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LOST LOST LOST

No documento O cinema de Jonas Mekas (páginas 91-109)

III. OS FILMES DIÁRIO EM 16MM

3. LOST LOST LOST

“Como qualquer adulto, ele perdeu sua infância; Como qualquer norte-americano, ele perdeu uma nação e com ela o Deus dos pais. Ele perdeu Walden; chame-o de Paraíso; ele é tudo o que há para perder. O objeto da fé esconde-se dele. Ele sabe onde encontrá-lo, na verdadeira aceitação da perda, na recusa de qualquer substituto para a verdadeira recuperação.” 69 Stanley Cavell

Lost Lost Lost é o terceiro grande filme diário de Jonas Mekas, finalizado no

ano de 1976, e conta com imagens captadas entre 1949 e 1963, divididas em seis rolos com em torno de trinta minutos cada. O filme versa sobre o início da trajetória de Jonas Mekas nos Estados Unidos, a chegada com seu irmão Adolfas em Nova Iorque, sua adaptação – ou a falta desta, as dificuldade no processo – em um outro país, o início de seu envolvimento com o cinema independente, chegando até o seu amadurecimento como cineasta.

No início do primeiro rolo nos deparamos com as primeiras imagens que Jonas Mekas e seu irmão Adolfas realizaram ao chegar em Nova Iorque, utilizando a sua primeira câmera Bolex. São imagens que chegam a lembrar os filmes de Georges Méliès, com seus conhecidos “truques” cinematográficos. Essas imagens mostram a familiarização dos irmãos Mekas com o novo equipamento.

Logo em seguida, Jonas Mekas empreende uma aproximação de sua saga em Nova Iorque com a de “Ulisses”, herói da Odisseia de Homero, que passa dez

69 CAVELL, Stanley. The Senses of Walden. Nova Iorque: Viking,1974. Tradução livre do original:

“Like any grownup, he has lost his childhood; like any American, he has lost a nation and with it the God of the fathers. He has lost Walden; call it Paradise; it is everything there is to lose. The object of faith hides itself from him. He knows where it is to be found, in the true acceptance of loss, the refusal of any substitute for true recovery.”

anos tentando voltar para sua terra natal, Ítaca. Ouvimos a voz melancólica de Mekas, em um inglês bastante carregado, com um sotaque que já denuncia sua condição de imigrante:

“Oh, cante, Ulysses. Cante suas viagens. Conte onde esteve. Conte o que viu.

E conte uma história de um homem que nunca quis deixar seu lar, Que era feliz e vivia entre seus conhecidos e falava a língua deles. Cante, como então ele foi jogado para o mundo.” 70

Após apenas vinte e dois anos de independência como país, durante o início da Segunda Guerra Mundial, a Lituânia foi ocupada pelas forças soviéticas, e em seguida invadida pelo exercito alemão, em 1943. Nesse período ocorreram milhares de deportações e execuções no país, principalmente de intelectuais lituanos, que lutavam pela libertação do país.

Em Lost Lost Lost vemos imagens de imigrantes que desembarcam em um píer. São DPs (Displaced Persons), pessoas que, como Jonas Mekas, foram obrigadas a deixar seu país de origem, e rumaram para a América.

Essas primeiras imagens foram captadas por volta de 1949, época em que Mekas vivia em Williamsburg, no Brooklyn, bairro habitado por muitos imigrantes do mundo todo, inclusive lituanos que formaram uma espécie de comunidade, que costumava se reunir e que festejavam juntos como uma grande família, com a qual Mekas iria conviver e registar imagens durante os seus primeiros anos em Nova Iorque.

70 Trecho da narração de Jonas Mekas em Lost Lost Lost. Tradução livre do original: “Oh, sing,

Ulysses. Sing your travels. Tell where you have been. Tell what you have seen. And tell a story of a man who never wanted to leave his home, who was happy and lived among the people he knew and spoke their language. Sing, how then he was thrown out into the world.”

