• Nenhum resultado encontrado

Área de estudo

A pesquisa foi realizada em três propriedades rurais localizadas nos municípios de Mazagão, Porto Grande e Santana, estado do Amapá (Figura 1).

Figura 1. Estado do Amapá com indicações (triângulos pretos) da localização das áreas amostradas.

As propriedades apresentaram em comum, cultivo de frutas para fins comerciais e área de mata nativa adjacente aos pomares. No pomar, todas as espécies frutíferas foram amostradas, enquanto que na vegetação nativa foi demarcada uma parcela medindo 40 m de largura x 250 m de comprimento (1 hectare), sendo as coletas realizadas somente na área demarcada.

A área em Mazagão (S00º06'; W51º15') dista 30 km de Macapá. A vegetação nativa é típica de floresta de várzea, sofrendo inundação diária devido ao regime das marés. Espécies como macacaúba (Platymiscium duckei Huber), virola [Virola surinamensis (Rol.) Warb.], pau-mulato [Calycophyllum spruceanum (Benth.) K. Schum] e andiroba (Carapa guianensis Aubl.) são abundantes. A área cultivada mediu, aproximadamente, 10 ha, com cultivo de frutíferas como limão taiti (Citrus aurantifolia Swingle var. thaiti), maracujá (Passiflora

edulis Sims) e graviola (Annoma muricata L.) destinadas à retirada de polpas ou

comercialização in natura.

A área em Porto Grande (N00º36'; W51º27') está localizada na Colônia Agrícola do Matapi, distante 120 km de Macapá. A vegetação nativa é característica de floresta densa de terra firme com predominância de espécies arbóreas, como por exemplo, breu (Protium spp. Sandwith), piquiá [Caryocar villosum (Aubl.) Pers.], cumaru [Dipteryx odorata (Aubl.) Willd.] e pracuúba [Mora paraenses (Ducke) Ducke]. A propriedade mede, aproximadamente, 100 ha, sendo 30% dessa, destinada ao cultivo de frutíferas, especialmente taperebá (Spondias mombin L.), araçá-boi (Eugenia stipitata McVaugh) e graviola (Annona

muricata L.).

A área de Santana (S00º02'; W51º13') dista 20 km de Macapá e tem composição florestal típica de capoeira, com predominância de espécies como matá-matá [Eschweilera

tenuifolia (O.Berg) Miers], figuinho (Ficus pertusa L.f.) e embaúba (Pourouma guianensis

Aubl.). A área destinada ao cultivo de frutíferas mediu, aproximadamente, 20 ha, destacando as espécies, acerola (Malpighia emarginata Sessé & Moc. ex. DC), goiaba (Psidium guajava L. ) e maracujá (Passiflora edulis Sims).

O clima das regiões estudadas é caracterizado como quente e úmido, com regime pluviométrico marcado por dois períodos bem definidos: período chuvoso (janeiro a julho), acumulando cerca de 80% da precipitação pluvial anual, e o período seco (agosto a dezembro). As temperaturas mensais são elevadas ao longo do ano, com média anual de 26ºC (mínima de 22ºC e máxima de 34ºC) (IBGE 2010).

Coleta e processamento dos frutos

Foram realizadas coletas mensais de frutos de diversas espécies vegetais nativas e introduzidas, no período de janeiro a dezembro de 2012. Na área de mata nativa, realizou-se varredura em toda a área demarcada, coletando-se frutos diretamente da planta e/ou, recém-caídos no solo. Nas áreas cultivadas, foram coletadas amostras de frutos disponíveis durante o período de coleta.

As amostras coletadas foram transportadas em caixas de plástico empilháveis até o Laboratório de Entomologia da Embrapa Amapá, onde os frutos foram pesados em balança de precisão. Para compor as amostras, os frutos foram processados e individualizados utilizando-se o critério estabelecido por Silva et al. (2011): a) para frutos pequenos, 15 unidades compunham uma amostra; b) frutos médios, 10 unidade; e c) frutos grandes ou alongados, 3 unidades. Em cada amostra, cada fruto individualizado correspondia a uma subamostra.

Os frutos coletados foram dispostos individualmente em frascos circulares de plástico transparente (8 cm de diâmetro x 6 cm de altura) com tampa vazada fechada com tecido organza; ou em bandejas retangular de plástico (33 cm de comprimento x 18 cm de largura x 6 cm de altura), também cobertos com organza e presos com liga de borracha, no caso de frutos grandes ou alongados. Ambos os recipientes continham camada fina de areia esterilizada como substrato para pupação.

