• Nenhum resultado encontrado

Kelvin Probe Force Microscopy ´e uma t´ecnica associada ao AFM no modo n˜ao contato para medir intera¸c˜oes el´etricas entre a ponta e a amostra. A Figura 2.7 mostra uma representa¸c˜ao do m´etodo. A medida ´e feita simultanemaente `

a medida de topografia, mas para medir a for¸ca eletrost´atica separadamente de outras for¸cas de intera¸c˜ao (por exemplo van der Waals) aplica-se um potencial ac, Vac, entre a ponta e a amostra, na frequˆencia fac que ´e diferente da frequˆencia de oscila¸c˜ao mecˆanica da alavanca, e um potencial VDC, que pode ser aplicado a ponta ou a amostra. O KPFM permite medir a diferen¸ca de potencial de contato VCP D, tamb´em chamado de potencial de superf´ıcie (SP) que ´e a nomenclatura que usaremos na apresenta¸c˜ao dos resultados deste trabalho. A equa¸c˜ao 2.1 mostra

Figura 2.6: Potencial de for¸ca interatˆomica em fun¸c˜ao da distˆancia entre ponta de prova e a superf´ıcie da amostra [70].

que o VCP D´e definido como a diferen¸ca entre as fun¸c˜oes trabalho da ponta, Φponta, e da amostra, Φamostra [71-73].

VCP D =

Φamostra− Φponta

e = SP (2.1)

Nas medidas de potencial de superf´ıcie, a for¸ca eletrost´atica leva a uma deflex˜ao na alavanca e o sinal medido no fotodetector ´e enviado a um amplificador Lock -in. Um modelo simples [72] para a for¸ca eletrost´atica consiste em representar o sistema ponta-amostra como um capacitor de placas paralelas separadas por uma distˆancia d no eixo z, sendo C(r) a capacitˆancia entre a ponta e um ponto r da amostra. Como s˜ao aplicados dois potenciais: Vdc e Vac, na frequˆencia fac, o potencial total ´

e:

V (t) = Vdc− VCP D+ Vacsin (2πfact) (2.2)

A for¸ca eletrost´atica, Fel ´e a derivada da energia eletrost´atica em rela¸c˜ao a se- para¸c˜ao z entre a ponta e a amostra. Portanto:

Figura 2.7: Representa¸c˜ao do KPFM, mostrando medidas simultˆaneas para a topografia e o potencial de superf´ıcie [74].

Fel= −1 2 ∂C(r) ∂z V 2 (t) (2.3)

Substituindo a equa¸c˜ao 2.2 na equa¸c˜ao 2.3:

Fel = − 1 2 ∂C(r) ∂z [(Vdc− VS) 2+1 2V 2 ac] − ∂C(r) ∂z (Vdc− VS)Vacsin (2πfact) (2.4) + 1 4 ∂C(r) ∂z cos (2π(2fact))

Podemos identificar 3 termos na equa¸c˜ao 2.4: uma termo dc, um termo Ffac que

depende da frequˆencia fac, que ´e o termo usado para medir o VCP D, e um termo que depende da frequˆencia 2fac. Fel como:

onde: Fdc = − 1 2 ∂C(r) ∂z [(Vdc− VS) 2+1 2V 2 ac] (2.6) Ffac = − ∂C(r) ∂z (Vdc− VS)Vacsin (2πfact) (2.7) F2fac = + 1 4 ∂C(r) ∂z cos (2π(2fact)) (2.8)

A equa¸c˜ao 2.5 para a for¸ca eletrost´atica ´e v´alida para um sistema ponta-amostra met´alico. No caso de uma amostra semicondutora o termo Ffac pode ser escrito

como:

Ffac =

QS 0

Cef fVacsin (2πfact), (2.9) onde QS ´e a carga superficial do semicondutor, 0 ´e a constante diel´etrica e Cef f ´e a capacitˆancia efetiva do sistema. Neste caso o termo −C(Vdc− VS) ´e substitu´ıdo por QS.