Apesar de estar nos Estados Unidos, Jonas Mekas convive praticamente apenas com lituanos, como se ele quisesse de alguma forma tentar preservar a memória de sua terra natal, uma maneira de resistir e não se integrar com a “outra” cultura. Como Mekas narra no filme, “eles”, os DPs, achavam que seria tudo passageiro, que logo estariam em casa novamente. No entanto as imagens de casamento, batismo, trabalho, mostram que paulatinamente esses imigrantes estavam construindo suas vidas e criando raízes em um outro país.

Numa sequência mais alinhada à estética de um documentário encenado, Mekas nos mostra uma mulher e seus filhos a esperar pelo pai que chega de seu trabalho em uma fábrica, trazendo o seu primeiro salário, e então todos demostram expressão de satisfação quando o dinheiro é posto na mesa.

Outra sequência registra momentos de lazer, cenas nas quais esses imigrantes estão aparentemente se divertindo, e então o sentido das imagens é alterado por uma narração na qual se percebe algo como uma ferida que estaria encoberta e que se torna exposta:

“A vida continua. O pai trabalha em uma fábrica. À noite, a família se reúne ao redor da mesa. Tudo é normal. Tudo é muito normal. O único porém é que você nunca saberá o que eles pensam. Você nunca saberá o que uma pessoa deslocada pensa à noite e em Nova York." 71

O segundo rolo reúne conteúdo que retrata uma dimensão mais política da vida daqueles imigrantes. No início do rolo vemos imagens de um encontro entre

71 Trecho da narração de Jonas Mekas em Lost Lost Lost. Tradução livre do original: “Life goes on.

Father Works in a factory. In the evening the Family gathers together around the table. Everything is normal. Everything is very normal. The only thing is, you will never know what they think. You will never know what a displaced person thinks in the evening and in New York.”

Jonas Mekas e o Professor Pakstas. Em sua narração, Mekas fala sobre uma teoria do Professor na qual o mesmo dizia que a Lituânia nunca seria livre, pois é um país pequeno no meio da Rússia e da Alemanha e de todos seus “poderosos” interesses. Em seguida, Jonas Mekas nos diz que não se envolvia muito com política naqueles anos no Brooklyn, definindo dessa maneira o seu posicionamento enquanto um artista, um poeta, alguém que apenas estava naquele local e tempo e que acompanhou tudo com a sua câmera, com o seu olhar.

Neste período Jonas Mekas registrou passeatas contra a deportação dos imigrantes lituanos, contra o stalinismo, reuniões que pautavam uma Lituânia independente, entre outras ações políticas que aconteciam a sua volta em Nova Iorque, mas tudo de uma certa forma distanciada, melancólica, solitária.

Sua narração, que se desenvolve de maneira poética, não somente neste momento mas durante todo o filme, confirma a persona que Jonas Mekas assume para si: a de um poeta diante de fatos históricos. Mekas não é um panfletário de alguma causa específica, mas um exemplo individual de alguém que sofre com os desdobramentos políticos causados pela guerra, sobretudo a guerra que envolveu o seu país e que certamente alterou sua vida para sempre:

“Oh, que minha câmera grave os desesperos dos países pequenos. Oh, como eu odeio vocês, grande nações! Seus grandes rios, suas grandes montanhas, suas grandes histórias, seus grandes exércitos e suas grandes guerras! (...)

Oh, cante, Ulysses, cante o desespero do exílio, cante o desespero dos países pequenos! Eu o vi, e fiz anotações com minha câmera, você, marchando ali, em meio ao barulho da grande cidade que nem sabia que você existia.” 72

72 Trecho da narração de Jonas Mekas em Lost Lost Lost. Tradução livre do original: “Oh, let my

Em determinado momento, Jonas Mekas anuncia ao espectador que deixará o Brooklyn e se mudará para Manhattan. Essa passagem marca a tentativa de desapego de Mekas com o passado, com suas lembranças, e a busca de uma nova vida, desvinculada daquela comunidade composta por imigrantes de sua terra natal.

