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CERRADO

CAATINGA

PANTANAL

PAMPA

DESMATAMENTO

MATA ATLÂNTICA

AMAZÔNIA

CERRADO

CAATINGA

PANTANAL

PAMPA

FORMAÇÃO FLORESTAL FORMAÇÃO SAVÂNICA MANGUE

FLORESTA PLANTADA

FORMAÇÃO NATURAL NÃO FLORESTAL PASTAGEM

AGRICULTURA ÁREA NÃO VEGETADA CORPO D’ÁGUA

LEGENDA PARA MAPA EPS

MATA ATLÂNTICA AMAZÔNIA CERRADO CAATINGA PANTANAL PAMPA DESMATAMENTO

MATA ATLÂNTICA AMAZÔNIA CERRADO

CAATINGA PANTANAL PAMPA

FORMAÇÃO FLORESTAL FORMAÇÃO SAVÂNICA MANGUE

FLORESTA PLANTADA

FORMAÇÃO NATURAL NÃO FLORESTAL PASTAGEM

AGRICULTURA ÁREA NÃO VEGETADA CORPO D’ÁGUA

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CAATINGA PANTANAL PAMPA

74 75 Também estagnada está a meta 15.915, já que ne-

nhum dos planos e programas de desenvolvimento avan- çou em 2019, embora existissem estratégias para adapta- ção e mitigação das mudanças climáticas, incluindo para redução de pobreza com acesso à biodiversidade e para considerar o valor dos ecossistemas e da biodiversidade nas contas nacionais.

Desde o início de 2019 o governo tem impulsiona- do projetos de lei e medidas que visam liberar a caça no país: o atual estímulo ao armamento e a atividades ilegais contra a fauna e os ecossistemas não respeita a seguran- ça alimentar e cultural de povos originários. Por razões de ordem internacional, mas também de relativa falta de controle pelas instituições e autoridades nacionais, o tráfi- co ilícito relacionado à vida silvestre vem crescendo - em especial o tráfico de partes de onças-pintadas para o mer- cado oriental, o que aponta o retrocesso da meta 15.716.

As metas 15.a17 e 15.b18 também retrocederam, em

razão da redução contínua dos orçamentos dos órgãos responsáveis pelo meio ambiente. Desde 2019 observa- -se uma inviabilização sistemática da oferta de recursos financeiros para a conservação e o uso sustentável da biodiversidade e dos ecossistemas por parte do governo federal. Na Amazônia, por exemplo, houve a inviabiliza-

15 Meta 15.9: Até 2020, integrar os valores dos ecossistemas e da biodiversidade ao planejamento nacional e local, nos processos de desenvolvimento, nas estratégias de redução da pobreza e nos sistemas de contas.

16 Meta 15.7: Tomar medidas urgentes para acabar com a caça ilegal e o tráfico de espécies da flora e fauna protegidas e abordar tanto a demanda quanto a oferta de produtos ilegais da vida selvagem.

17 Meta 15.a: Mobilizar e aumentar significativamente, a partir de todas as fontes, os recursos financeiros para a conservação e o uso sustentável da biodiversidade e dos ecossistemas.

18 Meta 15.b: Mobilizar recursos significativos de todas as fontes e em todos os níveis para financiar o manejo florestal sustentável e proporcionar incentivos adequados aos países em desenvolvimento para promover o manejo florestal sustentável, inclusive para a conservação e o reflorestamento. 19 MP pede ao TCU que análise impacto de ‘baixa’ execução orçamentária na área ambiental. G1, Brasília, 23/01/2020. Política. Disponível em: <https:// g1.globo.com/politica/noticia/2020/01/23/mp-pede-ao-tcu-que-analise-impacto-de-baixa-execucao-orcamentaria-na-area-ambiental.ghtml>. 20 Meta: 15.2: Até 2020, promover a implementação da gestão sustentável de todos os tipos de florestas, deter o desmatamento, restaurar florestas degradadas e aumentar substancialmente o florestamento e o reflorestamento globalmente.

21 Meta 15.6: Garantir uma repartição justa e equitativa dos benefícios derivados da utilização dos recursos genéticos e promover o acesso adequado aos recursos genéticos.

