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ORÇAMENTO DE PREVENÇÃO DE DESASTRES (EM BILHÕES DE REAIS)

1 0 2 3 4,2 2008 2010 2012 2014 2016

ORÇAMENTO

LIQUIDADO

2018 2020 HÁ

DE PESSOAS COM RISCO HÍDRICO

0,9 MILHÕES

SERÃO NECESSÁRIOS

ATÉ 2035

27,5 BILHÕES

PRÊMIO FÓSSIL DO ANO NA COP-25 PARA O BRASIL

ORÇAMENTO DE PREVENÇÃO DE DESASTRES (EM BILHÕES DE REAIS)

1 0 2 3 4,2 2008 2010 2012 2014 2016

ORÇAMENTO

LIQUIDADO

2018 2020 HÁ

DE PESSOAS COM RISCO HÍDRICO

0,9 MILHÕES

SERÃO NECESSÁRIOS

ATÉ 2035

27,5 BILHÕES

PRÊMIO FÓSSIL DO ANO NA COP-25 PARA O BRASIL

NÚMERO DE DESASTRES NATURAIS NO BRASIL (2003-2018)

1305 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 500 0 1000 1500 2018 2500 2000 3000 3500 4000 4500 1867 1823 1101 1721 1611 1399 2759 1278 2775 3830 2773 2616 2070 2828 2275 FONTE: S2ID/SEDEC/MDR 25 0 50 100 500

SÉRIE COMPARATIVA DE DOIS ANOS, CRESCIMENTO DO DESMATAMENTO POR ESTADO DA AMAZÔNIA LEGAL

^ 55% ^ 36% V -66,7% V -15% ^ 13,1% ^ 4O,7% ^ 216,4% V -16% V -5,4% AC AM AP MA MT PA RO RR TO 2018 2019 1500 1000 2000 3000 4000

NÚMERO DE DESASTRES NATURAIS NO BRASIL (2003-2018)

1305 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 500 0 1000 1500 2018 2500 2000 3000 3500 4000 4500 1867 1823 1101 1721 1611 1399 2759 1278 2775 3830 2773 2616 2070 2828 2275 FONTE: S2ID/SEDEC/MDR 25 0 50 100 500

SÉRIE COMPARATIVA DE DOIS ANOS, CRESCIMENTO DO DESMATAMENTO POR ESTADO DA AMAZÔNIA LEGAL

^ 55% ^ 36% V -66,7% V -15% ^ 13,1% ^ 4O,7% ^ 216,4% V -16% V -5,4% AC AM AP MA MT PA RO RR TO 2018 2019 1500 1000 2000 3000 4000 FONTE: CMA.

99 milhões). Auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) apontou ainda que a distribuição de recursos e a seleção de projetos para prevenção de desastres naturais não possuem critérios técnicos9.

Em relação à meta 13.a10, em 2019 Alemanha e Noruega,

principais doadores do Fundo Amazônia, suspenderam os aportes em razão do aumento das tentativas do governo de mudar o foco (finalidade de aplicação) e excluir as or- ganizações da sociedade civil entre potenciais tomadores do Fundo e parceiros em sua governança. A Comissão de Meio Ambiente do Senado (CMA/Senado)11 também

apontou em seu relatório que o país não dispõe de uma es- tratégia para acessar os recursos de quase US$ 100 bilhões disponibilizados por instituições internacionais para apoiar os países em desenvolvimento a enfrentarem seus desafios de adaptação e mitigação da mudança do clima.

9 Secom tribunal de Contas da União. Recursos para prevenção de desastres naturais são distribuídos sem critérios técnicos. 28/02/2020. Disponível em: <portal.tcu.gov.br/imprensa/noticias/recursos-para-prevencao-de-desastres-naturais-sao-distribuidos-sem-criterios-tecnicos.htm>.

10 Meta 13.a: Implementar o compromisso assumido pelos países desenvolvidos partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima [UNFCCC] para a meta de mobilizar conjuntamente US$ 100 bilhões por ano a partir de 2020, de todas as fontes, para atender às necessidades dos países em desenvolvimento, no contexto das ações de mitigação significativas e transparência na implementação; e operacionalizar plenamente o Fundo Verde para o Clima por meio de sua capitalização o mais cedo possível.

