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O método aqui utilizado pretende expor as vontades, necessidades e realidades daqueles que diretamente e diariamente lidam com o fenómeno social do isolamento, colocando o investigador como mero ouvinte e observador das ações e reações individuais e coletivas dos diferentes agentes em análise tornando a pesquisa mais próxima da realidade.

Aplicamos, tal como representado no esquema 3.1, uma abordagem qualitativa através do método dedutivo/indutivo, segundo o paradigma analítico e interpretativo.

Colocamos em investigação um conjunto de perguntas que tentaremos responder no nosso trabalho de análise das entrevistas realizadas. Através desta análise iremos expor algumas realidades grupais e particulares da população idosa e das instituições que as acolhem.

Procuramos indagar se as situações identificadas no decorrer da investigação correspondem a acontecimentos furtuitos ou a uma realidade recorrente nas amostras.

Utilizamos ainda os contextos socioinstitucionais e comunitários como base para entendermos a ligação e relação entre todos os elementos que compõe a nossa amostra, assim como as diferentes reações e respostas às nossas questões.

Através de uma análise quantitativa faremos uma apresentação da caracterização das amostras em estudo.

28Missão (CAJIL), Consultado a 2018-06-19, Disponível em http://www.cajil.pt/index.php/quem-somos2 29Fundação | Natureza jurídica | Governança (Centro Social da Musgueira), consultado a 2018-06-19,

Disponível em http://www.csmusgueira.org/about/fundacaonatureza-juridicagovernanca/

77 Pessoas I dosas Qualitativo

Tipologia de isolamento

Sentimentos e reações na abordagem à pessoa idosa sinalizada por terceiros Diagnósticos de sinalização e de entrada da pessoa idosa nas instituições

Predisposição para a institucionalização

Seleção do tipo de apoio institucional necessitado Quantitativo

Caracterização

Decisores

Boas práticas em Serviço Social

Fragilidades na criação de politicas públicas promotoras de boa prática em Serviço Social Politicas públicas no domínio dos direitos da pessoa idosa em situação de isolamento

Políticas públicas promotoras de boa prática profissional em Serviço Social

Matriz de práticas inovadoras em serviço social com pessoas idosas em situação de isolamento

Quantitativo

Caracterização

Qualitativo

Assistentes Sociais

Tipologia de Intervenção

Etapas de admissão em centro de dia Posicionamento critico sobre o isolamento da pessoa idosa

Relação entre o serviço social, a academia e as políticas públicas

Direitos da pessoa idosa em situação de isolamento Metodologias de intervenção

Politicas públicas no domínio dos direitos da pessoa idosa em situação de isolamento

Qualitativo Quantitativo

Caracterização

M e t o d o l o g i a

Doutoramento em Serviço Social Nº de idosos em situação de

Isolamento por centro de dia Quantitativo Tipologia de Idoso

Nº de respostas sociais

M é t od o M ist o

Respostas Sociais

Qualitativo Perceções das Pessoas Idosas Tipologia de Isolamento Prática de Serviço Social Políticas Públicas

Produção de Conhecimento em Serviço Social

M é t o d o D e d u t i v o / M é t o d o I n d u t i v o An a lít i co e I n t e r p r e t a t i v o

E

SQUEMA

3.1–M

ODELO DE

A

NÁLISE POR AMOSTRA

78 Através da análise qualitativa iremos apresentar a perceção da pessoa idosa quanto à sua realidade, os seus sentimentos e reações pela abordagem do assistente social quando sinalizados por terceiros, os seus diagnósticos de sinalização e de entrada nas instituições, as suas predisposições para a institucionalização, as suas escolhas quanto aos diferentes tipos de apoio que acreditam necessitar e a tipologia de isolamento identificada por cada um deles, a perceção do assistente social quanto à sua tipologia de intervenção, às etapas de admissão de uma pessoa idosa numa instituição, ao seu posicionamento crítico sobre o isolamento da pessoa idosa e sobre a relação entre o Serviço Social, a academia e as políticas públicas, aos direitos da pessoa idosa em situação de isolamento, às suas metodologias de intervenção e às políticas públicas no domínio dos direitos da pessoa idosa em situação de isolamento, apresentaremos também a perceção dos decisores quanto às boas práticas em Serviço Social, às fragilidades na criação de políticas públicas promotoras de boa prática, às políticas públicas no domínio dos direitos da pessoa idosa em situação de isolamento, às políticas públicas promotoras de boa prática profissional em Serviço Social e para a criação de uma matriz de práticas inovadoras em Serviço Social com pessoas idosas em situação de isolamento.

O método dedutivo corresponde à elaboração, por parte do investigador, de pressupostos teóricos ou de hipóteses baseadas em princípios científicos através do raciocínio dedutivo, já o método indutivo corresponde às tentativas do investigador em formular explicações através da observação de tendências, padrões ou associações entre os fenómenos em estudo (Fortin, 2000).

O método indutivo desenvolve-se em três etapas, realiza a observação dos factos ou fenómenos, procura a relação entre cada facto observado, e cria uma generalização das relações descobertas.

Tendo em conta o supracitado deve-se certificar a veracidade dos fenómenos através da certificação de que é, verdadeiramente necessária, a relação que se encontra a executar, do assegurar de que os fenómenos sejam idênticos e, por fim, não perder de vista o aspeto qualitativo dos fenómenos em análise (Lakatos, 2003).

De uma forma mais pragmática podemos referir que a grande diferença entre o método indutivo e o método dedutivo, é o facto de o primeiro corresponder a um levantamento particular para o alcance de respostas mais gerais, ou seja corresponde a uma dimensão objetiva da investigação, e o segundo, pelo contrário, partir da análise de uma situação geral para se chegar a um resultado mais particular, correspondendo a uma dimensão subjetiva.

O método analítico e interpretativo leva-nos a identificar as ligações entre fenómenos particulares e o contexto social onde se inserem, estabelecendo as ligações entre as ações sociais e o sistema de relações sociais que forma a sociedade no geral (Dias, 2008 in Santos, 2011).

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