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5. Admissão, Vínculos, Carreiras e Desvinculação

5.2 Mobilidade

Devido à conjuntura económica que se faz sentir atualmente e às medidas de austeridade impostas pelo governo, nomeadamente à função pública, o mesmo legislou criando o regime de mobilidade especial (Lei n.º 12-A/2008 e Lei n.º 3-B/2010, de 28 de

Abril), por forma a desencadear um processo de reestruturação do pessoal com vista à

redução de custos na medida em que não há verbas de sustentação.Trata-se de uma fase transitória, com duração máxima de 18 meses, durante a qual se aufere 66,7%, 50% e 33,6% respetivamente nos primeiros, segundos e terceiros seis meses. Se, findo os 18 meses, o funcionário não arranjar colocação, fica em regime de licença sem vencimento ou rescinde, tendo direito a uma indemnização cujo valor está legalmente previsto.

Os trabalhadores que provenham de entidades públicas empresariais (ex: hospitais EPE), de gabinetes de apoio aos membros dos governos ou de entidades privadas não podem aceder a este regime de mobilidade interna.

A Mobilidade Interna ocorre através de duas formas: uma através da Mobilidade Espontânea, ou seja, o trabalhador propõem-se a concorrer através do serviço de origem quando este dá o consentimento a ocupar um posto de trabalho necessário e disponível

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Fonte: Intranet do ISS e adaptado do sítio: http://www.dgaep.gov.pt/stap/index.cfm?objid=9407d2de-9698-4978-96d2- 9f0ba8d4c7f7

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no Mapa de Pessoal do ISS, numa determinada área de atuação (área de atividade) para o qual o trabalhador reúna requisitos, nomeadamente de carreira e categoria de pertença. Passada esta fase, o candidato vai a entrevista, acorda a data de ingresso, (se for aceite) por um período de 12 a 18 meses como referido anteriormente, e na conclusão deste existem duas hipóteses: ou regressam ao serviço de origem ou, se for do interesse da nova instituição, esta afeta o trabalhador aos seus quadros. Outra forma prevista na legislação, diz respeito à Mobilidade Forçada, que acontece quando o serviço de origem do trabalhador pretende rescindir o contrato forçosamente fazendo com que este se inscreva no centro de emprego.

No caso do ISS e porque carece de funcionários, tal como acontece com outras entidades publicas, só pode recorrer ao regime da Mobilidade Especial quando este for conveniente e do interesse público de ambas as entidades, com vista a uma maior eficácia e eficiência dos órgãos ou serviços (de origem e destino) e esteja fundamentada, uma vez que:

 É importante que o trabalhador detenha uma Relação Jurídica de Emprego Público por tempo indeterminado e que pretenda exercer funções no ISS, IP. Incluem-se nesta situação os trabalhadores em situação de mobilidade especial (SME);

 O trabalhador provenha das entidades às quais se aplica objetivamente a Lei que estabelece os Regimes de Vinculação, de Carreiras e de Remunerações (LVCR), seja:

 Dos serviços da administração direta e indireta do Estado;

 Dos serviços das administrações regionais (Açores e Madeira) e autárquicas, com as necessárias adaptações;

 Dos órgãos e serviços de apoio do Presidente da República, da Assembleia da República, dos tribunais e do Ministério Público e respetivos órgãos de gestão e de outros órgãos independentes, com as adaptações inerentes às respetivas competências;

 Dos serviços periféricos externos do Estado (Ex: Embaixadas e Postos consulares).

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Aplica-se a:

 Trabalhadores no ativo, a tempo inteiro ou a tempo parcial;  Trabalhadores em situação de mobilidade especial (SME);

 Mobilidade interna temporária num órgão ou serviço com unidades orgânicas desconcentradas, como o caso do ISS: mecanismo de mobilidade interna a que podem ser sujeitos os trabalhadores com relação jurídica de emprego público que desempenhem funções em órgãos ou serviços que, organicamente, integrem serviços desconcentrados e pode ter lugar desde que reunidas, cumulativamente, as seguintes condições:

 Se trate de necessidade de deslocação de trabalhadores entre unidades orgânicas desconcentradas de um mesmo órgão ou serviço;

 A mobilidade seja feita para a mesma categoria e para posto de trabalho idêntico na unidade orgânica de destino;

 Sejam excedidos os limites de 60/30Km (consoante o grau de complexidade da carreira/categoria) entre a residência e o novo local de trabalho do trabalhador.

A mobilidade interna temporária pressupõe o prévio apuramento dos trabalhadores disponíveis na (s) unidade (s) orgânica (s) de origem e das necessidades da (s) unidade (s) orgânica (s) de destino. Esse apuramento faz-se por carreira, categoria e área de atuação, as quais são divulgadas na intranet do órgão ou serviço:

 Os trabalhadores detentores dos requisitos exigidos podem “voluntariar-se” para aderir às ofertas de mobilidade no prazo estipulado pelo dirigente máximo do serviço;

 Quando não existam trabalhadores interessados em número suficiente para as necessidades identificadas são aplicados critérios objetivos de seleção definidos pelo respetivo dirigente máximo e sujeitos a aprovação do membro do Governo com poder de direção, superintendência ou tutela sobre o órgão ou serviço sendo publicitados na intranet do serviço.

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5.2.1 Prazo

 A mobilidade interna temporária não pode ter duração superior a um ano;

 A alteração do prazo da mobilidade interna pela LOE/2010 aplica-se a todas as situações de mobilidade existentes a 29.04.2010, incluindo as que foram objecto de prorrogação pelo artigo 1º do Decreto-lei nº 269/2009, de 30 de Setembro, com o limite de que nenhuma situação de mobilidade tenha duração superior a dois anos.

