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Licença de software pode ser definida como as ações permitidas (ou proibidas) pelo detentor dos direitos de criação do software (programador ou empresa) concedidas ou impostas ao seu usuário. Entende-se como usuário qualquer entidade legal, pessoa física, empresas ou “ambiente doméstico”, dando origem à expressão end user

license agreement - EULA (Wikipédia, 2011).

Desta forma, os softwares podem ser classificados quanto a sua licença em: softwares proprietários ou softwares livres. Os

softwares proprietários são aqueles em que o código fonte, modificação,

distribuição, cópia e redistribuição são determinados pelo seu criador ou detentor dos direitos autorais. Por outro lado, os softwares livres, ou conhecidos como Open-Sources, são aqueles que satisfazem as seguintes condições: não restrição à sua distribuição, acesso completo ao código fonte e sua versão compilada, permitem alterações e derivações do programa, exigem documentação adequada caso modificados, não possuem discriminação na distribuição, dentre outros (Kon, 2001).

Muito embora se tenha vários tipos de licenças na categoria Open-Source, cada uma delas possui diferenças em suas concepções e nem todas satisfazem totalmente as exigências da categoria fielmente. Algumas licenças possuem ainda diferenças em suas próprias versões. Como exemplo, pode-se destacar a licença GPL (General Public License), atualmente a mais utilizada, como uma licença que restringia a sua modificação e derivação em sua versão 2, de 1991 a

2007. Atualmente, a versão 3, iniciada em 2007, estabelece novas regras, se adequando aos problemas de utilização de certificações digitais, sobretudo, em caso de medias digitais. É importante ressaltar que as versões 2 e 3 são incompatíveis do ponto de vista de migração automática entre estas licenças (Sabino; Kon, 2009).

Na Legislação Brasileira, a Lei nº 9.609, de 19 de fevereiro de 1998, popularmente conhecida como “Lei Antipirataria”, dispõe sobre a proteção de propriedade intelectual de programa de computador, sua comercialização e outras providências. O capítulo IV, Art. 9º, estabelece que o uso de programa de computador no país será objeto de contrato de licença.

O objetivo deste projeto é desenvolver um software para gestão e geração de dados epidemiológicos para o laboratório de Patologia da Faculdade de Odontologia de São José dos Campos – UNESP, utilizando-se do Microsoft .NET Framework® 2.0.

O desenvolvimento do software promoverá o maior controle do setor no fluxo e procedimentos de diagnóstico histopatológico, propiciando rapidez na geração de relatórios de pesquisa do acervo de laudos histopatológicos, tanto dos registros antigos como dos futuros registros.

Esta pesquisa foi submetida e aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade de Odontologia de São José dos Campos (091/2009-PH/CEP - Anexo A).

4.1 Materiais

Foram utilizados os seguintes materiais no desenvolvimento do projeto:

a) Computador para Desenvolvimento com processador que possui suporte à virtualização; b) Sistema Operacional Microsoft Windows 7

Ultimate® atualizado;

c) Servidor de Dados e Estação de Trabalho; d) SGBDR (Sistema Gerenciador de Banco de

Dados Relacionais) Microsoft SQL SERVER EXPRESS® 2005 para uso versão final;

e) Microsoft Report Viewer Redistributable® 2005 SP1 em todas as máquinas clientes;

f) Microsoft Framework® 2.0 Redistributable e suas atualizações em todas as máquinas;

g) Microsoft Virtual PC® 2007; h) Roteador Wireless;

j) Sistema de Desenvolvimento Microsoft Visual Studio®.NET 2005 Versão Professional;

k) Sistema de Documentação Visual de Projetos e Apresentação, Microsoft Office Visio® 2010;

l) Engine de processamento de mapas do

Google® (Google Maps®);

m) Tabelas de dados estruturados do Cartão Nacional de Saúde (Cartão SUS) – CNS;

n) Acervo dos laudos histopatológicos do Laboratório de Patologia da Faculdade de Odontologia de São José dos Campos – UNESP.

No que confere aos Recursos Humanos, contou-se para o desenvolvimento do projeto:

a) Aluno da Pós-Graduação atuando como programador e Analista de Sistema;

b) Orientador e Co-orientador;

c) Equipe do setor (Professores da Patologia e Técnico de Laboratório);

d) Alunos da Pós-Graduação atuando como Examinadores.

4.2 Métodos

O projeto adotou um conjunto de métodos e técnicas para o desenvolvimento de um software, conhecido como Engenharia de

Software. Este método pode se apoiar em várias abordagens utilizando-

se do ciclo de vida do software (Costa, 2001).

O modelo clássico do ciclo de vida de software é a base para os demais tipos variantes de ciclo (figura 1).

Figura 1 - Ciclo Clássico de Software

Com base no modelo clássico do ciclo de vida de

software, tem-se como o próximo passo a elaboração de um cronograma

Quadro 1 – Cronograma para ciclo de vida de software

CICLOS MESES

Definição dos problemas Tempo utilizado para coleta de dados.

Análise Tempo destinado à análise de

desenvolvimento, modelagem de dados e análise de riscos.

