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Apesar de o envelhecimento populacional, tomado tanto no contexto brasileiro quanto internacional, ser amplamente reconhecido como uma das principais conquistas sociais do século XX, reconhece-se, também, que este fenômeno traz grandes desafios para as políticas públicas. (CAMARANO & PASINATO, 2004)

Dentre estes desafios, pode-se compreender que um deles esteja relacionado com a oferta de intervenções e programas, direcionados especificamente para o público idoso, que tenha a área da Educação Física como fonte importante de conhecimento para fundamentação de suas propostas. Entretanto, é importante considerar aqui que este trabalho não entende que importância desta demanda deva ser entendida como advinda do fenômeno do envelhecimento populacional. Ou seja, o maior número, tanto em termos absolutos quanto relativos, de pessoas idosas, por exemplo, na sociedade brasileira, não deve ser visto como principal criador de demandas para os sujeitos que se encontram nesta faixa etária. Se assim o fosse, a demanda por intervenções direcionadas ao público idoso não seria tão justificável, ou tão importante, caso esta população tivesse reduzido ou mesmo mantido sua participação na composição populacional da sociedade. Portanto, este trabalho entende que refletir sobre a oferta de intervenções e programas, dentre outros, aqueles que têm a Educação Física como fonte importante de conhecimento para a fundamentação de suas propostas é importante, pois os sujeitos idosos podem vir a apresentar interesses em realizar práticas que podem ser, por estas propostas, correspondidos.

Tendo isto em vista, a pesquisa realizada justificou-se por investigar uma importante categoria analítica pertencente à área da Educação Física – mas não exclusivamente a ela – as denominadas práticas corporais, categoria esta que demanda reflexão, a fim de que sejam oferecidas intervenções de qualidade, fundamentadas nesta área do conhecimento.

Investigar as práticas corporais em sua relação com os idosos guarda uma de suas importâncias quando se toma como ponto de partida o caráter da sociedade na qual estamos vivendo no tempo presente:

A questão das práticas corporais na maturidade se coloca como um problema a ser tratado na atualidade, em razão, principalmente, da tão almejada imagem de juventude que se dissemina com impiedosa frequência diante de todos os nossos sentidos, através

do crescimento da indústria do bem-estar e da publicidade. (MELO; ANTUNES & SCHNEIDER, 2005, pg. 107)

As práticas corporais ofertadas pela área da Educação Física, entendidas como parte integrante e participativa na construção da sociedade em que vivemos, comumente, também têm como característica valorizar e fomentar o alcance da imagem de juventude daqueles que as praticam.

Para além deste entendimento do jovem como valor almejado – não mais o jovem entendido somente como referente a uma categoria etária – apenas determinados conhecimentos advindos da área da Educação Física tem sido valorizados em suas propostas de intervenção:

Grande parcela das iniciativas no âmbito das políticas sociais para o uso do tempo livre, mesmo aquelas públicas e não privatistas, se filiam a uma concepção funcionalista, fundada no adestramento e na repetição dos movimentos, promovendo a disseminação de uma certa lógica instrumental no trato com o corpo. [...] Os programas sociais e as políticas públicas voltadas à promoção da saúde que têm o exercício físico ou as práticas corporais como eixo, de modo geral, têm sido estruturados tendo as questões anátomo- fisiológicas como referências centrais. Por vezes, inclusive, esse tipo de questão tem sido colocada como exclusiva para a organização metodológica e avaliação dos trabalhos desenvolvidos. Esta perspectiva, além de indicar uma inadequada concepção ontológica, tem se mostrado insuficiente para atingir os objetivos aos quais se propõe. (SILVA & DAMIANI, 2005, pg. 19)

Os autores continuam esta reflexão:

Parte desses problemas ocorre em função da subordinação dos conhecimentos produzidos pelos pesquisadores a um certo modelo biomédico que se mostrou reducionista no trato com o corpo e com as práticas corporais; uma certa coisificação ou instrumentalização do corpo para atingir outros fins, alterando a condição de sujeito para a de objeto no processo de educação e saúde. (SILVA & DAMIANI, 2005, pg. 19)

