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A Metrópole Expandida Sul abrange os municípios de Alfredo Chaves, Anchieta, Iconha, Ita pemirim, Píuma e Marataízes.

Parte III – O Lugar e a imbricação às redes técnicas – Esta terceira parte se refere à categorização do lugar Anchieta no contexto da Microrregião

O PLANO 2025 ESTRUTURAÇ ÃO E ESTRATÉG IAS

45 A Metrópole Expandida Sul abrange os municípios de Alfredo Chaves, Anchieta, Iconha, Ita pemirim, Píuma e Marataízes.

FIG .16

Re d e d e c id a d e s c o n- te mp la d a s no Pla no 2025. Fo nte : G o ve rno d o Esta - d o d o Esp írito Sa nto . Esp í- rito Sa nto 2025. Pla no d e De se nvo lvime nto

aos projetos que integram o Polo Anchieta46 , estando o Polo Linhares diretamente relacionado às atividades de prospecção e extração de petró- leo (37,8%) e fabricação de outros equipamentos de transportes, além da fabricação de celulose (12,4 % do total). O Polo Linhares contempla a fá- brica da Aracruz Celulose, que movimenta grandes vultos de capital. Com percentagem bem menor na participação dos investimentos, está o Polo Cachoeiro, com 5,5% o qual tem no benefi ciamento das rochas ornamen- tais uma das principais fontes de arrecadação (IJSN, 2008). A integração funcional entre as cidades dos municípios que compõem essas regiões 46 Os projetos relacionados ao Polo Anchieta serão tratados detalhadamente no capítulo 4.

litorâneas limítrofes à RMGV faz com que os limites socioeconômicos do complexo urbano não mais coincidam com os limites institucionais. Flu- xos de capitais, mercadorias, serviços, pessoas, comunicação e informação se intensifi cam, gerando fl uxos tipicamente intrarregionais.

Na medida em que o mercado passa a ser organizado em escala mundial, que supera em muito a escala do lugar, apresentando alta mobilidade no território, a consequência lógica, ao se elaborar e estruturar um plano de longo prazo, é pensar em oferecer condições competitivas na infraes- trutura de circulação do território para esses grandes projetos, como a

Ta be la 5

Inve stime nto s p re visto s 2007-2012, PIB 2005 e p rinc ip a is a tivid a d e s – Esp írito Sa nto

Fo nte : G e re s/ Ba nd e s, Inve st-ES, SEAMA/ IEMA, d ive rsa s e mp re sa s, jo rna is e re vista Ela b o ra ç ã o : IJSN – C o o rd e na ç ã o d e Estud o s Ec o nô mic o s

No ta : Fo ra m c o nsid e ra d o s inve stime nto s d e va lo r ig ua l o u sup e rio r a R$ 1 milhã o . Mic ro rre g iã o

Inve st. pre visto s

2007 % PIB 2005 % Princ ipa is a tivida de s

Re g iã o Me tro po lita na 18,725,600 33.8 29,792,898 63.1

Mine ra ç ã o , c o nstruç ã o c ivil, lo g ístic a , side rurg ia , e ne rg ia e lé tric a e g á s.

Me tró po le Expa ndida Sul 18,296,900 33 2,133,899 4.5

Side rurg ia , a tivida de pe tro lífe ra e m ine ra ç ã o .

Pó lo Linha re s 10,413,200 18.8 4,518,877 9.6

Ativida de pe tro lífe ra , indústria na va l, infra - e strutura e silvic ultura .

Po lo C a c ho e iro 3,073,400 5.5 2,924,182 6.2

Ativida de pe tro lífe ra , tra nspo rte fe rro via rio e e ne rg ia e lé tric a (g e ra ç ã o e distribuiç ã o ).

Lito ra l No rte 2,710,800 4.9 1,671,054 3.5

Ativid a d e p e tro lífe ra e g e ra ç ã o d e e ne rg ia e lé tric a .