Jonas Mekas passa a conviver com personagens que fazem parte da cena artística de Nova Iorque, como George Maciunas (mentor do grupo Fluxus, também Lituano), o fotógrafo e cineasta Robert Frank, e com a trupe do Living

Theatre.

Vemos um registro do surgimento da revista Film Culture, fundada com seu irmão Adolfas, em 1954. Ouvimos uma música de Chopin tocar, enquanto o

filmmaker explica que essa “bela” música foi composta por Chopin durante o seu

exilio em Paris: o que nos sugere que Jonas Mekas, a partir de agora, também almeja criar no seu exílio.

Vemos as filmagens de seu primeiro longa-metragem, Guns of the Trees, lançado em 1962. A mudança do Brooklyn para Manhattan iria significar, tanto no filme como na vida de seu autor, o abandono daquela comunidade lituana para fazer parte de uma nova espécie de comunidade, a qual o próprio Jonas Mekas iria nomear de New American Cinema Group.

Em diferentes trechos de Lost Lost Lost ouvimos Mekas expressar sua necessidade de filmar todos os momentos de sua vida, tudo o que via. Em alguns momentos diz não saber o porque, e em outros diz já ter perdido muito em sua vida, e que essa seria a maneira de tentar reter suas lembranças. Mas é fato que a sua natureza propícia a registrar os acontecimentos cotidianos, bem como sua

big rivers, and your big mountains, and your big histories, and your big armies, and your big wars! (...) Oh, sing, Ulysses, sing the desperation of the exile, sing the desperation of the small countries! I saw you, and I made notes with my camera, you, marching there, through the noise of the big city that did not even know you existed.”

vocação de flaneur, ficam cada vez mais evidentes ao longo do filme, nos momentos em que as imagens de praças, bosques, ruas e passeios ficam mais frequentes.

“Por que eu filmei tudo isso? Não tenho uma resposta real. Acho que o fiz porque eu era uma pessoa muito tímida. Minha câmera me permitia participar da vida que se estabelecia em minha volta. Meus filmes-diário não são como os diários de Anais Ni... que agonizava sobre suas aventuras psicológicas. O meu caso é o contrário, o que quer que seja. Minha Bolex me protegia ao mesmo tempo em que me proporcionava uma espiada e um foco naquilo que se passava em minha volta. Ainda assim, no final, não acredito que meus filmes-diário sejam sobre os outros ou sobre o que vi: eles são sobre mim, conversas comigo mesmo.” 73

O filme caminha para mostrar o que seria um “amadurecimento” de Jonas Mekas como cineasta. As imagens iniciais de Lost Lost Lost são diferentes esteticamente das imagens com as quais nos deparamos em Walden, nas quais estão presentes as conhecidas características mais “experimentais” do cinema do autor.

Mas, aos poucos, essa estética mais convencional vai se alterando, o quadro estático vai se movimentando mais, se fragmentando mais, o ritmo do filme fica mais veloz, e se torna cada vez mais experimental, mais sensorial.

73 Trecho de Just Like a Shadow, texto de Jonas Mekas escrito para o Logos Journal

(www.logosjournal.com), em 2004. Tradução livre do original: “Why did I fi lm it all? I have no real

answer. I think I did it because I was a very shy person. My camera allowed me to participate in the life that took place around me. My fi lm diaries are not like the diaries of Anaïs Nin! who agonized about her psychological adventures. In my case, the opposite, whatever that opposite may be. My Bolex protected me while at the same time giving me a peek and a focus on what was happening around me. Still, at the very end, I don’t think my fi lm diaries are about the others or what I saw: It’s all about myself, conversations with my self.”