Portanto, encontrei em tais contribuições destes autores, que são figuras expressivas na produção acadêmica da Educação Física, incentivo e justificativa para a realização desta pesquisa. O objetivo de investigar as práticas corporais – bem como os usos do corpo e os contextos socioculturais que exerceram influência nessas experiências corporais de idosos, ao

longo de suas vidas – condiz com a necessidade que a reflexão teórica indica de se conceber o idoso, aquele que experiencia intervenções advindas da área da Educação Física, como sujeito, ultrapassando sua condição de objeto neste processo de educação e saúde – e também no processo de educação em saúde – que são constituídos pelas experiências de práticas corporais.

Para mim, este movimento de conceber o idoso como sujeito nestes processos pode ser beneficiado através do conhecimento aprofundado sobre suas experiências corporais realizadas ao longo de sua existência. Este conhecimento, mobilizado através da pesquisa acadêmica, pode dar lugar de destaque aos saberes corporais desses sujeitos idosos no processo de elaboração e realização de intervenções pedagógicas da Educação Física, concebendo os saberes desses sujeitos como fundamentais para a construção do próprio conhecimento acadêmico.

Ainda com relação a este movimento de conceber o idoso como sujeito nas práticas corporais, tal ato se afasta do seguinte entendimento que circula em nossa sociedade sobre quem é o idoso, sobre o que vem a ser a fase de vida da velhice:

A imagem que circula, especialmente nos discursos midiáticos, é que não queremos envelhecer, não queremos que o tempo passe. Queremos, se possível, nos congelar, para acordar em um futuro distante, de preferência jovem, bonito, saudável e com muito dinheiro. Minha história, memórias, relações, pessoas, o mundo que recebemos de presente para com ele aprendermos a nos relacionar se tornou mero acessório, detalhe dispensável. (DEBORTOLI, 2012, pg. 11)

Esta pesquisa, portanto, não desejou tomar história, memórias, e relações dos idosos como detalhes dispensáveis. Pelo contrário, queis enaltecer tais dimensões, especialmente naquilo que diz respeito às suas experiências corporais. Enaltecer esses aspectos foi possível através do uso da metodologia escolhida para a realização desta investigação – a metodologia da História Oral, também denominada como Método Biográfico.

Por fim, justifica-se esta pesquisa corroborando novamente do Debortoli em seu entendimento de como o envelhecimento – o idoso e também a velhice – podem ser entendidos:

Compreende-se que o envelhecimento também pode ser reconhecido como percurso de desenvolvimento, de sabedoria, de constituição de habilidades de viver. Ser velho- jovem-criança como uma totalidade capaz de inspirar uma prática-narrativa de vida

como experiência-lembrança de nossas transformações e dos aprendizados permanentes e necessários das formas de viver. (DEBORTOLI, 2012, pg. 4)

Ou seja, esta pesquisa entende que a velhice, enquanto prática-narrativa, pode ser vivida também através da experiência de rememoração e reflexão sobre as experiências corporais realizadas ao longo da existência do sujeito, sendo esta mesma velhice vivida através uma experiência-lembrança das transformações e aprendizados que tiveram o corpo como locus privilegiado de ação, em todas as fases anteriores de vida, inclusive no tempo presente de velhice.

3 OBJETIVOS

O objetivo desta pesquisa foi investigar, através das narrativas de memória de velhos, as experiências de práticas corporais e usos do corpo que esses sujeitos realizaram ao longo de suas vidas, bem como os contextos socioculturais em que esses velhos estiveram imersos no decorrer de suas existências. O investigar os contextos socioculturais de vida desses sujeitos justificou-se devido à influência que, de alguma maneira, podem exercer sobre as experiências de uso do corpo e de práticas corporais por eles vivenciados e significados outrora e que são, hoje, narrados e ressignificados no tempo presente de velhice. Neste mesmo sentido, estive atenta para compreender os significados que tais experiências de práticas corporais, usos do corpo e contextos socioculturais produziram nesses velhos, atores sociais.

