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280, de 15.2.2006 – Reajustou em 8% a tabela do Imposto de Renda das Pessoas Físicas,

com vigência a partir de 1º.2.2006. Com o reajuste, a tabela progressiva mensal passou a ter as seguintes faixas de rendimento:

I – rendimentos até R$1.257,12 estão isentos do tributo;

II – rendimentos de R$1.257,13 até R$2.512,08; alíquota de 15% e parcela a deduzir de R$188,57;

III – rendimentos acima de R$2.512,08; alíquota de 27,5% e parcela a deduzir de R$502,58.

Ressalta-se que o limite de desconto simplifi cado, que substitui todas as deduções admitidas na legislação do Imposto de Renda, para efeito da declaração de ajuste anual, passou de R$10.340,00 para R$11.167,20. Por sua vez, o limite individual de deduções relativas a despesas com instrução do contribuinte e de seus dependentes elevou-se de R$2.198,00 para R$2.373,84; enquanto o limite de despesas por dependente passou de R$1.404,00 para R$1.516,32.

281, de 15.2.2006 – Reduziu a zero a alíquota do Imposto de Renda incidente sobre os

rendimentos de investidores, aplicada exclusivamente às novas aquisições de títulos por investidores não residentes, as quais deverão ser realizadas de acordo com as normas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), sem benefícios a aplicações em operações compromissadas. Dessa forma, os investimentos já existentes na data de publicação desta Medida Provisória continuariam a ser tributados na forma da legislação vigente, facultado ao investidor estrangeiro migrar, até 31.8.2006, para o novo regime tributário, com antecipação do pagamento do imposto devido na forma do regime anterior. Complementarmente, com o propósito de incentivar o desenvolvimento do segmento de capital de risco (venture capital), foi reduzida a zero, desde que atendidas certas condições, a alíquota de Imposto de Renda incidente sobre os rendimentos auferidos por investidor não residente em Fundos de Investimento em Empresas Emergentes (FIEE), em Fundos de Investimento em Participações (FIP) e em Fundos de Investimento em Cotas de Fundo de Investimento em Participações (FCFIP). Além disso, reduziu a zero a alíquota da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) incidente sobre o lançamento a débito de conta-corrente de depósito para a liquidação das operações de ofertas públicas de ações de empresas no mercado de balcão. A legislação atualmente em vigor já previa a não-incidência da CPMF nas transações realizadas na bolsa de valores.

284, de 6.3.2006 – Permitiu a dedução, no valor do imposto apurado na Declaração de

Ajuste Anual do Imposto de Renda das Pessoas Físicas, da contribuição paga à Previdência Social pelo empregador doméstico com empregado doméstico a seu serviço. A dedução, que será permitida até o exercício de 2012 (ano-base de 2011), restringe-se à contribuição calculada sobre um salário mínimo, e aplica-se somente a um empregado doméstico.

285, de 6.3.2006 – Dispôs sobre a renegociação de dívidas oriundas de operações de

crédito rural, contratadas com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), na área de atuação da Agência de Desenvolvimento do Nordeste (Adene), de valor originalmente contratado até R$50 mil, e não renegociadas nos termos da Lei 10.177, de 12.1.2001. A medida prevê a concessão de um desconto para as parcelas pagas até a data dos respectivos vencimentos, o que ocasionará um impacto nominal de cerca de R$2,89 bilhões aos cofres públicos, no decorrer do prazo de renegociação, e proporcionará um benefício médio aos mutuários da ordem de 68,8% de bônus sobre o saldo devedor.

288, de 30.3.2006 – Determinou que, a partir de 1º de abril de 2006, após aplicação

do percentual correspondente à variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), ocorrido no período de 1º de maio de 2005 a 31.3.2006, a título de reajuste, e de percentual a título de aumento real, sobre o valor de R$300,00 (trezentos reais), o novo salário mínimo será de R$350,00 (trezentos e cinqüenta reais).

