• Nenhum resultado encontrado

Fonte: Disponível em

<http://www.consorciobrasilcentral.eco.br/logomarca/> Acesso em 21 de setembro de 2014.

Vale ressaltar que do total de municípios consorciados, quatro tem uma população acima de vinte mil habitantes, cenário que demonstra um quantitativo de resíduos sólidos gerado de 0,860 Kg/habitante/dia, pouco inferior à média nacional que é de 1,079 Kg por habitante (CONSÓRCIO BRASIL CENTRAL, 2013; ABRELPE, 2010). Considerando a população total do consórcio, prediz-se que o volume de geração de resíduos domésticos é de aproximadamente 161,2 ton./dia.

De acordo com o Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Estado de Goiás publicado no ano de 2013, os municípios integrantes do consórcio apresentam uma evolução populacional de 0,46% ao ano, e que conforme avaliação de tendência linear, ocasiona uma estabilidade da população residente nestes conjuntos de municípios, podendo apresentar variações internas, mas que não afetam o conjunto do processo.

Sendo um Consórcio de Resíduos Sólidos, o CBC ainda pode compreender ações no campo da gestão de redes de esgotos, usinas de compostagem, obras de urbanização (ruas, praças e calçadas), construção de redes de abastecimento de água, coleta de esgoto e construções correlatas, entre outras.

Ainda com base no Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (2013), na maioria das cidades consorciadas existe uma estrutura mínima para as

____________________________________________________________________________________________________ atividades de gestão da coleta de resíduos sólidos domésticos urbanos, quer seja através da administração direta, quer seja através de empresas terceirizadas.

No tocante à coleta nas áreas rurais, a mesma é comprometida devido à extensão territorial de alguns municípios. Dessa maneira, o Plano orienta que sejam feitas campanhas de sensibilização para que os moradores dessas áreas implementem práticas de compostagem dos seus resíduos orgânicos, no entanto, “[...] já em relação às áreas urbanas, os levantamentos de cobertura da coleta indicam que é praticamente universal a coleta de resíduos sólidos nos municípios” (CONSÓRCIO BRASIL CENTRAL, 2013, p. 31).

Com relação à coleta seletiva nos municípios, esta é desempenhada de maneira pontual e descontínua, carecendo uma

[...] análise crítica da situação [permitindo] concluir a necessidade do estabelecimento de ações de melhoria voltadas ao aprimoramento e estruturação da coleta seletiva, ao aumento do volume de resíduos encaminhados para reciclagem, bem como ao aprimoramento das informações coletadas e diagnosticadas pelos municípios (CONSÓRCIO BRASIL CENTRAL, 2013, p. 32).

O CBC conta com três aterros existentes, mas com base na demanda de geração de resíduos, serão necessários dois novos aterros adicionais para atender o consórcio. Diante do exposto, isso nos levar a inferir que os referidos aterros são de pequeno porte, com idades que não puderam ser aferidas nas documentações do CBC, a fim de que pudéssemos realizar uma análise acerca da construção de várias unidades de destinação para os resíduos.

O CBC ainda enumera um conjunto de soluções consorciadas propositivas para a gestão integrada de resíduos sólidos, que passam pela:

Expansão/Adequação dos três aterros sanitários existentes no CBC com instalação conjunta de centro de triagem e barracões para armazenamento de resíduos especiais e volumosos, e instalação de vala séptica; Instalação de dois novos aterros sanitários no CBC com instalação conjunta de centro de triagem e barracões para armazenamento de resíduos especiais e volumosos, e instalação de vala séptica; Instalação de oito Centrais de Transbordo e Triagem, em função da distância do Aterro e da presença de cooperativa de catadores; Os aterros sanitários deverão ser capazes de recepcionar os resíduos domésticos e comerciais, de serviços de saúde (Grupos A, e E) e atuar como unidade de transbordo para os resíduos agrícolas, naquilo que não houver semelhança de tratamento dos resíduos de serviços de saúde; As Centrais de Transbordo e Triagem

____________________________________________________________________________________________________ a serem instaladas pelo Consórcio terão a capacidade de receber e triar 25 ton./dia de resíduos sólidos secos, cujos rejeitos serão transportados para o Aterro Sanitário mais próximo periodicamente (CONSÓRCIO BRASIL CENTRAL, 2013, p. 97).