4 SUJEITOS E MÉTODOS

A metodologia utilizada foi o Método Biográfico, também denominada como História Oral, metodologia esta que possui caráter qualitativo. Esta metodologia é apresentada por Alessandro Portelli em uma importante definição:

A História Oral é uma ciência e arte do indivíduo. Embora diga respeito – assim como a sociologia e a antropologia – a padrões culturais, estruturas sociais e processos históricos, visa aprofundá-los, em essência, por meio de conversas com pessoas sobre a experiência e a memória individuais e ainda por meio do impacto que estas tiveram na vida de cada um. (PORTELLI, 1997, pg. 15)

Dentro da metodologia da História Oral, a técnica escolhida foi a coleta de depoimentos orais. A escolha por esta técnica justifica-se pela intenção desta pesquisa em investigar a história de vida do velho interlocutor, relacionada aos temas de interesse próprios desta investigação: as experiências de práticas corporais e de usos do corpo que esse velho realizou ao longo de sua vida, bem como os contextos socioculturais nos quais este idoso esteve imerso, também ao longo de toda a sua vida, incluindo o tempo presente de velhice.

A metodologia da História Oral apresenta as seguintes perguntas que lhe são fundamentais: Quem fala? De onde fala? Por que fala? Para quem fala? Nesse sentido, estive atenta a elas ao longo de todo o processo de coleta dos relatos, bem como nas fases de organização e análise dos dados.

Esta metodologia, assim como qualquer outra, apresenta suas peculiaridades e cabe ao pesquisador, que dela faz uso, estar atento a determinados caminhos ou estratégias para que ela se desenvolva da melhor maneira possível. Especialmente em relação à História Oral, é de importante valor para o melhor resultado da pesquisa a relação que se constrói entre o pesquisador entrevistador e o interlocutor entrevistado:

[...] para realizarmos uma experiência de pesquisa com memórias orais é necessário nos aproximarmos com transparência e sinceridade dos depoentes, na busca da construção de uma relação aprofundada e sincera. Para que a relação se fortaleça é necessário esclarecer aos depoentes os objetivos da pesquisa e explicitar os prováveis produtos que

dela resultarão, construindo assim, com eles, uma “comunidade de destino”, que lhes permita sentirem-se como co-participantes na construção do conhecimento sobre o passado, por via da oralidade. (SIMSON, 2006, pg. 1)

No decorrer da realização das entrevistas, nas quais foram coletados os depoimentos orais de velhos interlocutores, foi imprescindível que eu, enquanto pesquisadora, me comportasse como tal inclusive neste momento de escuta das narrativas. O ato investigativo não se deu somente na etapa de análise dos depoimentos, mas também através da “observação participante” do pesquisador durante a realização das entrevistas. A importância desta atitude do pesquisador é enaltecida por Simson, quando ela compartilha com o leitor sua experiência na realização de pesquisas que fizeram uso da metodologia da História Oral:

Através da observação participante pudemos então perceber as diversas maneiras pelas quais não somente relatos orais nos transmitem mensagens importantes para a pesquisa, mas também atitudes, fatos e comportamentos paralelos são utilizados pelos informantes para fazer chegar aos pesquisadores suas visões de mundo e de si mesmos. O importante é estar alerta e saber captar essas mensagens incorporando-as ao processo de análise dos relatos orais. (SIMSON, 2003, pg. 93)

Portanto, mesmo antes da etapa de análise dos depoimentos orais, o pesquisador entrevistador, no decorrer da entrevista, já coloca em prática seu esforço reflexivo a fim de atentar-se não só àquilo que está sendo narrado, mas também às demais fontes de dados que o próprio interlocutor produz em sua posição de entrevistado.