Obtenção dos pupários e dos insetos adultos

A cada três dias a areia foi examinada e os pupários de lonqueídeos recolhidos com auxílio de espátulas, sendo transferidos para frascos de plásticos transparentes (8cm de diâmetro), com tampa vazada e coberto por organza, contendo camada fina de vermiculita umedecida em seu interior. Os insetos que emergiram foram sacrificados e transferidos para tubos ependorff contendo etanol na concentração de 70%, devidamente etiquetados, para posterior identificação.

Identificação dos insetos

Os espécimes de Lonchaeidae obtidos nesta pesquisa foram identificados de acordo com trabalhos de McAlpine & Steyskal (1982) e Strikis (2011). Especimens voucher foram depositados na coleção do taxonomista Dr. Pedro Carlos Strikis.

Identificação do material botânico

Para a identificação das espécies vegetais silvestres, foram coletados ramos contendo estruturas reprodutivas (flores e frutos), que foram posteriormente herborizados, segundo técnicas habituais de montagem e preservação (FIDALGO; BONONI, 1984). A identificação foi realizada com auxílio de chaves dicotômicas e materiais bibliográficos especializados, além de comparação com o acervo do Herbário da Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA, localizada em Belém, estado do Pará, e do Herbário do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá - IEPA, em Macapá, Amapá. Material-testemunho foi depositado nos acervos dos referidos herbários.

Análise dos dados

Foram calculados os seguintes índices de infestação: 1) percentual de frutos infestados = (número de frutos infestados ÷ número de frutos coletados) x 100; 2) número de pupários/fruto = número de pupários obtidos ÷ nº de frutos infestados na amostra.

RESULTADOS

Foram coletadas 412 amostras de frutos, totalizando 4.554 frutos e 323,4 kg. As amostras totalizaram 78 espécies vegetais pertencentes a 32 famílias botânicas (Tabela 1). Das amostras coletadas, 50 (12,1%) apresentaram infestação, representadas por 23 espécies vegetais de 18 famílias botânicas (Tabela 1). Foram obtidos 856 pupários de Lonchaeidae, que deram origem a exemplares de 10 espécies pertencentes aos gêneros Neosilba, Dasiops e

Mazagão

Foram coletadas 129 amostras, totalizando 1.495 frutos de 42 espécies vegetais de 20 famílias botânicas (Tabela 1). A infestação por lonqueídeos foi registrada em 15 amostras (59 frutos de sete espécies vegetais pertencentes a sete famílias botânicas, de onde foram obtidos 457 pupários (Tabelas 1 e 2). O maior percentual de frutos infestados foi registrado em laranjinha (Metrodorea flavida K. Krause) (70,0%) e o maior índice de infestação foi registrado em graviola (Annona muricata L.) (39,0 pupários/fruto) (Tabela 2).

Foram obtidas sete espécies de Lonchaeidae: Neosilba glaberrima (Wiedemann), N.

laura Strikis, N. pendula (Bezzi), N. pseudozadolicha Strikis e N. zadolicha McAlpine &

Steyskal), Dasiop inedulis Steyskal e uma espécie de Lonchaea (não identificada) (Tabela 2).

Neosilba zadolicha foi a espécie mais abundante (66 exemplares). No mês de junho foi

observado que os lonqueídeos ocorreram em seis espécies vegetais. Essa espécie ocorreu de abril a julho, infestando cinco espécies hospedeiras (Tabela 2).

Porto Grande

Foram coletadas 154 amostras, totalizando 1.524 frutos de 41 espécies vegetais de 24 famílias botânicas. A infestação por lonqueídeos foi registrada em 16 amostras (41 frutos de oito espécies vegetais pertencentes a sete famílias botânicas, de onde foram obtidos 176 pupários (Tabelas 1 e 3). O maior percentual de frutos infestados foi registrado em fruta-pão [Artocarpus altilis (Parkinson) Forsberg] (66,7%) e o maior índice de infestação foi registrado em graviola (A. muricata L. (11,0 pupários/fruto) (Tabela 3).

Foram obtidas seis espécies de Lonchaeidae: Neosilba glaberrima, N. laura, N.

pendula, N. pseudozadolicha, N. zadolicha e uma de Lonchaea (não identificada) (Tabela 3).

As espécies que infestaram maior número de hospedeiros foram N. glaberrima (6), seguida por N. zadolicha e N. pseudozadolicha (3). Neosilba zadolicha foi a espécie mais abundante (31 exemplares). Em araçá-boi (Eugenia stipitata McVaugh) foram obtidos 44 exemplares de

Neosilba, sendo 20 N. zadolicha, 3 N. glaberrima, 1 N. pseudozadolicha e 20 fêmeas (Tabela

3). Excetuando os meses de outubro e novembro, nos demais meses foram obtidos exemplares de Lonchaeidae em pelo menos um hospedeiro amostrado (Tabela 3).

