• Nenhum resultado encontrado

Modelo de Usuário – MORIC

No documento Redes sociais temáticas inclusivas (páginas 128-134)

5 IMPLEMENTAÇÃO DO MODELO

5.1 A INTEGRAÇÃO DO MORIC À REDE ELGG

5.1.2 Modelo de Usuário – MORIC

Na proposta do Modelo para a Mediação em uma Rede Inclusiva e Colaborativa (MORIC), o Modelo de Munich foi utilizado como referência na adequação da rede Elgg. O Modelo de Usuário, um dos diagramas pertencentes ao Modelo de Munich, tornou-se responsável por armazenar o perfil de um usuário na rede. Assim, ele previu o armazenamento de informações relevantes sobre estes usuários como: características, preferências, habilidades e conhecimento. Além destes, esse Modelo trouxe a definição de um conjunto de dados, que foram responsáveis por informar ao sistema o nível de colaboração realizado por um determinado usuário e de que forma a rede poderia se adaptar, atuar na mediação de atividades e ofertar recursos alternativos aos diferentes perfis da rede.

No processo de cadastro inicial, ou seja, da inicialização do perfil de cada pessoa na rede, observa-se, na Figura 18, os caminhos diferentes percorridos pelos três grupos de pessoas pré-definidos: PcD visual, PcD auditiva e pessoa sem deficiência.

Figura 18 - Cadastro inicial na RST

Fonte: Elaboração do autor.

Portanto, cada perfil possui um conjunto específico de atributos que o define com um nível de detalhes definido pelo projetista da rede. Com isso, definiram-se o mínimo de campos necessários para o registro inicial de cada integrante da rede: nome de exibição, e-mail, nome de usuário, senha e perfil (sem deficiência, PcD visual ou PcD auditiva). No primeiro acesso, as pessoas na rede são direcionadas (técnica adaptativa – condução direta) ao preenchimento de mais informações do seu perfil, para que o sistema torne-se apto a aplicar as técnicas adaptativas.

Os demais campos de preenchimento do perfil do usuário em rede se referem, portanto, aos dados necessários para que o sistema ofereça regras adaptativas e propicie ao usuário conteúdos alternativos e um ambiente mais personalizado às suas características, além de tornar possível uma investigação das atividades colaborativas realizadas. Sendo assim, na Figura 19, verificam-se os demais atributos para cada perfil definido. É importante lembrar que os diagramas apresentam características genéricas para facilitar a compreensão da dinâmica do sistema como um todo.

Figura 19 - Atributos iniciais do Perfil de Usuário

Fonte: Elaboração do autor.

Na Figura 19, a classe „Usuário‟ possui os atributos iniciais necessários para um primeiro cadastro de acesso à RST. A classe „Usuário Rede‟ tem os atributos da classe „Usuário‟ e mais os seus próprios, que complementam o cadastro inicial. Assim, essa classe adiciona os atributos „nome‟ e „sobrenome‟, o atributo „conheceWcag‟ (verifica se o usuário possui conhecimento prévio sobre as diretrizes de acessibilidade), o atributo „nivel‟ (que classifica o usuário com relação a sua qualidade de acesso) e o atributo „indice_cop‟ (que define uma pontuação referente às interações do usuário na rede e o seu desempenho em atividades colaborativas).

A classe da pessoa com deficiência visual possui dois níveis de enquadramento: cega ou baixa visão. É nesse perfil que o ambiente necessita de uma maior atenção, no sentido de verificar se o acesso ao conteúdo e ao processo de navegação está ocorrendo normalmente. Portanto, a pessoa declarada como sendo do „Perfil Def. Visual‟ herda

os atributos de „Usuário‟ e „Usuário Rede‟, referenciados pelo atributo „id‟. Esse perfil possui os atributos:

- „qualTA‟, que identifica a tecnologia assistiva utilizada pelas PcD visuais.

- „tempoUsoTA‟, que define o período de uso da TA.

- „tipoMidia‟, que procura identificar o tipo de mídia mais interessante para esse perfil (texto, áudio, vídeo, etc.).

