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O Brasil vem ganhando destaque internacional em vários setores da economia, e o mercado da moda vem sendo um desses setores, pois constitui-se em um mercado que atrai muitos investimentos e põe-se em evidência pelo crescimento e pelo movimento que a indústria gera. Por estar em constante crescimento, o Brasil vem cada vez mais caminhando com o resto do mundo e se destacando no mercado internacional.

O mercado da moda emerge-se em constante trabalho, porquanto, à medida que as estações do ano mudam, o mercado precisa também se modificar, com o escopo de atender ao

13 Tradução nossa: O Fórum Mundial da Moda tem como objetivo identificar como os poderes econômico,

sociais e culturais da indústria da moda podem ser melhor posicionados, focado em conseguir aliviar as necessidades mais críticas do mundo. Nosso objetivo é instigar a comunicação e a colaboração mútua entre os líderes da indústria da moda e das Nações Unidas para que os recursos da Moda e os esforços humanitários possam ser melhor direcionados para fazer uma mudança positiva e sustentável na vida das pessoas mais necessitadas. Nós acreditamos que é o momento para as Nações Unidas orientar líderes inspirados desta indústria e formar uma parceria que estabeleca metas e padrões que a indústria da moda posa ficar orgulhosa.

clima de cada localidade, assim como precisa renovar-se em virtude dos acontecimentos e mudanças ocorridas socialmente, pois, como se sabe, tendências de décadas passadas podem ressurgir com novas roupagens.

Nos dias atuais, trabalhar com moda no Brasil tem se tornado algo vantajoso, porque, com o crescimento do mercado e o reconhecimento internacional, o país tem cada vez mais se inserido no mundo fashion: a título de exemplificação, o mercado de confecções emprega em torno de 1,5 milhões de trabalhadores. A cidade de São Paulo tem se transformando em um grande pólo da moda, onde eventos como o São Paulo Fashion Week, a semana de moda mais importante de São Paulo, atrai pessoas do mundo todo, em virtude de seu predicado de maior evento da moda brasileira e o quinto maior do mundo. O evento ainda gera, a cada edição, mais emprego no país e mais investimentos, revelando-se de grande valia para a economia brasileira. (BRASIL, 2013d).

Segundo o Designbrasil, o São Paulo fashion Week é o maior evento de moda no país:

Podemos ilustrar o crescimento do setor observando o São Paulo Fashion Week, o maior evento do país que movimenta números crescentes de investimentos. Desde a primeira edição o evento já atraiu cerca de 1,8 milhão de pessoas. Ocorrendo duas vezes ao ano, o São Paulo Fashion Week movimenta no mínimo R$ 1,8 bilhões em negócios, gerando a cada edição mais de 5 mil empregos diretos e indiretos. A cada edição são investidos cerca de R$ 8 milhões no SPFW, sendo que a 29ª edição chegou ao número de R$ 13 milhões investidos. (DESIGNBRASIL, 2013).

A história da moda brasileira é muito antiga, começou com os índios que habitam as terras brasileiras, muito antes da chegada dos europeus. Com a necessidade de vestir seu povo, começaram a fabricar tecidos, surgindo assim, há mais de 200 anos, as primeiras fábricas de tecido do país. O que mais influenciou, e continua influenciando, a indústria de tecidos no Brasil é a diversidade cultural que o país possui, com misturas nativas, europeias e negras. Neste sentido, o Brasil tem ganhado destaque internacional estando ao lado de grandes produtores históricos, como os europeus: “O Brasil já tem o sexto maior parque têxtil do mundo, e o segundo no ranking mundial na produção de denim e o terceiro na de malharia.” Dessa forma, percebe-se a importância do setor para a economia do país. (BRASIL, 2013d).

