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Tratado da Antárctica:

É o Tratado mais remoto quanto às armas nucleares e levou à desnuclearização da Antárctica. Foi assinado em 1959, “congelou” as reivindicações territoriais dos Estados sobre esse continente, doravante desmilitarizado.

Partial Test Ban Treaty (PTBT) ou Tratado de Moscovo em 1963:

Em 5 de Agosto de 1963 foi assinado este Tratado, o qual proíbe experiências nucleares na atmosfera, no espaço extra-atmosférico e submarino. Os Estados que assinaram este Tratado, assumem a posição de apenas os executarem em solo subterrâneo.

284 “Um ataque preventivo contra o Irão pelos EUA ou um de seus clientes estados, por exemplo Israel, não

está fora de questão. Enquanto os EUA continuam a ser o poder preponderante no sistema internacional, os custos de acção militar preventiva contra a proliferação nuclear será menor do que mudança potencial no equilíbrio de poder que se seguiria a aquisição nuclear por um Estado não alinhado com Washington. Tais são as restrições estruturais de ligação da proliferação nuclear com a guerra preventiva. A teoria 34Our não significa que os políticos devam parar de se preocupar com a proliferação nuclear.” Idem.

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Outer Space Treaty:

Em 27 de Janeiro de 1967 este Tratado foi assinado, o qual proíbe a instalação em órbitra de armas nucleares, na Lua ou estacionados no espaço exterior. A utilização lunar é limitada, assim como de outros corpos celestes para fins pacíficos.

Tratado de Tlatelolco:

Este Tratado foi concluído em reacção à crise de Cuba, datada de Outubro de 1962.

Deste modo, em Fevereiro de 1967 assinam o Tratado que interdita os Estados latino-americanos de fabricar, possuir ou aceitar armas nucleares a nível territorial. São assinantes deste Tratado 26 países da América Latina, excepto a Argentina, o Brasil, o Chile e Cuba. Acrescem dois protocolos associados a este Tratado, um que concerne a Estados com espaços territoriais na América Latina (França, Holanda, Grã-Bretanha e EUA), em ordem ao respeito pela desnuclearização e outro no que respeita aos países ditos nucleares (China, França, ex-URSS, Grã-Bretanha e EUA), com o objectivo de não os comprometer na utilização de armas nucleares contra os países assinantes do Tratado. Este Tratado não proíbe os testes nucleares.

Non Proliferation Treaty ou Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (NPT):

O NPT é o principal processo de controlo da proliferação nuclear. Em 1 de Julho de 1968 é assinado pelos EUA, ex-URSS, Grã-Bretanha e 59 Estados, obtendo reconhecimento actual por 170 Estados. O NPT possui um mecanismo de obrigações e “reverso da medalha”, no qual o Estado detentor de armamento nuclear assume a promessa de não permitir, directa ou indirectamente, que um Estado não nuclear possa vir a adquirir tais armas e os Estados não nucleares comprometem-se a não as adquirir.

O Instituto de Armamento e Energia Atómica (IAEA) tem a primazia da inspecção e verificação das instalações nucleares. Este tratado impedia aos Estados dotados de armas nucleares a ajuda aos países não nucleares que as quisessem adquirir, proibindo estes países de se procurarem dotar de tais armas. O Tratado entrou em vigor a partir de 5

Gioconda Cardoso 143 de Março de 1975, com a validade de 25 anos e cuja prorrogação por igual período, eliminação ou validade permanente é alvo de discussão na Conferência de Nova Iorque. Angola, Argélia, Argentina, Brasil, Índia, Paquistão e Israel são Estados não assinantes do NPT.

Seabed Arms Control Treaty:

Em 11 de Fevereiro de 1971 foi assinado este tratado, o qual proíbiu o posicionamento de armamento nuclear ou outro tipo de armas de destruição maciça, em plataformas continentais, além das 12 milhas da costa. Em 18 de Maio de 1972, o Tratado entrou em vigor.

Strategic Arms Limitation Talks I (SALT I):

Concretizaram durante o desanuviamento os esforços conjugados dos soviéticos e dos americanos, para dominar o crescimento perigoso e ruinoso de seus arsenais nucleares.

Iniciadas em 1969 as negociações, culminaram num primeiro acordo, em 1972. O Tratado SALT I comportava duas partes: por um lado, limitou o número de mísseis antimísseis a 100 por cada superpotência, agrupados num único local; por outro estabeleceu, para cada potência, um limite para o número dos mísseis ofensivos.