Po lo C o la tina 777,2 1.4 1,474,137 3.1

Fa b ric a ç ã o d e p ro d uto s a lime ntíc io s, b e b id a s e c o mb ustíve l; Infra -e strutura (tra nsp o rte , e ne rg ia e te le c o munic a ç õ e s).

Extre mo No rte 578,6 1 668,639 1.4

Ind ústria sulc ro a lc o o le ira e c o nstruç ã o c ivil (ha b ita ç ã o ).

Sud o e ste Se rra na 507,2 0.9 873,856 1.9

G e ra ç ã o d e e ne rg ia e lé tric a , p ro d uç ã o d e b e b id a s e a g ric ultura .

No ro e ste II 175,3 0.3 857,293 1.8

Be ne fic ia me nto d e ro c ha s o rna me nta is, e ne rg ia e lé tric a e infra -e strutura ro d o viá ria .

C a p a ra ó 105,1 0.2 848,708 1.8

Ene rg ia e lé tric a (g e ra ç ã o ) e silvic ultura .

C e ntra l Se rra na 38,2 0.1 843,955 1.8 Infra -e strutura ro d o viá ria .

No ro e ste I 36,5 0.1 583,416 1.2

Distrib uiç ã o d e g á s, e xtra ç ã o e b e ne fic ia me nto d e ro c ha s o rna me nta is.

modernização dos portos, aeroportos e a privatização de rodovias e ferro- vias, para atender a essa demanda das empresas por fl uidez territorial. O ciclo do petróleo e gás no estado é relativamente recente e conta com um “player” importante no foco das decisões de investimentos, especialmen- te pela Petrobrás. Para assegurar a viabilidade desses empreendimentos, relativamente isolados do tecido urbano mais denso, o Estado pensa em implantá-los por meio de intervenções de grande porte, justifi cando os investimentos em logística e em infraestrutura, previstos no Plano 2025. Aos investimentos previstos pelo governo estadual para o estado do Espírito Santo no período 2007-2012, devemos acrescentar os recursos referentes aos investimentos do PAC47 , que não estão computados nos estudos apurados pelo levantamento sistemático realizado pelo governo. No estado do Espírito Santo, os principais objetivos do PAC para o setor energético são garantir a segurança energética e o equilíbrio tarifário entre os estados pertencentes à Região Sudeste; ampliar a malha de gasodutos necessária ao suprimento de gás natural; desenvolver e ampliar a produção de gás e petróleo, assim como modernizar o parque de refi no estadual. Considerando os investimentos destinados pelo PAC ao Espírito Santo no período até 2010, o montante de recursos totaliza R$55,7 bilhões (Tabela 6) dos quais R$21,3 bilhões (Tabela 7) se concentram nas atividades de in- fraestrutura energética (38,2%,em termos percentuais, do total previsto).48 Se por um lado, a concentração dos recursos federais está alocada na ques- tão energética, por outro lado, os investimentos destinados à infraestru- tura social e urbana são ínfi mos. Tais investimentos representam apenas 5,2% do montante investido e têm como projetos prioritários: a universa- lização do acesso à energia elétrica até 2008 - Programa Luz para Todos; a melhoria das condições de vida da população, garantindo o abastecimento de água nos municípios da Grande Vitória; a despoluição da baía de Vitó- ria, com a duplicação da coleta e do tratamento de esgotos da Região Me- tropolitana da Grande Vitória; a ampliação dos sistemas de esgotamento sanitário de alguns municípios do interior do estado; e a erradicação de 47 PAC - Programa de Aceleração do Crescimento lançado pelo governo federal, que tem como objetivo principal alavancar a recuperação de infraestrutura, de modo a eliminar gargalos e viabili- zar o crescimento da economia brasileira.