291, de 13.4.2004 – Reajustou em 5%, com vigência a partir de 1º.4.2006, os benefícios

mantidos pela Previdência Social.

294, de 8.5.2006 – Criou o Conselho Nacional de Relações do Trabalho (CNRT), órgão

colegiado de natureza consultiva e deliberativa, de composição tripartite e paritária, vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), com as seguintes fi nalidades: a) promover o entendimento entre trabalhadores, empregadores e governo federal,

em busca de soluções acordadas sobre temas relativos às relações do trabalho e à organização sindical;

b) promover a democratização das relações de trabalho, o tripartismo e o primado da justiça social no âmbito das leis do trabalho e das garantias sindicais; e c) fomentar a negociação coletiva e o diálogo social.

303, de 29.6.2006 – Dispôs sobre o parcelamento de débitos de pessoas jurídicas com

a Secretaria da Receita Federal, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A MP 303 determina que os débitos com vencimento até 28 de fevereiro de 2003 poderão ser parcelados em até 130 prestações mensais e sucessivas, com correção pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) e desconto de 50% na multa.

O parcelamento dos débitos deverá ser requerido até 15 de setembro de 2006, e o valor mínimo de cada prestação não poderá ser inferior a:

I – R$200,00 para empresas optantes pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte (Simples); e

Essa modalidade de parcelamento não se aplica a débitos:

a) relativos a impostos e contribuições retidos na fonte ou descontados de terceiros e não recolhidos à Fazenda Nacional ou ao INSS;

b) de valores recebidos pelos agentes arrecadadores não recolhidos aos cofres públicos; e

c) relativos ao Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR).

315, de 3.8.2006 – Dispôs sobre as seguintes medidas de natureza cambial:

a) fl exibilizou a exigência de cobertura cambial nas exportações brasileiras. Os recursos em moeda estrangeira relativos aos recebimentos de exportações brasileiras de mercadorias e de serviços, realizadas por pessoas físicas ou jurídicas, poderão ser mantidos em instituições fi nanceiras no exterior, observado o limite fi xado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) – 30% –, vedado o tratamento diferenciado por setor ou atividade econômica. Os recursos mantidos no exterior somente poderão ser utilizados para a realização de investimento, aplicação fi nanceira ou pagamento de obrigações próprias do exportador, vedada a realização de empréstimo de qualquer natureza;

b) a pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no País que mantiver recursos em moeda estrangeira no exterior relativos ao recebimento de exportações deverá declarar à Secretaria da Receita Federal (SRF) a utilização desses recursos; c) não haverá incidência da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira

(CPMF) sobre a parcela mantida no exterior dentro do limite de 30%;

d) o CMN poderá estabelecer formas simplifi cadas de contratação de operações simultâneas de compra e venda de moeda estrangeira, relacionadas a recursos provenientes de exportações;

e) transferiu do Banco Central do Brasil (Bacen) para a SRF o controle de natureza cambial sobre as operações de exportações. O Banco Central do Brasil se responsabilizará pela manutenção do registro das operações de câmbio e pela informação à Secretaria da Receita Federal dos dados referentes a esses registros na forma estabelecida em ato conjunto;

f) facultou a utilização do formulário de contrato de câmbio na forma defi nida pelo Banco Central do Brasil nas operações de compra e venda de moeda estrangeira de até US$3 mil norte-americanos, ou do seu equivalente em outras moedas; g) fi cou sujeito a registro em moeda nacional, no Bacen, o capital estrangeiro investido

em empresas fi xadas no País, ainda não registrado e não sujeito a outra forma de registro no Bacen, desde que os valores correspondentes constem dos registros contábeis da empresa brasileira receptora do capital estrangeiro. O montante de capital estrangeiro em moeda nacional existente em 31.12.2005 deverá ser regularizado até 30.6.2007;

h) foram permitidos pagamentos em reais nas compras em lojas francas localizadas em portos ou aeroportos brasileiros, observados os limites de compras fi xados pela legislação;