5.2.2 Impedimentos

 Não há lugar a mobilidade interna durante um ano para o mesmo serviço ou unidade orgânica de trabalhador que tenha regressado ao serviço de origem;  O trabalhador não pode voltar a beneficiar, nos três anos subsequentes, da

dispensa do acordo do serviço de origem quando esta dispensa tenha resultado da decorrência de seis meses sobre uma recusa de mobilidade do trabalhador;  O trabalhador colocado em mobilidade interna temporária não pode ser

novamente sujeito à mobilidade temporária antes de decorridos dois anos, exceto se der o seu acordo, mantendo, neste caso, direito às ajudas de custo por inteiro.

5.2.3 Remuneração

 A remuneração é assegurada pelo serviço de destino, exceto acordo entre os serviços de origem e de destino.

5.2.4 Alteração de posicionamento remuneratório

 Os trabalhadores em mobilidade interna alteram o seu posicionamento remuneratório no serviço de origem;

 O serviço de origem toma em consideração as avaliações relevantes incluindo as atribuídas no serviço de destino.

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5.2.5 Prémios de desempenho

 Os trabalhadores em mobilidade interna são premiados no serviço onde desempenharam funções no ano civil a que respeita o prémio;

 A remuneração a considerar é a correspondente ao posicionamento remuneratório detido na categoria ou cargo em que a atividade se realizou e por cujo desempenho, o trabalhador foi avaliado.

5.2.6 Avaliação de desempenho e tempo de serviço

 A avaliação de desempenho e o tempo de serviço repercutem-se na situação de origem do trabalhador;

 A avaliação de desempenho e o tempo de serviço podem repercutir-se na última situação funcional caso o trabalhador venha a constituir uma relação jurídica de emprego público por tempo indeterminado no serviço onde se encontra em mobilidade interna.

5.3 Desvinculação/Aposentação

A desvinculação ao serviço pode ocorrer sob diversas formas:

 Aposentação não antecipada, (quando o trabalhador tem pelo menos 65 anos de idade e 15 anos de trabalho, ou por exemplo, num determinado ano tem 62 anos e 6 meses de idade e 25 anos de serviço);

 Aposentação antecipada, (com 55 anos de idade e à data em que os complete tenha pelo menos 30 anos de trabalho);

 Aposentação por incapacidade, (quando o trabalhador, com pelo menos 5 anos de serviço, seja declarado incapaz por junta médica da Caixa Geral de Aposentações, após avaliação da CGA, seja determinado incapacidade provocada por acidente ou doença adquirida em serviço, no caso de indeferimento de junta médica, o trabalhador pode recorrer se apresentar novos dados clínicos, os quais deverão ser enviados à UGARH, que os fará chegar à CGA. Ao haver indeferimento definitivo do processo de aposentação por junta médica, o trabalhador e os serviços serão notificados do mesmo);

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 Aposentação por limite de idade, (quando o trabalhador, com pelo menos cinco anos de serviço, atinge o limite de idade legalmente fixado para o exercício de funções, ou seja, 70 anos de idade).

Quem tiver descontos para a Segurança Social, deve pedir a pensão unificada.

5.4 Reformas

 A reforma trata da cessação do exercício de funções, com o consequente requerimento/pedido para atribuição de pensão que pode ser feito no centro nacional de pensões e nos serviços de atendimento da segurança social.

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PARTE II

CAPÍTULO III

1. ESTÁGIO CURRICULAR

O dia 15 de Julho de 2013 marcou o início do estágio no Centro Distrital de Segurança Social de Viseu, mais concretamente no Núcleo de Recursos Humanos.

Após a “entrevista” realizada no Instituto da Segurança Social de Viseu, num ambiente informal e descontraído, e depois de perceber o funcionamento de todos os processos institucionalizados ou a falta deles, quer do DRH, quer do Instituto em si, foi-me sugerido colaborar sobretudo ao nível de atividades de âmbito geral passando um pouco por cada equipa por forma a ter contacto e aprofundar o meu conhecimento quanto às atividades/ tarefas desenvolvidas em cada uma delas.

O núcleo de RH consubstancia-se em cinco áreas de atuação:  Avaliação de Desempenho;

 Formação;

 Procedimentos concursais;  Mobilidade;

 Procedimento Disciplinar (PERFISS)

e organiza-se da seguinte forma:

 Unidade de Desenvolvimento e Administração de Recursos Humanos, a qual se divide em:

 Núcleo de Apoio Técnico;

 Núcleo de Apoio Jurídico e de Contencioso;  Núcleo de Desenvolvimento Pessoal e Social;

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 Núcleo de Formação e Desenvolvimento de Competências.

Inicialmente, o objetivo era de que iriamos ter uma “passagem” por todas estas áreas. No entanto, e devido a alguns dos elementos que constituem o Núcleo estarem alternadamente de férias, por motivos alheios ao Instituto fomos desenvolvendo outras atividades.

Assim, e de forma sintética, os passos seguintes descrevem os projetos desenvolvidos no Departamento dos Recursos Humanos do ISS do distrito de Viseu no decorrer do estágio. Reforçamos a ideia de que nem sempre foi possível aprofundar e acompanhar os diferentes procedimentos no departamento em questão, pelo facto de, como já tivemos oportunidade de referir anteriormente, o estágio ter coincidido com o período típico de férias.

Contudo, a disponibilidade para qualquer esclarecimento por parte das orientadoras foi sempre notável.

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