Esta atenção do pesquisador para aquilo que está além do narrado também tomou parte importante na própria etapa de análise destes depoimentos. A relevância destas demais observações realizadas pelo pesquisador pode ser favorecida caso haja uma preocupação em organizá-las em um diário de campo:

O exercício da observação participante – que se torna passível de ser incorporada à análise dos depoimentos pela elaboração cuidadosa de um meticuloso diário de campo – precisa ser incentivado [...] porque é por meio dele que, entre outros aspectos, os diversos processos mnemônicos utilizados pelos depoentes são percebidos e podem ser mais bem estudados. (SIMSON, 2003, pg. 99)

[...] no sentido de estar atenta, durante toda a realização de seu trabalho, aos pequenos indícios que o convívio com os informantes nos fornece e que podem, a princípio, parecer irrelevantes, mas que constituem muitas vezes chaves fundamentais na análise dos relatos colhidos. Disso decorre a importância da elaboração do caderno de campo que, registrando esses indícios, se constituirá na maneira mais eficiente de incorporá-los de maneira válida às análises. (SIMSON, 2003, pg. 102)

Importante perceber aqui como, de fato, a pesquisa em História Oral apenas pode se realizar mediante a construção de um relacionamento sincero e responsável entre pesquisador e interlocutor, uma vez que ambos são entendidos como sujeitos produtores de conhecimento durante o processo de investigação realizado através das entrevistas. Uma melhor e mais cuidadosa apreensão das lembranças narradas pelo interlocutor só pode ser possível através do exercício de atenção com foco no sujeito narrador, e não apenas naquilo que é narrado oralmente. O papel do pesquisador no processo de investigação é ainda mais profundamente descrito a partir das seguintes contribuições de Simson:

Para trabalhar com o Método Biográfico ou a História Oral, no qual a memória dos informantes constitui a principal fonte de dados do pesquisador, este também deve estar consciente de que sua própria memória tem que ser utilizada como uma das ferramentas principais nos processos de registro, organização e análise da documentação recolhida. Por isso mesmo não deve confiar apenas na própria capacidade de memorização e é importante saber valer-se de auxiliares fundamentais ao processo de pesquisa qualitativa, como o diário de campo. (SIMSON, 2003, pg. 99)

A metodologia da História Oral, segundo o referencial adotado para a construção desta pesquisa, também parece estar atenta às contribuições feitas por Michael Pollak (1992) sobre o processo de construção das memórias. Mais uma vez compartilhando suas experiências com pesquisas que fizeram uso da metodologia da História Oral, Simson aponta para a importância da construção de um diário de campo a fim de que o pesquisador não perca alguma lembrança, opinião ou depoimento que o interlocutor não deseja que permaneça registrado no desenvolvimento do trabalho pelo pesquisador. Ou seja, o diário de campo foi ferramenta atuante no processo de construção das memórias:

O caderno de campo será também o repositório das observações do pesquisador baseadas na sua própria memória quando, ao longo da coleta do depoimento, for solicitado a ele que desligue o gravador porque o depoente deseja relatar fatos que não quer que fiquem gravados. Esse registro por escrito é fundamental porque o depoente sabe que se faz necessário que o pesquisador conheça os eventos relatados sem o uso do gravador, pois sem esse conhecimento ele não compreenderá inteiramente o longo relato registrado materialmente. Tais fatos gravados a partir da memória não serão veiculados nos textos oriundos da pesquisa, mas constituem chaves centrais nos processos de análises dos dados. (SIMSON, 2003, pg. 102)

Reiterando a importância fundamental da criação de uma relação respeitosa, de confiança e responsabilidade que deve desenvolver-se entre interlocutor e pesquisador dentro desta perspectiva da metodologia da História Oral, Simson chama a atenção para processos que farão parte da construção desta relação:

[...] o processo de pesquisa com o Método Biográfico, além de obrigar o pesquisador a um constante repensar das suas bases teóricas, por estar cotidianamente colocando em xeque suas chaves interpretativas perante as vivências concretas dos informantes, é um tipo de trabalho que, investigando processos profundos de reconstituição do self, a que esse reelaborar da memória individual e grupal necessariamente nos conduz, provoca transformações tanto nos entrevistados como nos pesquisadores, criando muitas vezes aquilo que denominamos de uma parceria fecunda, a qual tem geralmente como resultado um trabalho altamente enriquecedor. Na verdade, quando essa relação consegue ser bem construída, nem pesquisador nem pesquisado saem os mesmos do processo de reconstrução do passado sociocultural do grupo estudado. (SIMSON, 2003, pg. 103)

Os sujeitos que foram pesquisados participam do projeto de extensão universitária denominado Projeto Educação Física para a Terceira Idade, que pertence à Universidade Federal de Minas Gerais, e está vinculado à Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional e ao Departamento de Educação Física há cerca de 20 anos.

