• Nenhum resultado encontrado

5 PERCURSO METODOLÓGICO

5.1 Métodos e tipos de pesquisa

No contexto da unidade de contrários, o caminho que vai é o mesmo que volta; criticar e ser criticado são, essencialmente, o mesmo procedimento metodológico. Nesse sentido, o conhecimento científico não produz certezas, mas fragilidades mais controladas (DEMO, 2000, p.25).

Por metodologia compreende-se a aplicação de procedimentos e técnicas que devem ser observados para construção do conhecimento, com o propósito de comprovar sua validade e utilidade nos diversos âmbitos da sociedade. Método pode ser entendido como "um procedimento ou caminho para alcançar determinado fim e, que a finalidade da ciência é a busca do conhecimento, podendo dizer que o método científico é um conjunto de procedimentos adotados com o propósito de atingir o conhecimento" (PRODANOV, FREITAS, 2013, p.24). Assim método é todo como o caminho para se chegar a determinado fim. Nessa proposição, pode-se definir método científico como “conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos adotados para se atingir o conhecimento” (GIL, 2008, p.8). Como conjunto de processos empregados na investigação que fornece as bases lógicas à pesquisa, definiu-se utilizar o método indutivo para que direcionasse, com mais propriedade, o seu desenvolvimento.

A seleção do método Indutivo ocorreu por ser responsável pela generalização, o qual parte do particular para uma questão mais geral. No raciocínio indutivo, a generalização deriva de observações de casos da realidade concreta. As constatações particulares levam à

11 Fontes primárias: Documentos que contêm informação de primeira mão ou dados originais sobre um tópico, tal como foram concebidos por seus autores/produtores, usados no preparo de trabalhos derivados. As fontes primárias incluem manuscritos, artigos que relatam pesquisas ou ideias originais, diários, memórias, cartas, fotografias, jornais etc. (IBICIT. Tesauro Brasileiro de CI, 2014)

12 Fontes secundárias: Documentos publicados ou não que geralmente descrevem, resumem, indexam, reestruturam, analisam e/ou avaliam documentos primários como, por exemplo, as bibliografias, bases de dados, revisões de literatura. Referem-se também às outras fontes, que não as primárias, usadas na preparação de um trabalho.

13 Fontes terciárias: Documentos gerados a partir das fontes primárias e secundárias. Referem-se à bibliografia de bibliografia, diretórios, índices, catálogos etc.

elaboração de generalizações. (PRODANOV; FREITAS, 2013). Esse método permite a observação de fatos ou fenômenos para conhecer, e compará-la com a finalidade de descobrir as relações existentes entre eles. Por fim, procede à generalização, com base na relação verificada entre os fatos ou fenômenos. Após a análise das categorias construídas, foi realizada a mensuração dos dados para se chegar à síntese geral.

Quanto à natureza das fontes utilizadas, optou-se pelas pesquisas bibliográfica, documental e a pesquisa de campo, pois atendem aos objetivos propostos e proporcionam bases teóricas para a pesquisa. No tocante a pesquisa Bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. A principal vantagem dessa pesquisa reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos do que aquela que poderia pesquisar diretamente. (GIL, 2008). Quivy e Campenhoudt (1998) corroboram ao enfatizar que as leituras ajudam a constituir a problemática da investigação. A pesquisa bibliográfica e documental auxilia a análise dos conhecimentos relativos aos problemas de partida.

Quanto a pesquisa Documental caracteriza-se pela utilização de materiais que ainda não receberam tratamento analítico, isto é, que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa, como os formulários de inscrição dos projetos de extensão nas pró-reitorias de extensão das universidades pesquisadas. (GIL, 2008). Por sua vez, a pesquisa de campo consiste na observação de fatos e fenômenos tal como ocorrem espontaneamente, na coleta de dados a eles referentes e no registro de variáveis que presumimos relevantes, para analisá-los (PRODANOV; FREITAS, 2013).

Quanto à abordagem, a pesquisa pode ser classificada como qualitativa com viés quantitativo. Por investigação qualitativa compreende-se como “um processo contínuo de construções, de versões da realidade”, cujo foco não é apenas o fenômeno estudado em si, mas o relato ou discurso do sujeito de pesquisa sobre o fenômeno vivido ou presenciado por ele, e que é este o verdadeiro objeto da pesquisa (FLICK, 2004, p.25). Para Minayo e Sanches (1993), a metodologia qualitativa trabalha com valores, crenças, representações, atitudes e opiniões e é propícia a aprofundar a complexidade dos fenômenos, fatos e processos particulares e específicos de grupos mais ou menos delimitados em extensão e capazes de serem abrangidos intensamente.

Já a pesquisa quantitativa é definida como uma pesquisa que traduz em números as opiniões e informações para serem classificadas e analisadas e utiliza-se de técnicas estatísticas (RODRIGUES, 2007). As pesquisas quantitativas são caracterizadas, normalmente, pela utilização de números absolutos ou estatísticos e indicadores numéricos,

que, trabalhados em seu conjunto, corroboram para a criação de modelos abstratos que possibilitam descrever e explicar fenômenos recorrentes e exteriores aos sujeitos (MINAYO, 2013). Para as autoras, as metodologias quantitativas e qualitativas podem ser aplicadas em concomitância. Tendo em vista a complementaridade das abordagens, optou-se por adotar a abordagem qualititativa com viés quantitativo, pois permitiu ampliar o escopo de abrangência da pesquisa em sua fundamentação metodológica.

Quanto aos objetivos, a pesquisa configura-se como exploratória e descritiva (ou explicativa). A pesquisa exploratória tem o objetivo de reunir dados, informações, padrões, ideias e hipóteses sobre um problema ou pesquisa com pouco ou nenhum estudo anterior. Para Quivy e Campenhoudt (1998, p.109) o objetivo do trabalho exploratório é alargar a perspectiva de análise, travando conhecimento com o pensamento de autores cujas investigações e reflexões podem inspirar o investigador e revelar facetas do problema nas quais não teria certamente pensado por si próprio e, por fim, optar por uma problemática apropriada. Quanto à pesquisa descritiva, nota-se que tem o objetivo de identificar as características de um determinado problema ou questão e descrever o comportamento dos fatos e fenômenos.