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lado exterior (ou seja em direcção ao inimigo), a uma pafêdô

No documento As Cidades Romanas - Pierre Grimal (páginas 45-49)

uma a mu- eracomo em aos anos o an- 1 nas ,em nos nossos i»u

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OS

MONUMENTOS URBANOS

TÍPICOS

AS

CIDADES ROMANAS

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sólida que atingia um metro de

espessura.

Por cima das

câmaras, haviaocaminhoda ronda. Estesistematinha várias

vantagens:não só permitiadispôr denumerosos arsenaise

de salas dearmas abrigadas,massobretudodiminuiao volu¬ me totaldaalvenariasemcomprometer asolidez do conjunto. Aliás,estanãoé uma

invoação

dos engenheiros deAureliano,

masacontinuaçãodeumalonga tradição queaparentemente remonta à época

helenística.

A mesma técnicaaparece em

Cherchel(no séculoId.C.), naGrã-Bretanha,emCilurnum (Chester),no tempodeAdriano eaindanoutros locais.

Naturalmente

que sedeveráequiparara muralhaaureliana todas aquelas de que as grandescidades do Império se

rodearam em meados e fins do século IIId.C.: Bordéus,

Saintes,Périgueux, da mesma maneira queLondreseParis.

Em todoolado

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Fig. 24.-Cherchel.AportaSul. Planta

SegundoP.M. Duval. ChercheletTipasa...,fig.13,p. 101 aparecemasmesmacaracterísticas:materiais

reutilizados, retiradosdemonumentosde épocas anteriores,

sobretudoatúmulos, lajescom

inscrições

(quedestamaneira

foramconservadas), capitéisesculpidos, fragmentosdefrisos

ou decolunas, tudo serve aos engenheiros que não perdem tempo.

Todavia, porapressadasque sejam,estasfortificaçõesnão estão isentas de grandeza. Sobretudo as portas foram em

muitos casos concebidasnumestilo monumental. Os enge¬ nheirosromanos tinham por trás deles longas tradições das quais algumas remontavam à época helenística. Também tinhamherdadodos arquitectositálicosumapredilecção pelos

arcoseabóbodas.Assim,verifica-seaexistênciadeumestilo

bemcaracterísticoquedistingueasportasdas muralhas Na maiorpartedos casos, compõem-se deumantepátio aquedá acessoumapassagemabobadada. É,porexemplo,o

caso emCherchel(fig.24)de umaportaque provavelmente

data doséculoId.C.Emalguns casos,aabóbodaésimples;

por vezes é dupla,e até tripla: neste caso, o do centro éo

mais largo dos trêsarcos.Em muitos casos,aportaficacom¬

preendidaentreduastorresque completamasuadefesa.Tal

acontececomtodasas grandesportasda muralha aureliana,

emRoma. Masoexemplo maisfamoso sérátalvezacélebre

PortaNegra,de Tréver.os,queremontaa finais do século III

ou

princípios

doIVda nossaera(figg25).Sócomportadois

arcos e umantepátio,ladeadosde duas torressemicirculares

salientes. Asuafachadaéformadapor três ordens decolunas sobrepostas por entre as quais se abrem janelas em semi¬

círculo:oritmo dafachadaécomparávelao dosanfiteatros.

Quanto

às torres,têmquatro andareseo topoplano.

A arte das portas monumentais que no período final do

Impérioconheceuum tãobelo renascimentodevesercompa¬ rada à dos arcos do triunfo que tambémsão portas, se bem

mesmo.O que isoladas dequalquer muralhaetratadasemsi

Orienteheléniconão tinhaconhecidoos arcosdotriunfoque são umainvenção italiana. Muitoprovavelmentederivamd<

ritotriunfal:afim deentrarnà cidade, ogeneralvencedoreo

exército tinham depassar porumaportaespecialmente

edificada paraoefeitonolimite dopomerium,depoisdeter

oferecido

determinados

sacrifícios «às divindadesdasoleira». Desta formanasceunoprincípiod<jséculoII a.C. ocostume

de erigir arcos simbólicosna cidade, umpouco por todaa parte,

lembrando

oregresso vitoriosodeum exército.Desde roma¬ nas. seu

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OS MONUMENTOSURBANOS TÍPICOS

AS CIDADESROMANAS

Dosarcoserguidosna Gália,convémcitarosde Aix-les-

-Bains,de Carpentras, deSaint-Chamaseode Orange (fig.

26)que datam da épocade Augusto.OdeSaintes queassina¬ lavaaentradadapontesobreorio Carôntono (Charente) foi

erguidosob oreinadodeTibério,em 19d.C.Aoutros,como ao deCavaillon,não é

possível

atribuiruma datacerta.

o

fim

da

República,

o

Fórum

ficou assim ladeadode vários

arcosde queoprimeiro emdata:foiqdeFábio, erguido em

memória da vitória alcançada em 121 a.C. contra os Aló- brogos.Mas foi naépocade Augusto queosarcos semulti¬ plicaramumpouco por toda aparte,e tambémnas cidades provinciais, nomeadamente na Gália. Seguidamente, cada

reinadoteveoseu,'ecomoosarcos eram construídos para os

fora

encontram-senascidades africanas,porexemplo, várias séries de arcos, uns remotando aos Antoninos, outros aos

Severos. ii

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Fig. 26. -O Arco de Orange

Fig.,25.-APorta NegraemTrier

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Quarto

Capítulo

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ALGUMASGRANDES

CIDADES

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Até agora,o estudo dosprincipaismonumentos urbanos fez que surgissem sobretudo os traçosde semelhançaentre

as cidades romanas: semelhança obrigatórianamedida em

que é a expressão materialda.«comunidade» romana. Mas também écertoqueestaunidaderorrianapor realepoderosa que fossenãopodia impedir que as

diversidades

viessem à

luz do dia: já encontrámos a

provai

disso a propósito dos edifícios religiososedos anfiteatros?Mas aprópria vida de cada cidade,a suaevolução,aSvicissitudesdasuapopulação foramdominadas pelascondiçõesparticularesemque ela se

encontrava.Eomesmoaconteceigualmentecomtudo o que não eramonumentooficial

mas

decorriada iniciativaprivada. Bastaráaquinarraremlargostraçosafisionomiae ahistória

de alguns centros particularmente importantes, em África,

naGáliae naGrã-Bretanha. I

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Afundação de Cuicul (hojeJemila)remontaa97 d.C.Foi

aobra do

imperador

Trajano quedesejavadesta formaocupar umaposiçãoestratégica, opontoondesecruzavamagrande

estradade Cirta (Constantina) a

Sitifis

(Sétif)e aestrada do Sul, de Jijeli aLambésis. Anteriormente existianeste local

uma povoação indígena, povoada

por

Númidas (Berberes

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No documento As Cidades Romanas - Pierre Grimal (páginas 45-49)