Podemos observar na equa¸c˜ao 2.7 que o termo Fw da for¸ca eletrost´atica total ´e proporcional ao potencial de superf´ıcie Vs e pode ser anulado pela tens˜ao Vdc. As- sim pode ser feita uma varredura sistem´atica para medir o potencial de superf´ıcie atrav´es da tens˜ao dc aplicada [72].

A Figura 2.8 mostra um diagrama de energia representando a intera¸c˜ao el´etrica entre a ponta e a amostra e a fun¸c˜ao trabalho, que ´e a diferen¸ca entre o n´ıvel de Fermi e o n´ıvel de v´acuo, para os dois materiais.

Figura 2.8: Diagrama de energia: (a)ponta e amostra isoladas eletricamente; (b)contato el´etrico e (c) aplica¸c˜ao do potencia VDC para anular a diferen¸ca de

No caso (a) a ponta e a amostra est˜ao separadas a uma distˆancia d e est˜ao isoladas eletricamente. Os n´ıveis de v´acuo est˜ao alinhados, mas o n´ıvel de Fermi varia de acordo com a fun¸c˜ao trabalho. Em (b), quando as amostras s˜ao conectadas eletricamente, h´a uma transferˆencia de el´etrons e os n´ıveis de Fermi se alinham na situa¸c˜ao de equil´ıbrio. Devido `a transferˆencia de cargas, h´a uma for¸ca eletrost´atica entre a ponta e amostra e um diferen¸ca de potencial de contato VCP D que ´e a diferen¸ca entre as fun¸c˜oes trabalho. Em (c) ´e aplicado um potencial VDC de modo a anular VCP D, que ´e o potencial de superf´ıcie a ser medido.

Resumindo, no KPFM a for¸ca eletrost´atica gera uma deflex˜ao na alavanca que ´e medida pelo fotodetector e o sinal ´e enviado a um amplificador Lock-in que separa a componente Ffac. O sistema de retroalimenta¸c˜ao mapeia ent˜ao o potencial Vdc que

anula (ou minimiza) a amplitude da for¸ca Ffac. Neste caso, o microsc´opio realiza a

medida no modo AM-KPFM (amplitude-modulation). A for¸ca eletrost´atica entre a ponta e a amostra leva `a modula¸c˜ao da frequˆencia de ressonˆancia f0 da alavanca pelas frequˆencias fac e 2fac e portanto, ao aparecimento de bandas laterais em f0± fac e f0 ± 2fac ao redor do pico de ressonˆancia f0. Assim, um outro modo de opera¸c˜ao ´e o FM-KPFM (frequency-modulation), que consiste em anular (ou minimizar) a componente de frequˆencia f0±fac, que tamb´em depende do potencial VDC.

As medidas de potencial de superf´ıcie apresentadas neste trabalho foram realizadas no modo AM-KPFM com o Microsc´opio Agilent 5500, que possui m´odulo MAC III com 3 Lock -ins. Foram usadas pontas metalizadas SCM-PIT/ Pt-Ir. Durante as medidas, imagens de topografia, fase e SP foram obtidas simultaneamente. O microsc´opio possui uma cˆamara para fluxo de nitrogˆenio. A medida ´e realizada ap´os um tempo pr´evio da amostra na cˆamara em ambiente seco para diminuir efeitos de estados eletrˆonicos de superf´ıcie devido `a oxida¸c˜ao ou adsor¸c˜ao de ´agua, por exemplo.

As amostras para medidas de potencial de superf´ıcie foram funcionalizadas de acordo com o protocolo descrito no in´ıcio desse cap´ıtulo.

As imagens de SP apresentam um mapeamento do potencial de superf´ıcie em rela¸c˜ao a um ponto de referˆencia. Como as amostras funcionalizadas apresen- taram em geral, superf´ıcies homogˆeneas, n˜ao ´e poss´ıvel estabelecer uma regi˜ao de referˆencia para medir as varia¸c˜oes de potencial em outras regi˜oes da amostra. Ent˜ao foi utilizada como referˆencia uma amostra de InP, com plasma de O2, mas

sem nenhum processo de funcionaliza¸c˜ao e uma amostra correspondente funcio- nalizada. As duas amostras foram montadas no mesmo suporte do microsc´opio. Foram feitas medidas em 3 regi˜oes da amostra de referˆencia e em seguida em 3 regi˜oes da outra amostra, sem modificar os ajustes do microsc´opio. Desse modo foi poss´ıvel observar varia¸c˜oes no SP m´edio calculado para cada amostra.