Santana

Foram coletadas 129 amostras, totalizando 1.535 frutos de 40 espécies vegetais de 23 famílias botânicas. A infestação por lonqueídeos foi registrada em 19 amostras (43 frutos de 12 espécies vegetais pertencentes a 12 famílias botânicas, de onde foram obtidos 223 pupários (Tabelas 1 e 4). O maior percentual de frutos infestados foi registrado em ingá-cipó, Inga

edulis (100%) (Tabela 4). Em brotos de mandioca, Manihot esculenta, foram registradas as

maiores infestações (11,0 pupários/broto) (Tabela 4).

Foram obtidas oito espécies de Lonchaeidae: Neosilba bella Strikis, N. glaberrima, N.

parapeltae Strikis, N. pendula, N. perezi (Romero & Ruppel), N. pseudozadolicha, N. zadolicha e Dasiopis inedulis. As espécies que infestaram maio número de hospedeiros foram N. zadolicha (5) e N. glaberrima (4). Neosilba zadolicha foi a espécie mais abundante (59

exemplares). Em frutos de goiaba (Psidium guajava L.) foram obtidos exemplares de quatro espécies de Neosilba (N. zadolicha, N. glaberrima e N. pseudozadolicha), durante seis meses do ano (Tabela 4).

DISCUSSÃO

Este trabalho representa um dos maiores esforços amostrais já realizados enfocando os Lonchaeidae na Amazônia. Nossos resultados contribuíram de forma significativa para o conhecimento das espécies de Lonchaeidae que ocorrem no estado do Amapá e seus hospedeiros. Nesta pesquisa são reportados três novos registros de espécies de Lonchaeidae para a Amazônia: Neosilba laura, N. parapeltae e N. perezi (Tabela 5) e um para o Amapá (D. inedulis). Adicionalmente, 25 novas associações de hospedeiros e espécies de lonqueídeos para a Amazônia foram feitas (Tabela 5), contribuindo para a compreensão da relação Lonchaeidae/hospedeiro nesta região brasileira.

As espécies de Neosilba são polífagas, infestando vários grupos de plantas hospedeiras na América do Sul (UCHÔA, 2012). O autor relata cinco espécies de Neosilba como de importância econômica para o continente: N. zadolicha, N. pendula, N. glaberrima, N. perezi e N. inesperata Strikis & Prado. Das espécies citadas, apenas esta última não foi registrada no presente trabalho, chamando atenção para que os tomadores de decisões adotem medidas de controle adequadas no manejo dessas espécies, algumas com status de praga, no estado do Amapá.

As espécies N. laura e N. parapeltae foram descritas recentemente (STRIKIS, 2011), praticamente sem informações sobre sua biologia. Neosilba laura foi obtida de fruto de laranjinha (Metrodorea flavida) (Rutaceae), em Mazagão, constituindo novo registro de hospedeiro para a espécie (Tabela 2). Neosilba parapeltae foi obtida de flor de matá-matá (Eschweilera tenuifolia) (Lecythidaceae), em Santana, possivelmente o primeiro registro de hospedeiro para a espécie (Tabela 2).

Neosilba perezi foi obtida de brotos de mandioca, Manihot esculenta (Euphorbiaceae),

em Santana (Tabela 4). É uma espécie considerada praga nesse cultivo, causando prejuízos consideráveis, cuja incidência depende da região e da época do ano (LOURENÇÃO et al., 1996). Na Amazônia, onde a mandioca tem significativa expressão social e econômica como fonte alimentar e como geradora de renda familiar, os danos da praga ainda não foram quantificados e merecem ser melhor estudados.

As espécies de Lonchaeidae que infestaram maior número de hospedeiros foram N.

zadolicha (11 espécies vegetais de 9 famílias) e N. glaberrima (10 espécies vegetais de 9

famílias). Elas são as espécies mais polífagas e amplamente distribuídas na região Amazônica (STRIKIS et al,. 2011) e estão entre as de maior importância econômica para a América do Sul (UCHÔA, 2012).

Dasiops inedulis foi registrada pela primeira vez no estado do Amapá, a partir de

botões florais de maracujá azedo (P. edulis). Trata-se de uma importante praga em botões florais de Passiflora na América do Sul (PEÑARANDA et al., 1986; UCHÔA-FERNANDES

et al., 2002). No estado do Pará, é considerada a praga mais importante do maracujazeiro,

chegando a perdas de até 100% na produção (LEMOS, 2009).

Exemplares de Lonchaea sp.1 foram obtidos apenas de frutos de graviola (A.

muricata). Uma espécie desse gênero, também não identificada, já havia sido registrada no

Amazonas e Amapá. No Brasil, há apenas registros pontuais para o gênero, sem informações sobre biologia e ecologia, apontando para a necessidade de novos levantamentos para se conhecer outros possíveis hospedeiros (STRIKIS et al., 2011).

