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CAPÍTULO IV – CONCLUSÕES, DISCUSSÃO E RECOMENDAÇÕES

4.2. Limitações do estudo e recomendações

Concluído este estudo, verificamos que existe uma necessidade premente de educar para a inclusão. Nada mais importante de que esta educação parta dos pais, pois são estes que moldam os filhos, e é nestes que verificamos as suas atitudes. Daqui se parte para a importância da intervenção precoce, pois esta assenta, em trabalhar com os pais, mostrando-lhes que são eles que a mudando as suas atitudes e comportamentos, automaticamente mudam as condutas dos seus filhos. As crianças são muito mais atentas aos comportamentos dos adultos do que se imagina. Neste sentido é de suma importância o trabalho desenvolvido pelas equipas de Intervenção Precoce. Estas trabalham com todos os intervenientes ativos da inclusão de crianças

66 com NEE, podendo contactar facilmente com os profissionais, os pais e as crianças, sendo desta forma, participantes facilitadores da integração de todos.

O tema da inclusão é sempre pertinente, pois é muito importante verificar a realidade e as suas alterações, para que o trabalho desenvolvido pelos profissionais vá de encontro às necessidades observadas a cada momento.

Uma das limitações desta investigação, nomeadamente a amostra que foi restrita, não pôs em causa as conclusões do estudo, pois os mesmos foram elucidativos e ao encontro das conclusões dos estudos consultados e utilizados para a revisão sistemática da investigação. No futuro, recomenda-se que, ao ser efetuado um estudo com o mesmo tema, a amostra seja mais alargada e representativa da população em Portugal.

Outra limitação sentida foi, a seleção dos artigos, pois a restrição quanto à idade das crianças, à presença de dados empíricos e à não abordagem das atitudes dos pais em relação à inclusão de crianças com NEE no ensino regular, não deixou muita oferta de artigos, uma vez que muitos foram excluídos por não cumprirem estes pontos, previamente definidos.

Finalizamos este trabalho na perspetiva que este ajude as práticas da IP, contribuindo para a inclusão de todos, e, esperamos que esta atitude positiva para com a inclusão, daqui a uns anos, seja inata em cada um de nós.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Anexo A – Instrumento de recolha de dados

Questionário

Atitudes perante a inclusão de crianças com NEE no ensino pré-escolar

I. Dados pessoais

(Por favor coloque um [X] no quadrado apropriado à sua resposta) 1. Género: Masculino [ ] Feminino [ ]

2. Idade: ______

3. Origem: Europeia [ ] Asiática [ ] Africana [ ] Outra [ ] 4. Profissão: ________________________

5. Habilitações académicas: _____________________________

6. Tem filhos com necessidades educativas especiais? Sim [ ] Não [ ]

6.1. Se sim, qual o tipo de necessidade educativa especial? _______________________________

7. O seu filho tem alguma criança com necessidades especiais na sala? Sim [ ] Não [ ] 7.1 Se sim, qual o tipo de necessidade especial? ____________________________ 8. Já teve contacto com crianças com necessidades educativas especiais? Sim[ ] Não [ ]

8.1. Em que contexto? Família [ ]Amigos [ ] Pré-escola (que o seu filho frequenta) [ ] Outro ______________________

8.2. Como quantifica esse contacto? todos os dias [ ] 2-3 vezes por semana [ ] 2-3 vezes por mês [ ] 2-3 vezes por ano [ ]

Por favor coloque um (X) no quadrado apropriado à sua resposta. Escolha uma só opção.

(O termo NEE representa a abreviatura de Necessidades Educativas Especiais) Caro Encarregado de Educação

O presente questionário insere-se no contexto de uma pesquisa de mestrado em Educação Especial, especialidade Intervenção Precoce, no Instituto de Educação da Universidade do Minho, Braga, Portugal. Nesta perspetiva, pretende-se saber a sua opinião acerca da inclusão de crianças com Necessidades Educativas Especiais (NEE).

