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K3 – MAXIMIZA A INTERVENÇÃO NA PREVENÇÃO E CONTROLO DA INFEÇÃO PERANTE A PESSOA EM SITUAÇÃO CRÍTICA E OU FALÊNCIA

4.2 COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DO EEEPSC

K3 – MAXIMIZA A INTERVENÇÃO NA PREVENÇÃO E CONTROLO DA INFEÇÃO PERANTE A PESSOA EM SITUAÇÃO CRÍTICA E OU FALÊNCIA

ORGÂNICA, FACE À COMPLEXIDADE DA SITUAÇÃO E À NECESSIDADE DE RESPOSTAS EM TEMPO ÚTIL E ADEQUADAS

No decorrer dos estágios e na prestação dos cuidados efetuados em equipa, verificou-se um cuidado constante na aplicação das medidas instituídas pela CCI. Ao longo do desenvolvimento das atividades foi gerida, interpretada e aplicada a informação adquirida ao longo da formação inicial, da prática profissional, de vida e da aprendizagem no decorrer da componente teórica do curso. A mobilização de conhecimentos teóricos e práticos, pensamento crítico, permitiram desenvolver algumas das Unidades de Competência específicas.

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Ao refletir sobre estas práticas, foi enaltecida a importância de prestar cuidados de enfermagem baseados na evidência e do rigor dos procedimentos no doente crítico, pois toda a prática de cuidados da UCI, é fundamentada no sentido de maximizar a intervenção na prevenção e controlo da infeção perante a pessoa em situação crítica e/ou falência orgânica, face à complexidade da situação e à necessidade de respostas em tempo útil e adequadas.

A exigência de cuidados destes doentes implica que a equipa garanta a segurança dos procedimentos de enfermagem e zele também pelos cuidados prestados por outros elementos, este aspeto incitou que durante toda a prática de enfermagem fosse criado e mantido um ambiente de cuidados seguro, através de estratégias de garantia da qualidade e de gestão do risco, não só para segurança do doente, como também de todos os profissionais.

Em conjunto com a equipa da CCI e ao constatar que a IACS mais prevalente nesta UCI era a PAV, diagnosticou-se como necessidade do serviço em matéria de prevenção e controlo de infeção, a revisão da NP acerca dos cuidados de enfermagem na prevenção da PAV e realização de respetiva checklist de verificação, objetivos incluídos neste PAC, conseguindo-se com estes instrumentos estabelecer estratégias pró-ativas a implementar ações visando a prevenção e controlo da infeção no serviço.

Com base na revisão da literatura realizada, adotou-se um discurso fundamentado sobre a problemática desta IACS, que conduz ao aumento da mortalidade e morbilidade dos doentes internados, divulgando os estudos com evidência científica e suas responsabilidades éticas e sociais. Acreditou-se que sensibilizar os profissionais da equipa contribuiria para a melhoria dos cuidados de saúde.

A reflexão conjunta, bem como a pesquisa efetuada foram um contributo importante para o crescimento enquanto EEEPSC.

Ainda relativamente à PAV importa enfatizar que a lavagem das mãos, o isolamento da fonte de infeção e o uso de técnica assética nos procedimentos invasivos esteve sempre presente nos cuidados. De facto foram inúmeras as vezes em que houve a oportunidade de intervir e observar, nomeadamente na visita dos familiares, o cuidado a ter, instruindo os mesmos da necessidade da higienização das mãos, bem como o uso de

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equipamento de proteção individual (EPI), o que de maneira geral era bem acolhido, elevando assim o nível e dando visibilidade dos cuidados de enfermagem efetuados.

Na prevenção da PAV, usar pressão do cuff adequada, aspirar as secreções acima do cuff antes de mobilizar/transportar o doente, prevenir a aspiração associada à nutrição entérica elevando a cabeceira do leito entre 30º-45º, verificar o posicionamento e a permeabilidade da sonda de nutrição, monitorizar resíduo gástrico foram outros dos cuidados efetuados.

Os reforços positivos por parte da equipa da CCI, perante sugestões apresentadas, as mudanças ao nível da prática profissional, relacionados com a mudança de comportamentos na adoção de medidas relacionadas com prevenção e controlo de infeção, que também influenciaram os pares, foram fatores importantes para o desenvolvimento profissional e pessoal. Assim, deu-se resposta aos critérios de avaliação e adquiriu-se a Unidade de competência K.3.1 – Concebe um plano de

prevenção e controlo da infeção para resposta às necessidades do contexto de cuidados à pessoa em situação crítica e ou falência orgânica.

No final do estágio III, ambos os objetivos forma atingidos e à data, o referido procedimento setorial, após apreciação formal pela equipa da CCI, foi proposta para homologação pela instituição.

Neste momento a NP existe no serviço e a respetiva checklist permitirá a monitorização, registo e avaliação das medidas de prevenção e controlo implementadas com a NP.

No final de todo este processo deu-se resposta em pleno aos critérios de avaliação e vê-se adquirida a competência K.3.2 – Lidera o desenvolvimento de

procedimentos de controlo de infeção, de acordo com as normas de prevenção, designadamente das Infeções Associadas à prestação de Cuidados de Saúde à pessoa em situação crítica ou falência orgânica.

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5. ANÁLISE DAS COMPETÊNCIAS DE MESTRE EM

EMC

Na etapa final deste relatório apraz uma reflexão sobre as competências de Mestre em EMC. O Decreto-lei 74/2006 de 24 de Março institui que, em termos de ensino politécnico, o grau de mestre deverá corresponder à aquisição de uma especialização de natureza profissional. No caso específico da Enfermagem e mais concretamente da EMC, tal implica que em complemento com as competências do enfermeiro especialista, um Mestre em EMC possua um conhecimento aprofundado no domínio especializado da área Médico-Cirúrgica. Terá de ter em conta as respostas humanas aos processos de vida e aos problemas de saúde e demonstrar níveis elevados de julgamento clínico e de tomada de decisão, que se traduzam num conjunto de competências clínicas especializadas relativas à EMC, sendo esse o objetivo do curso de MEMC da ESS/IPS.

A prestação de cuidados ao doente em situação crítica durante os estágios clínicos, exigiram a mobilização de um elevado nível de conhecimentos, capacidades e habilidades que nos permitiram identificar e responder a problemas complexos de saúde da pessoa em situação crítica e família e concomitantemente desenvolver as competências de Mestre.

DEMONSTRE COMPETÊNCIAS CLÍNICAS ESPECÍFICAS NA CONCEÇÃO,