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Modela¸c˜ ao da Vari´avel Posicionamento

Ap´os a modela¸c˜ao em dois espa¸cos de vari´aveis de decis˜ao diferentes, surge agora uma terceira modela¸c˜ao para a resolu¸c˜ao do problema apresentado. Enquanto que numa fase inicial optou-se por representar a execu¸c˜ao da ac¸c˜ao de manuten¸c˜ao no instante em que est´a a ser realizada, com a cria¸c˜ao da vari´avel xi,t, numa segunda fase optou por representar

somente o in´ıcio da execu¸c˜ao da subrotina atrav´es da vari´avel si,t, contudo ´e ponderada

mais uma forma de representar este problema, recorrendo a uma vari´avel zi,t,p. Esta

vari´avel, em tudo semelhante `a primeira, xi,t, tem a particularidade de facultar informa¸c˜ao

sobre o posicionamento temporal relativo de cada subrotina, com o ´ındice p referente `a posi¸c˜ao temporal relativa de cada subrotina. Ou seja, considerando uma subrotina i com uma dura¸c˜ao duri, ter-se-´a duri vari´aveis respeitantes `a subrotina i nos seus sucessivos

espa¸cos temporais. Este conceito ´e exemplicado com a figura 3.10.

↓3

subrotina 4 x x x x x

dur4

Figura 3.10. Representa¸c˜ao gr´afica da vari´avel posicionamento s com z4,3,1= 1, z4,4,2= 1, z4,5,3= 1,

z4,6,4= 1, z4,7,5= 1, z4,8,6= 0 edur4= 5.

Tal como ´e exibido na figura 3.10, a vari´avel z d´a informa¸c˜ao sobre o estado da sub- rotina. Com uma ´unica vari´avel ´e poss´ıvel saber o que j´a foi executado, uma vez que a vari´avel reporta um estado referente a um instante temporal e a sua respectiva posi¸c˜ao dentro da subrotina.

Obt´em-se, assim, o modelo da vari´avel de posicionamento, onde a vari´avel de posi- cionamento ´e denotada por zi,t,p, com i sendo a subrotina em an´alise, t o instante tem-

poral em que ´e executada e p a posi¸c˜ao relativa dentro da pr´opria subrotina. Neste caso, tamb´em as vari´aveis de posicionamento s˜ao concretizadas recorrendo a um vector de vari´aveis bin´arias, zi,t,p= {0, 1}.

zi,t,p=     

1, se a subrotina i est´a a ser executada no instante t, na posi¸c˜ao relativa p

Este modelo tem a particularidade de limitar, desde logo, as vari´aveis em que o instante temporal seja inferior `a posi¸c˜ao relativa da execu¸c˜ao da subrotina, ou seja, n˜ao ´e poss´ıvel a execu¸c˜ao no instante temporal 3 da posi¸c˜ao relativa 6 de uma determinada subrotina. Neste modelo a vari´avel de decis˜ao zi,t,p fornece mais informa¸c˜ao que as restantes, sendo

uma das vantagens perante os restantes modelos, existindo uma minimiza¸c˜ao das vari´aveis sujeitas `a optimiza¸c˜ao do modelo.

`

A imagem do que sucede no modelo da vari´avel natural, s˜ao necess´ariasduriparcelas para

concretizar uma subrotina, assim a fun¸c˜ao objectivo (3.13) ´e minimizada considerando todas as primeiras subrotinas de todas as tarefas, em todo o espa¸co temporal, limitada porduri posi¸c˜oes relativas.

M in f : f = X i∈S(1) duri X p=1 T−duri+p X t=p t∗ zi,t,p (3.13)

Tal como sucede no modelo da vari´avel natural, tenciona-se minimizar os tempos de exe- cu¸c˜ao das ac¸c˜oes de manuten¸c˜ao, considerando, para isso, todos os primeiros instantes das subrotinas de cada tarefa que est´a a ser executada.