Em 26 de Maio de 1972 os EUA e a ex-URSS, assinam um acordo quanto às limitações de armas ofensivas estratégicas, nomeadamente mísseis nucleares estratégicos e submarinos nucleares. Em 3 de Outubro de 1972, entrou em vigor.

Anti-Ballistic Missile Treaty (ABM):

Os EUA e a ex-URSS assinaram em 26 de Maio de 1972 em Moscovo, com três anos de negociações, um Tratado que impede o desenvolvimento dos sistemas anti- balísticos, o qual conserva o direito de dissuasão e de vulnerabilidade mútua. Este Tratado segue lado a lado o acordo SALT I, quanto à limitação parcial de armamentos e em 3 de Outubro de 1972 entrou em vigor.

Gioconda Cardoso 144 Os sistemas ABM englobam interceptores e radares de aquisição e de tiro, com um máximo de 100 lançadores de cada parte e pretendiam proteger localizações de mísseis, lançadores e radares, quer nas imediações das capitais, quer nos silos ICBM.

O presidente Reagan em 1983 colocou em prática um projecto que engloba dois aspectos: um sistema de alerta longínquo e um centro anti-míssil, para ser utilizado com posição de comando aos mísseis interceptores, designado por Iniciativa de Defesa Estratégica (IDE) ou “Guerra das Estrelas”.

As conversações START (Strategic Arms Reductions Talks) iniciaram-se em 1982, com o propósito de diminuir para metade os arsenais nucleares estratégicos, que foram impedidos em virtude da instalação dos mísseis Pershing na Europa em 1983, e em 1985 foram iniciados de novo com o propósito dos EUA abandonarem o projecto IDS.

Em 1993, inserido na nova conjuntura internacional, Clinton pôs termo ao projecto da “Guerra das Estrelas”, mediante um sistema de protecção contra um ataque limitado de mísseis balísticos, através de um sistema de protecção face a um ataque limitado de mísseis balísticos, em ordem à protecção contra “Estados terroristas” possuidores de armamento nuclear. O Tratado entrou em vigor a partir de 24 de Maio de 1976.

Threshold Test Ban Treaty (TTBT):

A 3 de Julho de 1974 os EUA e a ex-URSS assinaram um tratado, reduzindo os testes nucleares em solo subterrâneo até à potência de 150 kt. Em 11 de Dezembro de 1990, o Tratado passou a vigorar.

Peaceful Nuclear Explosions Treaty (PNET):

Os EUA e a ex-URSS em 28 de Maio de 1976 assinaram este tratado, o qual impedia toda e qualquer explosão nuclear que seja exterior ao território americano e soviético até à potência de 150kt. Este Tratado acrescentou o PNET e passou a vigorar a partir de 11 de Dezembro de 1990.

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Strategic Arms Limitation Treaty II (SALT II Treaty):

Os EUA e a ex-URSS em 18 de Junho de 1979 assinaram este Tratado, que sobrepõe-se ao acordo SALT I. Este Tratado não chegou a vigorar, dando lugar ao acordo START em 1991. Os acordos SALT II, assinados em 1979 (mas não ratificados pelo Senado americano), fixaram em 2250 o número de mísseis pertença de cada um dos signatários.

Tratado de Rarotonga:

A utilização do Pacífico para testes nucleares ou mísseis balísticos, era executada por parte de todos os Estados nucleares. Daí a acção por parte da Austrália, em ordem à desnuclearização do Pacífico-Sul, mediante este tratado, assinado em 1985 e em vigência a partir de Dezembro de 1986. Dos 13 Estados que constituiam o “Clube” do Pacífico, apenas 10 assinaram-no e os seus assinantes assumiram a responsabilidade de não produzir ou deter armas nucleares, havendo a interdição dos testes nucleares na zona delimitada. Excluiu os ensaios no Pacífico Sul, mas a França recusou assiná-lo.

Missile Technology Control Regime (MTCR):

Há toda uma instabilidade em torno da proliferação de mísseis balísticos que conduzam ogivas convencionais ou nucleares, o que permite o estabelecimento do Tratado MTCR, em 1983 sigiloso e de conhecimento público em 1987. Os assinantes propunham diminuir os riscos da proliferação de tecnologia, elementos e sistemas de mísseis de alcance superior a 300 km e dotados de capacidade para proceder ao transporte de cargas superiores a 500 kg. A não adesão da ex-URSS e da China ao Tratado, impôs limites à sua eficiência.