11 Comissão de Meio Ambiente do Senado Federal. Avaliação da Política Nacional sobre Mudança do Clima. Dezembro de 2019. Disponível em: <legis. senado.leg.br/sdleg-getter/documento/download/be24ff00-0608-4f8b-9d57-804c33097882>.

12 Meta 13.2: Integrar medidas da mudança do clima nas políticas, estratégias e planejamentos nacionais.

13 Meta 13.3: Melhorar a educação, aumentar a conscientização e a capacidade humana e institucional sobre mitigação, adaptação, redução de impacto e alerta precoce da mudança do clima.

14 Observatório do Clima. Brasil ganha Fóssil do Ano na COP-25. 13/12/2019. Disponível em: <www.observatoriodoclima.eco.br/brasil-ganha-fossil-ano-na-cop25/>. 15 Comissão de Meio Ambiente do Senado Federal. Avaliação da Política Nacional sobre Mudança do Clima. Dezembro de 2019. Disponível em: <legis. senado.leg.br/sdleg-getter/documento/download/be24ff00-0608-4f8b-9d57-804c33097882>.

16 PEC 187/2019. Disponível em: <www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/139703>.

As metas 13.212, 13.313 e 13.a retrocederam, pois a agenda

climática terminou de ser desmontada em 2019. Durante a COP-25 o país ganhou, pela primeira vez na história, o prêmio “Fóssil do ano”14. A Comissão do Meio Ambiente

do Senado Federal (CMA/Senado) apontou que a Secreta- ria de Florestas e Desenvolvimento Sustentável, criada em 2019 para incorporar competências da antiga Secretaria de Mudança do Clima e Florestas, foi “totalmente esva- ziada ao ser destituída do Departamento de Políticas de Combate ao Desmatamento e de todas as competências relativas à mudança do clima” , sofreu redução de servido- res e foi deslocada para a Secretaria de Relações Interna- cionais (SRI) do MMA15; concluindo que “a rigor, pode-se

dizer que a Política foi paralisada” (p. 155, relatório CMA/ Senado). Além disso, o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima também corre risco de ser extinto, se aprovada a Proposta de Emenda à Constituição 187, de 201916, e as

ações de educação climática foram desarticuladas. Apesar de o Brasil possuir um Ponto Focal para Ações de Empo- deramento Climático (ACE, em inglês), não houve capítu- lo específico sobre ACE no último Relatório de Atualiza- ção Bienal do Brasil (BUR) à UNFCCC e a única ação de educação existente é o portal Educlima, lançado em 2018, que, apesar de bons conteúdos, é uma ação pontual que não tem alcance nos currículos de ensino fundamental, médio e superior.

ORÇAMENTO DE PREVENÇÃO DE DESASTRES (EM BILHÕES DE REAIS)

1 0 2 3 4,2 2008 2010 2012 2014 2016 ORÇAMENTO LIQUIDADO 2018 2020 HÁ

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0,9 MILHÕES

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PRÊMIO FÓSSIL DO ANO NA COP-25 PARA O BRASIL

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1 0 2 3 4,2 2008 2010 2012 2014 2016 ORÇAMENTO LIQUIDADO 2018 2020 HÁ

DE PESSOAS COM RISCO HÍDRICO

0,9 MILHÕES

SERÃO NECESSÁRIOS ATÉ 2035

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0,9 MILHÕES

SERÃO NECESSÁRIOS ATÉ 2035

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PRÊMIO FÓSSIL DO ANO NA COP-25 PARA O BRASIL

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1 0 2 3 4,2 2008 2010 2012 2014 2016 ORÇAMENTO LIQUIDADO 2018 2020 HÁ

DE PESSOAS COM RISCO HÍDRICO

0,9 MILHÕES

SERÃO NECESSÁRIOS

ATÉ 2035

27,5 BILHÕES

PRÊMIO FÓSSIL DO ANO NA COP-25 PARA O BRASIL

fonte: CMA.