Um dos requisitos estabelecidos inicialmente garante que uma tarefa n˜ao ´e interrom- pida assim que esta ´e iniciada. Como tal, ´e necess´ario afian¸car que n˜ao existem, nem interrup¸c˜oes na execu¸c˜ao das subrotinas, nem interrup¸c˜oes entre essas mesmas subrotinas. Da primeira condi¸c˜ao surge a non-preemption, condi¸c˜ao aplicada `a execu¸c˜ao da subrotina e consubstanciada pelo conjunto de restri¸c˜oes (3.14).

zi,t,p= zi,t+1,p+1, ∀ i ∈ S, p ∈ {1, . . . ,duri− 1}, t ∈ {p . . . T −duri+ p} (3.14)

Este conjunto de restri¸c˜oes, e tal como ´e exibido na figura (3.11), permite que, assim que existir a vari´avel zi,t,p toma o valor 1, todas as restantes vari´aveis tomam o mesmo valor

num intervalo de tempo compreendido entre t + 1 e t +duri− 1. Desta forma, enaltece-se

uma das caracter´ısticas desta vari´avel de posicionamento, a existˆencia de informa¸c˜ao sobre o estado de execu¸c˜ao da ac¸c˜ao de manuten¸c˜ao. ´E esta particularidade que fortalece esta vari´avel de decis˜ao perante as restantes, nomeadamente perante a vari´avel de decis˜ao xi,t.

Deste modo, este conjunto de restri¸c˜oes garante que,

3.3 - MODELAC¸ ˜AO DA VARI ´AVEL POSICIONAMENTO

t ↑p+1 T

i x x x x x duri− 1

Figura 3.11. Representa¸c˜ao gr´afica da non-preemption em cada subrotina.

Trata-se de um conjunto de restri¸c˜oes que relaciona duas vari´aveis em instantes temporais sucessivos, limitados pela dura¸c˜ao da subrotina.

Da segunda condi¸c˜ao, surge a precedˆencia em continuidade de subrotinas de uma mesma tarefa. Mais uma vez o conjunto de restri¸c˜oes inerentes a esta condi¸c˜ao ´e bastante simples, basta garantir que uma subrotina i + 1, tem in´ıcio no instante imediatamente seguinte ao instante final da subrotina i, com a condi¸c˜ao que ambas as subrotinas pertencem `a mesma tarefa. ´E assim definido, um subconjunto S′, de modo que S= {∀ i ∈ {1, . . . ,NSub− 1} : Tarefai =Tarefai+1}. Deste modo, o conjunto de restri¸c˜oes (3.15), garante a necessidade

da subrotina i iniciar no instante seguinte `a conclus˜ao da subrotina i − 1. zi,t,1= zi−1,t−1,duri−1, ∀ i ∈ S

, t∈ T (3.15)

A figura (3.12) representa de forma clarividente, a ideia subjacente do conjunto de restri- ¸c˜oes (3.15). x x x x x x x subrotinai subrotinai −1 ↑ t p=1 duri−1

Figura 3.12. Representa¸c˜ao gr´afica da precedˆencia em continuidade entre subrotinas da mesma tarefa comduri−1= 3 eduri= 4.

Trata-se, mais uma vez, de um conjunto de restri¸c˜oes relativamente simples de liga¸c˜ao entre instantes temporais distintos de duas subrotinas pertencentes `a mesma tarefa, sendo a precedˆencia em continuidade garantida pelas vari´aveis correspondentes aos instantes re-

lativos `a ´ultima posi¸c˜ao temporal da subrotina i − 1 e `a primeira da subrotina i.

Sendo necess´ario garantir a unicidade da subrotina, ´e necess´ario definir um conjunto de restri¸c˜oes que concretize este requisito.

