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CONCEPÇÕES ALTERNATIVAS DE ALUNOS DO ENSINO SECUNDÁRIO SOBRE A EXPLORAÇÃO SUSTENTADA DOS RECURSOS GEOLÓGICOS E POTENCIALIDADES DO PROGRAMA E DOS MANUAIS PARA A SUA EVOLUÇÃO

H. Novais [1], M. R. Pereira [2], P. Ávila [3]

[1] Escola Secundária com 3º Ciclo do Ensino Básico de Lousada, Lousada,

hnovais@gmail.com

[2] Dep. Geologia da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real,

rpereira@utad.pt

[3] Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação (INETI), Porto,

paula.avila@ineti.pt

No presente estudo identificaram-se as concepções alternativas de uma amostra de 66 alunos do Ensino Secundário, relacionadas com a exploração sustentada dos recursos geológicos. Os impactes das explorações são identificados como negativos e apenas de índole ambiental e o trabalho dos geólogos é limitado ao estudo de rochas e minerais. A análise dos manuais dos anos em que se aborda este tema, bem como dos programas, sugere que estes contribuem para uma visão negativista dos alunos, através de uma perspectiva distorcida, no que diz respeito à importância da indústria extractiva para o desenvolvimento económico e social de um país.

Introdução

Antes de qualquer actividade de ensino formal, as crianças constroem um corpo de conhecimentos a partir da percepção de aspectos observáveis de uma situação problemática (Driver et al., 1985, in Menino e Correia, 2000). De forma a obterem explicações sobre os fenómenos que observam, as crianças iniciam o desenvolvimento de conceitos sobre o seu mundo, bem como significados para os termos usados em Ciência (Osborn e Wittrock, 1983). Estes conceitos, frequentemente divergentes dos actualmente aceites, deram origem ao Movimento das Concepções Alternativas (MCA). As concepções alternativas correspondem a representações individuais subjectivas acerca do mundo percepcionado por cada indivíduo. Consistem em representações estruturadas e complexas, normalmente divergentes dos conceitos científicos ou semelhantes a modelos já refutados. Estes esquemas mentais são muito resistentes à mudança num contexto de ensino (Santos, 1998).

Tendo em conta as características das concepções alternativas, é de esperar que os alunos apresentem algumas relacionadas com a exploração sustentada dos recursos geológicos, já que os conceitos associados a esta temática são de uso quotidiano e de índole empírica (exploração, mina, pedreira, contaminação).

O conceito de desenvolvimento sustentável foi adoptado pelas Nações Unidas, em 1987, como o “desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a necessidade de futuras gerações de atingir o seu”. Em documentos mais recentes a perspectiva exclusivamente ambiental é alargada, passando a ser referidos

três pilares do desenvolvimento sustentável, nomeadamente desenvolvimento económico, desenvolvimento social e protecção ambiental (Nações Unidas, 2005).

O estudo da temática em questão inicia-se pelos impactes da intervenção do Homem na Geosfera (10º ano) e prossegue pela exploração sustentada dos recursos geológicos (11º ano). No 10º ano é desenvolvida uma perspectiva globalizante em relação ao tema: o aumento da população e do grau de desenvolvimento leva a um aumento da exploração dos recursos do planeta. O aumento da sua exploração origina um aumento dos impactes ambientais associados. O desafio que se coloca consiste em estabelecer um desenvolvimento sustentado. No 11º ano desenvolve-se com maior pormenor a exploração sustentada dos recursos geológicos, numa perspectiva ambiental, que se encontra de acordo com a definição de 1987 das Nações Unidas, a versão mais aceite aquando da elaboração dos programas.

É objectivo deste estudo diagnosticar concepções alternativas de alunos do Ensino Secundário em relação à exploração sustentada dos recursos geológicos, identificar possíveis origens das mesmas, bem como averiguar as potencialidades dos manuais escolares e dos programas para promover a sua mudança.