Projeto Tempo destinado ao refinamento da

análise e definições do tipo de projeto. Codificação Tempo utilizado para a codificação do

projeto e cada subsistema, depuração.

Testes Período destinado aos testes de

utilização e implantação.

Os ciclos de desenvolvimento podem ser descritos como:

a) Ciclo de Definição do Problema: coleta de informações para elaboração e planejamento das demais etapas. Tem como objetivos compreender os fluxos e processos, auxiliar na documentação do projeto, observar metas, atores, objetivos, prioridades e risco;

b) Ciclo de análise: faz-se a análise dos problemas encontrados, a escolha da técnica da análise e a modelagem de dados;

c) Ciclo de projeto: é a etapa em que se define como o sistema será feito, dando um refinamento à etapa de análise;

d) Ciclo de codificação: quando se traduz as fases anteriores em um código fonte utilizado posteriormente pelo compilador;

e) Ciclo de testes: estratégia de desenvolvimento para assegurar a especificação do software e minimizar exceções ou erros não tratados

anteriormente, tanto na sua utilização como em sua implantação.

Inicialmente, reuniões periódicas foram agendadas com a equipe e com os orientadores do projeto para avaliação de fluxos e construção do modelo lógico, estratégias de dicionarização e padronização de termos, metas, gerenciamento de riscos, políticas de acesso, políticas de segurança, acompanhamento de prazos, planejamento estratégico de desenvolvimento, de testes e implantação dentre outros. Os itens das reuniões determinaram o planejamento a ser seguido e as dificuldades nas etapas e as estratégias de enfrentamento.

Foi utilizado um quadro para controle de cada ciclo do desenvolvimento, estruturado em ciclos, fases e tarefas (quadro 2).

Quadro 2 - Controle do ciclo de desenvolvimento

Ciclo Fase Tarefa

Definição de Problema Concepção Tarefa de concepção Elaboração Tarefa de elaboração Liberação Tarefa de liberação

Análise Concepção Tarefa de concepção

Elaboração Tarefa de elaboração Construção Tarefa de construção Liberação Tarefa de liberação

Projeto Concepção Tarefa de concepção

Elaboração Tarefa de elaboração Construção Tarefa de construção Liberação Tarefa de liberação Codificação Concepção Tarefa de concepção

Elaboração Tarefa de elaboração Construção Tarefa de concepção Liberação Tarefa de liberação

Testes Concepção Tarefa de concepção

Elaboração Tarefa de elaboração Construção Tarefa de construção Liberação Tarefa de liberação

Na gerência de riscos foi elaborado um quadro estruturado por identificação do risco, ações e controle de processos (quadro 3).

Quadro 3 – Gerência de Riscos

Tipo de Risco Ações Controle

Nome do risco Ações para evitar ou

minimizar risco Fase de implementação

Para a programação, ultilizou-se a linguagem Visual Basic em um Ambiente de Desenvolvimento Integrado (Integrated Development

Environment) e, como paradigma de programação, a orientação a objetos.

A ferramenta de desenvolvimento utilizada para este fim foi a Microsoft Visual Studio® .NET 2005 (Figura 2).

O aplicativo foi desenvolvido em três camadas e foi utilizada a inteface “Windows form®”, ou formulários Windows®. Embora o aplicativo seja do tipo desktop, este tem acesso a Web por meio de controles para navegação de internet e envio de emails quando configurado.

Para a camada de resistência de dados foram utilizadas programações em linguagem SQL por meio de procedimentos armazenados para todas as consultas e manipulações de dados.

Após o desenvolvimento, para testes a realização de foram digitados dados contidos nos laudos histopatológicos pertencentes ao acervo da Disciplina, autorizados pelos responsáveis legais pelo arquivo. Essa digitação foi realizada nos limites físicos da Disciplina de Patologia, no Campus da Universidade, sendo que nenhum laudo deixou o espaço físico acima citado. Não houve rasura, anotação ou adulteração destes documentos.

O sigilo e inviolabilidade dos dados têm a proteção da própria arquitetura do banco de dados (acesso restrito à camada de resistência de dados). Porém, como proteção adicional, foram ainda utilizados os métodos de criptografia simétrica, técnicas de identificação, autenticação e políticas de permissão de acesso de usuários na camada de interface de usuários e na camada de negócios.

A digitação dos laudos antigos foi feita pelo autor da pesquisa e por pessoal autorizado pelos responsáveis pelo acervo supracitado com o objetivo de cumprir com a metodologia de testes, de acordo com o ciclo de vida do software.

Devido à natureza do projeto, não há resíduo que comprometa o meio ambiente ou a saúde de todos os envolvidos.

Tanto a programação quanto a modelagem de dados e a documentação foram executadas pelo autor do trabalho. As licenças de

softwares utilizadas para o desenvolvimento foram licenças proprietárias

com direito de uso pelo autor do projeto. O software produzido pelo autor foi destinado ao uso exclusivo da Disciplina de Patologia da Faculdade de Odontologia de São José dos Campos/UNESP.

Os resultados obtidos foram organizados considerando os pré-requisitos indicados por Carvalho e Eduardo (1998), com a finalidade de se obter melhor entendimento e facilidade no acompanhamento da discussão.

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