório recebem uma Carta de Alta.

Em ambos os casos (doente de ambulatório ou de internamento), é enviada também uma carta de alta para o respectivo Médico de Família.

Documentos relacionados