Metodologia

O diagnóstico das concepções alternativas baseou-se na resposta, por parte dos alunos, a um questionário, na forma de pré-teste (tabela 1). Para determinar a origem das mesmas recorreu-se a actividades de discussão, aquando da abordagem dos conteúdos.

Tabela 1 – Questões presentes no pré-teste.

1. Represente uma exploração mineira e respectivas instalações. 2. Explique o que entende por exploração mineira.

3. Em relação às explorações mineiras:

3.1. Represente e identifique três equipamentos usados. 3.2. Indique três possíveis impactes.

3.3. Refira três trabalhos de investigação na área da Geologia que possam ser realizados.

O estudo decorreu ao longo do ano lectivo 2005/2006 e a amostra consistiu em 66 alunos da Escola Secundária de Lousada, do Curso Científico-Humanístico de Ciências e Tecnologias, do 2º ano da disciplina de Biologia e Geologia (11º ano de escolaridade). Aquando da aplicação dos instrumentos de diagnóstico, os alunos não tinham passado pelo ensino formal da unidade “Exploração sustentada dos recursos geológicos”.

Após apreciação das respostas e diagnóstico das concepções alternativas, procedeu- se a uma análise dos programas e dos manuais do respectivo ano escolaridade (tabela 2) em termos de potencialidades para promover a mudança conceptual. Os manuais analisados correspondem a edições que poderiam ser adoptadas no momento em que os alunos frequentaram o respectivo ano lectivo.

Tabela 2 – Manuais analisados quanto às potencialidades de suscitar mudança conceptual.

Título Ano de escolaridade Autores Editora

Geologia 10 10º

Geologia 11 11º Guerner Dias et al. Areal Editores 10º

Terra, Universo de

Vida 11º Dias da Silva, et al. Porto Editora

Resultados e discussão

Das várias respostas obtidas, das quais se incluem alguns exemplos na tabela 3, foi diagnosticado um conjunto diverso de concepções alternativas (tabela 4).

Tabela 3 – exemplos de respostas às questões do pré-teste. 1. Represente uma exploração mineira e respectivas instalações.

2. Explique o que entende por exploração mineira.

3.1. Represente e identifique três equipamentos usados.

3.2. Indique três possíveis impactes.

Tabela 4 – Concepções alternativas diagnosticadas.

Questão Concepções alternativas

1.

• As explorações mineiras são subterrâneas; • A mecanização do trabalho é reduzida;

• As vagonetes são o principal meio de transporte do minério;

• Nas explorações mineiras há apenas extracção dos recursos

geológicos, isto é, não há processamento do minério;

• Minas são o mesmo que grutas; • Nas galerias há sempre vagonetes.

2.

• Uma exploração mineira consiste apenas na extracção dos recursos

geológicos;

• É onde se extrai metais preciosos.

3.1

• Não é usado equipamento, além do de protecção pessoal e de

extracção do material obtido nas galerias;

• O trabalho é essencialmente manual, não havendo mecanização do

mesmo. 3.2.

• Os impactes das minas são normalmente de índole ambiental; • Os impactes das minas são sempre negativos;

• Apenas há impactes durante a fase de exploração dos recursos.

3.3. • O trabalho dos geólogos consiste apenas no estudo de rochas e de minerais.