A classe „Perfil Def. Auditivo‟, também, herda os atributos de „Usuário‟ e „Usuário Rede‟, referenciados pelo atributo „id‟. A pessoa na rede identificada com sendo desse perfil necessita da oferta de objetos de aprendizagem alternativos, pois ela pode optar por um conteúdo em Libras somente ou aceitar normalmente um conteúdo mais textual. Com isso, esse perfil possui os seguintes atributos:

- „oralizado‟, que identifica se as PcD auditivas são fluentes no uso da língua portuguesa.

- „tempoExperLibras‟, que define o período de fluência em Libras.

- „dificuldadePortug‟, que procura qualificar o nível de dificuldade no uso da língua portuguesa.

- „qualTA‟, que identifica a tecnologia assistiva utilizada pelas PcD auditivas.

Para gerenciar os campos de cadastro para cada perfil, foi utilizado o plugin para o Elgg denominado de „Profile Manager‟, que define tipos de perfil e suas respectivas categorias, onde, para cada uma, por exemplo, a categoria visual (PcD Visual) são definidos os campos direcionados para esse perfil em questão. Esse plugin oferece ao Modelo proposto as características necessárias para a definição do perfil (Modelo de Usuário), além de oferecer funções adaptáveis ao próprio questionário do perfil, que pode ser escolhido pelo próprio usuário da rede, durante o seu cadastro inicial ou posteriormente. Na Figura 20, aparece a tela de configuração do plugin onde é possível ver o conjunto de campos definidos especificamente para o perfil PcD auditiva.

Figura 20 - Tela com os campos de perfil das PcD auditiva

Fonte: Elgg (2013).

Vale ressaltar que os campos de cada perfil definido são muito importantes para a configuração da rede. O cadastro inicial como membro da rede e, posteriormente, a atualização do seu perfil fornecem variáveis de entrada essenciais ao sistema para que o mesmo possa saber mais sobre o perfil de seus usuários, tais como: preferências, peculiaridades, objetivos e pontecialidades. A partir do cadastro do perfil, na Figura 21, observam-se apenas dois campos que o usuário da rede deve preencher (login e senha). Depois disso, cada integrante da rede é redirecionado para o seu espaço adaptado, onde constam informações pré-definidas para o seu perfil.

Figura 21 - Área de Login do Elgg

A plataforma Elgg fornece como opção ao usuário a inclusão de novos dispositivos à sua página conforme suas preferências. No entanto, na intenção de oferecer uma mediação do ambiente em favor do perfil do usuário, no primeiro widget – Conteúdo de Aprendizado, existe a oferta de recursos conforme recomendações do WCAG e das regras adaptativas propostas pelo Modelo MORIC, que serão vistas a seguir. Com isso, conforme o perfil, é oferecido ao integrante da rede um conteúdo de aprendizagem diferenciado, que no caso do MORIC são três tipos: Narrativa Visual (PcD Auditiva), Narrativa Textual (PcD Visual) e Narrativa Livre (Pessoa sem deficiência). Isso não impede que no caso do perfil das PcD Visual não sejam inseridos conteúdos gráficos, mas que esses sejam sempre acompanhados de uma descrição textual que possa ser lida pelo dispositivo de leitura de tela. Já no segundo widget, é disponibilizado ao integrante de rede um link para a comunidade „Geometria Descritiva‟, espaço onde serão apresentados recursos para serem utilizados por todas as pessoas da rede. É nesse local que os usuários poderão visualizar as participações dos outros integrantes da rede e desempenhar atividades nos moldes de uma comunidade de prática.

Observa-se, portanto, como exemplo, na Figura 22, a área de perfil do usuário que se enquadra como sendo uma pessoa com deficiência visual. Nota-se que ele pode „Editar perfil‟, adicionando mais informações para a atualização do seu Modelo de Usuário, ao preencher o conjunto específico de seus atributos. À direita da Figura 22, existem duas caixas de diálogo, que no caso do Elgg são denominadas de widgets.

Figura 22 - Área de Perfil Inicial do Usuário

Fonte: Elgg (2013).

Apenas o administrador pode configurar ferramentas adicionais nessa área do perfil, como novos plugins. Os campos do questionário do perfil são gerenciados pelo perfil administrador do Elgg e direcionados para cada perfil selecionado, o que não o impede de adicionar posteriormente novos campos conforme o seu interesse. A seguir, são apresentados os Modelos Conceitual e de Navegação.

No documento Redes sociais temáticas inclusivas (páginas 128-134)