De acordo com o perfil brasileiro no setor têxtil e de confecção, pode-se observar a importância desses para o país:

6º maior produtor têxtil do mundo;

Auto-suficiência em algodão, com produção de 1,3 milhões de toneladas; Produz 7,2 bilhões de pecas de vestuário/ano;

2° maior produtor mundial de índigo; 3° maior produtor mundial de malha; 5° maior produtor mundial de confecção; 7º maior produtor mundial de fios e filamentos; 8° maior produtor mundial de tecidos;

30 mil empresas instaladas;

Emprega 1,5 milhões de trabalhadores; US$ 25 bilhões de faturamento (2004); US$ 2,08 bilhões em exportação (2004);

US$ 656 milhões de superávit na balança comercial do setor (2004); 28 Faculdades de Moda;

5ª maior semana de moda do mundo. (BRASIL, 2013d).

O mercado brasileiro da moda movimenta em torno de U$ 50 bilhões por ano, apresentando uma imagem positiva do país no exterior. Segundo o SEBRAE (2013): “Inovação, criatividade e capacitação são ferramentas para enfrentar a concorrência internacional”. Destarte, apostando na moda brasileira, o MDIC criou, em 05 de novembro de 2008, o Sistema Moda Brasil que, entre seus projetos, “[...] tem como missão promover a articulação público-privada para o desenvolvimento das cadeias produtivas relacionadas à Moda Brasileira: Couro, Calçados e Artefatos; Têxtil e Confecções; e Gemas e Joias” (BRASIL, 2013e). Com o lançamento do Plano Brasil Maior, feito em 2011 pelo Governo Federal, o Sistema Moda Brasil se fortaleceu, podendo desenvolver projetos que beneficiam a indústria da moda brasileira, integrando-a nos mercados interno e externo. Sendo um dos setores que mais cresce no Brasil, o setor da moda precisa ser apoiado, pois com a forte concorrência estrangeira, maquinário defasado e pouca qualificação, torna-se premente fortalecer o setor. (SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, 2013b; BRASIL, 2013e).

O Sistema Moda Brasil (SMB) é um instrumento da política industrial para desenvolver as cadeias produtivas dos setores relacionados à moda: Têxtil e de Confecções; Gemas e Joias; Couro, Calçados e Artefatos. O objetivo é executar ações e promover a articulação público-privada para implementar medidas que superem os gargalos, gerem maior competitividade e aproveitem as oportunidades do cenário atual. Sua atuação insere-se no contexto do Plano Brasil Maior, como executor da Agenda Setorial elaborada pelo Comitê Executivo com o auxílio do Conselho de Competitividade. (BRASIL, 2013e).

O Brasil chama atenção, tanto nacional como internacionalmente, para a moda praia. Por ser um país de mulheres bonitas e praias deslumbrantes, a moda praia brasileira vem sendo copiada mundialmente. O país ainda se destaca na fabricação de jeans e na qualidade de suas lingeries, que têm sido exportadas para grifes famosas da Europa e dos Estados Unidos. A moda íntima brasileira emprega em torno de 32 mil pessoas, “[...] a

maioria formada por costureiras que produzem 700 milhões de peças por ano. Hoje o governo já contabiliza seis mil empresas atuando na área, que juntas respondem por 8,6% do faturamento total de vestuário no Brasil.” (BRASIL, 2013d). Desse modo, cada segmento da moda brasileira tem papel fundamental na economia e na visão que o mundo globalizado possui do país. (BRASIL, 2013d).

A energia que brota do mundo fashion no Brasil refletiu dentro e fora do país. Grandes grifes globais da moda estão investindo na cidade de São Paulo com novas lojas, pois o Brasil possui um potencial cada vez maior de crescimento no mercado de luxo. Segundo o SEBRAE (2013), o luxo movimenta no Brasil de U$ 1,5 bilhões a U$ 2 bilhões ao ano. Compreende-se, portanto, que o mercado brasileiro da moda atrai consumidores de vários níveis sociais que movimentam a economia e, nesse sentido, chamam a atenção internacional para esse setor. (SERVIÇO BRAILEIRO DE APOIO ÀS MICROS E PEQUENAS EMPRESAS, 2013c).

