• Nenhum resultado encontrado

CAPÍTULO I Revisão da literatura

MODELOS PROCESSUAIS O’bed (1975,

citado por Torres, 1998)

1ª etapa: Avaliar os jovens com base numa bateria de testes morfológicos, fisiológicos, psicológicos e de performance. 2ª etapa: Corrigir os resultados com um índice de

desenvolvimento que tenha em conta a idade biológica do jovem.

3ª etapa:Verificar a resposta do jovem num período curto de treino.

4ª etapa: Avaliar a história familiar quanto à altura, prática desportiva, etc.

5ª etapa: Utilizar um modelo de análise de regressão múltipla para fazer predições, utilizando os dados resultantes das quatro primeiras etapas.

Gimbel (1976) 1ª etapa: Identificar os fatores determinantes da performance entre as variáveis morfológicas, físicas e psicológicas para o maior número possível de desportos.

2ª etapa: Realizar um teste de admissão aos jovens nas escolas, de acordo com os seus resultados e os dados disponíveis da etapa anterior. Orientá-los para um programa de treino no desportos onde eles se enquadram melhor.

3ª etapa: Durante os 12 a 24 meses de duração do programa de treino, deve-se administrar regularmente testes de controlo para seguir a evolução individual dos jovens. Os abandonos que se possam verificar são entendidos como parte do processo de seleção natural perante as exigências psicológicas do treino.

4ª etapa: No final do programa de instrução realiza-se um prognóstico sobre as probabilidades do jovem atleta alcançar um elevado nível de performance na sua modalidade. Baseado no resultado prognóstico o atleta deve ser encaminhado para o programa de treino intensivo no seu clube.

Jones &

Watson (1977, citado por Blanco, 2004)

1ª etapa: Determinar a performance prevista.

2ª etapa: Eleger as medidas que representam essa performance. 3ª etapa: Eleger preditores da performance e avaliá-los.

Modelo de Harre (1978, citado por Harre, 1982)

Baseia-se na ideia de que a avaliação da capacidade e do potencial dos jovens só pode ser realizada através do treino. O autor propõe vários momentos de treino com o maior número de jovens possível de forma a permitir reconhecer o seu potencial.

Quatro regras:

1ª regra: A deteção deve-se realizar por etapas. Primeira etapa de identificação dos jovens com capacidade atlética geral e uma segunda etapa onde se identificam as habilidades específicas de determinada modalidade.

2ª regra: Na deteção devem eleger-se os fatores de performance relacionados com a hereditariedade.

3ª regra: Na avaliação deve ser tido em conta o desenvolvimento biológico.

4ª regra: Para além dos fatores físicos, deve-se valorizar também os fatores psicológicos e sociais.

Montpetic & Cazorla (1982)

Baseado no modelo de Gimbel (1976), os autores acrescentam diversas variáveis ao perfil morfológico e fisiológico dos atletas. Sugerem o estabelecimento do “perfil de nadador de alto nível” e o uso de índices de estabilidade e taxas de desenvolvimento das variáveis estudadas.

Modelo de Havlicek, Komadel, Komarik & Simkova (1982, citado por Blanco, 2004)

Modelo semelhante ao de Harre (1982), baseado em 9 princípios: 1º identificação do talento numa modalidade específica.

2º identificação dos jovens na escola; especialização por tipos de desportos; e determinação sobre a probabilidade de alcançar performance elevadas.

3º especialização inicial por área.

4º os indicadores de seleção devem ter uma forte influência das condições genéticas, mas tendo sempre em consideração o contexto e a possibilidade de evoluir.

5º avaliação multidimensional.

6º deve existir uma hierarquia de fatores preditivos: i) fatores estáveis e não compensatórios, e.g. altura; ii) fatores mais estáveis e compensatórios, e.g. flexibilidade; iii) fatores instáveis e compensatórios, e.g. motivação.

7º a identificação do talento deve ser feito de forma humanista. 8º a identificação do talento deve ser devidamente planeada e

estruturada, e continuamente avaliada.

9º o desenvolvimento de atletas com potencial deve ser a prioridade.

Modelo de Dreke (1982, citado por Sampaio,1996)

1ª etapa (pré-seleção): Realização de testes e provas considerando as seguintes variáveis: a saúde, o perfil académico, o contexto social, o somatótipo e a agilidade. 2ª etapa: (verificação): O somatótipo é comparado com as

gerais.

3ª etapa (deteção propriamente dita): Os jovens são submetidos a um curto período de treino, no decorrer do qual são avaliados na sua performance e na adaptação psicológica ao treino.

Bompa (1987) 1ª fase: Idades muito jovens (3-8 anos). Avaliação médica sobre a saúde e o desenvolvimento motor geral da criança. Objetivo é revelar todos os problemas de ordem física e orgânica ou doença latente.

2ª fase: Ginástica, patinagem e natação - 9-10 anos; desportos coletivos - 10-15 anos (raparigas); 10-17 anos (rapazes). Representa a fase de seleção mais importante e aplica-se aos adolescentes que participam no treino organizado. Os atletas são submetidos a exames biométricos e funcionais e a testes psicológicos.

3ª fase: Compreende os candidatos das equipas nacionais. Esta fase deve ser fiável e diretamente relacionada com as características da modalidade. Deve-se avaliar a saúde, a adaptação fisiológica ao treino e à competição, à sua capacidade de lidar com a ansiedade e o seu potencial.

Os resultados devem ser analisados tendo em conta os perfis fisiológicos e morfológicos dos atletas de elite.

Nadori (1991) 1ª Etapa (Geral). Bateria de testes (forca dinâmica e estática, coordenação, velocidade, flexibilidade, estrutura corporal, etc..).

2ª Etapa (Semiespecífica). Avaliação dos progressos. Testes de capacidades motoras (corrida de 30 metros, força abdominal, flexibilidade e resistência anaeróbia).

3ª Etapa (Específica). Desenvolve-se as qualidades específicas da modalidade escolhida.

Modelo de Volossovitch (2000)

1ª Etapa (Seleção Preliminar): Idade ideal para o início do treino na modalidade, de acordo com a literatura. Deteção/exclusão de jovens que não apresentam qualquer propensão para a modalidade em causa. Deve dedicar-se especial atenção às características psicossociais do jovem e ao contexto social. 2ª Etapa (Seleção Prognóstica): Pressupõe a prática desportiva

de pelo menos um ano. Objetivo é confirmar a correspondência das características e capacidade do jovem às exigências da modalidade escolhida.

3ª etapa (Seleção Orientada): Especialização do atleta numa

modalidade ou num posto específico. Avaliar a

correspondência entre as características e capacidades individuais do atleta e as exigências específicas da modalidade desportiva. Nesta etapa já é possível prever com alto grau de probabilidade o futuro desportivo do praticante.

desportista atingir altas prestações desportivas suportando cargas intensas de treino e de competição.

5ª etapa (Seleção de Elite): Identificação dos atletas com potencial para atingir o mais alto nível de rendimento. Avaliação das capacidades físicas e psicológicas individuais.

MODELOS DE LABORATÓRIO