Os índices de infestação foram bastante variáveis (Tabelas 2 a 4). Os maiores percentuais de frutos infestados ocorreram em frutos de espécies nativas, como o ingá-cipó (I.

edulis) em Santana (Tabela 4). Em outros trabalhos realizados na região Amazônica, Pereira et al. (2009), Silva et al., (2010) e Deus et al., (2012) também constataram a infestação por

espécies de lonqueídeos nessa espécie vegetal. A maior infestação (pupários/fruto) foi obtida em frutos de graviola (A. muricata) em Mazagão (Tabela 2). Esta espécie vegetal tem se

mostrado excelente hospedeira para espécies de Lonchaeidae, como já havia sido constatado anteriormente por Silva et al., (2010).

Neste trabalho não foi detectada a presença de parasitoides sobre Lonchaeidae, contudo, no Brasil, oito espécies de parasitoides Eucoilinae (Figitidae) já foram registras associadas a larvas frugívoras de Neosilba (UCHÔA, 2012). Nesta pesquisa, esse fato pode ser explicado devido os frutos terem sido coletados diretamente da planta hospedeira. Ao contrário, os parasitoides figitídeos atuam procurando as larvas no interior de frutos que já estão caídos ao solo e contem algum orifício de entrada, pois as fêmeas desses parasitoides possuem ovipositores muito curtos (UCHÔA, 2012).

Uma questão interessante observada neste estudo foi a diversidade de plantas hospedeiras de Lonchaeidae encontradas em áreas de mata nativa. Das 10 espécies de Lonchaeidae obtidas, seis delas foram associadas a hospedeiros localizados em área de mata. Além disso, dos três novos registros realizados para a Amazônia brasileira, dois estão associados a hospedeiros nativos (Tabela 5).

Com efeito, algumas espécies de Lonchaeidae tem assumido o status de praga. Isso tem contribuído para o aumento do número de pesquisas relacionadas a esse grupo biológico. No entanto, ainda pouco se conhece sobre ecologia e biologia de Lonchaeidae na Amazônia. A realização do presente trabalho coloca o estado do Amapá em lugar de destaque na Amazônia, por apresentar o maior número de registros de espécies de lonqueídeos e seus hospedeiros na região.

Tabela 1. Número de amostras e frutos coletados e infestados por Lonchaeidae em três municípios do estado do Amapá, Brasil. Janeiro a dezembro de 2012.

Espécies/famílias frutíferas amostradas

Municípios*

Origem

Mazagão Porto Grande Santana Nomes científicos Nomes vernaculares Famílias Nativa (N)

Introduzida (I) NAC NFC NAI NFI NAC NFC NAI NFI NAC NFC NAI NFI

Alibertia edulis (L. C. Rich.) A. Rich. Ex DC Puruí Rubiaceae N 0 0 0 0 2 30 0 0 0 0 0 0

Anacardium occidentale L. Caju Anacardiaceae I 1 10 0 0 0 0 0 0 2 20 0 0

Annona muricata L. Graviola Annonaceae I 1 3 1 1 4 12 3 3 2 6 1 2

Artocarpus altilis (Parkinson) Fosberg Fruta-pão Moraceae I 0 0 0 0 4 12 2 4 0 0 0 0

Artocarpus heterophyllus Lam. Jaca Moraceae I 0 0 0 0 2 6 0 0 3 9 0 0

Astrocaryum aculeatum G. Mayer Tucumã Arecaceae N 0 0 0 0 0 0 0 0 1 15 0 0

Astrocaryum murumuru Mart. Murumuru Arecaceae N 6 60 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Attalea excelsa Mart. Urucuri Arecaceae N 7 70 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Averrhoa carambola L. Carambola Oxalidaceae I 0 0 0 0 9 90 3 14 0 0 0 0

Bactris gasipaes Kunth. Pupunha Arecaceae N 0 0 0 0 2 30 0 0 0 0 0 0

Bactris maraja Mart. Marajá Arecaceae N 1 15 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Bellucia grossularioides (L.) Triana Goiaba-de-anta Melastomataceae N 0 0 0 0 2 30 0 0 0 0 0 0

Byrsonima crassifolia (L.) HBK Muruci Malpighiaceae N 0 0 0 0 0 0 0 0 5 75 0 0

Capsicum chinense Jacq Pimentinha Solanaceae I 8 120 0 0 1 15 1 4 3 45 0 0

Chalophyllum brasiliense Cambess. Jacareúba Calophyllaceae N 1 15 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0

Carica papaya L. Mamão Caricaceae I 1 3 0 0 5 15 0 0 6 90 0 0

Caryocar glabrum (Aubl.) Pers. Piquiarana Caryocaraceae N 0 0 0 0 1 10 0 0 0 0 0 0

