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1.

O que é a halitose?

 Halitose (mau hálito) é o termo que descreve um hálito desagradável ;

 Pode ter origem em várias alterações na cavidade oral (boca) ou outras localizações.

2.

Qual a sua frequência na população?

 Não se conhece a frequência (quantas vezes acontece);

 Trata-se de uma situação que afeta provavelmente toda a gente, pelo menos de vez em quando e de forma transitória (aparece e desaparece) e apresenta consequências sociais, afetivas e psicológicas.

3.

Qual a principal origem da halitose?

 Na maioria dos casos tem origem na boca;

 Pode ser o primeiro sinal de uma doença sistémica.

4.

Quais as causas principais que originam a halitose?

 Podemos dividir as várias causas em três grupos: o Causas orais;

o Causas externas;

o Causas relacionadas com outras áreas.

5.

Causas orais

o Má higiene oral; o Presença de cáries; o Doenças das gengivas; o Ulcerações (feridas) orais;

o Infeções orais (devido a bactérias, vírus ou fungos; o Prótese dentárias com má higiene oral;

o Diminuição da quantidade de saliva; o Cancro oral;

o Alguns estudos associam presença de bactérias que degradam produtos que contenham enxofre e como resultado libertam produtos sulfurosos que dão a noção do mau cheiro.

 As bactérias encontram-se em toda a cavidade oral;

 Devido à sua grande área e estrutura a língua parece formar um ambiente ideal para as bactérias;  As bactérias utilizam os produtos presentes na língua (restos de comida, células, saliva, etc.) para

produzir compostos sulfurosos.

7.

Quais as causas externas?

 As principais causas externas estão ligadas à ingestão de certos alimentos durante o nosso dia a dia (por exemplo o alho e a cebola) que têm efeito direto e sistémico no nosso hálito;

 Qualquer fator que diminua o fluxo salivar (quantidade de saliva presente na nossa boca e velocidade com que é produzida) como o álcool, tabaco e certos medicamentos, agrava o mau hálito.

8.

O que é o hálito matinal?

 Durante a noite, ao dormir, produzimos menos saliva e passamos várias horas sem ingerir líquidos e alimentos, por isso é normal que às vezes se sinta um hálito mais intenso.

9.

Quais as causas relacionadas com outras áreas?

 A otorrinolaringologia (área da medicina relacionada com ouvidos, nariz, laringe, faringe, etc.) pode ser considerada a segunda área de maior importância associada à halitose o que se deve, por exemplo, à ocorrência de sinusite ou de corpos estranhos no nariz em crianças;

 Há causas pouco frequentes que têm origem nos pulmões, estômago, fígado e rins;  Pode existir uma relação entre mau-hálito e doenças no estômago e do sistema digestivo;

 O mau hálito pode também surgir por causa de doenças e alterações gerais como por exemplo a diabetes, falta de vitaminas, falta de água (desidratação) e até o ciclo menstrual.

10.Temos sempre uma noção correta do nosso hálito?

 Muitas vezes não;

 Às vezes podemos estar menos sensíveis por causa da habituação;

 Noutras vezes podemos ter uma ideia mais exagerada e isso pode dever-se a:

o Publicidade acerca do mau-hálito que torne as pessoas mais sensíveis a esse problema; o Noção de mau sabor na boca;

o Crianças com pais com mau hálito podem crescer a pensar que também têm esse problema;

o Se no passado já houve uma chamada de atenção por causa do mau hálito a pessoa pode continuar preocupada.

11.Como é que um médico dentista pode diagnosticar o meu mau hálito?

 Num diagnóstico adequado há recolha de história clínica e um exame intra e extra oral (dentro e fora da boca);

 O seu médico dentista pode ainda usar exames complementares tais como testes à saliva, testes de pesquisa de micróbios e usar aparelhos especiais para o medir.

12.Como se pode prevenir o mau hálito?

 Geralmente o mau hálito pode ser prevenido com uma boa higiene oral;  A higiene oral tem de incluir:

o Escovar os dentes;

o Fazer limpeza entre os dentes (com fio dentário por exemplo); o Fazer a limpeza da língua (com raspadores linguais, por exemplo);  Deve ingerir água suficiente para manter uma hidratação correta durante o dia;

 Pode usar ainda elixires que o seu médico dentista lhe recomende e que ajudam na prevenção e tratamento da halitose.

13.Como posso avaliar o meu hálito?

 Avaliação global : coloque as mãos em frente à boca em forma de tigela, inspire (respirar) pelo nariz e cheire o ar depois de expirar (soltar o ar) pela boca;

 Teste de lamber o pulso : pode fazer este teste sozinho ou pedir ajuda a outros; deve lamber o seu pulso e depois de 5 segundos e a 3 centímetros de distância, quem vai examinar pode avaliar o cheiro.