O termo Necessidades Educativas Especiais (NEE) está associado a crianças com problemas sensoriais, físicos, intelectuais, emocionais e com dificuldades de aprendizagem derivadas de fatores orgânicos e/ou ambientais.

Os dados recolhidos serão somente para o uso deste trabalho de pesquisa. Gostaria de pedir a sua ajuda respondendo a todas as questões que se seguem. Comprometo-me a respeitar o anonimato, confidencialidade e privacidade da informação recolhida.

72 C o n co rd o to ta lmen te C o n co rd o Di sc o rd o Di sc o rd o t o ta lmen te I. Atitudes globais

1. Prefiro que o meu filho(a) esteja incluído numa sala de crianças sem NEE 2. Crianças com NEE devem apenas frequentar salas de ensino especial.

3. Não me sinto preparado(a) para aceitar que na sala do meu filho(a) existam crianças com NEE.

4. Crianças com NEE podem ser educadas numa sala de crianças com desenvolvimento típico.

5. Crianças com NEE tem tendência a perturbar as outras crianças do grupo. 6. A inclusão é apenas benéfica para os pais de crianças com NEE.

7. Crianças com NEE podem fazer certas coisas que possam prejudicar o meu filho(a). 8. A presença de uma criança com NEE na sala dificultará o progresso educativo do

meu filho(a).

II. Impacto em crianças com NEE

9. A inclusão de crianças com NEE não recebe o apoio individualizado que é imprescindível para elas.

10. Numa sala onde estão incluídas crianças com NEE não receberão a ajuda especial que necessitam.

11. Crianças com NEE sairão mais beneficiadas numa sala de ensino especial do que numa sala inclusiva.

12. A inclusão tem tendência a ter um efeito negativo no desenvolvimento geral da criança com NEE.

13. Para mim, é muito importante que o meu filho(a) frequente uma sala onde estão incluídas crianças com NEE.

14. Há mais vantagens que desvantagens na inclusão de crianças com NEE na sala regular.

15. A inclusão na sala regular ajuda as crianças com NEE a tornarem-se mais autónomas fora da sala.

16. A inclusão proporciona às crianças com NEE a oportunidade de conviver com crianças de desenvolvimento típico e assim aprenderem com elas.

73 C o n co rd o t o ta lmen te C o n co rd o Di sc o rd o Di sc o rd o t o ta lmen te

III. Impacto em crianças com desenvolvimento típico

As crianças com desenvolvimento típico que frequentam uma sala inclusiva: 17. São mais recetivas às limitações de outras crianças.

18. Reconhecem melhor as necessidades das outras crianças. 19. Têm menos preconceitos em relação a pessoas com NEE.

20. Aprendem como podem ajudar e apoiar outras crianças com NEE. IV. Práticas na Sala de Aula

21. Crianças com NEE apresentam atrasos na aquisição de competências académicas que poderão afetar de forma negativa o progresso educativo de todas as outras crianças.

22. A atenção do educador de infância para desenvolver as capacidades de aprendizagem de uma criança com NEE atrasa a aprendizagem do meu filho(a). 23. O meu filho(a) pode ter receio do comportamento atípico de uma criança com NEE. 24. A atenção que uma criança com NEE precisa do educador de infância, pode

prejudicar a atenção que o meu filho(a) recebe.

25. As crianças de desenvolvimento típico recebem menos atenção do educador de infância aquando da presença de crianças com NEE na sala.

26. As crianças de desenvolvimento típico podem copiar os comportamentos exibidos por crianças com NEE.

27. As crianças de desenvolvimento típico podem adotar comportamentos indesejáveis de crianças com NEE.

28. O educador de infância terá que despender demasiada atenção às crianças com NEE e o meu filho(a) sairá prejudicado(a).

29. O meu filho(a) receberá a atenção e o cuidado adequados do educador de infância mesmo quando na sala existe um aluno com NEE.

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