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Layout é o ambiente onde estão alocadas todas as máquinas e setores da empresa. Ele

é de fundamental importância para que a empresa consiga produzir com qualidade e eficiência seus produtos.

Para se elaborar um layout onde todos os setores, máquinas e equipamentos, estejam posicionados de maneira com que a produção flua com rapidez, é necessário um planejamento para determinar o local de instalação de cada máquina, conforme Martins et al (2002).

A elaboração do layout deve seguir algumas etapas, como determinar a quantidade de produtos a ser produzida em determinado período, planejar toda a instalação das máquinas e setores, organizar uma de cada vez, planejando o ideal depois o prático. Para isso, deve-se seguir uma sequência: local, layout global e layout detalhado. Sempre que necessário, deve-se implantar e reformular o layout, buscando a melhora do processo produtivo.

Para ter um aproveitamento ideal do espaço, antes da construção da área destinada para a produção, deve-se calcular o número de máquinas e a dimensão de cada uma. Após, escolher o tipo de layout mais adequado para a produção dos produtos, alocando as máquinas e setores, conforme a sequência do processo produtivo.

Após ter definido a quantidade de máquinas e a sequência do processo produtivo, deve-se elaborar o planejamento da construção da área destinada para a fabricação dos produtos e possuir um projeto que permite a visualização de forma clara de todo o layout.

Para a elaboração do mesmo, a empresa deve utilizar a experiência de todos, desde os colaboradores do chão de fábrica até os supervisores da produção e a gerência.

Após a elaboração do planejamento do layout de uma empresa, resta somente a implantação do projeto.

Outros elementos também devem ser levados em consideração no planejamento do

layout, de acordo com Martins et al (2002). São necessárias informações quanto ao produto

que vai ser fabricado, bem como as suas especificações, características, dimensões, características especiais, quantidade de cada produto a ser fabricado em um determinado período, assim como os materiais necessários para a fabricação dos mesmos.

Há a necessidade de ter pleno conhecimento da sequência das operações e da montagem do produto, o espaço que é necessário para produção de cada equipamento, incluso o espaço necessário para a movimentação do operador, estoques e manutenção das máquinas.

A empresa deve ter informações precisas quanto ao recebimento, expedição e estocagem, tanto da matéria-prima quanto dos produtos acabados.

O ideal é planejar todo o layout antes mesmo de a empresa começar suas atividades, evitando transtornos futuros. Todos esses elementos citados são primordiais para a elaboração do layout e tornarão o processo mais ágil e competitivo.

Para conseguir esse diferencial, Martins et al (2005), recomenda que a quantidade produzida seja determinante para a elaboração do layout, pois ela será importante para o cálculo do número de máquinas, da área de estoque e quantidade de matéria-prima.

Estudos demonstram que as empresas dispõem de diversos modelos de layout, podendo optar pelo que mais se adapta ao seu processo produtivo. Conforme Martins et al (2005, p.138), “os tipos principais de layout são por processo ou funcional, em linha, celular, por posição fixa e combinados”.

a) Layout por processo ou funcional

O layout por processo ou funcional é utilizado em empresas que têm uma grande variedade de produtos, independentemente se estes são fabricados ou simplesmente comercializados.

Segundo Corrêa (1993), no layout por processo ou funcional, o fluxo de materiais é variável e os roteiros de produção são diversos, correspondendo aos múltiplos equipamentos

fabricados na empresa. A movimentação dos materiais nesse processo é intensa, sendo os recursos agrupados por setor, como grupo de tornos, de furadeira, de fresadoras, entre outras.

Na sua grande maioria, as empresas prestadoras de serviços optam pelo layout por processo. De acordo com Moreira (2002, p. 261), “no arranjo físico por processo, característico de muitas indústrias e provavelmente da maioria das atividades de prestação de serviços, os centros de trabalho são agrupados de acordo com a função que desempenham”.

Nesse layout são agrupados, no mesmo setor, todos os equipamentos que desempenham a mesma função.

Para Martins et al (2005), no layout por processo ou funcional, todos os equipamentos da mesma linha são desenvolvidos e produzidos no mesmo setor, sendo que operações ou montagens semelhantes são agrupadas na mesma área da empresa.

As empresas, que fabricam ou trabalham com um número maior de produtos, devem alocar todas as máquinas e equipamentos que fazem o mesmo processo, preferencialmente em um mesmo ambiente porque agiliza o processo, tanto de fabricação como de venda.

b) Layout em linha

O layout em linha é o mesmo utilizado por Henry Ford na produção em massa. segundo Moreira (2002), o layout em linha é utilizado quando se quer uma sequência no processo produtivo para fabricar o produto ou prestar o serviço.