Cayaponia ferruginea Gomes-Klein Fruta de cutia Curcubitaceae N 0 0 0 0 0 0 0 0 1 15 0 0

Cheiloclinium cognatum (Miers) A.C. Sm. Bacupari Celastraceae N 2 30 0 0 0 0 0 0 3 45 0 0

Cissus amapaenses Lombardi Uva-do-mato Vitaceae N 0 0 0 0 0 0 0 0 2 30 0 0

Citrus aurantifolia Swingle var. thaiti Limão taiti Rutaceae I 9 90 0 0 0 0 0 0 3 30 0 0

Citrus aurantium L. Laranja-da-terra Rutaceae I 0 0 0 0 10 100 0 0 0 0 0 0

Citrus latifolia Tanaka Limão galego Rutaceae I 0 0 0 0 0 0 0 0 2 20 0 0

Citrus limonia Osbeck Limão-cravo Rutaceae I 8 80 0 0 8 80 0 0 11 110 1 1

Tabela 1 (Continuação). Número de amostras e frutos coletados e infestados por Lonchaeidae em três municípios do estado do Amapá, Brasil. Janeiro a dezembro de 2012.

Citrus sinensis L. Osbeck Laranja Rutaceae I 4 40 0 0 0 0 0 0 1 10 0 0

Coffea arabica L. Café Rubiaceae I 0 0 0 0 0 0 0 0 3 45 1 1

Combretum laxum Jacq. Pombeiral Combretaceae N 0 0 0 0 2 30 0 0 0 0 0 0

Conceveiba guianensis Aubl. Arraieira Euphorbiaceae N 0 0 0 0 0 0 0 0 1 15 0 0

Cucumis anguria L. Maxixe Curcubitaceae N 5 75 0 0 1 15 0 0 1 15 0 0

Cucumis sativus L. Pepino Curcubitaceae I 5 15 0 0 0 0 0 0 1 3 1 1

Eschweilera tenuifolia (O.Berg) Miers Matá-matá (flor) Lecythidaceae N 0 0 0 0 0 0 0 0 4 60 1 1

Eugenia stipitata McVaugh Araçá-boi Myrtaceae N 0 0 0 0 11 110 3 11 0 0 0 0

Ficus pertusa L.f. Apuí Moraceae N 2 30 0 0 2 30 0 0 1 15 0 0

Geissospermum sericeum Miers Quinarana Apocynaceae N 0 0 0 0 2 20 0 0 0 0 0 0

Guarea guidonia (L.) Sleumer Jataúba Meliaceae N 0 0 0 0 1 15 0 0 0 0 0 0

Gustavia augusta L. Jenipaparana Lecythidaceae N 0 0 0 0 0 0 0 0 1 10 0 0

Inga edulis Mart. Ingá-cipó Fabaceae N 2 6 0 0 0 0 0 0 5 15 2 6

Licania macrophylla Benth. Anoerá Chrysobalanaceae N 5 45 0 0 0 0 0 0 1 15 1 2

Malpighia emarginata Sessé & Moc. ex DC Acerola Malpighiaceae I 1 15 0 0 4 60 0 0 9 135 0 0

Mammea americana L. Abricó Clusiaceae I 0 0 0 0 3 30 0 0 0 0 0 0

Mangifera indica L. Manga comum Anacardiaceae I 2 20 0 0 1 10 0 0 2 20 0 0

Mangifera indica L. var. Tommy Atkins Manga cavalo Anacardiaceae I 0 0 0 0 7 21 0 0 0 0 0 0

Manicaria saccifera Gaertn Bussu Arecaceae N 1 15 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Manihot esculenta Crantz Mandioca (broto) Euphorbiaceae N 0 0 0 0 1 15 0 0 1 15 1 2

Manilkara huberi (Ducke) A. Chev. Maçaranduba Sapotaceae N 2 30 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Manilkara zapota (L.) P.Royen Sapotilha Sapotaceae N 0 0 0 0 12 120 0 0 0 0 0 0

Maximiliana maripa (Aubl.) Mart. Inajá Arecaceae N 0 0 0 0 1 15 0 0 0 0 0 0

Metrodorea flavida K. Krause Laranjinha Rutaceae N 4 60 2 14 0 0 0 0 0 0 0 0

Myrciaria jaboticaba Vell.) Berg. Jaboticaba Myrtaceae N 0 0 0 0 1 15 0 0 0 0 0 0

Myriaspora egensis DC. Verde-peludo Melastomataceae N 0 0 0 0 3 45 0 0 4 60 0 0

Oenocarpus bacaba Mart. Bacaba Arecaceae N 1 15 0 0 1 15 0 0 6 90 0 0

Parinarium excelsa Sabine Isqueira Chrysobalanaceae N 1 15 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Passiflora edulis Sims Maracujá (flor) Passifloraceae N 5 75 3 8 0 0 0 0 3 45 1 1

Tabela 1 (Continuação). Número de amostras e frutos coletados e infestados por Lonchaeidae em três municípios do estado do Amapá, Brasil. Janeiro a dezembro de 2012.