Intermediate Nuclear Forces Treaty (INF Treaty) ou Tratado sobre as Forças Nucleares Intermédias:

Assinado em Washington a 8 de Dezembro de 1987 entre os EUA e a ex-URSS , pôs fim à batalha dos euromísseis, eliminando todas as armas nucleares terrestres

Gioconda Cardoso 146 soviético-americanas de um alcance compreendido entre 500 e 5000 km (SS-20, Pershing II, mísseis de cruzeiro). Pela primeira vez, as superpotências eliminavam uma categoria inteira de armas nucleares e, além disso, permitiam o controlo desse desarmamento sobre o seu território, o que provava a vontade de transparência da URSS.

A 1 de Junho de 1988 entrou em vigência e foi instaurado em 1 de Junho de 1991.

Tratado sobre as Forças Convencionais na Europa:

Em 1990 foi assinado em Paris e estabeleceu um equilíbrio militar relativo às armas convencionais terrestres e aéreas, entre os países do Pacto de Varsóvia e os da Aliança Atlântica: 20 000 carros, 16 500 peças de artilharia, 28 000 veículos blindados de transporte de tropas, 6200 aviões de combate e 1900 helicópteros de combate. O objectivo dos Ocidentais, desde 1945, era assim atingido, enquanto o Pacto de Varsóvia estava em vias de desaparecer e a Alemanha de se reunificar, o que tornava o tratado estrategicamente menos útil.

Strategic Arms Reductions Talks Treaty I (START I):

As negociações START sucederam aos acordos SALT, assegurando a passagem do simples controlo dos armamentos à redução pura e simples dos arsenais americanos e soviéticos.

As negociações começaram em Junho de 1982, culminando num acordo de princípio em 1985 (redução de 50% dos arsenais estratégicos). Os acordos START I foram assinados em 31 de Julho de 1991, entre a ex-URSS e os EUA, programando uma redução de 30% dos arsenais e eliminação de armas estratégicas ofensivas, fiscalizada de maneira muito embaraçosa pelos dois signatários. Em termos quantitativos de mísseis balísticos intercontinentais, mísseis balísticos lançados por submarinos e mísseis de cruzeiro, permitiu o estabelecimento de restrições a estes níveis.

Em 23 de Maio de 1992, atendendo ao novo cenário internacional, foi assinado em Lisboa um protocolo que conduziu ao alargamento do Tratado às repúblicas herdeiras

Gioconda Cardoso 147 da ex-URSS, as quais ficaram à mercê dos propósitos do Tratado. A Bielorússia, o Cazaquistão e a Ucrânia, demonstraram o intuito em aderir ao TNP num espaço curto de tempo, e eliminar o armamento nuclear em termos territoriais em sete anos.

Strategic Arms Reduction Treaty II (START II)

A derrocada da ex-URSS acelerou a conclusão de um segundo tratado. O START II, foi assinado em 3 de Janeiro de 1993 pelos EUA e a Rússia. Os arsenais estratégicos foram reduzidos de dois terços. Os EUA conservavam 3500 ogivas nucleares, contra 3000 da Rússia (os dois signatários dispunham, respectivamente, de mais de 10 000 ogivas em 1991). Teve como propósito, expandir a restrição do armamento estratégico iniciado pelo START I. Com este Tratado foram eliminados os mísseis ICBM com ogivas múltiplas (MIRV) e diminuiu-se a quantidade de ogivas dos EUA e a ex-URSS para valores entre 3000 e 3500 para cada país. A vigência é posterior à aprovação pelos assinantes, e também depois do START I.

Tratado de Moscovo (Acordo Nuclear Trilateral):

Em Moscovo é assinado um tratado entre os EUA, a Rússia e a Ucrânia a 14 de Janeiro de 1994, escalpelizando os processos a adoptar para a transferência das ogivas nucleares dos mísseis SS-19 e SS-24 da Ucrânia para a Rússia, para serem desmantelados.

A Rússia declara as fronteiras da Ucrânia, que acresce em termos económicos. Para além disso passa a deter segurança, a partir do momento em que o START I passa a vigorar e a Ucrânia ligou-se ao TNP.

Em 1995, o TNP foi renovado com uma duração ilimitada. Apenas Israel, a Índia e o Paquistão, detentores oficiosos de armas nucleares, permaneceram de fora do tratado.

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ANEXO 9

285

:

285 http://www.israellawresourcecenter.org/israellaws/israellawamendm.htm, consultado em 18 de

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DOCUMENTO 1:

Defence Army of Israel Ordinance (published 31 May, 1948)