As respostas às três primeiras questões traduzem trabalhos pouco mecanizados e de exploração baseada em conhecimentos empíricos, decorrente em desmontes subterrâneos. Os alunos revelaram um conceito de exploração mineira que corresponde a uma realidade passada, verificável durante o apogeu da exploração nacional, numa época relativamente recente. Facto que parece contribuir para esta visão são os relatos dos pares mais próximos, o que sugere uma cristalização no colectivo nacional dos tempos áureos da exploração dos recursos geológicos. As actividades de discussão sugerem que os filmes reforçam estas concepções alternativas pois, quando a acção se desenrola neste contexto, é criado um cenário incompleto e que apenas foca alguns aspectos da exploração, sendo este posteriormente descrito pelos alunos como correcto. Para além disso, foi normalmente referido que os materiais extraídos não sofrem processamento, encontrando-se prontos a ser usados pela indústria. Este aspecto parece resultar de uma consequência das descrições centradas nos trabalhos de desmonte. O facto de parte dos alunos ter associado as minas a grutas é revelador da tenacidade das concepções alternativas pois é suposto ter havido evolução destes dois conceitos desde o Ensino Básico, onde se aborda a origem das paisagens sedimentares, nas quais as grutas se incluem. As respostas à questão 3.2 mostraram que, quanto aos impactes, os alunos assinalaram apenas os negativos e de índole ambiental, verificáveis apenas durante a fase de exploração do recurso, sendo percepcionáveis pelos sentidos. É de salientar que, para além dos impactes ambientais as explorações apresentam outros, nomeadamente impactes sociais e económicos, podendo estes classificar-se como negativos e positivos (Harvey, 1997). Na última questão, o trabalho dos geólogos

aparenta não ter grande relevância na exploração dos recursos, uma vez que a maior parte dos alunos forneceu respostas relacionadas com o estudo descritivo de rochas e de minerais, o que se revela coincidente com a visão desactualizada de como se processa a exploração dos recursos geológicos.

Da análise efectuada aos manuais nota-se que, nesta temática, seguem as orientações constantes nos programas. Assim, programa e manuais constituem um documento de trabalho que permite o aprofundar de conceitos em relação aos impactes ambientais das explorações dos recursos geológicos. No entanto, devido à visão excessivamente ambiental, não são eficazes na evolução das concepções alternativas dos alunos, pois abordam aspectos que já são do seu conhecimento e ignoram as componentes sociais e económicas da exploração dos recursos geológicos. Desta forma corre-se o risco de criar a imagem de um Homem destruidor de recursos, cuja história em nada é devida à evolução geológica do planeta.

Conclusões

Os alunos revelaram uma série de concepções alternativas relacionadas com a exploração dos recursos geológicos. A maior parte relaciona-se com uma perspectiva distorcida de como esta se processa. A nível dos impactes apenas foram assinalados os de índole negativa para o ambiente, tendo sido ignorados os aspectos positivos. Na realidade, a exploração dos recursos minerais é tanto mais importante quanto maior o desenvolvimento tecnológico, contribuindo para o crescimento económico e social. Actualmente, quando se pretende explorar um recurso, aplicam-se boas práticas ambientais, que estão legisladas, ao longo de todo o período de vida da exploração. Evita-se a chamada lavra ambiciosa e tem-se constantemente em atenção as questões ambientais, nas suas várias dimensões.

Os programas e os manuais, que abordam a exploração dos recursos geológicos apenas do ponto de vista ambiental, reforçam nos alunos as concepções alternativas relacionadas com a já referida visão negativa da exploração dos recursos geológicos. É importante o desenvolvimento, por parte dos docentes, de recursos e/ou estratégias que permitam a aquisição de uma perspectiva mais abrangente em relação a esta temática e que estejam em plena consonância com as práticas e procedimentos actuais das explorações.

Referências Bibliográficas

Amador, Mª. F.; Silva, C.; Baptista, J.; Valente, R. (2001). Programa de Biologia e Geologia-10º ano. Ministério da Educação, Lisboa.

Dias da Silva, A.; Gramaxo, F.; Santos, Mª.; Mesquita, A.; Baldaia, L.; Félix; J. (2003). Terra, Universo de Vida - 10º ano. Porto Editora, Porto.

Dias da Silva, A.; Gramaxo, F.; Santos, Mª.; Mesquita, A.; Baldaia, L.; Félix; J. (2004). Terra, Universo de Vida – 11º ano. Porto Editora, Porto.

Guimarães, P.; Matias, O.; Martins, P.; Guerner Dias, A.; Rocha, P. (2003). Biologia e Geologia-10.º Ano. Areal Editores, Porto.