T−duri+p

X

t=p

zi,t,p= 1, ∀ i ∈ S, p ∈ {1 . . .duri} (3.16)

Dada a caracter´ıstica da vari´avel zi,t,po conjunto de restri¸c˜oes (3.16) garante que em cada

posi¸c˜ao p a subrotina ´e executada uma ´unica vez. Assim, ´e garantida a admissibilidade desta restri¸c˜ao, uma vez que n˜ao ´e permitida a ocorrˆencia de mais do que um posi¸c˜ao p em cada instante temporal. Assim, tem-se

T−duri+p X t=p zi,t,p= 0 + 0 + 1 + . . . + 0 + 0 | {z } T−duri+ p − p + 1 parcelas = 1, ∀ i ∈ S, p ∈ {1 . . .duri}

Este conjunto de restri¸c˜oes conjugado com o conjunto de restri¸c˜oes (3.14), referente `a non-preemption, garante que as vari´aveis de decis˜ao valorizadas s˜ao consecutivas e num total deduri parcelas. Desta forma, ´e cumulativamente garantida a unicidade de execu¸c˜ao

de uma subrotina num determinado instante temporal e a sua execu¸c˜ao na totalidade. Tal como j´a foi referido no cap´ıtulo 2, o grande esfor¸co computacional surge com a inclus˜ao de conjuntos de restri¸c˜oes respeitantes aos recursos limitados. Tal como sucedeu para os modelos da vari´avel natural e da vari´avel in´ıcio, ao conjunto de restri¸c˜oes (3.17) ´e solicitado a gest˜ao de duas matrizes referentes aos recursos a utilizar para cada subrotina,

rrj,i, e aos recursos dispon´ıveis,Recj.

X

i∈S

min(t,duri)

X

p=max(1,t−T +duri)

zi,t,p∗ rrj,i≤ Recj, ∀ t ∈ T , j ∈ J (3.17)

Tal como sucede com os restantes modelos existe um determinado n´umero de tarefas incompat´ıveis, que necessitam de um conjunto de restri¸c˜oes capaz de afian¸car os requisitos estabelecidos no cap´ıtulo 2. `A semelhan¸ca da condi¸c˜ao imposta no modelo da vari´avel natural e da vari´avel in´ıcio, neste modelo tamb´em ´e imperativo verificar a condi¸c˜ao do tipo, I(Tarefai1,Tarefai2) = 1, comTarefai1 6=Tarefai2, ou seja, subrotinas que perten¸cam

3.3 - MODELAC¸ ˜AO DA VARI ´AVEL POSICIONAMENTO

ao subconjunto S′′= {∀ i

1, i2 ∈ S :Tarefai1 6=Tarefai2∧ I(Tarefai1,Tarefai2) = 1}.

min(t,duri1) X p1=max(1,t−T +duri1) zi1,t,p1+ min(t,duri2) X p2=max(1,t−T +duri2) zi2,t,p2 ≤ 1, ∀ i1, i2 ∈ S ′′, t ∈ T (3.18) O conjunto de restri¸c˜oes (3.18) garante a inexistˆencia de tarefas incompat´ıveis nos mes- mos instantes temporais, visto caso seja a tarefa associada `a subrotina i2a que est´a a ser

realizada, ent˜ao tem-se

min(t,duri2) X p2=max(1,t−T +duri2) zi2,t,p2≤ 1 ⇒ min(t,duri1) X p1=max(1,t−T +duri1) zi1,t,p1 = 0

O mesmo sucede quando se invertem as tarefas, passando a ser a tarefa associada `a sub- rotina i1 a que est´a a ser executada.

x x x x x x x x x Tarefai1 Tarefai2

Seguindo a estrutura apresentada nas sec¸c˜oes anteriores, pretende-se, neste caso, re- sumir a modela¸c˜ao da vari´avel posicionamento.