22 IBGE, 2019. Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/pevs/quadros/brasil/2018

23 Meta 15.c: Reforçar o apoio global para os esforços de combate à caça ilegal e ao tráfico de espécies protegidas, inclusive por meio do aumento da capacidade das comunidades locais para buscar oportunidades de subsistência sustentável

ção do Fundo Amazônia, que não aprovou nenhum pro- jeto em 2019 e as ações de conservação e uso sustentável dos recursos naturais, já insuficientes historicamente, vem diminuindo. Em 2019, o Ministério do Meio Am- biente gastou R$ 2,6 bilhões de um orçamento autoriza- do de R$ 3,6 bilhões19. A falta de avaliações sistemáticas

e séries históricas sobre o os recursos e as demais condi- ções para a eficácia das áreas protegidas e de outras me- didas de conservação e de uso sustentável de florestas e outros ecossistemas é outro problema muito importante a ser enfrentado.

As metas 15.220 e 15.621 estão ameaçadas porque

sequer existem informações qualificadas e de fácil acesso para avaliação. As informações sobre a produção empre- sarial estão defasadas e por vezes misturam produção de florestas nativas22 e plantadas. Quase não há dados sobre

a produção florestal comunitária, e desde o início de 2019 os ataques a povos e comunidades tradicionais e seus ter- ritórios e o crescimento da exploração industrial privada nesses locais interferem neste indicador.

As iniciativas de promoção e incentivo a atividades ilegais ou irregulares relativas a florestas e outros ecossis- temas e o não investimento por parte do governo federal, vão na contramão da meta 15.c23, hoje também ameaçada.

Meta 15.1 Meta 15.2 Meta 15.3 Meta 15.4 Meta 15.5 Meta 15.6 Meta 15.7 Meta 15.8 Meta 15.9 Meta 15.a Meta 15.b Meta 15.c

RECOMENDAÇÕES

1. Estabelecer monitoramento transparente e público de produtos agro- pecuários, minerários e industriais, assim como dos serviços, para impedir a degradação das cadeias de valor e dos ecossistemas, e apri- morar a legislação para responsabilizar governos federal, estaduais e municipais e empresas infratoras;

2. Efetivar os direitos dos povos e comunidades tradicionais aos seus territórios, incluindo as adequadas categorias populacionais e tipos de produção destes grupos nos levantamentos e estatísticas nacionais, assegurando apoio à produção sustentável e incluindo o valor de custo de seus serviços ambientais nos preços dos seus produtos;

3. Suspender processos de redução de áreas protegidas e regulamentar estudos técnicos e consultas públicas.

4. Ratificar, pelo Congresso Nacional, o Protocolo de Nagoya, associado à Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB) e fortalecer a parti- cipação dos povos e comunidades tradicionais nas políticas públicas, além de disponibilizar informações públicas sobre compromissos e acordos sobre o patrimônio genético brasileiro e os conhecimentos tradicionais;

5. Implementar a Lei 13.493/2017, com ampla participação da sociedade ci- vil e instituições públicas, que estabelece o Produto Interno Verde (PIV), considerando iniciativas nacionais e internacionais semelhantes;

6. Desenvolver indicadores nacionais específicos para a perda de habi- tats (ou conversão de ecossistemas) de áreas úmidas e ecossistemas aquáticos interiores, e também para desertificação (considerando a degradação da vegetação e dos solos e comprometimento dos fluxos hídricos), com especial atenção à Caatinga, ao Pampa e ao Cerrado;

7. Preservar os processos de avaliação do estado de conservação de espécies ameaçadas e de participação na elaboração dos planos de ação para redução dos impactos e fortalecimento da implementação destes. Incluir monitoramento de espécies exóticas invasoras em pla- taformas governamentais que tratam do tema;

8. Aprovar projeto de lei do “IR ecológico”24 que prevê isenção de im-

posto de renda para iniciativas de conservação da natureza. Aprovar projeto de lei sobre pagamento de serviços ambientais, incluindo as unidades de conservação. Destravar e ampliar projetos de parcerias e apoio econômico a projetos, nacionais e internacionais, inclusive com contabilidade mais completa de recursos alocados na conservação;

9. Desenvolver linhas de financiamento para ações de gestão ou manejo florestal sustentável;

10. Melhorar os dados de monitoramento, sustentabilidade e conservação da caça e tráfico de animais silvestres no Brasil, estabelecendo pro- cesso simplificado de registro para caça de subsistência;

11. Monitorar as metas deste ODS de forma integrada com as avaliações das Metas Aichi, do próximo plano estratégico global da Convenção so- bre a Diversidade Biológica, pós 2020, e aos objetivos de adaptação e mitigação da Convenção sobre Mudança Climática.

24 PL 5974/2005. Disponível em: <https://www.camara.leg.br/proposico- esWeb/fichadetramitacao?idProposicao=301799>.

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ODS 16

PAZ, JUSTIÇA E INSTITUIÇÕES