48 BRASIL – PAC,2008. Disponível em <htttp://www.brasil.gov.br/PAC/estados> Acesso em 10 ago 2009

INVESTIMENTO E.S - PAC 59,9 bilhõ e s

Até 2010 55,7 b ilhõ e s

Pó s 2010 24,2 b ilhõ e s

EIXO

Em pre e ndim e nto s Exc lusivo s (R$ m ilhõ e s)

Em pre e ndim e nto s C a rá te r Re g io na l (R$ m ilhõ e s) 2007- 2010 Pó s 2010 2007- 2010 Pó s 2010 Lo g ístic a 761,1 318,3 5.100,00 -- Ene rg é tic a 21.313,2 23.306,3 6.283,6 611,4 So c ia l e Urb a na 2.255,8 -- -- -- To ta l 24.330,1 23.624,6 11,383,6 611,4

palafi tas e remoção de moradias localizadas em beiras de córregos e áreas de risco.

Já os investimentos em infraestrutura logística, que correspondem a 4,5% do montante previsto para o Estado, buscam assegurar a ampliação da infraestrutura logística existente, com vistas a melhorar o escoamento da produção regional, tanto para o consumo interno quanto para a exporta- ção (melhoria da infraestrutura viária da BR-101 e a dragagem do Porto de Vitória). Outro ponto de fundamental importância para a estrutura logísti- ca, considerado no PAC, é a construção do novo terminal de passageiros, do terminal de cargas, da torre de controle e do sistema de pista do novo aeroporto de Vitória.

Observa-se que os projetos das redes de cidades e os da logística de trans- portes estão intrinsecamente associados, na concepção do Plano 2025. Em geral, o bom desempenho das commodities metálicas no mercado internacional demanda das grandes empresas do setor siderúrgico e de mi- neração a ampliação das suas tecnologias de operação, desde sua rede de transportes até a capacidade produtiva instalada de suas plantas industriais. Considerando os dados setoriais pela Classifi cação Nacional de Ativida-

Ta be la 6

Inve stime nto d o Esp írito Sa nto – PAC

Fo nte : PAC / G o ve rno Fe d e ra l.

Ta be la 7

Inve stime nto s PAC p o r se to r d e a tivid a d e – 2007-2010

de (CNAE), verifi ca-se que 18,3% do montante a ser investido está con- centrado na metalurgia básica, que corresponde à instalação, ampliação e modernização da indústria siderúrgica capixaba. A extração de petróleo e serviços relacionados participam com 16,7% das intenções de investimen- tos, concentrados na perfuração e extração e no transporte de petróleo e gás natural (Tabela 8).

C NAE C la ssific a ç ã o Milhõ e s R$ %

27 Me ta lurg ia Bá sic a 10.137 18,3

11

Extra ç ã o d e Pe tró le o e Se rviç o s Re la c io na d o s 9.240 16,7

13 Extra ç ã o d e Mine ra is Me tá lic o s 8.564 15,4

23 Fa b ric a ç ã o d e C o q ue , Re fino d e Pe tró le o ,

Ela b o ra ç ã o d e C o mb ustíve is Nuc le a re s e Pro d uç ã o d e Álc o o l

6.447 11,6

45 C o nstruç ã o 4.111 7,4

35 Fa b ric a ç ã o d e O utro s Eq uip a me nto s Tra nsp o rte

3.462 6,2

63 Ativid a d e s Ane xa s e Auxilia re s d o s Tra nsp o rte s

e Ag ê nc ia s d e Via g e m

3.243 5,8

40 Ele tric id a d e , G á s e Ág ua q ue nte 2.988 5,4

60 Tra nsp o rte te rre stre 1.069 1,9

15 Fa b ric a ç ã o d e Pro d uto s Alime ntíc io s e

Be b id a s

971 1,8

2 Silvic ultura , Exp lo ra ç ã o Flo re sta l e Se rviç o s

Re la c io na d o s

657 1,2

55 Alo ja me nto e Alime nta ç ã o 627 1,1

85 Sa úd e e Se rviç o s So c ia is 375 0,7

O utro s 3.550 6,4

To ta l Espírito Sa nto 55.438 100,0

Ta be la 8

Princ ip a is a tivid a d e s d e inve stime nto s no Esp írito Sa nto

Fo nte : G e re s/ Ba nd e s, Inve st-ES, SEAMA/ IEMA, d ive rsa s e mp re sa s. Ela b o ra ç ã o : IJSN- Inve stime nto s 2007-2012

