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Metodologias para a Resolu¸c˜ao do POMO

Um maior valor para M 3 significa uma melhor cobertura do espa¸co (neste caso, espa¸co de objetivos).

◦ Diversidade M´etrica (△)

Esta consiste em medir o espalhamento das solu¸c˜oes no dom´ınio de objetivos da se- guinte forma (DEB et al., 2000):

△ = df + dl+

P|Q|−1

i=1 |di− d| df + dl+ (|Q| − 1)d

(2.12)

onde di ´e distˆancia Euclidiana (no espa¸co de objetivos) entre a solu¸c˜ao i ∈ Q e o membro mais pr´oximo de P∗, d ´e a m´edia dessas distˆancias. Os parˆametros df e dl representam a distˆancia Euclidiana entre as solu¸c˜oes extremas do conjunto ´otimo de Pareto P∗ e as fronteiras das solu¸c˜oes n˜ao-dominadas (Q) obtidas.

2.6

Metodologias para a Resolu¸c˜ao do POMO

Na literatura podem ser encontradas diferentes metodologias para o tratamento de POMO. A classifica¸c˜ao destas metodologias depende do tipo de algoritmo (randˆomico ou n˜ao-randˆomico) e da forma de tratamento (agrega¸c˜ao de fun¸c˜oes objetivo, abordagem n˜ao baseada no crit´erio de dominˆancia de Pareto, e abordagem baseada no crit´erio de domi- nˆancia de Pareto) adotada. As se¸c˜oes 2.6.1 e 2.6.2 apresentam os princ´ıpios fundamentais destas abordagens.

2.6.1

Quanto ao Tipo de Abordagem

Segundo o tipo de abordagem, os m´etodos para a solu¸c˜ao dos problemas de otimiza¸c˜ao podem ser classificados em (SARAMAGO, 1999):

• Otimiza¸c˜ao Determin´ıstica (Deterministic Optimization) ou Cl´assica: s˜ao t´ecnicas baseadas no c´alculo, de ampla aplicabilidade e estudo na literatura. Sua utiliza¸c˜ao se d´a principalmente devido `a sofistica¸c˜ao dos recursos computacionais desenvolvidos nos ´ultimos anos, aliado ao desenvolvimento do C´alculo Variacional. Entretanto, estas t´ecnicas podem apresentar dificuldades num´ericas e problemas de robustez relacionados com a falta de continuidade das fun¸c˜oes a serem otimizadas ou de suas restri¸c˜oes, fun¸c˜oes n˜ao convexas, multi-modalidade, existˆencia de ru´ıdos nas fun¸c˜oes, necessidade de se trabalhar com valores discretos para as vari´aveis e existˆencia de m´ınimos ou m´aximos locais;

• Otimiza¸c˜ao Randˆomica (Random Strategies) ou N˜ao Determin´ıstica: s˜ao t´ecnicas de busca baseadas nos processos de sele¸c˜ao natural da luta pela vida e da gen´etica de popula¸c˜oes ou em abordagens puramente estruturais. Tratando-se de um m´etodo pseudo-aleat´orio, pode-se dizer que o m´etodo estabelece um procedimento de explo- ra¸c˜ao inteligente no espa¸co de parˆametros codificados (BRAGA, 1998). O interesse por tais m´etodos se deu por volta de 1950 com o surgimento dos algoritmos gen´eti- cos, quando bi´ologos come¸caram a utilizar t´ecnicas computacionais para a simula¸c˜ao de sistemas biol´ogicos. Deve-se ressaltar que geralmente esses algoritmos diferem de outras t´ecnicas de minimiza¸c˜ao, especialmente pela sua simplicidade conceitual, e por dispensarem o uso de derivadas da fun¸c˜ao custo e das restri¸c˜oes para determinar a dire¸c˜ao de busca. Outro aspecto importante ´e que, geralmente, n˜ao investem todo o esfor¸co computacional num ´unico ponto, mas sim operam sobre uma popula¸c˜ao de pontos, sendo portanto capazes de lidar com problemas multi-modais. Contudo, como esses m´etodos s˜ao estoc´asticos, seu desempenho varia de execu¸c˜ao para exe- cu¸c˜ao (a menos que o mesmo gerador de n´umeros aleat´orios com a mesma semente seja utilizado) e o n´umero de avalia¸c˜oes da fun¸c˜ao objetivo ´e sensivelmente superior aos m´etodos cl´assicos (SARAMAGO, 1999;COELHO, 2003).

2.6.2

Quanto `a Forma de Tratamento do Problema

Quanto `a forma de tratamento, os POMO podem ser divididos em trˆes categorias principais (COELHO, 2004):

M´etodos A Posteriori : utilizados quando a Curva de Pareto, que ´e o conjunto das

solu¸c˜oes n˜ao-dominadas do espa¸co de fun¸c˜oes objetivo, ´e completamente determi- nada. Esta categoria foi introduzida por Goldberg (1989) atrav´es do conceito de dominˆancia por ranking de Pareto associado a algum tipo de mecanismo de ni- cho, para superar as limita¸c˜oes do VEGA (Vector Evaluated Genetic Algorithm) (SCHAFFER, 1984).

M´etodos Progressivos: utilizados durante o processo de otimiza¸c˜ao. Na literatura,

podem ser encontradas abordagens que n˜ao fazem uso de agrega¸c˜ao de fun¸c˜oes ou do conceito de otimalidade de Pareto (SCHAFFER, 1984; ZITZLER et al., 2001; DEB, 2001). Tais t´ecnicas s˜ao computacionalmente eficientes e de f´acil implementa¸c˜ao (COELHO, 2004). As suas principais caracter´ısticas ser˜ao apresentadas no Cap´ıtulo 5.

M´etodos A Priori: utilizados antes da inicializa¸c˜ao do processo de otimiza¸c˜ao, onde

2.6. Metodologias para a Resolu¸c˜ao do POMO 25

Esta metodologia ´e a mais simples e mais ´obvia entre as abordagens para o trata- mento de problemas multi-objetivos. O problema, inicialmente com m objetivos, ´e transformado em um outro, com os objetivos agregados, resultando num problema com um ´unico objetivo. Essas abordagens de agrega¸c˜ao de fun¸c˜oes ser˜ao detalhadas no Cap´ıtulo 3.

Cap´ıtulo 3

T´ecnicas de Otimiza¸c˜ao

Multi-objetivos

3.1

Aspectos Gerais

´

E

not´orio que as primeiras t´ecnicas usadas no contexto multi-objetivo fazem usoda transforma¸c˜ao do problema original em um problema com um ´unico objetivo. Dessa maneira, mediante a utiliza¸c˜ao de M´etodos Determin´ısticos ou de M´etodos N˜ao Determin´ısticos, se constr´oi a curva ou fronteira de Pareto. Cabe ressaltar que, a extens˜ao dos M´etodos N˜ao Determin´ısticos para o enfoque multi-objetivo pode permitir que, em uma ´unica execu¸c˜ao, seja determinado a curva de Pareto, o que n˜ao acontece com o uso de M´etodos Determin´ısticos.

Neste cap´ıtulo ser˜ao apresentadas as principais t´ecnicas desenvolvidas para a transfor- ma¸c˜ao do problema multi-objetivo em um problema com um ´unico objetivo. J´a nos dois pr´oximos cap´ıtulos, de posse das t´ecnicas aqui consideradas, ser˜ao estudadas as metodo- logias para a resolu¸c˜ao do POMO via M´etodos Determin´ısticos e N˜ao Determin´ısticos, sendo que, para essa ´ultima classe, ser´a apresentada a sua extens˜ao para o contexto multi- objetivo.