M in f = X i∈S(1) duri X p=1 T−duri+p X t=p t∗ zi,t,p s.a.

zi,t,p= zi,t+1,p+1, ∀ i ∈ S, p ∈ {1 . . .duri− 1}, t ∈ {p . . . T −duri+ p}

zi,t,1= zi−1,t−1,duri−1, ∀ i ∈ S

, t∈ T T−duri+p X t=p zi,t,p= 1, ∀ i ∈ S, p ∈ {1 . . .duri} X i∈S min(t,duri) X p=max(1,t−T +duri)

zi,t,p∗ rrj,i≤ Recj, ∀ t ∈ T , j ∈ J

min(t,duri1) X p1=max(1,t−T +duri1) zi1,t,p1+ min(t,duri2) X p2=max(1,t−T +duri2) zi2,t,p2 ≤ 1, ∀ i1, i2 ∈ S ′′, t ∈ T zi,t,p ∈ {0, 1}, ∀ i ∈ S, t ∈ T , p ∈ {1 . . .duri}

Cap´ıtulo 4

Compara¸c˜oes entre Modelos

Tendo em considera¸c˜ao os resultados obtidos, surge o interesse em analisar, comparar e compreender as especificidades dos modelos em quest˜ao. Os resultados constantes da tabela 4.1 s˜ao um exemplo claro do que, em regra, sucede nas restantes instˆancias ana- lisadas e que constam na tabela 5.1. Ao observar os valores ´optimos da relaxa¸c˜ao linear de cada modelo, constata-se que os valores associados aos modelos da vari´avel in´ıcio e da vari´avel posicionamento s˜ao iguais. J´a os valores ´optimos da relaxa¸c˜ao linear do modelo da vari´avel natural situa-se abaixo dos anteriores. Este facto induz uma melhor caracteriza- ¸c˜ao poli´edrica por parte dos modelos das vari´aveis in´ıcio e posicionamento. Por outro lado, a obten¸c˜ao de valores da relaxa¸c˜ao linear mais elevados, permite, em teoria, melhorias nos tempos computacionais para obten¸c˜ao do valor ´optimo do problema.

Tal constata¸c˜ao, evidencia que a regi˜ao admiss´ıvel, quer do modelo da vari´avel in´ıcio, quer

Nr. Nr. Valor Tempo Gap L.P. Valor Tempo T Modelo Vari´aveis Restri¸c˜oes R.L. R.L.(s) (%) Optima´ (s)

x 1046 3270 44,815 0,3 73,79 171 214,11 40 s 1103 1618 100,986 0,1 40,94 171 0,08

z 1634 3309 100,986 0,1 40,94 171 0,16 Tabela 4.1. Resultados dos modelos com a instˆancia I − 8 − 30 − 4.

do modelo da vari´avel posicionamento, poder´a oferecer uma melhor descri¸c˜ao poli´edrica do problema. Esta informa¸c˜ao permite introduzir melhorias no modelo original, de modo a aproximar o conjunto das solu¸c˜oes admiss´ıveis da relaxa¸c˜ao linear do respectivo modelo ao pol´ıtopo associado ao problema.

Posto isto, pode-se afirmar que a an´alise e compara¸c˜ao dos modelos s˜ao um aspecto impor- tante para a sua aprecia¸c˜ao qualitativa, sobretudo quando os espa¸cos onde se encontram definidas as regi˜oes de solu¸c˜oes admiss´ıveis dos dois modelos sujeitos a compara¸c˜ao s˜ao distintos.

O processo de compara¸c˜oes entre os modelos depende das respectivas caracter´ısticas. Deste modo, surgem duas situa¸c˜oes distintas. Numa primeira an´alise, constata-se que os mode- los das vari´aveis in´ıcio e posicionamento s˜ao equivalentes∗. Assim, pretende-se demonstrar

que as regi˜oes admiss´ıveis de ambos os modelos coincidem, reduzindo as vari´aveis zi,t,p a

zi,t,1, e posteriormente provando que a formula¸c˜ao matem´atica do modelo da vari´avel in´ıcio

´e igual `a do modelo da vari´avel posicionamento reduzida.