Esse conjunto de medidas descritas nos leva a entender que serão necessários montantes financeiros expressivos para efetivar essas obras, no entanto, nos documentos do CBC não são especificadas as fontes de recursos que serão utilizadas. Cabe-nos uma indagação se o referido Consórcio está projetando instituir a cobrança do serviço junto à população, como determina a PNRS.

No que concerne às ações de educação ambiental que o consórcio desempenha, a principal delas é voltada para a implantação de programas de coleta seletiva nas áreas urbanas dos municípios consorciados, por meio da separação dos materiais nas fontes geradoras com campanhas de conscientização, de forma a se atingir os objetivos da PNRS. Portanto,

[...] o plano de coleta seletiva instala-se, desta forma, no Consórcio do CBC, promovendo instruções devidas a funcionários e voluntários, agentes multiplicadores, que por sua vez desenvolverão a divulgação e conscientização do restante da comunidade, para que tomem conhecimento do problema e quais as medidas a serem implantadas (CONSÓRCIO BRASIL CENTRAL, 2013, p. 112).

Outras ações são a instalação de Postos de Entrega Voluntária (PEV), notadamente nas áreas rurais, o incentivo a compostagem doméstica dos resíduos orgânicos, segregação dos resíduos de construção e demolição com reutilização ou reciclagem dos resíduos. Quanto à responsabilidade das ações, é função das prefeituras, nortear o processo de preparação dos funcionários, técnicos e secretariado, com a função de nomear funções e metas aos atores institucionais.

Esse leque de ações permeiam atividades integradas entre os órgãos das esferas administrativas municipais, com o objetivo de cumprir as metas determinadas pelo CBC e minimizar a geração de resíduos com a finalidade de alargar a vida útil do aterro.

____________________________________________________________________________________________________ 4.3.2.2 Rio de Janeiro

O Governo do Rio de Janeiro por meio da Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) criou o Programa Lixão Zero, o qual se divide em duas linhas de atuação: o desenvolvimento do Plano Estadual de Resíduos Sólidos (PERS) e as ações para a erradicação dos lixões no estado do Rio de Janeiro.

O Plano Estadual de Resíduos Sólidos teve início com a assinatura de um convênio com o Ministério do Meio Ambiente em 2007, que estabeleceu a meta de elaborar uma proposta focando em soluções regionalizadas para o destino final dos resíduos sólidos urbanos (RIO DE JANEIRO, 2014), o que vem a ser os consórcios públicos de resíduos sólidos na atualidade.

Dessa maneira, igualmente aos demais estados da federação, foram criadas regionalizações com vistas à formação de consórcios de saneamento/resíduos sólidos, sendo implementados pelo

[...] Governo do Estado do Rio de Janeiro, por meio do programa LIXÃO ZERO, [que] apoia os municípios (a responsabilidade pela disposição final dos resíduos sólidos é das prefeituras), induzindo a formação de consórcios intermunicipais, com soluções de aterros sanitários regionais - cujo custo operacional é menor (RIO DE JANEIRO, 2014, p. 01).

Um desses consórcios é o Consórcio de Gestão de Resíduos Sólidos do Noroeste do Estado do Rio Janeiro (denominado Consórcio Noroeste) (Mapa 7), que é formado por quinze municípios, contabilizando 373.396 habitantes (IBGE, 2014).

____________________________________________________________________________________________________

Mapa 7 – Consórcios de Resíduos Sólidos do Estado do Rio de Janeiro com