Com tantos olhares voltados para o Brasil, os modelos brasileiros caminham junto com a moda e o estilo brasileiro de ser, de modo a se tornarem evidentes nos mercados internacionais da moda. Internacionalmente conhecido como o país do samba e do futebol, a nação verde-amarela ganhou seu espaço no mercado como um dos países que mais exporta modelos profissionais no mundo. Com a fama do país de “produzir” mulheres bonitas, agências e clientes internacionais têm buscado no Brasil modelos com potencial internacional.

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresa afirma:

A moda brasileira vem ganhando destaque a nível mundial, criando um leque de oportunidades para os modelos, consequentemente para as agências, porém, é um mercado muito competitivo. Conhecer e caracterizar quem são seus futuros clientes, o que e por que compram, como e quando fazem suas compras e quais são suas tendências de consumo são avaliações essenciais para o sucesso de seu negócio. (SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, 2013d).

Para que o mercado da moda funcione de forma completa, os estilistas, as revistas, os catálogos de moda e, todos os participantes deste mercado precisam utilizar os serviços dos modelos profissionais. São eles que posam para catálogos, editorias de revistas, fotógrafos e artistas plásticos em geral, movimentando o corpo e o olhar, se transformando em personagens montados por pessoas que trabalham na área de moda, como os cabeleireiros e maquiadores, e utilizando as roupas criadas pelos estilistas. De acordo com o Sindicato dos Profissionais Autônomos Modelos e Manequins do Estado de São Paulo (2013): tais profissionais “ [imobilizam] o corpo segundo orientação artística ou [criam] poses próprias,

em estúdios, escolas de arte e locações internas ou externas. Mostram produtos e serviços para trabalhos de marketing, publicitários e propaganda e divulgação por meio de fotos, filmes, PDVs e eventos (feiras).”. Dessa forma, o modelo precisa estar sincronizado com o ambiente de trabalho, seja uma passarela, um estúdio fotográfico ou um espaço de gravação de um comercial de televisivo. (SINDICATO DOS PROFISSIONAIS AUTONÔMOS MODELOS E MANEQUINS DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2013).

O Sindicato dos Profissionais Autônomos Modelos e Manequins do Estado de São Paulo indica três categorias de modelos que trabalham no Brasil:

Modelo Artístico: estátua viva, modelo fotográfico de nu artístico e modelo vivo; Modelo de Modas: manequim, modelo fashion, modelo de passarela;

Modelo Publicitário: modelo comercial, modelo de detalhes, modelo de editorial de moda, modelo fotográfico, modelo fotográfico de workshop. (SINDICATO DOS PROFISSIONAIS AUTÔNOMOS MODELOS E MANEQUINS DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2013).

O mercado da moda precisa, além dos modelos, trabalhar em conjunto com as agências de modelos, visto que são estas que fazem a captação e o processo de preparo dos sujeitos para o mercado. Geralmente, uma boa agência se torna o ponto de partida para que um modelo se tenha sucesso em sua carreira, pois são os agentes que dirigem as carreiras, indicando como se portar perante os clientes, qual roupa vestir e apresentando os novos modelos para o mercado da moda. Contudo, as agências são rigorosas ao selecionar modelos. No caso das mulheres, elas precisam ter, no mínimo, 1,70 metros de altura, 90 centímetros de quadril e 60 centímetros de cintura; quanto aos homens, estes devem ter em torno de 1,80 metros de altura. Ser modelo requer alguns padrões que são demandados pelo mercado da moda e, dessa forma, nem todas as pessoas que gostariam de se tornar modelos têm o perfil exigido.

É valioso, pois, observar os padrões do mercado antes de se aventurar nessa jornada que se inicia no mercado interno e se estende além-fronteiras. O mercado da moda é um mercado crescente que, apesar da concorrência, oferece muitas oportunidades tanto para os modelos, que precisam ser utilizados de várias formas, como para estilistas, cabelereiros, maquiadores, fotógrafos, produtores de moda, entre tantas pessoas que trabalham neste meio e que muitas vezes não são percebidas, apesar de serem incontestavelmente necessárias para que o mercado funcione e continue crescendo, como no caso das costureiras e ajudantes.

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