Seguidamente, tal como j´a tinha sido observado, estes modelos tˆem uma descri¸c˜ao poli´edrica melhor do que o modelo da vari´avel natural. Uma vez que se demonstra, que os modelos das vari´aveis in´ıcio e posicionamento s˜ao equivalentes, ´e efectuada a compara¸c˜ao, somente, entre o modelo da vari´avel natural com o modelo da vari´avel in´ıcio†. Deste modo, a dis-

tin¸c˜ao dos espa¸cos leva a que a t´ecnica aqui utilizada, tenha como objectivo criar um espa¸co composto, proveniente do produto cartesiano dos dois espa¸cos em an´alise. Este espa¸co composto ´e, ent˜ao, um plano interm´edio entre os espa¸cos das vari´aveis natural e in´ıcio. Ou seja, na realidade, pretende-se comparar o modelo da vari´avel in´ıcio com o mo- delo da vari´avel natural e respectivos valores ´optimos, recorrendo a um espa¸co composto. Em teoria esta compara¸c˜ao dos modelos permite induzir no modelo original informa¸c˜ao que melhore o seu desempenho, nomeadamente na obten¸c˜ao de valores da relaxa¸c˜ao linear mais elevados. Contudo, a dedu¸c˜ao desta informa¸c˜ao n˜ao ´e f´acil, uma vez que ´e necess´ario identificar desigualdades v´alidas que permitam a diminui¸c˜ao da regi˜ao das solu¸c˜oes ad- miss´ıveis. Na sec¸c˜ao 4.2, ´e demonstrado que existe um conjunto de solu¸c˜oes admiss´ıveis no espa¸co da vari´avel original que conduz aos tais valores da relaxa¸c˜ao linear mais ele- vados, no entanto, dada a complexidade da sua obten¸c˜ao e o ˆambito deste trabalho, tais desigualdades n˜ao s˜ao obtidas.

Entende-se como modelos equivalentes, os modelos cujo valor ´optimo da relaxa¸c˜ao linear sejam iguais.Optou-se por utilizar o modelo da vari´avel in´ıcio para a compara¸c˜ao com o modelo da vari´avel natural,

4.1 - MODELOS DESAGREGADOS

4.1 - Modelos Desagregados

Na introdu¸c˜ao deste cap´ıtulo, constatou-se que os valores das relaxa¸c˜oes lineares dos modelos das vari´aveis in´ıcio e posicionamento s˜ao iguais. Este facto leva a considerar que as regi˜oes das solu¸c˜oes admiss´ıveis das relaxa¸c˜oes lineares de ambos os modelos s˜ao equi- valentes.

Observe-se os resultados constantes nas tabelas 4.2 e 4.3. Cada tabela corresponde aos valores obtidos pelos dois modelos em an´alise, tendo como base duas instˆancias distintas. Comparando os tempos computacionais obtidos com os dois modelos, constata-se que no primeiro caso, o tempo computacional consumido pelo modelo da vari´avel posicionamento ´e menor do que o consumido pelo modelo da vari´avel in´ıcio. Contudo, constata-se o oposto na tabela 4.3.

Estes dois exemplos s˜ao uma imagem do que sucede com as restantes instˆancias testadas.

Nr. Nr. Valor Tempo Gap L.P. Valor Tempo Modelo Vari´aveis Restri¸c˜oes R.L. R.L.(s) (%) Optima´ (s)

s 3003 11453 330,498 1,6 41,71 567 3,92 z 7158 18228 330,498 1,8 41,71 567 5,67 Tabela 4.2. Resultados dos modelos in´ıcio e posicionamento com a instˆancia I − 12 − 40 − 7, com T= 80.

Ou seja, n˜ao tendo sido identificadas quaisquer correla¸c˜oes entre esta constata¸c˜ao e as caracter´ısticas das instˆancias, por vezes com o modelo da vari´avel in´ıcio obtˆem-se valores ´optimos com menor consumo computacional do que os obtidos pelo modelo da vari´avel posicionamento, e vice-versa.