A escolha dos voluntários da pesquisa foi guiada pelo entendimento de que a comparação é a ferramenta por excelência das Ciências Humanas. Nesse sentido, o grupo de sujeitos pesquisados apresentou diversidade nos aspectos socioculturais que foram investigados. Uma

ampla diversidade nesses aspectos possibilitou uma comparação mais rica em elementos, no momento da análise dos resultados que se deu de maneira comparativa.

Nesse sentido, a seleção dos potenciais voluntários para esta pesquisa se deu a partir de um primeiro encontro com 12 idosos a fim de que eu pudesse obter deles informações preliminares a respeito dos aspectos socioculturais que seriam investigados na pesquisa. Dentre esses 12 idosos, foram selecionados quatro, duas mulheres e dois homens, que foram convidados, por mim, a participar da pesquisa. Todos os quatro sujeitos tem idade superior a 60 anos e participam do Projeto desde o começo de sua oferta, ou seja, há cerca de 20 anos.

As entrevistas foram realizadas com cada idoso individualmente, em local de sua escolha, quando então este sujeito foi convidado a me contar de que maneira se deu o uso de seu corpo ao longo de sua vida, envolvendo as fases da infância, juventude, idade adulta e velhice. Com cada idoso participante da pesquisa, foram realizadas, em média, cinco entrevistas, tendo cada uma duração média de uma hora e trinta minutos.

Nestas entrevistas, o idoso voluntário lembrou o passado e contou aquilo que desejou dizer sobre o tema de interesse da pesquisa. Foi usado um gravador de áudio a fim de gravar aquilo que o idoso entrevistado desejou que fosse gravado. Quando foi o caso de ele não desejar gravar algo que desejou contar para mim, em sigilo, o idoso voluntário pôde solicitar que o gravador fosse desligado e religado quando ele assim determinasse. Caso, num momento futuro, o idoso voluntário deseje que eu, enquanto pesquisadora, não faça quaisquer usos de algo que tenha dito e/ou gravado através do gravador de áudio, ele poderá solicitar que a parte da gravação seja apagada ou que eu não faça uso de tais informações narradas.

Um roteiro de temas que poderiam ser abordados na etapa de coleta dos dados, ou seja, nas entrevistas, norteou as narrativas de cada idoso. As temáticas deste roteiro foram construídas para compreender com a maior profundidade possível as práticas corporais que os depoentes realizaram e os significados destas para o idoso, bem como os processos que atuaram na produção desses significados. Os possíveis temas que foram abordados nas entrevistas com cada idoso participante foram: descendência, status econômico, religiosidade/espiritualidade, educação formal, educação informal, educação não formal, tempo de trabalho/obrigações, lazer/tempo livre, saúde e práticas de cuidado, práticas corporais e experiências vivenciadas através da participação no Projeto Educação Física para a Terceira Idade. Deixei claro que estes eram possíveis temas, pois a trajetória dos sujeitos entrevistados pode não ser tocada por um ou mais

desses temas escolhidos previamente, bem como o sujeito entrevistado pôde trazer à tona, através de suas narrativas de memória, outros temas que eu não havia considerado em minha reflexão ao elaborar a pesquisa.

Os idosos entrevistados foram convidados a, caso fosse de seu interesse, trazer para a sua narrativa objetos ou fontes documentais e imagéticas que, no seu entendimento, poderiam contribuir para a minha compreensão quanto ao seu tema de investigação. Sobre a importância

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