Cap´ıtulo 3

Resultados

3.1

Biossensor

A seguir ser˜ao apresentados os resultados das medidas el´etricas realizadas para 4 biossensores. Foram feitas 6 medidas I x V, aplicando uma rampa de tens˜ao de -100 mV a 100 mV e medindo a corrente, a cada 10 min. A resistˆencia foi calculada a partir do inverso da inclina¸c˜ao da curva. Cada ponto do gr´afico obtido para a resistˆencia em fun¸c˜ao do tempo representa uma m´edia dos valores de resistˆencia calculados nas 6 curvas IxV.

O biossensor 1 foi feito com a amostra de InP#3227 que possui aproximadamente 70 nm de espessura nominal e concentra¸c˜ao de portadores da ordem de 1015cm−3. A Figura 3.1 mostra as medidas de resistˆencia em fun¸c˜ao do tempo do biossensor 1.

Inicialmente, para a calibra¸c˜ao da resposta do dispositivo, foi feita uma medida com buffer TRIS, 1 h depois de adicionar a solu¸c˜ao na c´elula l´ıquida. A Figura 3.1 ilustra que a resistˆencia do dispositivo com o buffer TRIS estabiliza em R0= (0,739 ± 0,003) MΩ ap´os 20 min a partir do in´ıcio da medida. A barra de erro para o primeiro ponto do gr´afico apresenta-se maior que nos demais (onde n˜ao ´e vis´ıvel na escala utilizada) devido `a intera¸c˜ao dos ´ıons da solu¸c˜ao com a superf´ıcie. Depois da medida de calibra¸c˜ao, a solu¸c˜ao com buffer TRIS foi removida e substitu´ıda por uma solu¸c˜ao de TRIS contendo as m´oleculas de target ssDNA com concentra¸c˜ao de 10 pM, a qual foi a menor concentra¸c˜ao utilizada nas medidas do biossensor.

Observamos que ap´os 30 min a partir do in´ıcio da medida, a resistˆencia estabilizou em um valor maior que R0.

Figura 3.1: Medidas de resistˆencia em fun¸c˜ao do tempo para o biossensor 1, mostrando inicialmente a estabiliza¸c˜ao com buffer TRIS e os experimentos de

titula¸c˜ao com target ssDNA.

Depois de 1 h de medidas com esta concentra¸c˜ao, a solu¸c˜ao na c´elula l´ıquida foi substitu´ıda pela solu¸c˜ao com target ssDNA na concentra¸c˜ao de 20 pM. O mesmo procedimento foi realizado para as concentra¸c˜oes de 30 pM e 50 pM. N˜ao obser- vamos a estabiliza¸c˜ao da resposta na concentra¸c˜ao de 50 pM pois o tempo de medida foi menor, obtendo apenas trˆes pontos. Visto que a varia¸c˜ao da resistˆencia em rela¸c˜ao `as medidas com a concentra¸c˜ao anterior (30 pM) foi pequena, as me- didas indicam que a satura¸c˜ao da reposta do biossensor ocorre na concentra¸c˜ao de 50 pM, isto ´e, os receptores na superf´ıcie j´a est˜ao preenchidos de modo que a adi¸c˜ao de mais ligantes n˜ao modifica a deple¸c˜ao do canal de condu¸c˜ao e portanto n˜ao observaremos um aumento na resitˆencia com a di¸c˜ao de concentra¸c˜oes maiores de target DNA.

A Figura 3.2 ilustra a varia¸c˜ao relativa ∆R

R0 de cada ponto em rela¸c˜ao ao valor de ca-

libra¸c˜ao R0, para as concentra¸c˜oes de 10 pM a 50 pM, em fun¸c˜ao do tempo. Como a resistˆencia establilizou ap´os 30 min a partir da adi¸c˜ao de cada concentra¸c˜ao, assumimos que este ´e o tempo de resposta do dispositivo.