Cada empresa deve analisar qual dos modelos se encaixa melhor no seu processo produtivo. De acordo com Slack et al (2008), o layout em linha envolve localizar a matéria- prima utilizada para a fabricação dos equipamentos, alocando a mesma para o melhor desempenho da produção.

Esse layout deve ser introduzido nas empresas que tenham o processo de um produto em série. Martins et al (2005, p. 138), salientam que “no layout em linha, as máquinas ou as estações de trabalho são colocadas de acordo com as sequências das operações e são executadas de acordo com a sequência estabelecida sem caminhos alternativos”.

Nesse processo, o produto começa a ser fabricado em uma ponta da empresa, passando por diversos setores de forma contínua até o mesmo ser finalizado, estando pronto para a venda.

c) Layout celular

O layout celular é aquele em que produtos diferenciados são fabricados separados dos demais. Segundo Slack et al (2008), o layout celular é aquele em que os produtos a serem fabricados são pré-selecionados para então serem alocados em um determinado setor, no qual

estão instaladas todas as máquinas necessárias para a sua produção. Assim, o produto não se desloca entre os setores.

Nesse processo se encontram produtos ou peças que são fabricados exclusivamente para um determinado cliente, o qual exige um alto nível de qualidade. Para a fabricação desse produto, a empresa deverá dispor de um setor específico. Os estudos de Martins et al (2005, p. 139), salientam que: “o layout celular ou célula de manufatura consiste em arranjar em um só local (a célula) máquinas diferentes que possam fabricar o produto inteiro”.

Os produtos fabricados no layout celular, além de serem exclusivos, são padronizados, são produzidos em grandes quantidades, com poucos modelos.

Na fabricação desses produtos padronizados, a empresa disponibiliza máquinas e equipamentos que são exclusivos, o que faz com o processo de fabricação seja bastante eficiente. Outro ponto interessante é que para produzir um produto, em alguns casos, é necessária somente uma máquina que faz todo o processo, evitando com que os produtos se desloquem dentro da área de produção.

d) Layout por posição fixa

No layout por posição fixa, ao contrário de outros processos, o que se move são as máquinas e não os produtos. Esses materiais, normalmente, são grandes e pesados, impossibilitando o transporte ou a realocação do mesmo antes que estejam prontos.

Para Martins et al (2005), no layout por posição fixa o equipamento permanece fixo no mesmo local, sendo que as máquinas se deslocam entre eles, executando as operações necessárias para a sua fabricação.

Nesse processo são executados projetos maiores, como a fabricação de navios, que permanece fixo e os operadores e as máquinas se dirigem até o local para realizar o trabalho. A obra de Moreira (2002, p. 262), cita que:

No arranjo físico de posição fixa --- o arranjo usado na realização de projetos --- não se pode propriamente dizer que existe um fluxo do produto, que tende a permanecer fixo ou quase fixo, aglutinando em torno de si as pessoas, ferramentas e materiais necessários.

No layout de posição fixa, as empresas necessitam de um espaço físico maior que em outros processos, tendo em vista que os produtos fabricados são grandes e normalmente demoram em ser finalizados.

A empresa deve organizar seu layout de maneira que se tenha redução nos custos em relação à movimentação do produto no processo produtivo. Por isso, deve organizar os demais centros administrativos, visando a praticidade para o desenvolvimento das atividades do dia- a-dia.

Conforme Martins et al (2002), no desenvolvimento do layout devem ser estabelecidos centros produtivos, com o objetivo de diminuir os custos com o transporte da matéria-prima. Também devem ser alocados na mesma área os responsáveis pela administração industrial, a qual controla a qualidade dos equipamentos que estão sendo fabricados, a manutenção, o almoxarifado, o recebimento da matéria-prima e a expedição dos equipamentos produzidos na empresa.

Mantendo essa organização e adaptando o devido layout ao processo produtivo da empresa, a mesma terá ganhado em termos de custo, qualidade, praticidade, agilidade, confiabilidade, aumentando assim as suas receitas.

e) Layouts combinados

Os layouts combinados seguem a sequência do layout funcional. Conforme Martins et al (2005, p. 140), “os layouts combinados ocorrem para que sejam aproveitados em um determinado processo as vantagens do layout funcional e da linha de montagem”.

Com o aproveitamento do layout, a empresa só tem a ganhar, podendo produzir mais equipamentos em menor tempo.