O ápice desta mudança se dá no sexto rolo, quando Jonas Mekas, juntamente com Barbara Rubin, Ken Jacobs, entre outros, vai ao Flaherty Film

Seminar 74 tentar exibir os filmes Blonde Cobra (1963, de Ken Jacobs) e Flaming

Creatures (1963, de Jack Smith). A trupe acaba sendo barrada e até impedida de

entrar. Por conta disso dormem ao relento, enrolados em mantas.

Ao amanhecer, eles – como uma nova comunidade, uma família – brincam que seriam os monges da Ordem do Cinema, trajando suas mantas como espécies de vestes sacras, enquanto na banda sonora tocam sinos de igreja e monges cantam. Neste momento emblemático, Jonas Mekas “flutua” com sua Bolex através dos campos de flores, captando as imagens mais experimentais de

Lost Lost Lost, que evocam algo de sagrado, de transcendental.

Jonas Mekas em Lost Lost Lost, em sequência filmada ainda nos anos 1950.

74 O Flaherty Film Seminar é um dos mais tradicionais eventos dedicados ao cinema documentário,

Jonas Mekas como o monge da Ordem do Cinema em Lost Lost Lost.

*

O projeto primitivo do que veio a se tornar Lost Lost Lost, concebido por Jonas Mekas e seu irmão Adolfas logo ao chegarem em Nova Iorque em 1949, era de um documentário que retrataria a vida dos imigrantes lituanos no Brooklin. Como o teórico Michael Renov assinala, as imagens iniciais do filme guardam semelhanças com os documentários da década de 1930, pela maneira de composição do quadro e pelo preto e branco da película, bem como pelas temáticas abordadas, como a chegada dos imigrantes no cais. 75

Jonas Mekas declarou certa vez que se considera um “poeta documental”, e que mesmo antes de começar a filmar, sua obra literária inicial, a qual escreveu

75 RENOV, Michael. Lost Lost Lost: Mekas as Essayist in JAMES, David E. (org). To Free the

Cinema: Jonas Mekas and the New York Underground. Nova Iorque: Princeton University Press,

ainda na Lituânia, já possuía essa inclinação em usar meios poéticos de ritmo e prosódia para atingir fins descritivos. Mas que, em seu início como cineasta, deixou-se afastar de sua verdadeira vocação ao adotar uma estética documental mais clássica:

“Quando comecei a filmar, aquele interesse (poesia documentária) não me abandonou, mas foi deixado de lado ao passo que me liguei às tradições dos filmes documentários. Eu estava lendo Grierson e Rotha e olhando para os documentários ingleses e norte- americanos dos anos 1930 e 1940. Sinto agora que a influência deles me desviou de minha própria inclinação. Mais tarde, tive que afastar essa influência para poder retornar à abordagem com que eu iniciei.” 76

Logo depois de sua chegada aos EUA, Jonas Mekas filmou a comunidade lituana por vezes como se tentasse encontrar naqueles imigrantes seu país, sua família, suas lembranças. Ou ainda registrar e preservar essas lembranças, através de imagens de festividades, casamentos, apresentações de danças típicas. Era como se Mekas estivesse criando filmes de registros familiares, típicos

home movies.

Todavia, através de Lost Lost Loat podemos estimar que a comunidade lituana não preencheu todo esse seu vazio afetivo. Em uma sequência do filme, vemos uma imagem de Jonas Mekas caminhando por uma rua do Brooklin,

76 Declaração de Jonas Mekas presente em: RENOV, Michael. Lost Lost Lost: Mekas as Essayist

in JAMES, David E. (org). To Free the Cinema: Jonas Mekas and the New York Underground. Nova Iorque: Princeton University Press, 1992. Tradução livre do original: “When I began filming, that interest (documentary poetry) did not leave me, but it was pushed aside as I got caught up in the documentary film traditions. I was reading Grierson and Rotha and looking at the British and American documentary films of the ‘30s e ‘40s. I feel now that their influence detoured me from my own inclination. Later, I had to shake this influence in order to return to the approach with which I began.”

enquanto uma canção judaica intitulada Kol Nidrei, declaração tradicionalmente recitada nas sinagogas no início do feriado Yom Kippur, reforça o clima melancólico e de desolação do personagem. Nesse trecho do filme, em voz over, Mekas narra que nunca se sentiu tão solitário.