Figura 3.2: Gr´afico da varia¸c˜ao relativa da resistˆencia em fun¸c˜ao do tempo, a partir da adi¸c˜ao de target em concentra¸c˜oes entre 10 pM e 50 pM para o

biossensor 1.

O aumento da resistˆencia a partir da adi¸c˜ao de DNA indica que o dispositivo funciona no modo depletado, isto ´e, as cargas negativas do DNA na superf´ıcie provocam um band bending no potencial ∆V0, na interface entre o semicondutor e a camada funcionalizada, de modo que esta varia¸c˜ao no potencial vai modular a largura da camada de deple¸c˜ao. Aumentando a quantidade de cargas negativas na superf´ıcie, esperamos que a largura da camada de deple¸c˜ao aumente, j´a que o semicondutor ´e do tipo n. Consequentemente, a resistˆencia deve aumentar. A Figura 3.3 ilustra a resposta ∆RR

0 em fun¸c˜ao da concentra¸c˜ao de target DNA no

analito para o biossensor 1 . Cada ponto do gr´afico ´e uma m´edia dos 3 ´ultimos valores obtidos nas medidas el´etricas para cada concentra¸c˜ao de DNA. A curva verde apresenta um ajuste pelo modelo de isoterma de Langmuir (equa¸c˜ao 3.1), que permite obter a constante de afinidade de liga¸c˜ao entre as biomol´eculas no equil´ıbrio. Assim, a resposta ∆RR

0 do biossensor foi ajustada `a fun¸c˜ao:

F (x) = Km´ax· x x + Kd

(3.1)

Km´ax representa a constante de adsor¸c˜ao m´axima de ligantes (target ssDNA na superf´ıcie e KD ´e uma constante de equil´ıbrio que representa a afinidade de liga¸c˜ao

Figura 3.3: Gr´afico da varia¸c˜ao relativa da resistˆencia em fun¸c˜ao da concen- tra¸c˜ao de target DNA para o biossensor 1. Os pontos representam a m´edia da resposta do biossensor ap´os a estabiliza¸c˜ao em cada concentra¸c˜ao de target e as barras de erro representam o desvio da m´edia. A curva verde representa o ajuste realizado pela fun¸c˜ao f (x) = Kmax· x/(x + KD) do modelo de isoterma

de Langmuir.

entre os ligantes (target ssDNA) e receptores (probe ssDNA) na superf´ıcie. Os valores obtidos atrav´es do ajuste com a isoterma de Langmuir foram: Km´ax = (35 ± 2) e KD = (16 ± 2) pM.

O biossensor 2 foi feito com a amostra de InP#3235, que apresenta a mesma espessura da amostra do biossensor 1, por´em a dopagem residual apresentou uma concentra¸c˜ao de portadores (N ) mais baixa que o primeiro. Neste caso temos N '1014 cm−3 .

A Figura 3.4 ilustra as medidas de resistˆencia em fun¸c˜ao do tempo para as medidas com o buffer e em seguida com concentra¸c˜oes de target ssDNA de 10 pM, 20 pM e 30 pM. Na calibra¸c˜ao com o buffer TRIS, o valor encontrado para R0 foi (4, 27 ± 0, 01)M Ω. Ap´os 40 min de medidas, foi inserida a solu¸c˜ao com target ssDNA 10 pM, e similarmente ao biossensor 1 a resistˆencia aumentou.

Com a adi¸c˜ao de solu¸c˜oes com 20 pM e 30 pM, n˜ao verificamos varia¸c˜oes signi- ficativas em rela¸c˜ao `a resistˆencia medida na primeira concentra¸c˜ao, o que indica

que a resposta deste dispositivo saturou para 10 pM, diferentemente do biossensor 1. Al´em disso o valor da resistˆencia estabilizou 40 min ap´os a adi¸c˜ao de cada concentra¸c˜ao. Assim, este biossensor apresentou um tempo de resposta maior que o primeiro.