Nr. Nr. Valor Tempo Gap L.P. Valor Tempo Modelo Vari´aveis Restri¸c˜oes R.L. R.L.(s) (%) Optima´ (s)

s 4669 16789 257,149 2,4 45,05 468 2016,92 z 8798 24951 257,149 2,0 45,05 468 586,14 Tabela 4.3. Resultados dos modelos in´ıcio e posicionamento com a instˆancia I − 10 − 55 − 8, com T= 90.

Na realidade, e sabendo que as modela¸c˜oes desagregadas assentam em conceitos dife- rentes, ´e poss´ıvel estabelecer um paralelismo forte entre ambos os modelos, sendo poss´ıvel obter a mesma informa¸c˜ao, recorrendo, quer a um, quer a outro.

demonstrar que a regi˜ao das solu¸c˜oes admiss´ıveis do modelo da vari´avel in´ıcio ´e equiva- lente `a regi˜ao das solu¸c˜oes admiss´ıveis do modelo da vari´avel posicionamento, tal como ´e exemplificado na figura 4.1.

A estrat´egia adoptada para esta demonstra¸c˜ao assenta na prova de que os conjuntos de restri¸c˜oes hom´ologos de ambos os modelos s˜ao equivalentes. Dada a natureza dos mode- los, constata-se que estes est˜ao definidos em espa¸cos distintos, logo, ´e necess´ario garantir a coerˆencia entre as vari´aveis in´ıcio e posicionamento.

Considere-se uma subrotina i que ´e iniciada no instante temporal t (i.e., si,t = 1). No

modelo da vari´avel posicionamento esse mesmo instante t, corresponde `a primeira posi¸c˜ao de execu¸c˜ao, logo p = 1. Deste modo, tem-se

si,t = zi,t,1, ∀ i ∈ S, t ∈ T (4.1)

Assim, a coerˆencia entre as vari´aveis ´e assegurada por este conjunto de restri¸c˜oes, per- mitindo a verifica¸c˜ao das condi¸c˜oes necess´arias para provar a similitude das regi˜oes poli´e- dricas.

Conjunto das solu¸c˜oes admiss´ıveis

do modelo z

Conjunto das solu¸c˜oes admiss´ıveis do modelo s

si,t= zi,t,1

Figura 4.1. Equivalˆencia entre as regi˜oes das solu¸c˜oes admiss´ıveis de ambos os modelos.

Para as demonstra¸c˜oes das teses que se seguem, s˜ao utilizados sempre dois princ´ıpios fundamentais para a sustenta¸c˜ao da equivalˆencia entre regi˜oes. O primeiro princ´ıpio as- senta nas restri¸c˜oes de liga¸c˜ao que permitem a convers˜ao de uma vari´avel de um espa¸co para o outro e vice-versa. O segundo princ´ıpio adv´em do primeiro. Uma vez que, a restri- ¸c˜ao de liga¸c˜ao correlaciona a vari´avel si,tcom a vari´avel zi,t,1, importa expressar o modelo

da vari´avel posicionamento nessa vari´avel. Para tal, ´e necess´ario reduzir a vari´avel zi,t,p `a

4.1 - MODELOS DESAGREGADOS

zi,t,1= zi,t+1,2= zi,t+2,3= . . . = zi,t+p−2,p−1= zi,t+p−1,p⇒

⇒ zi,t,p= zi,t−p+1,1, ∀ i ∈ S, p ∈ {1, . . . ,duri− 1}, t ∈ {p, . . . , T −duri+ p} (4.2)

Identificados os princ´ıpios, s˜ao agora efectuadas as demonstra¸c˜oes necess´arias para deter- minar a equivalˆencia entre os modelos desagregados. A demonstra¸c˜ao 4.1 pretende provar que os conjuntos de restri¸c˜oes que garantem, em ambos os modelos, a unicidade da sub- rotina s˜ao equivalentes.  Demonstracao 4.1 Demonstrar que T−duri+1 X t=1 si,t = T−duri+p X t=p zi,t,p. Hipotese : T−duri+p X t=p zi,t,p= 1, ∀ i ∈ S, p ∈ {1 . . . duri} Tese : T−duri+1 X t=1 si,t= 1, ∀ i ∈ S Prova :