É importante ressaltar que o modelo econômico adotado no Espírito San- to tem por base a siderurgia49 . Esse modelo pode levar a distorções no mercado, ou seja, as empresas com menor poder de concorrência e por- tadoras de lógicas propriamente territoriais locais tornam-se mais vulne- ráveis à força de penetração das grandes empresas, enquanto as empresas 49 O principal produto exportado, de janeiro a setembro 2007, é o minério de ferro, aglomerados e concentrados, com participação de 44%. Os semimanufaturados de ferro e aço correspondem a mais 9%. Ou seja, a pauta mínero-siderúrgica supera metade das exportações. Fonte: SIMÕES, Roberto. ES visto pela China. A Gazeta. Vitória, Opinião, 23 out 2007.

FIG .17

Ma p a d e Distrib uiç ã o d o s Inve stime nto s 2007-2012. Fo nte : IJSN – C o o rd e na - ç ã o d e Estud o s Ec o nô - mic o s

multinacionais ampliam a sua participação no mercado interno. Essa situ- ação faz com que a economia capixaba fi que mais suscetível às oscilações do mercado global, o que pode comprometer o quadro econômico e social do estado diante de eventuais crises globais.

3.1.2 De se nvo lvim e nto da lo g ístic a e de c irc ula ç ã o de m e rc a do ria s

O investimento em logística visa aumentar a efi ciência da rede de trans- portes, de modo a conferir vantagem competitiva às empresas e aos siste- mas produtivos, além de favorecer a integração entre regiões. A logística é um dos fatores estratégicos para o desenvolvimento social e econômico do Estado do Espírito Santo em face de sua potencialidade quanto aos recursos disponíveis para a expansão e fortalecimento do estado nas rela- ções comercias com o mercado nacional e internacional. O potencial dos modais de transporte do Espírito Santo é representado por um complexo portuário considerado efi ciente, que se opera com sete portos: Vitória, Tu- barão (Serra), Capuaba (Vila Velha) Praia Mole (Serra), Barra do Riacho, Regência (Linhares) e Portocel (Aracruz) e Ubu (Anchieta). Por ocuparem posições estratégicas no território nacional, os portos capixabas recebem mercadorias de diversos estados da federação, como Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e Bahia. Devido a essa potencialidade logística, o estado vem recebendo investimentos nos principais setores econômicos50. Apesar dos gargalos existentes, a logística de circulação de mercadorias também se complementa por meio dos canais de integração rodoferrovi- ária.

Acompanhando os resultados brasileiros, as exportações e importações dos portos do estado do Espírito Santo, em 2005, foram extremamente signifi cativas tanto para o comércio exterior capixaba como para o Brasil, devido a seu grau de importância e sua participação no total comercializa- 50 Para os demais estados, o somatório de seus portos apresenta a seguinte classifi cação para os estados brasileiros. Em primeiro lugar está o estado de São Paulo, com 34,44% do total exportado pelo Brasil; em segundo fi cou o Rio Grande do Sul; em terceiro o Rio de Janeiro. O Espírito Santo ocupou o quarto lugar, seguido do Paraná. No caso das importações, os portos do Espírito Santo participaram com apenas 6,63% do valor total brasileiro, o que equivale a US$ 4,9 bilhões, repre- sentando um crescimento de 51,2% em relação a 2004 (US$ 3,2 bilhões). Com isso os portos do Espírito Santo passaram da sexta colocação para a quarta no que diz respeito ao total importado por unidades da Federação. Fonte: SECRETARIA DE ESTADO DA ECONOMIA E PLANE- JAMENTO do GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO. Estatísticas de Comércio Exterior 2005: Portos do Espírito Santo. IJSN Vitória. 2006.

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Siste ma Lo g ístic o G o iá s- Mina s G e ra is – Esp írito Sa nto Fo nte : IJSN

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