66 67 É importante destacar, frente à posição de desinte-

resse do governo federal no combate às mudanças climáti- cas, o movimento de maior protagonismo e liderança dos municípios e estados, bem como arranjos cooperativos, por exemplo, consórcios públicos. Destaca-se a carta das secretarias estaduais de meio ambiente com 17 pontos para política de clima17. A cidade de Recife foi a primeira a

decretar emergência climática, comprometendo-se a agir para tornar-se Carbono Zero em 205018, apesar de ainda

não ser possível verificar o resultado de tais iniciativas. Destaca-se ainda a continuidade de uma atuação muito vigilante e propositiva da sociedade civil organiza- da por meio de diversas redes de articulação nacionais e locais, como Observatório do Clima19 e a Coalizão Brasil

Clima, Florestas e Agricultura20. Um dos resultados desta

atuação é a contribuição para o controle das políticas jun- to ao poder legislativo. Só no ano de 2019, a sociedade ci- vil participou de nove audiências públicas realizadas pela Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas. A seguir o atual caminho de crescente aumento das taxas de desmatamento e inexistência de ação relativa à restauração florestal, o país não apenas deixará de cum- prir a NDC no âmbito do Acordo de Paris e as metas do ODS 13, mas também sucumbirá à crise climática global que só poderá ser enfrentada com políticas estruturais efe- tivas e cooperação nacional e internacional.

RECOMENDAÇÕES

1. Reestruturar a área de Mudança do Clima no Ministério do Meio Ambiente e reativar as estruturas de governança sobre mu- dança climática;

2. Estimular e fornecer apoio técnico para as articulações de cooperação de caráter subnacionais, para garantir o avanço de medidas práticas de combate às mudanças climáticas em todo o território nacional;

3. Cumprir os compromissos assumidos na NDC e garantir orça- mento para a implementação de políticas estratégicas, como o Planaveg, o Renovabio e o Plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC);

4. Disponibilizar recursos orçamentários adequados para implantar a Plano Nacional de Adaptação às Mudanças Climáticas (PNA) e criar estratégia nacional de cooperação interfederativa para que

17 Conferência Brasileira de Mudança do Clima. Compromissos. Disponível em: <www.climabrasil.org.br/compromissos>.

18 Decreto Municipal 33.080. Recife, 08/11/2019. Disponível em: <https://leismunicipais.com.br/a/pe/r/recife/decreto/2019/3308/33080/decreto-n- -33080-2019-declara-o-reconhecimento-a-emergencia-climatica-global>.

19 Observatório do Clima. O pior ainda está por vir. 15/12/2019. Disponível em: <http://www.observatoriodoclima.eco.br/o-pior-ainda-esta-por-vir/> 20 Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura. Retomar o controle do desmatamento e combater a ilegalidade são premissas para um Brasil que deseja ser líder agroambiental. 28/08/2019. Disponível em: <www.coalizaobr.com.br/home/index.php/posicionamentos/item/955-retomar-o-controle- -do-desmatamento-e-combater-a-ilegalidade-sao-premissas-para-um-brasil-que-deseja-ser-

lider-agroambiental>.

planos locais de adaptação sejam implementados com urgência;

5. Realizar análise de custos e de oportunidades para adaptação, considerando o impacto da mudança do clima sobre a economia;

6. Implantar a legislação ambiental no país, regulamentando, de forma participativa e transparente, os Programas de Regulari- zação Ambiental (PRA) e as Cotas de Reserva Ambiental (CRA), previstos no Código Florestal;

7. Fortalecer técnica e politicamente o Ibama e produzir relatórios anuais de desmatamento, englobando todos os biomas brasileiros;

8. Valorizar a ciência brasileira, assim como a utilização de evi- dências e dados, e tomá-la como principal referência para a tomada de decisões em termos de políticas públicas;

9. Reativar o Fundo Amazônia e apoiar as articulações subna- cionais em curso, inclusive as ações de paradiplomacia e de mobilização de recursos internacionais para combate às mu- danças climáticas;

10. Fortalecer o papel do Legislativo do Judiciário no acompa- nhamento do Executivo nacional, exigindo o cumprimento da legislação, em especial a PNMC e as metas da NDC brasileira;

11. Garantir recursos humanos, técnicos e financeiros para o adequado funcionamento do Fórum Brasileiro de Mudança do Clima (FBMC);

12. Rever a posição do Brasil nas negociações, em especial no âmbito da UNFCCC e das COPs, voltando a fortalecer a coope- ração internacional e resgatar a posição de liderança construí- do ao longo de décadas pela diplomacia brasileira;

13. Implementar a política de educação ambiental orientada pelo Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global, conforme recomendação do ODS 12.

Meta 13.1 Meta 13.2 Meta 13.3 Meta 13.a

ODS 14