Guimarães, P.; Guerner Dias, A.; Rocha, P. (2004) Biologia e Geologia - 11.º Ano. Areal Editores, Porto.

Harvey, E.F. (1997). Competition and conflicts for comunity and economic resources. In: Environmental effects of mining (J. Marcus (ed.)), pp. 180-182. Imperial College Press, London.

Menino, H.; Correia, S. (2000). Concepções alternativas: ideias das crianças acerca do sistema reprodutor humano e reprodução. Educação & comunicação, 4, 97 – 117.

Nações Unidas. (1987). Report of the World Commission on Environment and Development. Resolução da Assembleia Geral nº 42/187, 11 de Dezembro de 1987. http://www.un.org/documents/ga/res/42/ares42-187.htm, consulta a 29-04-2007.

Nações Unidas. (2005). 2005 World Summit Outcome. Resolução da Assembleia

Geral nº 60/1, 24 de Outubro de 2005.

http://daccessdds.un.org/doc/undoc/gen/n05/487/60/pdf/n0548760.pdf, consulta a 29- 04-2007.

Osborn, R.J.; Wittrock, M. (1983). Learning Science: A Generative Process. Science Education, 67 (4), 489-508.

Santos, M. (1998). Mudança conceptual na sala de aula – um desafio epistemologicamente fundamentado. 2ª edição, Livros Horizonte, Lisboa.

Silva, C.; Amador, F.; Baptista, J.; Valente, R. (2003). Programa de Biologia e Geologia – 11º ano. Ministério da Educação, Lisboa.

ANALISE COMPARATIVA DO TEMA “USO DE RECURSOS” NOS MANUAIS DO ENSINO BÁSICO EM PORTUGAL E MOÇAMBIQUE

Cláudia Ferreira [1], Rosa Branca Tracana [1,2], Maria Eduarda Ferreira [1,2], Graça S. Carvalho [1]

[1] LIBEC/CIFPEC, IEC, Universidade do Minho, Portugal, bioclaudif@yahoo.com;

rtracana@ipg.pt; graca@iec.uminho.pt

[2] Escola Superior de Educação da Guarda, Portugal, eroque@ipg.pt

Resumo

O objectivo do presente estudo foi proceder a uma análise comparativa da abordagem do tema “Uso de recursos” no ensino básico Português e Moçambicano, dando especial atenção à análise das concepções “responsabilidade Individual vs Social” (examinando “estratégias de prevenção no desperdício dos recursos e na gestão dos mesmos”), “Humanos como convidados da natureza e ambiente vs Humanos como Donos da Natureza e Ambiente” (examinando “disponibilidade dos recursos, sustentabilidade e equidade”). Analisou-se também o Estilo Educacional e as imagens que representam os Humanos e a Natureza. Os manuais Moçambicanos analisados apresentam maior envolvimento e preocupação relativamente à Gestão do Uso dos Recursos.

Introdução

Durante aproximadamente três décadas, intensa investigação tem-se desenvolvido na área da Educação Ambiental. De forma consensual é enfatizada a importância de melhorar o conhecimento, assim como o desenvolvimento das tecnologias para a implementação de um desenvolvimento sustentável. Assim, há um largo consenso, quer académico quer da sociedade em geral, de que as competências ambientais para a geração de jovens representam uma componente essencial de uma estratégia a longo prazo promovendo um desenvolvimento sustentável. Neste trabalho pretendeu-se analisar a transposição didáctica da Educação Ambiental no sistema educacional Português e no Moçambicano ao nível dos 3º, 4º, e 5º anos de escolaridade, mais concretamente, no que diz respeito ao sub-tema Uso de Recursos. A transposição didáctica (TD) torna possível analisar, por um lado, quais os conteúdos científicos que são seleccionados para integrarem os programas escolares e para que nível de ensino (transposição didáctica externa - TDE) e, por outro, como tais conteúdos são tratados em contexto de sala de aula (transposição didáctica interna - TDI) (Clément, 2006). Assim, a análise de manuais afigura-se como um elemento primordial na avaliação de como os objectivos educacionais (ao nível normativo dos programas nacionais) são implementados a nível escolar, onde os alunos devem adquirir conhecimentos, competências e desenvolver valores apropriados na direcção de um ambiente sustentável. Várias perspectivas da natureza e do ambiente podem ser identificadas (Clément & Forissier, 2001; Bogner & Wiseman, 2002): com ou sem seres humanos; preservação ou utilização; espiritualista ou materialista. No entanto, no presente estudo não pretendemos distinguir “natureza” de “ambiente”, antes pelo contrário ambos os conceitos são utilizados, sem os diferenciar, na análise dos manuais.