 Teste da colher : raspe a parte de cima (dorso) da sua língua com uma colher plástica, removendo a placa bacteriana e resíduos presentes e analise o cheiro que fica na colher;

 Avaliação olfativa (do cheiro) por uma pessoa amiga ou cônjuge : é o melhor método apesar de muitas pessoas não se sentirem à vontade para o usar; essa pessoa pode ainda ajudar a avaliar os fatores que causam o mau hálito e deve participar no diagnóstico e de avaliação do tratamento.

Endodontia

1.

O que é a endodontia?

 A palavra endodontia tem origem na língua grega e significa: dentro (endo) do dente (dontia);  Dedica-se às doenças da polpa dentária (órgão conhecido como o “nervo” do dente) e tecidos que

rodeiam as raízes e o seu tratamento;

 A polpa dentária ocupa canais na parte de dentro do dente – canais radiculares;  Antigamente, os dentes com problemas na polpa dentária eram extraídos;

 Hoje em dia os tratamentos disponíveis permitem quase sempre salvar estes dentes.

2.

Que acontece quando surge uma dor com origem num dente?

 A maior responsável pela origem da dor de dentes é a cárie dentária;

 Quando a cavidade causada pela cárie chega a zonas mais profundas do dente, a polpa dentária fica inflamada e normalmente surgem dores causadas pelo frio;

 Se esta agressão continuar a polpa perde a capacidade de defesa e recuperação;

 Neste estado (irreversível), há normalmente dores intensas e que duram muito tempo provocadas pelo frio, quente ou até que surgem de repente durante a noite;

 Nesse caso é preciso remover a polpa dentária, ou seja, fazer um tratamento endodôntico.

3.

Que acontece quando surge um abcesso?

 Quando aparece dor espontânea (de repente), na maior parte das vezes significa que a polpa dentária encontra-se a “morrer” e as bactérias começam a invadir essa parte do dente;

 Essa invasão das bactérias provoca uma infeção que se alastra para o osso em volta do dente, podendo causar um abcesso.

4.

Em que consiste um tratamento endodôntico não cirúrgico?

 O objetivo de um tratamento endodôntico não cirúrgico (“desvitalização”) é garantir que os tecidos à volta do dente mantenham ou recuperem o estado saudável;

 O tratamento começa com uma anestesia e abertura de uma pequena cavidade no dente para aceder ao seu interior;

 De seguida desinfetam-se os canais e altera-se a sua forma utilizando instrumentos que podem ser manuais ou mecânicos;

 Termina-se o tratamento ao preencher os canais com um material próprio;  Depois do tratamento endodôntico o acesso (cavidade) é selado.

5.

Após a endodontia (“desvitalização”), quanto tempo devo esperar até

restaurar o dente?

 Depois do tratamento endodôntico os canais ficam preenchidos e selados;

 A cavidade feita para o acesso do tratamento na parte visível do dente deve ser restaurada definitivamente no prazo máximo de um mês para garantir a proteção e resistência total do dente.

6.

O que acontece se não fizer a restauração em tempo útil?

 Se não restaurar o dente no prazo de um mês, a restauração provisória (temporária) poderá estragar-se e/ou sair, o que pode expor o tratamento e causar uma nova infeção;

 Como na maior parte dos casos o dente que teve o tratamento já possui pouca estrutura saudável na coroa (parte visível do dente) pode haver fratura, tornando a restauração impossível e obrigando a extrair (tirar) o dente.

7.

Quanto tempo dura um dente tratado por endodontia?

 Um dente é tratado com o objetivo de durar toda a vida; no entanto, após o tratamento não fica imune (resistente) a novas cáries;

 Além disso, ao perder a polpa dentária (“nervo”), o dente deixa de doer e de ser capaz de sinalizar as agressões dentárias;

 Assim, é essencial fazer consultas periódicas de controlo no médico dentista.

8.

Não será preferível extrair o dente e substituí-lo com prótese?

 Não tome a decisão de extrair um dente sem antes discutir com o seu médico dentista todos os benefícios e desvantagens das opções de tratamento disponíveis.

 O custo e simplicidade de uma extração dentária podem ser atrativos mas substituir um dente extraído por um dente artificial será quase certamente mais complexo e dispendioso do que fazer um tratamento endodôntico e reabilitar o dente afetado.

9.

O que é um retratamento endodôntico?

 É uma opção de tratamento quando um tratamento endodôntico prévio falhou;  Geralmente tem um grau elevado de dificuldade;

 Alguns problemas do tratamento prévio podem não ser corrigíveis; nesse caso a microcirurgia endodôntica pode ser uma alternativa de recurso.

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