Persea americana Mill Abacate Lauraceae I 0 0 0 0 4 12 0 0 4 12 0 0

Physalis angulata L. Camapu Solanaceae I 1 15 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Pourouma guianensis Aubl. Mapatirana Urticaceae N 0 0 0 0 1 15 0 0 0 0 0 0

Pouteria caimito Radlk Abiu Sapotaceae N 1 10 0 0 0 0 0 0 1 10 0 0

Pouteria gardneri (Mart. & Miq.) Baehni Aguaí-una Sapotaceae N 0 0 0 0 1 15 0 0 0 0 0 0

Pouteria macrophylla (Lam.) Eyma Cutite Sapotaceae N 0 0 0 0 4 40 1 1 0 0 0 0

Protium heptaphyllum (Albl.) Marchand Breu vermelho Burseraceae N 1 15 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Protium sp. Sandwith Breu branco Burseraceae N 1 15 0 0 1 15 0 0 0 0 0 0

Psidium guajava L. Goiaba Myrtaceae I 4 40 3 8 0 0 0 0 12 120 7 13

Quararibea guianensis Albl. Inajarana Malvaceae N 3 45 3 23 0 0 0 0 0 0 0 0

Rollinia mucosa (Jacq.) Baill. Biribá Annonaceae N 0 0 0 0 3 9 0 0 0 0 0 0

Solanum gilo L. Jiló Solanaceae I 3 30 1 2 0 0 0 0 0 0 0 0

Solanum paniculatum L. Jurubeba Solanaceae N 0 0 0 0 1 15 0 0 4 60 1 2

Spondias dulcis Parkinson Cajarana Anacardiaceae I 0 0 0 0 11 110 2 3 0 0 0 0

Spondias mombin L. Taperebá Anacardiaceae N 3 45 0 0 6 90 0 0 5 75 0 0

Spondias purpurea L. Siriguela Anacardiaceae I 7 105 0 0 9 135 0 0 0 0 0 0

Strychnos asperula Sprague & Sandwith Gogó-de-guariba Loganiaceae N 0 0 0 0 0 0 0 0 1 15 1 11

Symphonia globulifera L. f. Anani Clusiaceae N 3 45 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Syzygium jambolanum Skeels Jambolão Myrtaceae I 1 15 0 0 0 0 0 0 1 15 0 0

Syzygium malaccense (L.) Merr. & L.M. Perry

Jambo vermelho Myrtaceae I 3 30 0 0 2 20 1 1 2 20 0 0

Tapirira obtusa (Benth.) J. D. Mitch. Fruto de pombo Anacardiaceae N 0 0 0 0 0 0 0 0 3 45 0 0

Theobroma cacao L. Cacau Malvaceae I 1 3 0 0 4 12 0 0 0 0 0 0

Trattinnickia rhoifolia Willd. Amesclão Burseraceae N 0 0 0 0 0 0 0 0 1 15 0 0

Trichilia rubra C. DC. Cachuá Meliaceae N 1 15 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Trymatococcus amazonicus Poepp.&Endley Inharé Moraceae N 1 15 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Nº Espécies = 78 Nº Famílias = 32 129 1.495 15 59 154 1.524 16 41 129 1.535 19 43 ** NAC = número de amostras coletadas; NFC = número de frutos coletados; NAI = número de amostras infestadas; NFI = número de frutos infestados.

Tabela 2. Espécies vegetais hospedeiras de Lonchaeidae, índices de infestação dos frutos e mês de ocorrência em Mazagão, Amapá. Janeiro a dezembro de 2012. Espécies vegetais Frutos* (n) Massa* (g) P* (n) Índices de

infestação* Mês de ocorrência Lonchaeidae (n) C/I C/I %FI P/F** J F M A M J J A S O N D

Psidium guajava 30/8 1.538,3/404,9 86 26,7 10,8 x x x N. zadolicha (22)

x N. glaberrima (2)

fêmeas (26)

Annona muricata 3/1 3.654,6/1.554,9 39 33,3 39,0 x N. zadolicha (3)

x Lonchaea sp.1 (11)

fêmeas (18)

Quararibea guianensis 45/23 504,7/71,8 118 51,1 5,1 x x x N. zadolicha (11)

fêmeas (27)

Chalophyllum brasiliensis 15/1 441,7/27,9 4 6,7 4,0 x N. pseudozadolicha (1)