Já no momento em que Jonas Mekas se distancia da comunidade lituana, muda-se para Manhattan e se envolve com o grupo que futuramente nomearia como New American Cinema, essas questões mais ligadas a sua terra natal são colocadas de lado em sua vida e, consequentemente, em sua obra, para que ele então se dedicasse ao novo cinema que estava ajudando a construir.

Dessa maneira, nesse novo período, novamente tudo é registrado: o surgimento da revista Film Culture, a convivência com os cineastas e artistas, que agora são seus amigos, as dificuldades enfrentadas por eles, etc. Dessa forma, podemos aferir que Jonas Mekas estaria, agora, registrando as imagens de sua nova comunidade sua nova “família”.

“Um filme de família celebra o laço familiar ao preservar as imagens de dias felizes. Mas a família em questão pode igualmente referir-se àquela escolhida pelo próprio individuo. Neste caso, pode-se dizer que os cineastas experimentais produziram verdadeiros filmes de família. (...). Se o filme de família fixa os acontecimentos ligados à vida doméstica, os filmes pessoais são igualmente ancorados na intimidade passível de ser mostrada para além dos rituais festivos ou dos momentos de lazer.” 77

77 ALLARD, L. Une rencontre entre film de famille et film experimental: le cinéma personnel in

Todavia, segundo a definição de Roger Odin para o que seria um filme familiar, podemos considerar que à partir do momento em que essas imagens extrapolam as exibições caseiras, sofrendo alterações na montagem, no som, etc. (já que por muitas vezes ao captá-las há uma intenção prévia no sentido de serem editadas e veiculadas em um circuito mais amplo do que apenas o ambiente doméstico), esse material perde sua “pureza” enquanto gênero, não podendo mais ser classificado como um “filme de família”.

“Por filme de família compreendo um filme (ou vídeo) realizado pelo membro de uma família a propósito de seus personagens, acontecimentos ou objetos relacionados de uma forma ou outra – a história desta família, e ao uso privilegiado dos membros desta família.” 78

*

Entre as primeiras imagens captadas em Lost Lost Lost e a sua finalização, há um espaço de tempo de mais de vinte e cinco anos (de 1949 até 1975); as imagens abrangem um período de quatorze anos (de 1949 até 1963) em três horas de filme, organizadas em ordem cronológica. Ao narrar e montar o filme tanto tempo depois, Jonas Mekas emprega as imagens registradas como ponto de partida, mas misturando-as com as impressões e sentimentos do presente, do momento em que ele as revisita. A voz de Mekas, ao narrar o filme, sofre uma série de mudanças de tom, pausas e hesitações, reações às imagens revistas, revisitadas.

Há então o encontro de dois tempos em Lost Lost Lost: o passado, nos registros imagéticos; e o presente, na narração e articulação das imagens. A

montagem e a narração acabam funcionando como um prolongamento da experiência vivida por Jonas Mekas, nesse anos entre a captação do material e a finalização do filme propriamente dito.

*

No cinema de Jonas Mekas há uma fusão entre o não-ficcional e a poesia, o documentário e o experimental, o cinema e a literatura. Michael Renov aponta que seus filmes estariam mais próximos ao gênero ensaístico, ou “o ensaio documental” 79, pois a conexão entre as imagens do filme provêm da narração do autor, caracterizada por digressões, fragmentações, repetições e distorções, bem como por uma auto-examinação constante. Jonas Mekas faz uma descrição do real histórico, filtrado através de um fluxo de subjetividade e memória.

No documento O cinema de Jonas Mekas (páginas 91-109)

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