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MAPA GEOTÉCNICO

No documento Atlas Ambiental SJC Paisagem (páginas 87-92)

O mapa geotécnico (Figura 42) é de grande im portância no auxilio a compreensão do suporte da paisagem . Conte m infor mações resultantes da integração de diversos elem entos que com põe o sup orte com o as informações geológicas (rochas), geom orfológicas (tipos de relevos) e pedológicas (tipos de solo).

A abordagem do mapa geotécnico reflete as características relevantes do relevo, das rochas e dos solos, que se interagem condicionando o

desenvolvimento dos processos do m eio físico que condicionam a dinâ mica da paisagem.

A com binação dos d iferentes tipos de so los, rochas e relevo, no município de São José dos Campos resultou na consolidação de nove diferentes Unidades Geotécnicas.

D

ESCRIÇÃO

O m apa geotécn ico f oi elabo rado pelo Ins tituto de Pesquisa Tecnológica (IPT) em 1996 (IPT, 1996) e apresenta de form a integrad a as informações geológicas, geom orfológicas e pedológicas do suporte da paisagem Joseense, como composta por nove unidades, assim caracterizadas e distribuídas em seu território:

UNIDADES GEOTÉCNICAS I Várzeas com aluviões arenosos II Terraços Fluviais e Residuais III Talos Colúvios

IV Colinas e Morrotes em Sedimentos Arenosos V Colinas e Morrotes em Sedimentos Argilosos

VI Relevo de Colinas e Morrotes com embasamento Cristalino VII Morros com Substrato de Migmatitos/Gnaisses/Xistos/Filitos VIII Morros com Substrato de Rochas Graníticas

IX Montanhas e Escarpas

Apresenta-se um a descrição das pr incipais unidades geotécnicas no município de São José dos Campos:

UNIDADE 1:VÁRZEAS COM ALUVIÕES ARENOSOS:

São m uito com uns próxim os das m argens dos rios e estão m uito sujeitas à inundações. C aracterizam- se pelos longos terre nos planos e são representadas na carta de unidades geot écnicas, pelas áreas próxim as ao Rio Paraíba e seus principais afluentes, entre eles os rios Jaguari e Buquira.

Compõem os terrenos localizados junto às calhas das d renagens, constituídos por sedimentos fluviais cuja textura varia de ar gilosa a arenosa, eventualmente com cascalheiras, co m porcentagem diversificada de m atéria orgânica e possibilidade de ocorrência de turfas com até 1km de espessura, formados predominantemente por solos pouco desenvolvidos hidromórficos, glei-húmicos e pouco húmicos.

As porções m ais rebaixadas dos aluviões apresentam declividades médias inferiores a 5%, estando sujeita s a inundações periódicas por ocasião das enchen tes, fenôm eno reduzido pela regularização im plementada pela barragem de Santa Branca.

O nível d'água é raso ou aflorante, com solos constantem ente encharcados nos níveis mais baixos e naqueles predominantemente argilosos, quando apresentam baixa permeabilidade e capacidade de suporte.

UNIDADE IITERRAÇOS FLUVIAIS E RESIDUAIS

Unidade delimitada apenas junto às várzeas dos rios Paraíba do Sul e Jaguari, onde é significativa em área. Na s demais drenagens, estes terraços foram englobados, quando fluviais, nos aluviões (unidade 1) e, quando residuais, nas colinas (unidades 4, 5 e 6).

Constituem terrenos pouco inclinados, constituídos por sedimentos de antigas plan ícies aluvio nares, em patam ares atualm ente mais e levados, ou trechos mais aplainados das colinas sedimentares e cristalinas, margeando os aluviões.

Compõe-se de sedim entos com textura predom inantemente arenosa ou solo de alteração de composição variada, dependendo do embasamento.

Áreas com depressões form ando embaciamentos são comuns nos terraços fluviais, com nível d' água próxim o à superfície e capacidade de suporte e drenabilidade reduzidas quando ocorrem ca madas ar gilosas no subsolo.

UNIDADE IIITALOS COLÚVIO

Esta unidade é formada pelo acúmulo de material detrítico, formando rampas m al-definidas de colúvio (pre domínio de m aterial fino), capeando grande parte das encostas, e depósito s de tá lus (predom ínio de m aterial grosseiro) junto à base e à m eia en costa de morros, m ontanhas e serras (unidades 7, 8 e 9), são representativos nas porções localizadas e de extensão significativa, no norte do m unicípio, não sendo discrim inados os colúvios generalizados.

Os depósito s de tálus são cons tituídos por mater ial de e spessura, extensão e granulom etria variada, que envolve desde ar gila até blocos de rocha e matacões, e substrato de rochas cristalinas.

Apresenta com posição bastante heterogênea, norm almente com muitos vazios, permitindo o acúmulo e a circulação intensa e desordenada da água, cujos fluxos variam ao longo do pr ocesso, natural ou antrópico, de acomodação destes depósitos.

Devido ao caráter inconsolidado e he terogêneo deste tipo de m aterial propicia alta suscetibilidade à erosão por sulcos e ravinas, e variação na capacidade de suporte dos terrenos.