Solanum gilo 10/2 431,1/70,9 11 20,0 5,5 x N. glaberrima (2)

x N. pendula (1)

fêmeas (6)

Metrodorea flavida 20/14 240,6/193,8 148 70,0 10,6 x x N. zadolicha (26)

x N. pseudozadolicha (2)

x N. laura (1)

fêmeas (44)

Passiflora edulis (fruto) 10/2 1.180,5/190,9 16 20,0 8,0 x N. zadolicha (4)

fêmeas (8)

Passiflora edulis (flor) 45/8 201,8/36,0 35 17,8 4,4 x x x D. inedulis (15)

fêmeas (9) Total 178/59 8.193,3/2.551,1 457

* C = Coletado; I = infestado; P = Pupário; %FI = percentual de frutos infestados; P/F = pupários/fruto. ** Calculado com base apenas nos frutos infestados

Tabela 3. Espécies vegetais hospedeiras de Lonchaeidae, índices de infestação dos frutos e mês de ocorrência em Porto Grande, Amapá. Janeiro a dezembro de 2012. Espécies vegetais Frutos* (n) Massa* (g) P* (n) Índices de

infestação* Mês de ocorrência Lonchaeidae (n)

C/I C/I %FI P/F**

J F M A M J J A S O N D

Eugenia stipitata 30/11 5.448,6/1.578,2 92 36,7 8,4 x x N. glaberrima (3)

x x N. zadolicha (20)

x x N. pseudozadolicha (1)

fêmeas (20)

Spondias dulcis 20/3 1.431,9/290,7 8 15,0 2,7 x x N. glaberrima (2)

x N. pseudozadolicha (1) x N. zadolicha (3)

Averrhoa carambola 30/14 898,7/170,9 19 46,7 1,4 x N. bella (1)

x N. glaberrima (1)

Pouteria macrophylla 10/1 412,6/39,5 2 10,0 0,5 x N. glaberrima (2)

Artocarpus altilis 6/4 8.100,5/5.260,0 17 66,7 4,3 x x N. glaberrima (7)

Annona muricata 9/3 7.851,0/1.596,4 33 33,3 11,0 x x N. zadolicha (8)

x N. glaberrima (2)

x x Lonchaea sp.1 (5)

Syzygium malaccense 15/1 683,9/30,6 1 6,7 1,0 x N. pendula (1)

Capsicum chinense 15/4 122,3/12,0 4 26,7 1,0 x N. pseudozadolicha (1)

Total 135/41 24.949,5/8.978,3 176

* C = Coletado; I = infestado; P = Pupário; %FI = percentual de frutos infestados; P/F = pupários/fruto. ** Calculado com base apenas nos frutos infestados

Tabela 4. Espécies vegetais hospedeiras de Lonchaeidae, índices de infestação dos frutos e mês de ocorrência em Santana, Amapá. Janeiro a dezembro de 2012.

Espécies vegetais Frutos* (n) Massa* (g) P* (n) Índices de

infestação* Mês de ocorrência Lonchaeidae (n) C/I C/I %FI P/F** J F M A M J J A S O N D

Licania macrophylla 15/2 76,4/16,9 1 13,3 0,5 x N. bella (1)

Coffea arabica 15/1 18,0/0,9 1 6,7 1,0 x N. bella (1)

Strychnos asperula 15/11 99,4/74,1 55 73,3 5,0 x N. zadolicha (22) fêmeas (24) Psidium guajava 70/13 5.645,7/1.324,9 57 18,6 4,4 x x x x x x N. zadolicha (16) x x N. glaberrima (2) x N. pseudozadolicha (2) fêmeas (13) Annona muricata 3/2 1.191,1/562,9 7 66,7 3,5 x N. glaberrima (1) fêmeas (1) Inga edulis 6/6 4.446,2/2.492,8 57 100,0 9,5 x x N. zadolicha (9) x x N. glaberrima (10) fêmeas (18)

Solanum paniculatum 15/2 14,9/1,2 2 13,3 1,0 x N. pendula (1)

Citrus limonia 10/1 996,5/149,5 8 10,0 8,0 x

N. glaberrima (3)

x N. zadolicha (10)

fêmeas (4)

Passiflora edulis (flor) 15/1 94,0/5,3 3 6,7 3,0 x D. inedulis (2)

Eschweilera tenuifolia (flor) 15/1 59,2/4,2 1 6,7 1,0 x N. parapeltae (1)

Manihot esculenta (broto) 15/2 45,7/9,3 22 13,3 11,0 x N. perezi (4)

fêmeas (2)

Cucumis sativus 3/1 473,3/146,9 9 33,3 9,0 x N. zadolicha (2)

Total 197/43 13.160,4/4.788,9 223

* C = Coletado; I = infestado; P = Pupário; %FI = percentual de frutos infestados; P/F = pupários/fruto. ** Calculado com base apenas nos frutos infestados.