Da mais profunda ciência ecológica até à exploração ilimitada da natureza, existem inúmeras perspectivas para um desenvolvimento sustentável. Assim, é necessário uma abordagem pluridisciplinar em competências quer em ecologia, quer em ciências humanas/sociais, de forma a levar a uma compreensão do ambiente como um problema que tem que ser resolvido pela gestão e acção dos cidadãos.

Metodologia

Este estudo foi realizado a partir da análise de seis manuais escolares, três de Portugal (dois de Estudo do Meio – 1ºciclo do ensino básico - e um de Ciências da Natureza – 2º ciclo) e três de Ciências Naturais de Moçambique, correspondentes ao 3º, 4º, e 5º anos de escolaridade (idades 8, 9 e 10 anos, respectivamente). Para esta análise foram aplicadas as grelhas de análise em Ecologia e Educação Ambiental, concebidas no âmbito do Projecto Europeu FP6 STREP Biohead-Citizen (CIT2-CT2004-506015) para as concepções “Responsabilidade Individual vs Social” (examinando “Estratégias de prevenção no desperdício dos recursos e na gestão dos mesmos”), “Humanos como convidados da natureza e ambiente vs Humanos como Donos da Natureza e Ambiente” (examinando “disponibilidade dos recursos, sustentabilidade e equidade”). Além destas concepções, também se recorreu à grelha que analisa o Estilo Educacional. Resultados e Discussão

Frequência dos sub-temas de EEA nos dois países

A análise dos manuais dos dois países mostrou que o Sub-tema Biodiversidade apenas está presente no 4º ano de Moçambique (Fig.1). Já Ecossistemas pode ser encontrado no 3º ano de Portugal, no 4º ano de Moçambique; e no 5º ano de Portugal (Fig. 1 e Fig.2). O sub-tema Poluição está presente nos três manuais de Portugal e ausente em Moçambique; ao passo que o Uso de Recursos marca presença nos três manuais analisados de Moçambique e apenas no 3º ano de Portugal (Fig. 1 e Fig.2). Análise comparativa do sub-tema Uso de Recursos

Estilo Educacional

No tema em análise no presente estudo – “Uso de Recursos” –, aquilo que é designado como Estilo Educacional dos textos, refere-se às diversas formas como os assuntos relativos à prevenção do desperdício de recursos são abordados. Assim, verificou-se que, nos 3 manuais Portugueses analisados, esta problemática não é abordada, o que demonstra que, pelo menos nestes 3 níveis de ensino, estas preocupações não se encontram presentes. Em Moçambique, o Estilo educacional presente no 3º ano é do tipo “Informativo”, no 4º ano está ausente, sendo no 5º ano de tipo “Informativo e Injuntivo” e “Informativo”.

Daqui se poderá inferir que no âmbito dos manuais destinados a estas faixas etárias, parece existir uma maior preocupação com os temas relativos ao desperdício dos recursos naturais em Moçambique, informando e responsabilizando os alunos na gestão dos mesmos. Neste sentido, não deixa de ser sintomático que, por exemplo, no Plano Económico e Social para 2007 do Governo de Moçambique, seja dada prioridade ao “desenvolvimento de acções de educação, sensibilização e consciencialização da sociedade sobre questões ambientais, tendo em vista o uso sustentável de recursos naturais” (RM, 2007).

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