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Lideranças, culturas de escola e colaboração pedagógica Orientadora: Teresa Gonçalves

Maria de Lurdes Silvério Pereira Florindo, lurdes.florindo@gmail.com

Palavras: chave: Lideranças – Cultura – Colaboração

Objectivos

O estudo que se pretende levar a cabo tem dois grandes objectivos: o primeiro procura identificar o modelo de cooperação em que assentam as práticas pedagógicas entre os professores de Ensino Regular e os professores de Educação Especial, a exercerem funções no 1º e 2º ciclos do Ensino Básico, o segundo procura identificar e compreender qual a influência das lideranças no desenvolvimento e implementação de uma cultura de cooperação entre os professores objecto de estudo.

Relativamente ao primeiro objectivo geral, concretiza-se em diversos objectivos específicos, mais operativos e concretos, que conferem sentido ao processo de investigação, que passamos a enunciar:

Identificar os níveis de cooperação;

Identificar a percepção do valor que conferem ao trabalho colaborativo;

Quais os processos subjacentes à organização do trabalho cooperativo (formal ou informal);

De que modo os professores consideram que o trabalho cooperativo influencia as respectivas práticas pedagógicas;

Que influência poderá ter o trabalho cooperativo no sucesso educativo dos alunos com NEE;

Que constrangimentos (dificuldades) ou condições organizacionais e pessoais encontram para o desenvolvimento do trabalho colaborativo. Como é reconhecido as lideranças têm influência na estrutura interna da escola relativamente a três dimensões: às práticas pedagógicas, estrutura organizativa, clima e cultura escolar.

Neste sentido, para operacionalizar o objectivo geral relacionado com as lideranças procuramos identificar qual a influência das três dimensões referidas no processo do trabalho cooperativo entre os professores alvo do estudo.

Relevância do estudo

Cada vez mais a importância do trabalho em equipa assume um papel primordial em diferentes profissões, na medida em que os esforços individuais não garantem a eficácia e êxito dentro das organizações, neste

trabalho em equipa traduz-se num desafio e numa capacidade a ser desenvolvida, na medida em que nos modelos de organizações mais integrados, onde a informação e os resultados são compartilhados se consolidam cada vez mais. Restringindo-nos à organização Escola, e tendo em conta as mudanças na sociedade e nas políticas educativas levadas a cabo nos últimos anos, o conceito do professor reflexivo tornou-se nas ultimas décadas o enfoque teórico da investigação educacional, com particular ênfase no trabalho colaborativo e na liderança das estruturas educativas, nomeadamente a organização Escola.

De acordo com Hargreaves e Fullan (2001) para que exista um efectivo desenvolvimento de culturas colaborativas é necessário um certo tipo de liderança que promova a tomada de decisões de forma partilhada. Os autores consideram que “não é o líder carismático e inovador” que faz desenvolver as culturas colaborativas, pelo contrário, estas culturas avançam com um tipo de liderança mais subtil que faz com que as actividades sejam significativas para aqueles que nelas participam. (p. 93)

Metodologia

Para a realização do estudo que se pretende levar a cabo serão realizados dois momentos de recolha de dados. Num primeiro momento serão utilizados questionários, que servirão para seleccionar a amostra, assim como para aferir algumas das características dos respondentes: idade, género, experiência profissional, formação e ciclo de ensino e mapear possíveis aspectos possíveis a aprofundar nas entrevistas, relativamente ao segundo momento faremos entrevista de aprofundamento para complementar as informações recolhidas através do questionário.

Para efeitos do nosso estudo o questionário deverá incluir questões fe- chadas e outras de carácter aberto para posterior análise de conteúdo. Os questionários serão distribuídos e recolhidos pelas escolas do agrupamento no decorrer do ano de 2011.

Tendo em consideração que o questionário constituirá um estudo exploratório será feita a sua análise, quer de cariz estatístico quer de análise de conteúdo, esta com categorias criadas à posteriori. Com os dados obtidos precederemos à selecção da amostra para efectuarmos entrevistas de aprofundamento.

As entrevistas serão de carácter semi- estruturado, flexível ou “semi- directivo”(Quivy e Campenhoudt,1992,p. 194), as questões serão abertas, mas serão definidos a priori um conjunto de tópicos/questões a abordar e estes serão posteriormente adaptados ás características dos entrevistados e ao decurso das entrevistas. As entrevistas serão objecto de Análise de conteúdo.

Referências

Barzanó, G.(2009). Culturas de Liderança e Lógicas de Responsabilidade - As experiências de Inglaterra, Itália e Portugal. DPP. Edições

Bogdan, R; Biklen, S. (1994). Investigação Qualitativa em Educação. Porto: Porto Editora

Formosinho, J.e Machado, J.(2009). Equipas Educativas -Para uma nova

organização da escola. Porto Editora

Fullan, M. e Hargreaves, A.(2001). Por que vale a pena lutar? O trabalho de

equipa na escola. Porto: Porto Editora

Fullan, M (2002c). Principals as leaders in a culture of change. Toronto: Ontario institute for studies in education.

Hargreaves, A.(1998). Os professores em tempo de mudança: o trabalho e a cultura

dos professores na idade pós-moderna. Amadora: Editora McGraw - Hill.

Lima, J. (2002). As culturas colaborativas nas escolas: estruturas, processos e

conteúdos. Porto: Porto Editora

Morgado, J.(2003 a). Qualidade, Inclusão e Diferenciação. Lisboa: ISPA. Morgado, J. (2004). Liderança e autonomia: impacto na mudança das

práticas curriculares. Revista Educação da universidade do Vale do Itajaí, vol.4, nº 3, pp.425-438.

Morgado, J.(2005). Currículo e profissionalidade docente. Porto: Porto Editora. Quivy, R.e Campenhout, L. (2003). Manual de investigação em ciências sociais.

Lisboa: Gradiva.

Roldão, M C. (2003). Quem supervisiona o quê? Liderança e colaboração no trabalho curricular da escola. In A.A.V.V. (2003). Uma escola com

sentido: o currículo em análise e debate. Lisboa: edições Universitárias

Lusófonas, pp. 135-144.

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