Figura 3.4: Medidas de resistˆencia em fun¸c˜ao do tempo para o biossensor 2, mostrando inicialmente a estabiliza¸c˜ao com buffer TRIS e os experimentos de

titula¸c˜ao com target ssDNA.

A Figura 3.5 apresenta a resposta ∆RR

0 em fun¸c˜ao do tempo para as medidas com

target. Observamos que a concentra¸c˜ao de 10 pM fornece uma varia¸c˜ao de apro- ximadamente 18 % no valor da resistˆencia, mas a varia¸c˜ao para as concentra¸c˜oes 20 pM e 30 pM n˜ao foi significativa, com as resistˆencias permanecendo pr´oximas do valor para 10 pM.

A Figura 3.6 ilustra as medidas de resistˆencia em fun¸c˜ao do tempo na calibra¸c˜ao com buffer e nos experimentos de titula¸c˜ao com target em concentra¸c˜oes entre 10 pM e 10 µM para o biossensor 3, que foi feito com a amostra InP#3228, cuja dopagem residual tamb´em apresentou uma concentra¸c˜ao de portadores da ordem de 1014cm−3, mas a espessura da amostra foi de ' 140 nm, sendo o dobro da espessura das duas primeiras amostras.

Como pode ser observado na Figura 3.6, o valor m´edio para R0 encontrado nas medidas com o buffer TRIS foi de (1, 28 ± 0, 01) MΩ. Ap´os a adi¸c˜ao de target

Figura 3.5: Gr´afico da varia¸c˜ao relativa da resistˆencia em fun¸c˜ao do tempo, a partir da adi¸c˜ao de target ssDNA em concentra¸c˜oes entre 10 pM e 30 pM para

o biossensor 2.

Figura 3.6: Medidas de resistˆencia em fun¸c˜ao do tempo para o biossensor 3, mostrando inicialmente a estabiliza¸c˜ao com buffer TRIS e os experimentos de

ssDNA, variando a concentra¸c˜ao de 10 pM at´e 10 nM, n˜ao observamos uma va- ria¸c˜ao significativa na resistˆencia, isto ´e, a varia¸c˜ao em rela¸c˜ao ao valor calibrado R0 foi menor que 10%, o que est´a dentro da faixa de resposta para medidas n˜ao espec´ıficas em experimentos realizados anteriormente com o biossensor de InP [63]. A Figura 3.7 apresenta a resposta ∆RR

0 para os experimentos de titula¸c˜ao, onde

notamos varia¸c˜oes menores que 10% para concentra¸c˜oes de at´e 10 nM. Quando adicionamos a concentra¸c˜ao de 1 µM, a resposta aumentou para 20%, o qual foi o valor encontrado para os dois primeiros biossensores. Aumentando a concentra¸c˜ao para 10 µM, ocorre a satura¸c˜ao da resposta.

Figura 3.7: Gr´afico da varia¸c˜ao relativa da resistˆencia em fun¸c˜ao do tempo, a partir da adi¸c˜ao de target ssDNA em concentra¸c˜oes entre 10 pM e 10 µM para

o biossensor 3.

O biossensor 4 foi feito com a amostra InP#3154, dopada com Si, que apresentou concentra¸c˜ao de portadores da ordem de '1018 cm−3 e tem maior espessura (aproximadamente 300 nm). A Figura 3.8 ilustra as medidas de resistˆencia em fun¸c˜ao do tempo para este biossensor.

O valor da resistˆencia com o buffer TRIS estabiliza em R0 = (150, 706 ± 0, 002)Ω. Por´em ap´os a adi¸c˜ao de concentra¸c˜oes de DNA 10 pM e 50 pM, a resistˆencia pra- ticamente n˜ao varia, ou seja, o campo el´etrico das mol´eculas de DNA na superf´ıcie n˜ao ´e suficiente para modular a largura da camada de deple¸c˜ao.

Figura 3.8: Medidas de resistˆencia em fun¸c˜ao do tempo para o biossensor 4, mostrando a estabiliza¸c˜ao com buffer TRIS e os experimentos de titula¸c˜ao com

target ssDNA nas concentra¸c˜oes de 10 pM e 50 pM.

Documentos relacionados