UNIDADE IV-COLINAS E MORROTES EM SEDIMENTOS ARENOSOS

Consiste no relevo de colinas, subordinadamente morrotes e planícies aluviais, com declividades predominantes entre 5 e 10% nos topos e

chegando a situações de até 20% nas vertentes.

Apresenta sedimentos de fácies fl uvial meandrante e leques aluviais arenosos d a Form ação Tremembé, em que prevalecem arenitos, eventualmente com camadas e lentes de argilitos e folhelhos.

A cobertura de solo superficial é coluvionar e areno-ar giloso de espessura média em torno de 2m , m ais espessa nos topos aplainados de maior expressão.

Ocorrência de lençol d' água su spenso quando há intercalações de camadas arenosas e argilosas.

UNIDADE V-COLINAS E MORROTES COM SEDIMENTOS ARGILOSOS,

As colinas marcam a transição das áreas de várzea e apresentam uma característica singular, a tabuliformidade ou simplesm ente a form a aplanada de seus topos muito similar a tabuleiros. A caracterização dos diferentes tipos de elementos que a compõem, areia ou argila, determinam sua nomenclatura. O relevo de colinas, sub ordinadamente morrotes e planícies aluviais, apresenta declividades predom inantes m enores que 20%. Ao longo de drenagens forma vertentes m ais abruptas, na transição entre platôs e fundos de vales.

Apresenta os sedimentos argilosos e siltosos predominantes de fácies lacustres da Form ação Tremembé, em que prevalecem argilitos e folh elhos, eventualmente com camadas e lentes de arenitos.

Ocorrência comum de ar gila expansiva, principalm ente nas porções dos terrenos destacados com textura na Carta Geotécnica.

-Presença de lençol d'água suspenso quando ocorrem intercalações de camadas arenosas e argilosas.

UNIDADE VI-COLINAS E MORROTES EM SEDIMENTOS CRISTALINOS

Ocorre na parte leste da área m ais extrema ao s ul do município. São características pela sua for mação, as de rochas cristalinas, muito com uns na região.

Constitui um Relevo residua l de rochas cristalinas, dis perso em setores de topografia mais suave das serras e junto às baixadas, isolado pelos sedimentos das planícies, com declividades variando entre 5 e 20%.

O substrato é principalmente gnáissico e migmatítico, eventualmente granítico e o solo de a lteração em geral s iltoso, às v ezes m icáceo, com espessura média acima de l0m, e cobertura de solo superficial coluvionar de espessura média em torno de 2m.

UNIDADE VII - MORROS COM SUBSTRATOS DE MIGMATITOS, XILITOS E FILITOS

Esta unidade é encontrada na pa rte centro-norte do município, sendo caracterizada pela pres ença de determ inados tipos de rochas m uito comuns no município de São José dos Campos, sendo os migmatitos, xilitos e filitos.

Composta por sistem as de relevo principalm ente de m orros, com declividades predom inantes que va riam de 20 a 58%, podendo ocorrer . subordinadas, outras formas de relevo de amplitude variada.

O substrato é com posto de rochas cristalina s com estruturas bastante orientadas (xistos idade, foliação etc.) cons tituídas por xistos, parte dos gnaisses e migmatitos, e, eventualmente, filitos.

Os solos apresentam horizonte C (solo de alteração) de com posição e alto grau de erodibilidade.

Há possibilidade de ocorrência de corpos de tálus/colúvio.

UNIDADE VIII-MORROS OM SUBSTRATOS DE ROCHAS GRANÍTICAS

Ocorrem de forma continua no extrem o sul do município e tam bém espalhados em grandes manchas de forma alongada no sentido SO-NE e são encontrados na parte centro-norte do município. Caracterizam -se por sua formação estruturada pelas rochas graníticas, tal qual o granito.

Apresenta morros, com declividades predominantes que variam de 20 a 58%, podendo ocorrer, subordinadas, outras formas de relevo de amplitude variada.

O substrato é com posto de rochas graníticas (granitos e parte dos gnaisses e migmatitos com estruturas pouco orientadas).

Os solos ap resentam horizonte C (s olo de alteração) de co mposição granulométrica heterogênea e alto grau de erodibilidade.

Há possibilidade de ocorrência de tálus/colúvio, não representativos na escala 1:50 000 desta cartografia.

UNIDADE IX-MONTANHAS E ESCARPAS

Ocupa a porção norte do m unicípio abrangendo quase todo território do Distrito de São Francisco Xavier . São áreas bastan te elevadas e com

altitudes superiores a 900 m etros, sua declividade ou grau de inclinação acentuado em diversas áreas determ ina a denominação de relevo es carpados ou simplesmente íngremes.

Encostas lo calizadas ao norte do m unicípio, com declividade predominante superior a 58%, em sistemas de relevo constituídos por serras restritas e alongadas e montanhas, ocorrendo, subordinadam ente, unidades de relevo de menor amplitude.

O e mbasamento é com posto de rochas cristalinas, com solos pouco espessos, predominantemente litólicos, cambissolos e afloramentos de rocha. Há possibilidade de ocorrência de tálus/colúvio, não representativos na escala 1:50 000 desta cartografia..

No documento Atlas Ambiental SJC Paisagem (páginas 87-92)