Tabela 5. Espécies de Lonchaeidae e seus hospedeiros em três municípios do estado do Amapá, Brasil. Janeiro a dezembro de 2012.

Lonchaeidae Hospedeiros Municípios

Famílias Espécies

Dasiops inedulis* Passifloraceae Passiflora edulis Santana e Mazagão

Lonchaea sp.1 Annonaceae Annona muricata Mazagão e Porto Grande

Neosilba bella Chrysobalanaceae Licania macrophylla*** Santana

Oxalidaceae Averrhoa carambola*** Porto Grande Rubiaceae Coffea arabica *** Santana

Neosilba glaberrima Anacardiaceae Spondias dulcis*** Porto Grande

Annonaceae Annona muricata Santana e Porto Grande

Fabaceae Inga edulis Santana

Moraceae Artocarpus altilis Porto Grande Myrtaceae Eugenia stipitata*** Porto Grande

Psidium guajava Santana e Mazagão

Oxalidaceae Averrhoa carambola Porto Grande Rutaceae Citrus limonia*** Santana Sapotaceae Pouteria macrophylla Porto Grande

Solanaceae Solanum gilo*** Mazagão

Neosilba laura** Rutaceae Metrodorea flavida*** Mazagão

Neosilba parapeltae** Lecythidaceae Eschweilera tenuifolia*** Santana

Neosilba pendula Myrtaceae Syzygium malaccense*** Porto Grande

Solanaceae Solanum gilo*** Mazagão

Solanum paniculatum*** Santana

Neosilba perezi** Euphorbiaceae Manihot esculenta*** Santana

Neosilba pseudozadolicha Anacardiaceae Spondias dulcis*** Porto Grande e Santana

Calophyllaceae Chalophyllum brasiliensis*** Mazagão Myrtaceae Eugenia stipitata*** Porto Grande

Psidium guajava*** Santana

Rutaceae Metrodorea flavida*** Mazagão Solanaceae Capsicum chinense*** Porto Grande

Neosilba zadolicha Anacardiaceae Spondias dulcis*** Porto Grande

Annonaceae Annona muricata Mazagão e Porto Grande Malvaceae Quararibea guianensis Mazagão Cucurbitaceae Cucumis sativus*** Santana

Fabaceae Inga edulis Santana

Loganiaceae Strychnos asperula*** Santana Myrtaceae Eugenia stipitata*** Porto Grande

Psidium guajava Santana e Mazagão

Passifloraceae Passiflora edulis*** Mazagão

Rutaceae Citrus limonia*** Santana

Metrodorea flavida Mazagão

* Primeiro registro para o Amapá.

** Novo registro para a Amazônia brasileira.

AGRADECIMENTOS

Aos colaboradores do Laboratório de Entomologia da Embrapa Amapá: Danilo Baia do Nascimento, Maria do Socorro Miranda de Sousa, Luana dos Santos Pinheiro, Francisco Andrew Pacheco, Oziel Barroso Baía, Sarron Feliphe e Jonh Carlo Reis. Aos colegas da Embrapa Amapá: Felipe Galdino Machado, Carlos Alberto Moraes, Manoel Jonas de Jesus Vaina e Marcelo Luiz de Oliveira.

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq pela Bolsa de Produtividade em Pesquisa concedia a R. Adaime.

REFERÊNCIAS

ADAIME, R.; STRIKIS, P. C.; SOUZA FILHO, M. F.; LIMA, C. R.; LASA, R. First report of Lonchaeidae (Diptera) infesting fruits of Byrsonima crassifolia in Brazil. Revista

Colombiana de Entomología, 38: 363-364, 2012.

AGUIAR-MENEZES, E. L.; SOUZA, S. A. S.; SANTOS, C. M. A.; RESENDE, A. L. S; STRIKIS, P. C.; COSTA, J. R.; RICCI, M. S. F. Susceptibilidade de seis cultivares de café arábica às moscas-das-frutas (Diptera: Tephritoidea) em sistema orgânico com e sem arborização em Valença, RJ. Neotropical Entomology, 36: 268-273, 2007.

ARAUJO, E. L.; ZUCCHI, R. A. Hospedeiros e níveis de infestação de Neosilba pendula (Bezzi) (Diptera: Lonchaeidae) na região de Mossoró/Assu, RN. Arquivos do Instituto Biológico, 69: 91-94, 2002.

COSTA, S. G. M. 2005. Himenópteros parasitóides de larvas frugívoras (Diptera:

Tephritoidea) na reserva florestal Adolpho Ducke, Manaus, Amazonas, Brasil. Dissertação

Documentos relacionados