Observe-se a seguinte transforma¸c˜ao do parˆametro t em t′. Sabendo que,

p≤ t ≤ T − duri+ p ⇔ ⇔ 0 ≤ t − p ≤ T − duri⇔ ⇔ 1 ≤ t − p + 1 | {z } t′ ≤ T − duri+ 1, ∀ i ∈ S, t ∈ T , p ∈ {1 . . . duri} (4.3)

Deste modo, tem-se, T−duri+p X t=p zi,t,p (3.14) ↓ = T−duri+p X t=p zi,t−p+1,1 (4.3) ↓ = T−duri+1 X t′=1 zi,t′,1 (4.1) ↓ = T−duri+1 X t′=1 si,t′ (3.9) ↓ = 1, ∀ i ∈ S 

A demonstra¸c˜ao 4.2, por sua vez ´e dedicada `a precedˆencia em continuidade. Mais uma vez, pretende-se provar a equivalˆencia entre os conjuntos de restri¸c˜oes, dos modelos desagregados, referentes `a precedˆencia em continuidade.



Demonstracao 4.2

Demonstrar que zi+1,t,1− zi,t−1,duri = si+1,t− si,t−duri.

Hipotese :

zi,t,1= zi−1,t−1,dur

i−1,∀ i ∈ S

, t∈ T

Tese :

si+1,t= si,t−duri,∀ i ∈ S

4.1 - MODELOS DESAGREGADOS

Prova :

zi,t,1= zi−1,t−1,dur

i−1 (3.15)

⇔ zi+1,t,1= zi,t−1,duri

(3.14)

⇔ zi+1,t,1= zi,t−duri,1

(4.1)

si+1,t= si,t−duri, ∀ i ∈ S′, t ∈ {duri+ 1, . . . , T − duri+1+ 1}



A demonstra¸c˜ao 4.3, compara os conjuntos de restri¸c˜oes respeitantes `a gest˜ao dos re- cursos necess´arios para a prossecu¸c˜ao das subrotinas, de modo a validar a equivalˆencia destes conjuntos.  Demonstracao 4.3 Demonstrar que X i∈S min(t,duri) X p=max(1,t−T +duri) zi,t,p= X i∈S min(t,T −duri+1) X l=max(1,t−duri+1) si,l. Hipotese : X i∈S min(t,duri) X p=max(1,t−T +duri)

zi,t,p∗ rrj,i≤ Recj, ∀ t ∈ T , j ∈ J

Tese : X i∈S min(t,T −duri+1) X l=max(1,t−duri+1)

Prova :

Observe-se agora a transforma¸c˜ao do parˆametro p em p′. Sabendo que,

max(1, t − T + duri) ≤ p ≤ min(t,duri) ⇔

⇔ −min(t, duri) ≤ −p ≤ −max(1, t − T + duri) ⇔

⇔ 1 − min(t, duri) ≤ 1 − p ≤ 1 − max(1, t − T + duri) ⇔

⇔ t − min(t, duri) + 1 ≤ t − p + 1 ≤ t−max(1, t − T + duri) + 1

⇔ t + max(−t, −duri) + 1 ≤ t − p + 1 ≤ t+min(−1, −t + T − duri) + 1

⇔ max(1, t − duri+ 1) ≤ t − p + 1

| {z }

p′

≤min(t, T − duri+ 1) (4.4)

Desta forma, tem-se X i∈S min(t,duri) X p=max(1,t−T +duri) zi,t,p∗ rrj,i (3.14) ↓ = X i∈S min(t,duri) X p=max(1,t−T +duri) zi,t−p+1,1∗ rrj,i (4.4) ↓ = X i∈S min(t,T −duri+1) X p′=max(1,t−duri+1) zi,p′,1∗ rrj,i (4.1) ↓ = X i∈S min(t,T −duri+1) X p′=max(1,t−duri+1) si,p′∗ rrj,i (3.11) ↓ ≤ Recj 

Na demonstra¸c˜ao 4.4, pretende-se provar a equivalˆencia entre os conjuntos de restri¸c˜oes referentes `as incompatibilidades de ambos os modelos.



