uma a mu- eracomo em aos anos o an- 1 nas ,em nos nossos i»u
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OS
MONUMENTOS URBANOS
TÍPICOSAS
CIDADES ROMANAS
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>sólida que atingia um metro de
espessura.
Por cima dascâmaras, haviaocaminhoda ronda. Estesistematinha várias
vantagens:não só permitiadispôr denumerosos arsenaise
de salas dearmas abrigadas,massobretudodiminuiao volu¬ me totaldaalvenariasemcomprometer asolidez do conjunto. Aliás,estanãoé uma
invoação
dos engenheiros deAureliano,masacontinuaçãodeumalonga tradição queaparentemente remonta à época
helenística.
A mesma técnicaaparece emCherchel(no séculoId.C.), naGrã-Bretanha,emCilurnum (Chester),no tempodeAdriano eaindanoutros locais.
Naturalmente
que sedeveráequiparara muralhaaureliana todas aquelas de que as grandescidades do Império serodearam em meados e fins do século IIId.C.: Bordéus,
Saintes,Périgueux, da mesma maneira queLondreseParis.
Em todoolado
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Fig. 24.-Cherchel.AportaSul. Planta
SegundoP.M. Duval. ChercheletTipasa...,fig.13,p. 101 aparecemasmesmacaracterísticas:materiais
reutilizados, retiradosdemonumentosde épocas anteriores,
sobretudoatúmulos, lajescom
inscrições
(quedestamaneiraforamconservadas), capitéisesculpidos, fragmentosdefrisos
ou decolunas, tudo serve aos engenheiros que não perdem tempo.
Todavia, porapressadasque sejam,estasfortificaçõesnão estão isentas de grandeza. Sobretudo as portas foram em
muitos casos concebidasnumestilo monumental. Os enge¬ nheirosromanos tinham por trás deles longas tradições das quais algumas remontavam à época helenística. Também tinhamherdadodos arquitectositálicosumapredilecção pelos
arcoseabóbodas.Assim,verifica-seaexistênciadeumestilo
bemcaracterísticoquedistingueasportasdas muralhas Na maiorpartedos casos, compõem-se deumantepátio aquedá acessoumapassagemabobadada. É,porexemplo,o
caso emCherchel(fig.24)de umaportaque provavelmente
data doséculoId.C.Emalguns casos,aabóbodaésimples;
por vezes é dupla,e até tripla: neste caso, o do centro éo
mais largo dos trêsarcos.Em muitos casos,aportaficacom¬
preendidaentreduastorresque completamasuadefesa.Tal
acontececomtodasas grandesportasda muralha aureliana,
emRoma. Masoexemplo maisfamoso sérátalvezacélebre
PortaNegra,de Tréver.os,queremontaa finais do século III
ou
princípios
doIVda nossaera(figg25).Sócomportadoisarcos e umantepátio,ladeadosde duas torressemicirculares
salientes. Asuafachadaéformadapor três ordens decolunas sobrepostas por entre as quais se abrem janelas em semi¬
círculo:oritmo dafachadaécomparávelao dosanfiteatros.
Quanto
às torres,têmquatro andareseo topoplano.A arte das portas monumentais que no período final do
Impérioconheceuum tãobelo renascimentodevesercompa¬ rada à dos arcos do triunfo que tambémsão portas, se bem
mesmo.O que isoladas dequalquer muralhaetratadasemsi
Orienteheléniconão tinhaconhecidoos arcosdotriunfoque são umainvenção italiana. Muitoprovavelmentederivamd<
ritotriunfal:afim deentrarnà cidade, ogeneralvencedoreo
exército tinham depassar porumaportaespecialmente
edificada paraoefeitonolimite dopomerium,depoisdeter
oferecido
determinados
sacrifícios «às divindadesdasoleira». Desta formanasceunoprincípiod<jséculoII a.C. ocostumede erigir arcos simbólicosna cidade, umpouco por todaa parte,
lembrando
oregresso vitoriosodeum exército.Desde roma¬ nas. seu1
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r *OS MONUMENTOSURBANOS TÍPICOS
AS CIDADESROMANAS
Dosarcoserguidosna Gália,convémcitarosde Aix-les-
-Bains,de Carpentras, deSaint-Chamaseode Orange (fig.
26)que datam da épocade Augusto.OdeSaintes queassina¬ lavaaentradadapontesobreorio Carôntono (Charente) foi
erguidosob oreinadodeTibério,em 19d.C.Aoutros,como ao deCavaillon,não é
possível
atribuiruma datacerta.o
fim
daRepública,
oFórum
ficou assim ladeadode váriosarcosde queoprimeiro emdata:foiqdeFábio, erguido em
memória da vitória alcançada em 121 a.C. contra os Aló- brogos.Mas foi naépocade Augusto queosarcos semulti¬ plicaramumpouco por toda aparte,e tambémnas cidades provinciais, nomeadamente na Gália. Seguidamente, cada
reinadoteveoseu,'ecomoosarcos eram construídos para os
fora
encontram-senascidades africanas,porexemplo, várias séries de arcos, uns remotando aos Antoninos, outros aosSeveros. ii
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Fig. 26. -O Arco de OrangeFig.,25.-APorta NegraemTrier
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Quarto
Capítulo;
ALGUMASGRANDES
CIDADES
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Até agora,o estudo dosprincipaismonumentos urbanos fez que surgissem sobretudo os traçosde semelhançaentre
as cidades romanas: semelhança obrigatórianamedida em
que é a expressão materialda.«comunidade» romana. Mas também écertoqueestaunidaderorrianapor realepoderosa que fossenãopodia impedir que as
diversidades
viessem àluz do dia: já encontrámos a
provai
disso a propósito dos edifícios religiososedos anfiteatros?Mas aprópria vida de cada cidade,a suaevolução,aSvicissitudesdasuapopulação foramdominadas pelascondiçõesparticularesemque ela seencontrava.Eomesmoaconteceigualmentecomtudo o que não eramonumentooficial
mas
decorriada iniciativaprivada. Bastaráaquinarraremlargostraçosafisionomiae ahistóriade alguns centros particularmente importantes, em África,
naGáliae naGrã-Bretanha. I
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Afundação de Cuicul (hojeJemila)remontaa97 d.C.Foi
aobra do
imperador
Trajano quedesejavadesta formaocupar umaposiçãoestratégica, opontoondesecruzavamagrandeestradade Cirta (Constantina) a
Sitifis
(Sétif)e aestrada do Sul, de Jijeli aLambésis. Anteriormente existianeste localuma povoação indígena, povoada
por
Númidas (BerberesB
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