Demonstracao 4.4

Sabendo que, no primeiro membro das restri¸c˜oes referentes `a incompatibilidade entre tarefas, ambos os termos reflectem o mesmo conceito, de forma a tornar a prova mais leve, considere-se, a seguinte igualdade ∀ i ∈ S′′

min(t,duri) X p=max(1,t−T +duri) zi,t,p= min(t,T −duri+1) X l=max(1,t−duri+1) si,l.

4.1 - MODELOS DESAGREGADOS Hipotese : min(t,duri1) X p1=max(1,t−T +duri1) zi1,t,p1+ min(t,duri2) X p2=max(1,t−T +duri2) zi2,t,p2 ≤ 1, ∀ i1, i2 ∈ S ′′ , t ∈ T Tese : min(t,T −duri1+1) X l=max(1,t−duri1+1) si1,l+ min(t,T −duri2+1) X l=max(1,t−duri2+1) si2,l≤ 1, ∀ i1, i2 ∈ S′′, t ∈ T Prova : min(t,duri) X p=max(1,t−T +duri) zi,t,p (3.14) ↓ = min(t,duri) X p=max(1,t−T +duri) zi,t−p+1,1 (4.4) ↓ = min(t,duri) X p′=max(1,t−duri+1) zi,p′,1 (4.1) ↓ = min(t,duri X p′=max(1,t−duri+1) si,p′

Deste modo, provada a demonstra¸c˜ao, verifica-se que, sendo

min(t,duri1) X p1=max(1,t−T +duri1) zi1,t,p1+ min(t,duri2) X p2=max(1,t−T +duri2) zi2,t,p2 ≤ 1 ⇒ min(t,T −duri1+1) X l=max(1,t−duri1+1) si1,l+ min(t,T −duri2+1) X l=max(1,t−duri2+1) si2,l≤ 1, ∀ i1, i2 ∈ S′′, t∈ T 

Provadas as demonstra¸c˜oes 4.1, 4.2, 4.3 e 4.4, consubstanciadas nos resultados com- putacionais obtidos, comprova-se a equivalˆencia entre os modelos desagregados. Deste modo, consegue-se representar a mesma solu¸c˜ao, recorrendo, quer a uma vari´avel, quer a outra. Tanto assim ´e que, observe-se ambos os modelos e, em particular, a vari´avel zi,t+3,4,

em particular destaca o instante temporal t + 3. x x x x x x subrotina i ↑ t x subrotina i

modelo vari´avel posicionamento modelo vari´avel in´ıcio

t

Figura 4.2. Representa¸c˜ao gr´afica da subrotina i comduri = 6, no modelo da vari´avel in´ıcio e no

modelo da vari´avel posicionamento.

No caso do modelo da vari´avel posicionamento, tem-se zi,t+3,4 = 1. Tal como foi

demonstrado anteriormente, zi,t+3,4= zi,t+1,1= 1 e zi,t+1,1= si,t, logo consegue-se asso-

ciar esta vari´avel posicionamento `a vari´avel in´ıcio, tal que si,t= 1.

Assim, a vantagem em continuar com os dois modelos ´e sustentada nos resultados computa- cionais obtidos. Verifica-se que n˜ao existe uma tendˆencia nos tempos computacionais con- sumidos por cada modelo. Ou seja, no universo das instˆancias testadas, existem instˆancias onde o modelo da vari´avel in´ıcio consome menos tempo computacional, comparativamente com o modelo da vari´avel posicionamento, e vice-versa.

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